A constatação de que cerca de 1,3 milhão de pessoas morreram em 178 países em acidentes de trânsito, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), fez com que o Ministério das Cidades e o Departamento Nacional do Trânsito (Denatran) se unissem para pedir aos motoristas mais respeito às leis do trânsito. Segundo a OMS, a maioria dos acidentes foi provocada por erro humano.
A campanha da Semana Nacional de Trânsito, que este ano tem como tema Juntos Podemos Salvar Milhões de Vidas, foi lançada no domingo (17), em Salvador. A campanha está inserida na Década Mundial de Ações para a Segurança no Trânsito, instituída no ano passado pela Organização das Nações Unidas (ONU). O objetivo é reduzir pela metade os índices de mortes decorrentes de acidentes de trânsito em todo o mundo, entre 2011 e 2020.
Paralelamente à Semana Nacional do Trânsito, na próxima quinta-feira (22) será celebrado o Dia Mundial sem Carro, que tem como objetivo conscientizar os cidadãos sobre “os possíveis prejuízos do uso excessivo de carros e motos em detrimento de meios que possam promover a sustentatibilidade”.
Fonte:Agência Brasil 19/09/2011
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terça-feira, 20 de setembro de 2011
terça-feira, 8 de junho de 2010
TRÂNSITO: A TRAGÉDIA REPRISADA
Lamentavelmente, nosso trânsito continua chacinando como uma verdadeira guerra civil. A consequência é muita tristeza, famílias abaladas, sonhos abortados, vidas dilaceradas. Por óbvio, o Código de Trânsito Brasileiro (a lei) não tem o dom milagroso de converter os atuais motoristas em exemplos de prudência, responsabilidade e educação de uma hora para outra. Sem a introspecção, a intenção verdadeira e a atitude positiva para a mudança comportamental, estamos fadados a assistir à carnificina e aos destroços deixados nas vias públicas, como acontece a cada feriado.
Para começar a mudar essa realidade, é necessário romper, de uma vez por todas, com esse cinismo que qualifica a tragédia no trânsito como fatalidade. A inobservância das regras elementares do trânsito não pode ser caracterizada como acidente, pois não é obra do acaso. São eventos que podem ser evitados. Conceitualmente, portanto, não são acidentes, e sim desastres.
A capacidade de matar e ferir no trânsito suscita reflexões sobre as condutas e comportamentos humanos. A onipotência do condutor, a petulância jovial, a ousadia, a sandice e o escárnio de alguns motoristas refletem um vazio existencial, uma tentativa vã de resgatar uma autoestima debilitada. O nosso “herói automobilístico” deixa de perceber que o acelerador não é um mero dispositivo tecnológico, nem a mera extensão das suas emoções, fantasias e frustrações. E, ainda, que no trânsito não temos uma segunda chance, não há como voltar atrás do já acontecido, qual seja, a lesão, o dano, a morte.
A responsabilidade pessoal do condutor é intransferível. E, por isso, o trabalho a fazer é amansar o elemento irascível do motorista que se transforma ao volante e incorpora como extensão corpórea a sua armadura metálica nas vias públicas. A morte no trânsito não se caracteriza como fatalidade, e sim insolência, futilidade e falta de amor à vida.
A construção de um trânsito saudável e seguro exige a participação de todos os protagonistas. As decisões são pessoais, voluntárias, conscientes, intransferíveis e, portanto, individuais. Assim, a mudança dependerá de cada um de nós, e de todos nós. Mas precisamos ser radicais na defesa da vida. Precisamos de uma revolução de comportamentos, a começar pelo afastamento das subjetividades pérfidas, com ações de respeito, cidadania e corresponsabilidade social no trânsito.
Ildo Mario Szinvelski
Diretor técnico do Detran/RS
Fonte:Jornal Zero Hora 08 de junho de 2010 N° 16360
Para começar a mudar essa realidade, é necessário romper, de uma vez por todas, com esse cinismo que qualifica a tragédia no trânsito como fatalidade. A inobservância das regras elementares do trânsito não pode ser caracterizada como acidente, pois não é obra do acaso. São eventos que podem ser evitados. Conceitualmente, portanto, não são acidentes, e sim desastres.
A capacidade de matar e ferir no trânsito suscita reflexões sobre as condutas e comportamentos humanos. A onipotência do condutor, a petulância jovial, a ousadia, a sandice e o escárnio de alguns motoristas refletem um vazio existencial, uma tentativa vã de resgatar uma autoestima debilitada. O nosso “herói automobilístico” deixa de perceber que o acelerador não é um mero dispositivo tecnológico, nem a mera extensão das suas emoções, fantasias e frustrações. E, ainda, que no trânsito não temos uma segunda chance, não há como voltar atrás do já acontecido, qual seja, a lesão, o dano, a morte.
A responsabilidade pessoal do condutor é intransferível. E, por isso, o trabalho a fazer é amansar o elemento irascível do motorista que se transforma ao volante e incorpora como extensão corpórea a sua armadura metálica nas vias públicas. A morte no trânsito não se caracteriza como fatalidade, e sim insolência, futilidade e falta de amor à vida.
A construção de um trânsito saudável e seguro exige a participação de todos os protagonistas. As decisões são pessoais, voluntárias, conscientes, intransferíveis e, portanto, individuais. Assim, a mudança dependerá de cada um de nós, e de todos nós. Mas precisamos ser radicais na defesa da vida. Precisamos de uma revolução de comportamentos, a começar pelo afastamento das subjetividades pérfidas, com ações de respeito, cidadania e corresponsabilidade social no trânsito.
Ildo Mario Szinvelski
Diretor técnico do Detran/RS
Fonte:Jornal Zero Hora 08 de junho de 2010 N° 16360
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