quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Suicídio causou mais mortes em policiais do que confronto com crime

Resultado de imagem para setembro amarelo


Em 2018, 104 policiais cometeram suicídio e 87 morreram em confronto

A 13ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública registra exposição à violência fatal a que os policiais brasileiros estão sujeitos. Em 2018, 343 policiais civis e militares foram assassinados, 75% dos casos ocorreram quando estavam fora de serviço e não durante operações de combate à criminalidade.
A violência a que os policiais estão permanentemente expostos tem efeitos psicológicos graves. Em 2018, 104 policiais cometeram suicídio – número maior do que o de policias mortos durante o horário de trabalho (87 casos) em confronto com o crime.
“No senso comum, o grande temor é o risco da violência praticada por terceiros, mas na verdade o suicídio está atingido gravemente os policiais e não está sendo discutido e enfrentado de forma global”, aponta Cristina Neme, pesquisadora do Fórum Brasileiro de Segurança Pública que edita o anuário.
“É um problema muito maior que muitas vezes é silenciado. São os fatores de risco da profissão que levam ao estresse ocupacional. Eles passam por dificuldades que outras pessoas podem ter, mas que no caso do policial esses problemas, quando associados ao estresse psicológico da profissão e do acesso à arma, pode facilitar esse tipo de ocorrência”, lamenta a pesquisadora.

Letalidade

Anuário Brasileiro de Segurança Pública registra que houve queda de 10,43% de mortes violentas intencionais em 2018. Mas apesar da queda verificou-se que ao mesmo tempo cresceu em 19,6% o número de mortes decorrentes de intervenções policiais.
A ação da polícia é responsável por 11 de cada 100 mortes violentas intencionais no ano passado, quando 6.220 pessoas morreram após intervenção policial, uma média de 17 pessoas mortas por dia.
O perfil das vítimas repete a situação encontrada em outros anuários: 99,3% eram homens, quase 78% tinham entre 15 e 29 anos, e 75,4% eram negros.
Publicado em 11/09/2019 - 06:05
Por Gilberto Costa – Repórter da Agência Brasil  Brasília

Agroecologia é contraponto às queimadas na produção agrícola

Queimadas eliminam nutrientes essenciais à planta e alteram características do solo, além de reduzir a umidade da terra, provocam um processo erosivo e diminuem a capacidade produtiva do local


Por Brasil de Fato
Uma das formas que o agronegócio utiliza para maximizar o lucro de monoculturas é a queimada.

Seja para plantio das chamadas commodities agrícolas (que são produtos que funcionam como matéria-prima e são produzidos em grande escala, casos do café, soja e milho), seja para a expansão e renovação das áreas de pasto.

A prática é muito usada por isentar os produtores dos custos de mão de obra.

No entanto, as queimadas eliminam nutrientes essenciais à planta e alteram características do solo, além de reduzir a umidade da terra, provocam um processo erosivo e diminuem a capacidade produtiva do local, como conta Bárbara Loureiro, membro da coordenação estadual do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) do Distrito Federal (DF).

Ela explica que existem formas muito menos destrutivas de pensar a produção agrícola, evitando o uso das queimadas.

Segundo Barbara, a diversificação na produção é um dos grandes segredos para manter a qualidade do solo e a preservação da natureza.

Nas últimas semanas, vivemos um cenário de grandes queimadas na Amazônia e no Cerrado, o que deixou o tema no centro das discussões ambientais do país.

Barbara alerta que, ao contrário do que afirma o governo de Jair Bolsonaro, um número significativo das queimadas devem estar relacionados à expansão do agronegócio.
Fonte:EcoAgência