Conforme o oceanólogo Kléber Grübel da Silva, coordenador do Projeto Mamíferos Marinhos do Litoral Sul, do Nema, esse deve ser um dos últimos exemplares de lobo-marinho que ainda se encontra na região, pois, neste período do ano, eles estão retornando para suas colônias de reprodução, localizadas no Uruguai. "Ele deve ter parado na beira da praia para descansar e depois retomar sua migração", observou Silva. O oceanólogo orienta as pessoas que encontrarem exemplares desses animais na orla a deixá-los descansarem. As pessoas não devem empurrá-los para a água e sim, aproveitar para observá-los em seu ambiente natural.
Para uma convivência amigável com esses bichos, é preciso manter uma distância mínima de cinco metros deles. Deve-se ainda evitar a aproximação de cachorros que podem perturbá-los ou machucá-los. No Brasil, os mamíferos marinhos são protegidos por lei. "Precisamos compreender que a praia e a região costeira são os ambientes naturais desses animais. Nunca devemos tentar colocá-los de volta no mar ou capturá-los. A menos que apresentem algum ferimento, eles estarão muito melhor na beira da praia do que em qualquer centro de reabilitação", orienta.
As pessoas também podem fazer contato com o Nema (53) 3236.2420 ou com o Museu Oceanográfico (53)3232.9107, que técnicos dessas instituições irão até o local, o mais rápido possível, para averiguar as condições de saúde do animal e avaliar a necessidade de algum tratamento emergencial.
Na terça-feira, por exemplo, foi encontrado um filhote de lobo-marinho, de aproximadamente um ano de idade, na área mais central da praia do Cassino. Como ele apresentava um corte no focinho e estava com um olho machucado, por motivo desconhecido, ele foi levado para o Centro de Recuperação de Animais Marinhos (Cram), do Museu Oceanográfico, onde está sendo tratado.
Fonte:Jornal Agora 16/11/2011
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