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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Boto adulto é encontrado morto na praia do Cassino


Um boto adulto, de aproximadamente 15 anos, com três metros e meio de comprimento e pesando em torno de 350 quilos, foi encontrado morto na beira da praia do Cassino, perto do monumento à Iemanjá, na noite de segunda-feira. Bombeiros do balneário avisaram técnicos do Centro de Recuperação de Animais Marinhos (Cram) do Museu Oceanográfico da Furg que, junto com integrantes da equipe do Laboratório de Mamíferos Marinhos, também do museu, verificaram o animal e, na manhã desta terça-feira, o recolheram para o museu. Conforme os técnicos, ele foi vítima de redes de pesca, o que ficou evidenciado pelas marcas na cauda, no focinho e na nadadeira peitoral. Durante a madrugada, ainda foi arrancada a mandíbula dele, provavelmente para retirada dos dentes para confecção de colar, o que se constitui em crime ambiental.
Trata-se de um dos machos da população de aproximadamente 90 botos que habita o estuário da Lagoa dos Patos e águas costeiras adjacentes. O animal era chamado de "Chicão" pelos técnicos e pesquisadores do Cram e do Laboratório de Mamíferos, que acompanham essa população desde 1974 por meio do projeto Botos da Lagoa dos Patos. O biólogo Pedro Fruet, do Laboratório, diz que esses animais podem viver até 40 ou 45 anos. "Estamos tristes e preocupados porque não é só essa espécie que está sendo vítima dessa dizimação", observou o biólogo. Segundo ele, de novembro até agora, oito dos botos desta comunidade morreram devido às redes de pesca colocadas perto das praias no litoral gaúcho.
"Lamentavelmente, essas redes de pesca matam os botos e pessoas. Quarenta e nove pessoas já morreram por causa delas. A quantidade delas (redes) na beira da praia é cada vez maior", observa o oceanólogo Lauro Barcellos, diretor do Museu Oceanográfico. Ele diz que uma providência legal precisa ser tomada para proibição total da pesca com redes na zona de arrebentação até cinco milhas mar adentro. "A fauna marinha está sendo dizimada", ressaltou. No monitoramento feito pelo Museu Oceanográfico no último domingo entre Rio Grande e São José do Norte, foram contadas 193 redes e achadas mais de 20 toninhas mortas.
O corpo do animal estava sendo analisado hoje por técnicos do Cram e do Laboratório de Mamíferos para os projetos de pesquisa que objetivam a proteção destes animais.
Fonte:Jornal Agora 31/01/2012

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

LOBO-MARINHO CHAMA ATENÇÃO NAS AREIAS DO CASSINO

Um lobo-marinho adulto, medindo em torno de dois metros, apareceu na beira da praia do Cassino, em frente à localidade de Querência, na manhã desta quarta-feira, 16 e, à tarde, permanecia lá. O animal chamou atenção de quem passava pelo local. Algumas pessoas aproveitaram para fotografá-lo. Técnicos do Núcleo de Educação e Monitoramento Ambiental (Nema) estiveram verificando o mamífero e constataram que ele estava bem. Como é comum o aparecimento desta espécie à beira-mar no Cassino, a medida adotada foi o isolamento da área em que ele estava para evitar que automóveis chegassem muito perto e que o sossego do animal fosse perturbado.
Conforme o oceanólogo Kléber Grübel da Silva, coordenador do Projeto Mamíferos Marinhos do Litoral Sul, do Nema, esse deve ser um dos últimos exemplares de lobo-marinho que ainda se encontra na região, pois, neste período do ano, eles estão retornando para suas colônias de reprodução, localizadas no Uruguai. "Ele deve ter parado na beira da praia para descansar e depois retomar sua migração", observou Silva. O oceanólogo orienta as pessoas que encontrarem exemplares desses animais na orla a deixá-los descansarem. As pessoas não devem empurrá-los para a água e sim, aproveitar para observá-los em seu ambiente natural.
Para uma convivência amigável com esses bichos, é preciso manter uma distância mínima de cinco metros deles. Deve-se ainda evitar a aproximação de cachorros que podem perturbá-los ou machucá-los. No Brasil, os mamíferos marinhos são protegidos por lei. "Precisamos compreender que a praia e a região costeira são os ambientes naturais desses animais. Nunca devemos tentar colocá-los de volta no mar ou capturá-los. A menos que apresentem algum ferimento, eles estarão muito melhor na beira da praia do que em qualquer centro de reabilitação", orienta.
As pessoas também podem fazer contato com o Nema (53) 3236.2420 ou com o Museu Oceanográfico (53)3232.9107, que técnicos dessas instituições irão até o local, o mais rápido possível, para averiguar as condições de saúde do animal e avaliar a necessidade de algum tratamento emergencial.
Na terça-feira, por exemplo, foi encontrado um filhote de lobo-marinho, de aproximadamente um ano de idade, na área mais central da praia do Cassino. Como ele apresentava um corte no focinho e estava com um olho machucado, por motivo desconhecido, ele foi levado para o Centro de Recuperação de Animais Marinhos (Cram), do Museu Oceanográfico, onde está sendo tratado.
Fonte:Jornal Agora 16/11/2011

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

BALEIA É ENCONTRADA MORTA PRÓXIMA AO NAVIO ALTAIR

Uma baleia, com aproximadamente 9 metros de comprimento, foi encontrada morta na praia do Cassino, na sexta-feira, próxima ao navio Altair. O corpo do animal já está em estado de decomposição e, de acordo com especialistas, não há marcas provocadas por material de pesca ou arma, o que caracterizaria morte por causas naturais. Mas, para o professor Eduardo Secchi, do Instituto de Oceanografia da Furg, não há como descartar a participação humana, ou possibilidade de o animal ter batido contra embarcações em alto-mar.
 De acordo com ele, a baleia, da espécie Sei, vive em águas profundas e pode ser encontrada no Nordeste e Sudeste do Brasil, durante o período de reprodução. Nesta época do ano, o animal deveria estar migrando para a Antártica, em busca de alimento.
Durante a semana, alunos e profissionais da Furg devem retornar ao local para dar continuidade às análises, já que o corpo do animal deve permanecer na praia.

Fonte: Jornal Agora 13/11/2011

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

A PRAIA É AMBIENTE NATURAL DE LEÕES E LOBOS-MARINHOS

Nos últimos dias, tem sido frequente a presença de lobos-marinhos na beira da praia do Cassino e a reação de muitos populares ao vê-los tem preocupado o Núcleo de Educação e Monitoramento Ambiental (Nema). O coordenador do Projeto Mamíferos Marinhos do Litoral Sul, do Nema, oceanólogo Kléber Grübel da Silva, observa que, na chegada do inverno, a corrente de águas provenientes do Sul (das Malvinas) traz com ela sua fauna característica. Além dos cardumes de enchova, dos pinguins-de-Magalhães e da baleia Franca, várias espécies de pinípedes, como focas, leões-marinhos e lobos-marinhos, vêm à costa gaúcha para descansar e se alimentar. E neste mês e no próximo, eles retornam para as águas uruguaias. Em função disso, muitos aparecem nas praias para descansar ou debilitados e a comunidade se mostra meio confusa sobre como proceder em relação a eles.
O oceanólogo diz que, este ano, devido ao inverno ter sido bem típico, com as correntes costeiras e frios bem marcados e sincronizados, o litoral gaúcho foi utilizado principalmente por grande quantidade de filhotes de lobos-marinhos. Por isso, a ocorrência deles na praia está se dando com maior frequência. "É principalmente nesta época que, ao passearmos pela beira da praia do Cassino, podemos encontrar uma destas espécies à beira-mar, descansando de suas longas migrações. Precisamos compreender que a praia e a região costeira são os ambientes naturais desses animais. Nunca devemos tentar colocá-los de volta no mar ou capturá-los. A menos que apresentem algum ferimento, eles estarão muito melhor na beira da praia do que em qualquer centro de reabilitação", orienta.
Conforme Silva, o balneário Cassino é um dos melhores lugares para observarmos os pinípedes em seu ambiente natural. Portanto, quem encontrar uma dessas espécies na orla, deve ter o cuidado de não perturbá-las. Para uma convivência harmônica e uma boa observação desses mamíferos, o ideal é manter distância mínima de cinco metros deles, evitar gritos e movimentos bruscos e não jogar objetos ou cutucá-los. Também não se deve tentar capturá-los, pois eles podem se tornar agressivos, quando assustados, ou transmitir algumas doenças por contato, como tuberculose. Deve-se ainda evitar a aproximação de cachorros que podem perturbá-los ou machucá-los. Os motoristas não devem parar o carro ao lado deles e precisam ter cuidado para não os atropelar.
As pessoas também podem avisar o Nema (53)3236.2420 ou o Museu Oceanográfico (53)3232.9107, que técnicos dessas instituições irão até o local, o mais rápido possível, para averiguar as condições de saúde do animal e avaliar a necessidade de algum tratamento emergencial. Caso o Pinípede precise de maiores cuidados, será removido para o Centro de Reabilitação de Animais Marinhos (Cram) do Museu Oceanográfico. "Em um ecossistema cada vez mais pressionado por atividades humanas de grande impacto - construções, poluição, lixo e tráfego de veículos -, eles são símbolos de beleza e exemplo de harmonia com a natureza. O aparecimento deles em nossas praias indica ainda boa qualidade ambiental em nossa orla", salienta Silva.

Por Carmem Ziebell
carmem@jornalagora.com.br
Fonte:Jornal Agora 16/10/2011

sábado, 7 de maio de 2011

CONCHAS DE MAIS DE 10 CENTÍMETROS APARECEM NA PRAIA

A ocorrência de conchas com até 13 centímetros de comprimento na beira da praia do Cassino, a aproximadamente dois quilômetros ao sul do monumento à Iemanjá, nesta sexta, chamava a atenção de quem passava pela orla. Também deixou a beira-mar ainda mais bonita. Era uma quantidade elevada de conchas espalhadas pela areia.

Conforme o professor Lauro Calliari, do Instituto de Oceanografia da Furg, o aparecimento das conchas na praia deve-se às tempestades ocorridas no início da semana, longe da costa, que geraram ondas de períodos longos. Segundo ele, ondas de dois a quatro metros, de longos períodos (12 segundos), geradas a centenas de quilômetros da costa e que se propagam até as águas rasas, têm o poder de transportar esses objetos da zona costeira para a praia. Elas agitam o fundo do mar e lançam as conchas na área de espraiamento.
"Quando tem tempestade, o nível da água sobe e ajuda a empurrá-las para a beira-mar", acrescenta o professor. O aparecimento de conchas acontece principalmente no período de outono e inverno, quando as tempestades intensificam-se.

Na beira da praia, elas acabam sendo enterradas ou podem retornar para o mar quando, em nova ocorrência de mau tempo, a maré sobe até as dunas. As tempestades também geraram o lançamento de um pequeno volume de lama no local.
Por Carmem Ziebell
carmen@jornalagora.com.br
Fonte: Jornal Agora 07/05/2011