A Câmara Municipal de Porto Alegre, em sessão solene realizada nesta terça-feira (7/8), concedeu o título de Cidadão Honorário de Porto Alegre ao advogado e escritor Francisco Pereira Rodrigues. A homenagem foi proposta pelo vereador José Freitas (PRB). A solenidade, realizada no Plenário Otávio Rocha, foi presidida pelo vereador Airto Ferronato (PSB).
Francisco Pereira Rodrigues nasceu em 32 de abril de 1913, na localidade de Santo Amaro, na época distrito de General Câmara. É pai de seis filhos: Vitória, Ângela, Eduardo, Ronaldo, Francisco Filho e Américo. É também avô de 16 netos e bisavô de oito bisnetos. Vive em Porto Alegre há cerca de seis décadas.
CurrículoGraduado em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade de Cruz Alta (Unicruz), se aposentou como fiscal do ICMS do Rio Grande do Sul. Na vida pública, foi vereador em Itaqui, Taquari e Farroupilha nas décadas de 1940 e 1950, e prefeito de General Câmara de 1960 a 1964.
Entre 1937 e 1988, escreveu crônicas e artigos para o jornal Correio do Povo. Conta com mais de 40 livros publicados, tendo se destacado como poeta, romancista, contista e historiador. Ocupa a cadeira de número 29 da Academia Sul-brasileira de Letras e é membro honorário do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul.
Entre 1937 e 1988, escreveu crônicas e artigos para o jornal Correio do Povo. Conta com mais de 40 livros publicados, tendo se destacado como poeta, romancista, contista e historiador. Ocupa a cadeira de número 29 da Academia Sul-brasileira de Letras e é membro honorário do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul.
PatrimônioO vereador José Freitas disse que "Chico" Rodrigues, como o homenageado é conhecido, tem reconhecimento unânime, sendo um patrimônio da cultura e da história com os seus 99 anos de vida. O definiu como um visionário que sempre privilegiou a educação e a cultura. Lembrou seu currículo, destacando ter sido ele vereador numa época em que os parlamentares não recebiam remuneração. Além disso, foi o idealizador e relator geral do I Congresso de Vereadores realizado no Brasil, em setembro de 1948, culminando por ser prefeito de General Câmara de 1960 a 1964.
Freitas também enfatizou a contribuição cultural de Rodrigues para o Estado. “É um ilustre poeta, romancista, contista e historiador, atualmente com 41 obras publicadas. Pertence e foi o 1° Presidente da Academia Rio-Grandense de Letras. É sócio benemérito da Estância da Poesia Crioula, tendo sido seu presidente e em sua gestão foram criados os concursos literário da poesia "Taveira Junior" e do conto "Alcides Maya.”
Citou também algumas obras sua vasta bibliografia e observou que “Francisco Rodrigues é um escritor consagrado, destacando "Terra Afogada", onde o autor aborda cenas de extrema humanidade, deixando ao leitor a grata sensação de haver feito uma viagem pelos caminhos da vida real. Concluiu o seu discurso dizendo “A maior obra do seu Chico é a sua própria história”.
Citou também algumas obras sua vasta bibliografia e observou que “Francisco Rodrigues é um escritor consagrado, destacando "Terra Afogada", onde o autor aborda cenas de extrema humanidade, deixando ao leitor a grata sensação de haver feito uma viagem pelos caminhos da vida real. Concluiu o seu discurso dizendo “A maior obra do seu Chico é a sua própria história”.
Agradecimento
Ao agradecer, Francisco Rodrigues disse ser a homenagem "uma glória perpétua, um coroamento de toda uma vida de quase 100 anos dedicada às letras". Recordou sua vida pública, revelando certa mágoa com o Estado Novo que “num ato cruel extinguiu o lugar onde havia nascido: Santo Amaro”.
Lembrou que Porto Alegre onde vive há cerca de 60 anos, é uma das mais belas expressões da história do Brasil que tem momentos épicos inigualáveis, alguns ignorados pelo povo e desprezados pelos historiadores como a resistência dolorosa da cidade aos três sítios sangrentos e longos que sofreu, impostos pelos Farrapos.
Rodrigues lembrou que muitas vezes, as pessoas não tinham nem o que comer. Por isso, disse estranhar que muitos que martirizaram a cidade outrora tenham sido homenageados com nomes de ruas e de praças. Propôs que a Câmara faça o reparo para homenagear os que realmente sofreram e morreram por Porto Alegre.
Ao agradecer, Francisco Rodrigues disse ser a homenagem "uma glória perpétua, um coroamento de toda uma vida de quase 100 anos dedicada às letras". Recordou sua vida pública, revelando certa mágoa com o Estado Novo que “num ato cruel extinguiu o lugar onde havia nascido: Santo Amaro”.
Lembrou que Porto Alegre onde vive há cerca de 60 anos, é uma das mais belas expressões da história do Brasil que tem momentos épicos inigualáveis, alguns ignorados pelo povo e desprezados pelos historiadores como a resistência dolorosa da cidade aos três sítios sangrentos e longos que sofreu, impostos pelos Farrapos.
Rodrigues lembrou que muitas vezes, as pessoas não tinham nem o que comer. Por isso, disse estranhar que muitos que martirizaram a cidade outrora tenham sido homenageados com nomes de ruas e de praças. Propôs que a Câmara faça o reparo para homenagear os que realmente sofreram e morreram por Porto Alegre.
Também participaram da cerimônia os vereadores Bernardino Vendruscolo (PSD) e João Carlos Nedel (PP), familiares, parentes, dezenas de amigos, o deputado estadual Carlos Gomes, o prefeito de General Câmara, Darci Garcia de Freitas, e Jorge Krieger de Melo, do Conselho de Cidadãos Honorários de Porto Alegre, além de representantes do meio cultural e do jornal Correio do Povo.
Um dia marcante para o maior escritor Camarense, bem lembrado pelo Conterrâneo e Vereador José Freitas!
ResponderExcluirVerdade. Estes camarenses merecem nosso reconhecimento.
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