A ocorrência de conchas com até 13 centímetros de comprimento na beira da praia do Cassino, a aproximadamente dois quilômetros ao sul do monumento à Iemanjá, nesta sexta, chamava a atenção de quem passava pela orla. Também deixou a beira-mar ainda mais bonita. Era uma quantidade elevada de conchas espalhadas pela areia.
Conforme o professor Lauro Calliari, do Instituto de Oceanografia da Furg, o aparecimento das conchas na praia deve-se às tempestades ocorridas no início da semana, longe da costa, que geraram ondas de períodos longos. Segundo ele, ondas de dois a quatro metros, de longos períodos (12 segundos), geradas a centenas de quilômetros da costa e que se propagam até as águas rasas, têm o poder de transportar esses objetos da zona costeira para a praia. Elas agitam o fundo do mar e lançam as conchas na área de espraiamento.
"Quando tem tempestade, o nível da água sobe e ajuda a empurrá-las para a beira-mar", acrescenta o professor. O aparecimento de conchas acontece principalmente no período de outono e inverno, quando as tempestades intensificam-se.
Na beira da praia, elas acabam sendo enterradas ou podem retornar para o mar quando, em nova ocorrência de mau tempo, a maré sobe até as dunas. As tempestades também geraram o lançamento de um pequeno volume de lama no local.
Por Carmem Ziebell
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Fonte: Jornal Agora 07/05/2011
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