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sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

ANP não está convencida de que Chevron conseguiu tapar poço que vazou óleo


Rio de Janeiro – A Agência Nacional de Petróleo (ANP) informou hoje (9) que a empresa petrolífera Chevron ainda não conseguiu provar que teve êxito na cimentação do poço que vazou petróleo na Bacia de Campos. Segundo a diretora da ANP Magda Chambriard, a agência ainda não está segura sobre a eficácia do tampão de cimento do poço no Campo de Frade e, por isso, ainda não é possível abandoná-lo. Segundo ela, há ainda risco de que o óleo possa voltar a vazar.
“Estamos checando a integridade do segundo tampão de cimento. A gente checa isso através de perfis de cimentação. Esses perfis de cimentação não estão nos mostrando a perfeita integridade desses tampões de cimento. Eles ainda não mostram a perfeita aderência do cimento ao poço. Essa 'bola' está com a Chevron. Ela tem que nos provar que o que fez está certo. Mas ainda não conseguiu nos provar isso”, disse Chambriard.
De acordo com a ANP, apesar do vazamento principal ter sido contido, há ainda vazamentos residuais, de gotas de óleo que atravessam rachaduras no leito submarino. Segundo a diretora, há um equipamento recolhendo essas gotas. A mancha do vazamento principal ainda se espalha por uma área de 240 mil metros quadrados.
Chambriard disse que a ANP já constatou dez “não conformidades” (irregularidades) na plataforma da Chevron no Campo de Frade, que são alvo de três autos de infração da agência reguladora.
De acordo com a diretora, mesmo antes do vazamento da Chevron, a ANP vinha mantendo uma fiscalização rigorosa sobre as plataformas de perfuração e produção de petróleo que atuam no mar brasileiro. Desde agosto do ano passado, mais de 680 irregularidades foram encontradas em várias dessas plataformas, levando a interdição de 11 e a emissão de R$ 52 milhões em multas.
Na cerimônia de despedida do diretor-geral da ANP, Haroldo Lima, Chambriard cobrou do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, a promoção de um novo concurso público para contratar 150 funcionários, que reforçariam a estrutura de fiscalização da agência reguladora.
Agência Brasil 09/12/2011

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

PETRÓLEO DISPERSO NO OCEANO AFETA SEVERAMENTE BASE DA CADEIA ALIMENTAR MARÍTIMA , DIZ OCEANÓGRAFO


Rio de Janeiro – O secretário estadual do Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc, informou hoje (23) que apenas duas remessas de cerca de 250 mil litros e 135 mil litros de óleo (juntamente com água e ar) puderam ser retiradas do oceano depois do vazamento na Bacia de Campos, norte do Rio. Segundo ele, a maior parte do petróleo já se dispersou no oceano.
Em aproximadamente um mês e meio, bolas de piche vão estar pipocando nas praias do litoral, resultado do óleo mais grosso que se agrupa em pelotas. O resto foi dissolvido e acabou entrando no ecossistema, e é exatamente isso que estamos analisando para avaliar o tamanho do dolo.”
Para o oceanógrafo David Zee, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a base da cadeia alimentar marinha da região foi severamente prejudicada.
 
“Existe a depressão da capacidade de produção de biomassa, parte dela alimento, e isso representa um custo ambiental, olhando muito mais a questão do aproveitamento humano. Além disso, há uma fração do óleo que se impregna na coluna d'água transferindo grande parte das substâncias tóxicas, causando malefício para a vida marinha.”
Zee, que também está trabalhando como perito da Polícia Federal na apuração das causas do acidente ocorrido no dia 8 deste mês, criticou a demora na contenção do vazamento e a falta de equipamentos para evitar a dispersão do óleo.
Nas primeiras 48 horas, 30% do petróleo que vaza se evapora, poluindo a atmosfera, e em 72 horas o restante se espalha rapidamente. Por isso, o primeiro procedimento é não deixar espalhar o óleo, para retirá-lo, mas como, infelizmente, não utilizaram barreiras flutuantes de contenção, o próprio clima, as ondas e o vento trataram de espalhar esse óleo”, explicou o oceanógrafo.
O pesquisador ponderou que a fração do óleo que não é degradável, que fica permanentemente na coluna de água ou se deposita no fundo do mar, ainda pode chegar à costa do sudeste brasileiro. “Se houver uma mudança do quadro de clima, efetivamente pode ser uma ameaça e chegar ao litoral fluminense. O quadro climático e oceanográfico são favoráveis para essa não aproximação, mas quando chegar o calor e o vento leste, a ressurgência tem maior possibilidade de acontecer e ela pode levar para a costa do Rio de Janeiro.”
Fonte:Agência Brasil 23/11/2011 13h27

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

CHEVRON CALCULA QUE CERCA DE 382 MIL LITROS DE ÓLEO VAZARAM NA BACIA DE CAMPOS

Rio de Janeiro - O presidente da subsidiária brasileira da petrolífera Chevron, George Buck, calculou hoje (21) em 2,4 mil barris ( (381,6 mil litros) volume total de petróleo vazado no Campo de Frade, na Bacia de Campos. O acidente ambiental foi detectado no último dia 8, quando funcionários da Petrobras avisaram à Chevron sobre uma mancha de óleo na água.
Essa foi a primeira estimativa feita pela empresa sobre o total de óleo que vazou no desastre. Buck disse que todos os esforços estão sendo feitos para retirar o petróleo que vazou e que a companhia está utilizando materiais permitidos pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) para fazer esse trabalho. "Não colocamos nem areia nem farinha na contenção da mancha. Apenas materiais autorizados pelo Ibama."

Essa foi a primeira estimativa feita pela empresa sobre o total de óleo que vazou no desastre. Buck disse que todos os esforços estão sendo feitos para retirar o petróleo que vazou e que a companhia está utilizando materiais permitidos pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) para fazer esse trabalho. "Não colocamos nem areia nem farinha na contenção da mancha. Apenas materiais autorizados pelo Ibama."

O executivo isentou de qualquer culpa pelo acidente os funcionários e equipamentos da empresa Transocean, responsável pela perfuração do poço, a mesma envolvida no desastre do Golfo do México, em 2010, quando operava para a British Petroleum (BP).

Agência Brasil 21/11/2011

sábado, 19 de novembro de 2011

DEPOIS DE 11 DIAS, CHEVRON NÃO SABE A QUANTIDADE DE ÓLEO QUE VAZOU NO CAMPO DE FRADE

 O presidente da subsidiária brasileira da companhia Chevron, George Buck, disse hoje (18) que a empresa ainda não tem uma estimativa sobre a quantidade de óleo que escapou do Campo de Frade, na Bacia de Campos, 11 dias depois da detecção do vazamento.
Buck explicou que a perfuração atingiu o campo de petróleo no dia 7 e que no dia seguinte a Chevron foi avisada pela Petrobras sobre uma mancha de óleo no mar, na área de sua plataforma. Ele disse que ainda vai levar alguns dias para as equipes da companhia determinarem o volume do petróleo que vazou, pois isso depende de cálculos apurados.
O presidente da operação brasileira da Chevron declarou que no dia 8 colocou as equipes de emergência de sobreaviso e que ainda “não havia evidências de que a mancha [vazamento] vinha do Campo de Frade”. Buck também explicou a causa provável do acidente.
“A pressão em um dos reservatórios de óleo foi subestimada, mais alta do que nós esperávamos. Nossa previsão da pressão do reservatório, usando um modelo numérico complexo, é que pode não ter sido correta”. Ele negou, porém, que tenha havido falha técnica. “O equipamento funcionou perfeitamente. A equipe que estava na sonda também respondeu perfeitamente”, completou.
O presidente da subsidiária brasileira disse ainda que a companhia assume a total responsabilidade pelo acidente na Bacia de Campos. “A Chevron se responsabiliza por isso. Nós somos o operador da concessão de Frade e assumimos a responsabilidade pelo que aconteceu, mas estamos trabalhando duro para resolver e entender o problema.”
Fonte:Agência Brasil 18/11/2011
Charge publicada no correio do povo 20/11/2011  - Crédito:AMORIM

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

PF ABRE INQUÉRITO PARA INVESTIGAR VAZAMENTO DE PETRÓLEO NA BACIA DE CAMPOS

Rio de Janeiro – O delegado Fabio Scliar, titular da Delegacia de Meio Ambiente da Polícia Federal (PF), determinou hoje (16) a abertura de inquérito para investigar o vazamento de petróleo no Campo de Frade, na Bacia de Campos, norte do Rio de Janeiro.
A responsabilidade pela exploração da área é da empresa Chevron Brasil Upstream. Desde a última quarta-feira (9), ela trabalha para conter o vazamento, que está vindo do fundo do oceano.
De acordo com a PF no Rio, uma equipe de peritos da Delegacia do Meio Ambiente foi deslocada na tarde de hoje para o município de Campos, devendo começar amanhã (17) os trabalhos para detectar a extensão e as possíveis causas do vazamento.
Se for necessário, os policiais vão requisitar aeronave para chegar ao local do acidente ambiental, distante cerca de 120 quilômetros da costa. A mancha tem 160 quilômetros quadrados, o equivalente a cerca da metade da área da Baía de Guanabara.
Segundo a Chevron, já foram iniciados procedimentos de fechamento do poço, com injeção de lama pesada e posterior cimentação. O vazamento está situado a uma profundidade de 1,2 mil metros de lâmina d´água e o petróleo que vaza é do tipo pesado.
Fonte:Agência Brasil 16/11/2011

Derramamento de petróleo na Bacia de Campos pode ser dez vezes maior

O Brasil está enfrentando o que pode ser o primeiro grande derramamento de petróleo em águas profundas, com o anúncio de que um poço da Chevron, na Bacia de Campos (RJ), está vazando mais de 300 barris de petróleo por dia.

O vazamento é semelhante ao ocorrido na plataforma da BP Golfo do México em 2010, mas em uma dimensão bem menor, e não houve explosões ou mortes. Segundo a Chevron, o problema está em uma fenda, e não na plataforma. A empresa anunciou o fechamento do poço e espera controlar o vazamento nos próximos dias.

Em nota, a Agência Nacional de Petróleo (ANP) estimou que o vazamento pode chegar a 330 barris por dia, o que significa mais de 50 mil litros de petróleo. Mas organizações ambientalistas como o Greenpeace estão divulgando uma estimativa que indica que o dado pode estar subestimado. O cálculo foi feito pelo blog SkyTruth, mantido pelo geógrafo John Amos, especializado em interpretação de fotos de satélite (como a que esta acima, feita pela da Nasa, a agência espacial americana, e usada por Amos), e indica que o derramamento pode ser até dez vezes maior.

Amos disse ao jornal The Washington Post que o vazamento levanta novas questões sobre os riscos da exploração de petróleo em águas profundas. O geógrafo foi um dos primeiros a analisar o tamanho do vazamento no Golfo do México em 2010. O seu cálculo não é oficial, e pode não ser preciso, já que foi feito apenas com as fotos da Nasa, mas ele evidencia a falta de transparência de como o caso vem sendo tratado pela ANP. O derramamento aconteceu no dia 8, mas apenas na terça-feira (15) a agência fez um comunicado oficial do caso, responsabilizando a Chevron pelo vazamento. Segundo a ANP, a causa do vazamento ainda é desconhecida.

Fonte: ÉPOCA-Blog O Filtro 16/11/2011