No Dia de Combate ao Tabagismo, estudantes escreveram cartas às pessoas que amam pedindo para que abandonem o cigarro
Alunos procuraram alertar parentes e amigos sobre os perigos de fumar
Dados do Ministério da Saúde apontam que no Brasil morrem 200 mil pessoas anualmente por doenças envolvendo o tabagismo. No mundo, conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 94% das mortes por câncer de pulmão estão relacionadas ao cigarro. Para tentar mudar um pouco essa realidade em Porto Alegre, alunos da Escola Adventista do Partenon enviaram uma carta a pessoas que amam, pedindo que deixem de fumar. Hoje é lembrado o Dia de Combate ao Tabagismo. O projeto envolveu os 485 alunos da instituição.
Jovens da 3 a 8 série também ouviram o relato do palestrante João Batista Costa, que promove há 32 anos cursos para pessoas com interesse em largar o cigarro. "Cinquenta anos atrás quase metade da população brasileira fumava. Quando iniciei o embate contra o cigarro entre os jovens naquela época, a mensagem não encontrava apoio, pois os pais davam o exemplo ao contrário. Meio século depois, diminuímos para 15% o contingente de fumantes e os jovens estão fumando menos", comemorou Costa. Segundo ele, o consumidor de cigarro só vai deixar de fazê-lo pela razão. "A força não leva a nada. É preciso apontar bons motivos para que largue o cigarro. Neste momento, o papel do jovem é fundamental. Quantas vezes acompanhei filhos trazendo os pais pela mão para cursos sobre como largar o cigarro", disse Costa. Ele garante já ter ajudado 370 mil pessoas a largar o cigarro.
Conforme o diretor de educação da escola, Anderson Voos, o projeto envolvendo a prevenção contra o cigarro é realizado anualmente. "É parte da nossa filosofia fazer campanhas alertando para os perigos das drogas lícitas (cigarro e álcool) e ilícitas. Sempre que um jovem é flagrado fumando, procuramos orientá-lo sobre o assunto mostrando o mal que está fazendo para si mesmo", afirmou Voos. Entre os alunos envolvidos, o recado ficou muito claro. A estudante Luiza Almeida Leal, 11 anos, dedicou a carta para sua avó paterna. "Ela já ficou no hospital, recentemente, por causa do cigarro", disse. "Meu irmão fuma e a mãe também, mas eventualmente. Vou falar com eles também", acrescentou.
Sem nenhum parente próximo que seja fumante, a estudante Luiza Oliveira Soares, 12 anos, prestou sua solidariedade para uma colega. "A Carolzinha tem um primo que fuma. Vou pedir para que ele pare", afirmou. Caroline Mesquita, 12 anos, conhecida na turma como "Carolzinha" dedicou a carta para o tio Hamilton, que é primo de sua mãe. "Ouvi muita coisa que não sabia sobre o cigarro. Jamais vou fumar", garantiu Caroline.
Fonte:Jornal Correio do Povo 31/05/2011
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