quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Quais são os males que o cigarro provoca no corpo humano?



O cigarro pode causar cerca de 50 doenças diferentes, especialmente problemas ligados ao coração e à circulação, cânceres de vários tipos e doenças respiratórias. “A fumaça do cigarro é absorvida por combustão, o que aumenta ainda mais os males da sua composição”, diz Valéria Cunha de Oliveira, técnica da divisão de tabagismo do Instituto Nacional do Câncer (Inca), no Rio de Janeiro. Parece papo de ex-fumante, mas é a pura verdade: em cada tragada são inaladas 4 700 substâncias tóxicas. Entre elas, três são consideradas as piores.

A primeira é a nicotina, que provoca dependência e chega ao cérebro mais rápido que a temida cocaína, estando associada aos problemas cardíacos e vasculares (de circulação sanguínea). A segunda é o monóxido de carbono (CO), aquele mesmo que sai do cano de escapamento dos carros. Ele combina com a hemoglobina do sangue (responsável pelo transporte de oxigênio) e acaba reduzindo a oxigenação sanguínea no corpo. É por causa da ação do CO que alguns fumantes ficam com dores de cabeça após passar várias horas longe do cigarro. Nesse período de abstinência, o nível de oxigênio circulando pelo corpo volta ao normal e o organismo da pessoa, que não está mais acostumado a esse “excesso”, reclama por meio das dores de cabeça. A terceira substância tida como grande vilã é o alcatrão, que reúne vários produtos cancerígenos, como polônio, chumbo e arsênio.

Todo câncer relacionado ao fumo – como na boca, laringe ou estômago – tem alguma ligação com o alcatrão. A união desse poderoso trio de substâncias na composição do cigarro só poderia tornar o produto extremamente nocivo à saúde. Para se ter uma idéia, 90% dos casos de câncer de pulmão – a principal causa de morte por câncer entre os homens brasileiros – estão ligados ao fumo.
Alvos fáceis demais Coração e pulmão estão entre as principais partes do organismo atingidas pelo tabaco.

 1. Da cárie ao câncer
O tabagismo provoca vários estragos na região da boca. Além de modificar o hálito, a fumaça irrita a gengiva e pode facilitar o surgimento de cáries. Há também uma alteração nas papilas gustativas, o que afeta o paladar do fumante. O cigarro ainda aumenta os riscos de câncer de boca, apesar de ser menos prejudicial nesse aspecto que o charuto

2. Chapa preta

Várias substâncias tóxicas presentes na fumaça fazem os tecidos dos pulmões perderem elasticidade, o que acarreta uma destruição parcial da estrutura desses órgãos. É isso que as chapas de pulmão dos fumantes – bastante escuras – mostram. Das mortes provocadas por bronquite ou enfisema, 85% estão associadas ao cigarro. O câncer de pulmão é ainda a principal causa de morte por câncer entre fumantes

3. Trabalho com a nicotina

A nicotina aspirada pelo fumante segue para o fígado, onde é metabolizada. Por isso, esse órgão também está sujeito a desenvolver câncer

4. Estômago embrulhado

Já foram encontrados resíduos de um agrotóxico chamado DDT em amostras do alcatrão que compõe o cigarro. O DDT irrita as paredes do estômago e pode levar o fumante a sentir náuseas. Além disso, uma parte das substâncias tóxicas do cigarro é metabolizada no estômago, o que pode gerar gastrite, úlcera e até mesmo câncer

5. Risco de derrame

O cérebro também pode ser afetado pelas dificuldades de circulação causadas pelo cigarro. Os vasos comprimidos, a qualidade de sangue prejudicada e o aumento da pressão arterial podem resultar em derrame cerebral

6. Circulação comprometida

A nicotina diminui a espessura dos vasos sanguíneos e o monóxido de carbono reduz a concentração de oxigênio no sangue. Assim, o fumante está mais sujeito a vários problemas relacionados à circulação, como aneurismas (dilatação de vasos sanguíneos que favorece os derrames), tromboses (entupimento de vasos), varizes e até uma doença chamada tromboangeíte obliterante, que afeta as extremidades do corpo, podendo levar à amputação de membros

7. Infarto à vista

Um dos órgãos mais afetados é o coração. A ação da nicotina faz com que o corpo absorva mais colesterol. O cigarro também eleva a pressão arterial e a freqüência cardíaca, que sobe até 30% durante as tragadas. Tudo isso é fator de risco para problemas no coração, tornando o fumante mais propenso a ter infartos.
Livre do vício O que você ganha se ficar sem fumar por…

20 minutos: a pressão sanguínea e a pulsação voltam ao normal
2 horas: não tem mais nicotina circulando no sangue

8 horas: o nível de oxigênio no sangue se normaliza

2 dias: o paladar ganha sensibilidade novamente

3 semanas: a respiração fica mais fácil e a circulação sanguínea melhora

5 a 10 anos: o risco de sofrer infarto passa a ser igual ao de quem nunca fumou

Fonte: Revista Mundo Estranho / Editora ABRIL

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Conheça 10 transgênicos que você pode estar comendo sem saber

Muitos consumidores continuam desconfiados da ideia do homem cumprindo um papel supostamente reservado à natureza ou à evolução - e guardam na memória os efeitos nocivos, descobertos tarde demais, de "maravilhas" tecnológicas como o DDT e a talidomida.

Aberração: tamanho do salmão transgênico contrasta com o normal



No final de dezembro passado, a agência que zela pela segurança alimentar nos Estados Unidos, a FDA (Food and Drug Administration) aprovou para consumo um tipo de salmão geneticamente modificado, reacendendo o debate sobre a segurança dos transgênicos e suas implicações éticas, econômicas sociais e políticas.
É a primeira vez que um animal geneticamente modificado é aprovado para consumo humano.
Mas muitos consumidores nos Estados Unidos, Europa e Brasil, regiões em que os organismos geneticamente modificados (OGMs) em questão de poucos anos avançaram em velocidade surpreendente dos laboratórios aos supermercados, passando por milhões de hectares de áreas cultiváveis, continuam desconfiados da ideia do homem cumprindo um papel supostamente reservado à natureza ou à evolução - e guardam na memória os efeitos nocivos, descobertos tarde demais, de "maravilhas" tecnológicas como o DDT e a talidomida.
Boa parte do público ainda teme possíveis efeitos negativos dos transgênicos para a saúde e o meio ambiente.
Pesquisas de opinião nos Estados Unidos e na Europa, entretanto, indicam que a resistência aos OGMs tem caído, refletindo, talvez, uma tendência de gradual mudança de posição da percepção pública.
Polêmica científica
As principais academias de ciências do mundo e instituições como a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) insistem em dizer que os transgênicos são seguros e que a tecnologia de manipulação genética realizada sob o controle dos atuais protocolos de segurança não representa risco maior do que técnicas agrícolas convencionais de cruzamento de plantas.
Mas muitos cientistas discordam, ainda que os alertas não ganhem nas manchetes a mesma importância que os anúncios dos eventuais benefícios dos transgênicos.
Pesquisas já demonstraram que os vegetais consumidos podem alterar os genes humanos, e até livros já foram escritos mostrando o risco de que os transgênicos espalhem-se pela natureza.
A preocupação é ainda maior no caso dos animais transgênicos, como é o caso dos mosquitos transgênicos soltos no Brasil e em outros países para combater a dengue, e cujos efeitos sobre o homem não são conhecidos.
O salmão transgênico, que pode chegar às mesas de jantar em 2014, será o primeiro animal geneticamente modificado (GM) consumido pelo homem.
Vários produtos transgênicos já estão nos supermercados, um fato que pode ter escapado a muitos consumidores - apesar da discreta rotulagem obrigatória, no Brasil e na UE, de produtos com até 1% de componentes transgênicos.
Veja abaixo uma lista com 10 produtos e derivados que serve de exemplo de como os transgênicos entraram, estão tentando ou mesmo falharam na tentativa de entrar na cadeia alimentar.
Milho transgênico
Com as variantes transgênicas respondendo por mais de 85% das atuais lavouras do produto no Brasil e nos Estados Unidos, não é de se espantar que a pipoca consumida no cinema, por exemplo, venha de um tipo de milho que recebeu, em laboratório, um gene para torná-lo tolerante a herbicida, ou um gene para deixá-lo resistente a insetos, ou ambos.
Dezoito variantes de milho geneticamente modificado foram autorizadas pelo CTNBio, órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia que aprova os pedidos de comercialização de OGMs.
O mesmo pode ser dito da espiga, dos flocos e do milho em lata que você encontra nos supermercados. Há também os vários subprodutos - amido, glucose - usados em alimentos processados (salgadinhos, bolos, doces, biscoitos, sobremesas) que obrigam o fabricante a rotular o produto.
O milho puro transgênico não é vendido para consumo humano na União Europeia, onde todos os legumes, frutas e verduras transgênicos são proibidos para consumo - exceto um tipo de batata, que recentemente foi autorizado, pela Comissão Europeia, a ser desenvolvido e comercializado. Nos Estados Unidos, ele é liberado e não existe a rotulação obrigatória.
Óleos de cozinha geneticamente modificados
Os óleos extraídos de soja, milho e algodão, os três campeões entre as culturas geneticamente modificadas - e cujas sementes são uma mina de ouro para as cerca de dez multinacionais que controlam o mercado mundial - chegam às prateleiras com a reputação "manchada" mais pela sua origem do que pela presença de DNA ou proteína transgênica.
No processo de refino desses óleos, os componentes transgênicos são praticamente eliminados. Mesmo assim, suas embalagens são rotuladas no Brasil e nos países da UE.
Soja transgênica
No mundo todo, o grosso da soja transgênica, a rainha das commodities, vai parar no bucho dos animais de criação - que não ligam muito se ela foi geneticamente modificada ou não.
O subproduto mais comum para consumo humano é o óleo de cozinha, mas há ainda o leite de soja, tofu, bebidas de frutas e soja e a pasta missô, todos com proteínas transgênicas (a não ser que tenham vindo de soja não transgênica).
No Brasil, onde a soja transgênica ocupa quase um terço de toda a área dedicada à agricultura, a CTNBio liberou cinco variantes da planta, todas tolerantes a herbicidas - uma delas também é resistente a insetos.
Mamão papaia transgênico
Os Estados Unidos são o maior importador de papaia do mundo - a maior parte vem do México e não é transgênica.
Mas muitos norte-americanos apreciam o papaia local, produzido no Havaí, Flórida e Califórnia.
Cerca de 85% do papaia do Havaí, que também é exportado para Canadá, Japão e outros países, vem de uma variedade geneticamente modificada para combater um vírus devastador para a planta.
A fruta não é vendida no Brasil, nem na Europa.
Queijo transgênico
Aqui não se trata de um alimento derivado de um (OGM) organismo geneticamente modificado, mas de um alimento em que um OGM contribuiu em uma fase de seu processamento.
A quimosina, uma enzima importante na coagulação de lacticínios, era tradicionalmente extraída do estômago de cabritos - um procedimento custoso e "cruel".
Biotecnólogos modificaram microrganismos como bactérias, fungos ou fermento com genes de estômagos de animais, para que estes produzissem quimosina. A enzima é isolada em um processo de fermentação em que esses microrganismos são mortos.
A quimosina resultante deste processo - e que depois é inserida no soro do queijo - é tida como idêntica à que era extraída da forma tradicional. Essa enzima é pioneira entre os produtos gerados por OGMs e está no mercado desde os anos 90.
Notem que o queijo, em todo seu processo de produção, só teve contato com a quimosina - que não é um OGM, é um produto de um OGM.
Além disso, a quimosina é eliminada do produto final. Por isso, o queijo escapa da rotulação obrigatória.
Pão, bolos e biscoitos geneticamente modificados
Trigo e centeio, os principais cereais usados para fazer pão, continuam sendo plantados de forma convencional e não há variedades geneticamente modificadas em vista.
Mas vários ingredientes usados em pão e bolos vêm da soja, como farinha (geralmente, nesse caso, em proporção pequena), óleo e agentes emulsificantes como lecitina.
Outros componentes podem derivar de milho transgênico, como glucose e amido. Além disso, há, entre os aditivos mais comuns, alguns que podem originar de microrganismos modificados, como ácido ascórbico, enzimas e glutamato. Dependendo da proporção destes elementos transgênicos no produto final (acima de 1%), ele terá que ser rotulado.
Abobrinha transgênica
Seis variedades de abobrinha resistentes a três tipos de vírus são plantadas e comercializadas nos Estados Unidos e Canadá.
Ela não é vendida no Brasil ou na Europa.
Arroz transgênico
Uma das maiores fontes de calorias do mundo, mesmo assim, o cultivo comercial de variedades modificadas fica, por enquanto, na promessa. Vários tipos de arroz estão sendo testados, principalmente na China, que busca um cultivo resistente a insetos.
Falou-se muito no golden rice, uma variedade enriquecida com beta-caroteno, desenvolvida por cientistas suíços e alemães.
O "arroz dourado", com potencial de reduzir problemas de saúde ligados à deficiência de vitamina A, está sendo testado em países do sudeste asiático e na China, onde foi pivô de um recente escândalo: dois dirigentes do projeto foram demitidos depois de denúncias de que pais de crianças usadas nos testes não teriam sido avisados de que elas consumiriam alimentos geneticamente modificados.
Estudo com arroz transgênico em crianças chinesas vira escândalo internacional
Feijão transgênico
A Empresa Brasileira para Pesquisa Agropecuária (Embrapa), conseguiu em 2011 a aprovação na CTNBio para o cultivo comercial de uma variedade de feijão resistente ao vírus do mosaico dourado, tido como o maior inimigo dessa cultura no país e na América do Sul.
As sementes devem ser distribuídas aos produtores brasileiros - livre de royalties - em 2014, o que pode ajudar o país a se tornar autossuficiente no setor.
É o primeiro produto geneticamente modificado desenvolvido por uma instituição pública brasileira.
Salmão transgênico
Após a aprovação prévia da FDA, o público e instituições americanos têm um prazo de 60 dias (iniciado em 21 de dezembro) para se manifestar sobre o salmão geneticamente modificado para crescer mais rápido.
Em seguida, a agência analisará os comentários para decidir se submete o produto a uma nova rodada de análises ou se o aprova de vez.
Francisco Aragão, pesquisador responsável pelo laboratório de engenharia genética da Embrapa, afirma que tem acompanhado o caso do salmão "com interesse", e que não tem dúvidas sobre sua segurança para consumo humano.
"A dúvida é em relação ao impacto no meio ambiente. (Mesmo criado em cativeiro) O salmão poderia aumentar sua população muito rapidamente e eventualmente eliminar populações de peixes nativos. As probabilidades de risco para o meio ambiente são baixas, mas não são zero...na natureza não existe o zero".
Transgênicos que não deram certo
A primeira fruta aprovada para consumo nos Estados Unidos foi um tomate modificado para aumentar sua vida útil após a colheita, o "Flavr Savr tomato".
Ela começou a ser vendida em 94, mas sua produção foi encerrada em 97, e a empresa que o produziu, a Calgene, acabou sendo comprada pela Monsanto.
O tomate, mais caro e de pouco apelo ao consumidor, não emplacou.
O mesmo ocorreu com uma batata resistente a pesticidas, lançada em 95 pela Monsanto: a New Leaf Potato.
Apesar de boas perspectivas iniciais, ele não se mostrou economicamente rentável o suficiente para entusiasmar fazendeiros e foi tirada do mercado em 2001.
ECOAGÊNCIA SOLIDÁRIA DE NOTÍCIAS

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Invenção que pode ser atribuída a um brasileiro, rádio se integra às novas tecnologias


 Atribuída comumente ao italiano Guglielmo Marconi, a paternidade do rádio - cujo dia mundial é comemorado hoje (13) - é motivo de polêmica. A exemplo do que ocorreu com outras grandes invenções, ela foi fruto de uma sucessão de descobertas e tentativas que, na época, nem sempre alcançaram a devida repercussão. Esse foi o caso do padre gaúcho Roberto Landell de Moura (1861-1928), um pioneiro que o Brasil hoje começa a reconhecer e que antecedeu em dois anos a experimentação de Marconi, datada de 1895.  
Alguns anos antes, em 1873, o físico britânico James Maxwell havia constatado a existência de ondas eletromagnéticas que se propagavam pelo espaço. Em 1887, o físico alemão Heinrich Hertz, a partir da hipótese de Maxwell, conseguiu fazer a transmissão e a recepção de ondas eletromagnéticas, ainda que com equipamentos colocados a poucos metros de distância um do outro.
Landell de Moura fez suas experiências pioneiras de transmissão da voz humana em 1892 e 1893, em Campinas e em São Paulo, cobrindo uma distância de 8 quilômetros. Ele também foi inventor do telégrafo sem fio que, a exemplo do rádio, por ele chamado de “transmissor de ondas”, conseguiu patentear, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.
 
“Ele era um sacerdote, uma pessoa recatada, e talvez por isso foi posto de escanteio, à margem desse processo, enquanto o Marconi, um europeu, um acadêmico, conseguiu repercussão para o seu invento e ficou na história como o criador do rádio”, diz o radialista Cristiano Menezes, gerente-geral das rádios EBC(Empresa Brasil de Comunicação) no Rio de Janeiro. Juntamente com o veterano radioator e apresentador Gerdal dos Santos e o jornalista Luiz Augusto Gollo, Cristiano Menezes participa do programa especial sobre o Dia Mundial do Rádio que as emissoras da EBC veiculam nesta quarta-feira (13).
Como meio de comunicação, o rádio chega ao Brasil em 1922, pelas mãos do cientista e educador Edgard Roquette Pinto. Ele faz a primeira transmissão no dia 7 de setembro daquele ano, durante a inauguração da exposição internacional comemorativa do Centenário da Independência. Menos de um ano depois, em 20 de abril de 1923, entrava no ar a primeira emissora, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, hoje Rádio MEC, uma das emissoras da EBC.
Mais de um século após sua invenção, o rádio mostra capacidade de renovação e adaptação às novas tecnologias, como destaca a professora Sonia Virginia Moreira, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), autora de livros sobre a história do veículo. Para ela, o rádio é sempre aberto, democrático e sensível a todas as transformações.
“É um meio que consegue se adaptar a situações muito distintas. Quando surgiu a televisão, o rádio viveu seu maior momento de crise, mas conseguiu se superar em pouco tempo, renovando a linguagem, como meio de comunicação prestador de serviços e canal de entreternimento. Mais recentemente, o rádio integrado à internet vem comprovar essa maleabilidade do meio”, diz a professora.
Para Cristiano Menezes, o rádio digital é o futuro, em matéria de tecnologia, mas a linguagem característica do veículo se manterá, por mais que surjam diferentes plataformas. “Há um novo ouvinte, que já procura o novo rádio, pela internet, os vários meios de comunicação hoje se complementam, há toda uma convergência de mídias, a digitalização já se anuncia, é o futuro, mas o veículo será sempre rádio”.  
Agência Brasil 13/02/2013

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

VIVER VALE A PENA!


Às vezes precisamos ser submetidos a grandes provas, muitas vezes por demais dolorosas, para sabermos que existe algo maior que nos une como irmãos. Nestes momentos, esquecemos nossos dogmas religiosos, nossa comodidade, a distancia física e qualquer outro empecilho para demonstrarmos o nosso cuidado com o outro. Algumas vezes colocamos em risco até mesmo a nossa integridade física, até mesmo a nossa própria vida. Isso prova que o ser humano não perdeu totalmente a sua essência, que é ser bom.
A imprensa, através dos mais diversos meios, entra na nossa casa e apresenta exemplos e mais exemplos do que estamos falando. O que talvez esteja nos faltando seja um olhar mais aprofundado para uma ação tão nobre. Focamos no acontecimento em si e esquecemos de dar o devido destaque às ações dos anônimos que agiram em prol de pessoas, que muitas vezes, nunca chegaram a sequer cumprimentá-los. 
No final do parágrafo anterior, citei as ações e é sobre elas que preciso voltar a falar.  Em situações extremas, a nossa ação pode ser apenas de se indignar, de se chocar, ficando emocionalmente abalado, de reclamar para um membro da família ou para um amigo sobre omissão das autoridades e alguns dias depois praticar a ação do esquecimento, discutir sobre a ganância, sobre a falta de escrúpulos de alguns empresários, sobre a irresponsabilidade e sobre a inconsequência... Ou simplesmente não fazer nada. 
Por outro lado, podemos agir de verdade, levar um pouco de consolo, de afeto, de qualquer coisa que possa ser utilizado para minimizar o sofrimento do outro. E, foi isso que várias pessoas fizeram. Elas agiram, na maioria das vezes de forma voluntária, para dar o mínimo de conforto às pessoas que foram afetadas numa recente tragédia que afetou não o Brasil, mas o todo o mundo devido às suas dimensões e consequências. Foram fortes o suficiente para enfrentarem as condições que encontram, buscaram as forças que talvez desconhecessem que tivessem, superaram limites. Tentaram vencer obstáculos. Nem sempre conseguiram, mas não se deixaram abater. 
Foram várias as formas de demonstração de solidariedade: ouvindo, falando, cuidando... dos outros e esquecendo de si mesmo. Sem distinção de raça, sexo, credo. Tudo em uma clara representação física do amor, da personificação do amor, como diz um dos meus mestres... 
Se a dor dos envolvidos nesta triste história, com a participação destas pessoas, foi grande, sem sombras de dúvidas, sem elas teria sido muito mais intensa.
Pessoas especiais: obrigado por vocês existirem! O mundo fica melhor porque vocês fazem parte dele.
As pessoas das quais falamos até agora, deram exemplos de altruísmo, de comportamento humano, de cidadania e de amor ao próximo. É por essa razão que eu afirmo: viver vale a pena. Vocês deram provas disso! 

Esse artigo é dedicado a todas as pessoas que de uma forma ou de outra estiveram envolvidas com a tragédia de Santa Maria. 
 Odilon Medeiros - consultor em gestão de pessoas, palestrante, professor universitário, mestre em Administração, especialista em Psicologia Organizacional, pós-graduado em Gestão de Equipes, MBA em vendas Contato: om@odilonmedeiros.com.br / www.odilonmedeiros.com.br.
Jornal Agora

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Campanha contra agrotóxicos critica patrocínio do agronegócio à Vila Isabel

Desfile da Vila Isabel tem uma grande contradição. Apesar de homenagear a vida do homem simples do campo, é patrocinada pela Basf, empresa transnacional, fabricante de agrotóxicos e representante dos interesses do agronegócio, que tem interesses opostos aos retratado no samba enredo.





Por José Coutinho Júnior, da Página do MST

Faz um bolo de fubá
Pinga o suor na enxada
A terra é abençoada
Preciso investir, conhecer
Progredir, partilhar, proteger...



O samba acima é enredo da escola Vila Isabel para o desfile do carnaval de 2013, escrito por Martinho da Vila, Arlindo Cruz, André Diniz, Tunico da Vila e Leone.


A escola pretende com o tema Vila canta o "Brasil celeiro do mundo - 'Água no feijão que chegou mais um...", fazer uma homenagem à vida do homem simples do campo (clique aqui para ler a íntegra da carta).


Segundo a carnavalesca Rosa Guimarães, que desenvolveu o tema “A vida no interior é simples, mas é uma festa. Tem sempre alguém querendo contar um ‘causo’, aquela mesa farta e muita fé em Deus e no trabalho para ter uma boa colheita. As pessoas recebem os vizinhos e amigos com muito carinho e tem sempre aquele fogão de lenha acesso para preparar os quitutes”.


No entanto, o desfile da Vila Isabel tem uma grande contradição: a escola é patrocinada pela Basf, empresa transnacional, fabricante de agrotóxicos e representante dos interesses do agronegócio, que tem interesses opostos aos do “homem simples do campo” retratado no samba enredo.
Representantes de diversos movimentos sociais, participantes da Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e Pela Vida, em carta à Vila Isabel, elogiaram a letra do samba e a representação da vida camponesa, mas repudiaram o patrocínio.

“Em 2010, a BASF foi a terceira maior vendedora de agrotóxicos no Brasil, lucrando 916 milhões de dólares com a doença dos brasileiros e brasileiras. “Uma Escola que já nos presenteou com belos sambas falando de um mundo melhor não deveria se submeter ao interesse vil desta multinacional.” afirma a carta.

Nesta terça (29/01), representantes dos movimentos sociais signatários da carta entregaram o documento na quadra da escola à vice-presidenta Elizabeth Aquino. As entidades pediram que uma faixa da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos fosse estendida na quadra da agremiação. A faixa vai agradecer o esforço da escola de valorizar os pequenos agricultores brasileiros. Elizabeth concordou com a ideia, desde que não haja teor político e que a mensagem passe pelo crivo e aprovação do presidente da Vila Isabel, Cleber Tavares.
A contradição que se vê no desfile da Vila Isabel é a mesma que está presente no campo brasileiro: de um lado, o agronegócio, defensor da monocultura e do latifúndio com vasto uso de agrotóxicos; do outro, os movimentos sociais, os assentados, os Sem Terra, que buscam implantar a agricultura familiar com um modelo de produção mais igualitário e saudável.

Para o professor e escritor Luiz Ricardo Leitão, a escola está conseguindo equilibrar os dois lados. “Como qualquer tema, é sempre uma disputa e objeto das mais variadas leituras. A julgar pela letra, o tema da questão agrária está tratado de forma ponderada, pois ela fala em fazer bolo de fubá, semear o grão e saciar a fome com a produção, que é a proposta básica da atividade agrícola, defendida pelos movimentos sociais que se contrapõem à agricultura como um mero negócio”.

Venenos
A alemã Basf é a maior empresa química do mundo. A empresa tem um histórico de atentados ao meio ambiente e à vida humana. Durante a Segunda Guerra Mundial, a empresa produziu o gás Zyklon B, usados nas câmaras de gás nazistas para matar milhões de prisioneiros.
Em 2010, a Basf foi a terceira maior vendedora de agrotóxicos no Brasil, lucrando US$ 916 milhões com vendas de veneno. Em 2001, a empresa causou um vazamento de 11 mil litros de Mollescal, um corrosivo destinado ao curtimento de couro no Brasil. Depois do acidente, forneceu informações falsas ao serviço de emergência sobre o grau de toxidade da substância, colocando em risco os profissionais envolvidos no atendimento à população.

O Censo Agropecuário do IBGE de 2006 mostra que a agricultura familiar é responsável por 70% do alimento que chega à mesa dos brasileiros, mesmo ocupando apenas 25% das áreas agricultáveis.
Apesar de receber 14% do crédito dado pelo governo à produção agrícola, ela agricultura familiar emprega nove vezes mais pessoas por área e ainda é responsável por um terço das exportações agropecuárias do país. O agronegócio, que recebe os outros 86% do crédito, concentra 75% das terras mas produz apenas 30% dos alimentos que compõem a alimentação da população, empregando somente 1,5 trabalhadores a cada 100 hectares.

Sem submissão?

O professor acredita que o patrocínio da Basf não é garantia de que o desfile da Vila Isabel seja mera propaganda da empresa e do agronegócio, pois não se pode subestimar o prestígio da escola, autora de enredos muitas vezes progressistas, como o de 2006 que garantiu o segundo título com Soy loco por ti América - A vila canta a latinidade.


“A letra, o primeiro elemento importante, que leva o samba à avenida, não é uma submissão aos desígnios do agronegócio. E também no plano alegórico, espero eu que a escola saiba equilibrar esse embate entre interesses dos oligopólios e interesses da população, dos trabalhadores rurais”, acredita.


Elizabeth Aquino, vice-presidenta da escola, em reunião com representantes de movimentos sociais que realizaram a entrega da carta, afirmou que o desfile não será propaganda da Basf. “A Vila Isabel pegou recursos da Basf para que fizéssemos um carnaval mais grandioso. Somente com o repasse da Prefeitura nenhuma agremiação faz um carnaval competitivo. Mas todo nosso carnaval é a valorização do homem do campo. Não colocaremos na avenida nenhum maquinário agrícola top de linha. Nas fantasias e alegorias, retratamos a natureza e homem do campo, não são os grandes agricultores".

Imagem

Para a vice-presidenta da escola, o benefício que a Basf tem com o patrocínio é ganhar visibilidade. “A Basf nos ajudou financeiramente e em troca, é claro, não existe visibilidade maior que a proporcionada pelas escolas de samba. Nenhum outdoor que ela espalhe pelo mundo dará tanta visibilidade. O desfile do Rio vai para o mundo inteiro. Mas nós não estamos fazendo apologia nenhuma da Basf”.

Essa visibilidade proporcionada pelo patrocínio, no entanto, é uma tentativa de confundir o público, pois passa a imagem de que a agricultura brasileira constitui um bloco único, no qual agricultores familiares, grandes latifundiários e empresas multinacionais prestam o mesmo papel de servir o país na luta para acabar com a fome e preservar o meio ambiente. Não há, nessa imagem, qualquer tipo de confronto entre as partes, mas uma sensação de unidade.

“Esta é uma das iniciativas de comunicação mais ousadas da Unidade de Proteção de Cultivos da BASF, que impactará diversos públicos, incluindo aqueles que não têm relação direta com o agronegócio. O Brasil é um líder na produção de alguns produtos e um gigante nas exportações, porém é preciso reforçar junto à sociedade a importância da agricultura e da tecnologia nela empregada para que tenhamos essa posição. Acreditamos que a parceria com a Vila Isabel, aliada à ação do vídeo, vai reconhecer e valorizar o produtor rural, de uma forma criativa e inusitada”, disse Maurício Russomanno, vice-presidente da Unidade de Proteção de Cultivos da Basf para o Brasil, no pronunciamento oficial do patrocínio a Vila Isabel.

A Basf não é a primeira entidade ligada ao agronegócio que se utiliza de campanhas publicitárias com ícones brasileiros numa tentativa de unificar o campo brasileiro no imaginário da população. Em 2012, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), entidade máxima do agronegócio, contratou o jogador Pelé para fazer comerciais sobre a importância da agricultura brasileira.
Segundo nota da CNA, o objetivo da campanha é "consolidar a imagem do agronegócio sustentável brasileiro no País e no exterior" e “divulgar as práticas sustentáveis adotadas pelos produtores rurais brasileiros, além de outras iniciativas que assegurem a boa qualidade do produto nacional".

Para Ricardo Leitão, essas estratégias publicitárias são formas de tentar humanizar o agronegócio ao associá-lo com a agricultura familiar. “Esse é o jogo da ideologia: os representantes do oligopólio se apresentam como defensores de todos os segmentos agrícolas do país. Se o movimento popular investe na agricultura, o agronegócio vai se colocar ao lado dele, não contra. O agrotóxico é vendido como um produto para o conjunto dos agricultores, e não para um só segmento. É preciso desenvolver a ideia da unidade, até porque o agronegócio está estigmatizado pelo desmatamento, e é muito difícil se associar a um segmento que é responsável pelo desmatamento, pela deturpação do Código Florestal”.

Ainda é cedo para dizer se o desfile da Vila Isabel vai cumprir o seu objetivo, mas pelo fato da escola também dar espaço para que os movimentos sociais se manifestem e exponham seu ponto de vista, além do comprometimento da escola em tratar do homem da vida do homem do campo, é possível que os trabalhadores rurais recebam a homenagem que merecem.

“Tenho a impressão de que nesse caso específico, a estratégia publicitária do agronegócio pode falhar, e o veneno se reverter contra o envenenador. Não sei, talvez seja só otimismo meu, é esperar para ver”, afirma Ricardo Leitão.
MST - EcoAgência

Portal vai agilizar atendimento em unidades básicas de saúde


O Ministério da Saúde lançou hoje (5) o Portal Saúde do Cidadão, por meio do qual pacientes poderão disponibilizar pela internet histórico de doenças, internações, cirurgias, exames, uso de medicamentos, procedimentos de alta complexidade para o acesso de médicos pelos quais estejam sendo acompanhados.
De acordo com o ministro Alexandre Padilha, o portal será uma ferramenta para melhorar o acompanhamento de fluxo do tratamento e do risco de cada paciente, desde o ingresso na unidade básica de saúde. Além disso, vai agilizar o tempo de espera para atendimento, informatizar as consultas, otimizar o uso dos recursos financeiros e flexibilizar o atendimento de acordo com o perfil dos diferentes municípios.
"Isso pode ajudar quando uma pessoa for atendida em um serviço de urgência, por exemplo. Se ele tiver as informações no portal, o profissional pode acessá-las e, com isso, cuidar melhor dessa pessoa. Isso permite também o acesso a todos os registros de consultas, cirurgias, entre outros, que estejam em nome dela", disse.
O paciente poderá definir por quanto tempo, quais informações e quais médicos poderão ter acesso aos dados armazenados na página. Por meio do portal, também será possível a troca de e-mails entre médicos e pacientes. Caso a pessoa permita o acesso livre a seus arquivos, outros especialistas poderão, eventualmente, entrar em contato com o paciente com informações adicionais.
Para ter acesso a esse sistema, o paciente deverá estar cadastrado no Sistema Cartão Nacional de Saúde (Cadsus Web), ter o número do cartão em mãos e registrar uma senha de acesso no portal. Para isso, é preciso um e-mail válido e atualizado. Caso a pessoa ainda não tenha o cartão, é possível fazer um pré-cadastro pela internet.
Na página, ainda estarão disponíveis dados sobre a rede do SUS, como locais de unidades de atendimento, informações sobre farmácias populares e medicamentos.
O ministério lançou hoje também o software E-SUS, para o uso dos profissionais de saúde nas unidades básicas. Por meio desse programa, que está sendo testado em dez municípios brasileiros e estará disponível a todos a partir de março deste ano, será possível fazer prontuários eletrônicos, armazenar e acessar dados sobre os pacientes e sobre a rede de saúde.
O programa pode ser usado em notebookstablets e celulares com plataforma mobile. O software poderá ser usado em versões online e off-line – em municípios onde as unidades de saúde ainda não estão conetadas à internet. Nesses locais onde não há rede disponível, o Ministério das Cidades irá custear a conexão a cerca de 14 mil unidades básicas que aderiram ao Plano Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade.
Agência Brasil 05/02/2013

sábado, 2 de fevereiro de 2013

ESTAÇÃO OTACÍLIO PEREIRA - ANTIGO SILO


prezado, vi seu blog sobre sua cidade e gostaria que publicasse um vídeo que fiz ao passar por aí, pois não gostei de ver a destruição do patrimônio histórico e creio que muitos sequer tem conhecimento desse lugar. agradeço sua atenção.


Aníbal M.G
Porto alegre RS

Obrigado pela divulgação. Infelizmente, creio que nao haja nenhum controle sobre as estacoes dessas linhas desativadas. Esse decreto federal: http://www6.senado.gov.br/legislacao/ListaPublicacoes.action?id=193280, prevê que está sujeita à desapropriação, conforme utilidade publica; o que evidencia o desinteresse federal e evidentemente municipal, ou seja, não é de ninguém  Essa característica justifica o abandono e falta de controle sobre o furto de tijolos e telhas.
Se considerar as fotos de satélite do vídeo que lhe enviei, vera que muito em breve, a estacão so existira nesse vídeo e na memoria dos que la estiveram.
grande abraço.