Alunos desenvolvem carrinho para catadores

Através de projeto de Extensão, acadêmicos dos cursos de Design e Engenharia de Produção da Ulbra Carazinho estão desenvolvendo um protótipo de veículo coletor de resíduo reciclável, adequado à coleta seletiva. Os trabalhos iniciaram em 2011, a partir de pesquisa com catadores da cidade. Além dos carrinhos, os catadores receberão treinamento sobre coleta seletiva, sustentabilidade e gestão de qualidade do trabalho. A partir deste mês, o veículo será encaminhado para a produção de seu primeiro protótipo.
Jornal Correio do Povo 10/06/2012

CCJ DA CÂMARA APROVA REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO DE CATADOR E RECICLADOR

 O projeto de lei que regulamenta a profissão de catador de materiais recicláveis e reciclador de papel foi aprovado hoje (17), em caráter terminativo, pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. O projeto, de origem do Senado Federal, segue agora para sanção presidencial.Pela proposta, catador é o profissional autônomo ou associado de cooperativa que cata, seleciona e transporta material reciclável nas vias públicas e nos estabelecimentos públicos ou privados para a venda ou uso próprio. O projeto também define como reciclador aquele que recicla papel para venda ou uso próprio, atuando de forma autônoma ou integrando cooperativa e trabalhando em casa ou em outro local adequado.

Para trabalhar como catador ou reciclador, segundo o texto aprovado, o profissional deverá fazer seu registro na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego. Para isso, será necessária a apresentação de documento de identidade, titulo de eleitor e certificado de reservista militar.
Fonte:Agência Brasil 17/11/2011

RECICLADOS VIRAM MOEDA ALTERNATIVA

Alunos da Escola Municipal Balduíno Robinson, no bairro Encosta da Serra, em Três Coroas, desenvolvem o projeto "Reciclando a Vida", que pretende tornar o local de moradia mais agradável, e contribuir para conscientizar os moradores da região sobre a importância da reciclagem.
Os estudantes que moram nessa localidade recolhem garrafas pet, latinhas, vidros, papel e papelão nas imediações de suas casas e os trocam por uma moeda alternativa chamada Eco Câmbio. O dinheiro só pode ser usado no comércio local, para a compra de produtos de higiene e alimentação. Os materiais recolhidos são trocados pelas cédulas em um Eco Ponto. Depois de armazenados, temporariamente, os resíduos são entregues ao Sindicato da Indústria de Calçados de Três Coroas, que, por sua vez, os encaminha às empresas para que sejam utilizados como matéria-prima para seus produtos.
As trocas ocorrem todas as quartas-feiras, pela manhã e à tarde. A iniciativa escolar integra um projeto maior chamado "Dia de Sol", resultado de parceria entre o Sindicato e a Prefeitura. Desenvolvido em nove escolas municipais, o programa prevê ainda oficinas e ações que propõem um desenvolvimento sustentável, de acordo com a realidade de cada comunidade escolar.
Fonte:Jornal Correio do Povo 22/09/2011

DIA DA RECICLAGEM E DO RECICLADOR

O 9 de outubro passou a ter um significado especial para uma importante cadeia produtiva do Rio Grande do Sul: hoje é o primeiro Dia Estadual da Reciclagem e do Reciclador. A data, instituída no ano passado, coincide com a assinatura do decreto 46.674/2009 pela governadora Yeda Crusius.

Renovado há duas semanas, o decreto marcou a volta por cima dos recicladores gaúchos, após a crise do papel que provocou a queda dos preços do material e causou desemprego aos trabalhadores. Ao estabelecer equidade tributária para as indústrias gaúchas na compra das aparas do papel obtido pelos catadores, a medida tomada pelo governo do Estado deu novo fôlego ao setor.

Além de movimentar nossa economia, a reciclagem tem promovido esperança e dignidade para homens e mulheres em situação de risco. Mas, no ano passado, galpões entulhados de papel aguardavam uma ação que devolvesse o equilíbrio, enquanto as empresas justificavam que estava mais barato produzir com celulose do que com o material coletado pelos catadores. No período de um ano, a redução no preço do quilo do produto chegou a 90%. Mesmo aumentando a carga de trabalho, os catadores passaram a receber cada vez menos, realidade que pôs a atividade em risco de extinção.

Na condição de quem já viveu da reciclagem, conheço as dificuldades das 70 mil famílias gaúchas que tiram desse trabalho o seu sustento. Levamos a solicitação da categoria ao poder Executivo, que, com sensibilidade, tomou uma atitude capaz de pôr fim a uma luta de quase 40 anos.

Desde janeiro, o setor recupera-se aquecido pela indústria e pelo comércio. Em maio, a imprensa gaúcha noticiou o fim da crise do papel. Se há um ano os galpões de médio porte não conseguiam ter 20 associados, hoje já trabalham com mais de 30 pessoas.

Além de gerar emprego e renda, a reciclagem é imprescindível para a preservação do meio ambiente. Seus agentes são responsáveis por impedir que milhares de toneladas de lixo sejam depositadas diariamente nos aterros sanitários. Homens e mulheres que, especialmente hoje, merecem nosso reconhecimento e respeito.

Carlos Gomes

deputado estadual

Fonte :Jornal Correio do Povo 09/10/2010