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segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Pinguins, tartarugas e lobos-marinhos são reconduzidos ao mar


Na manhã desta segunda-feira, vários animais marinhos tratados pelo Centro de Recuperação de Animais Marinhos (Cram), da Universidade Federal do Rio Grande (Furg), foram reconduzidos ao seu habitat.

Foram 11 pinguins, quatro tartarugas marinhas e quatro lobos-marinhos juvenis. Eles foram liberados na beira da praia do Cassino e logo seguiram para o mar. 




Por Carmem Ziebell
carmem@jornalagora.com.br

Cram/Furg devolve animais ao mar nesta segunda-feira


O Centro de Recuperação de Animais Marinhos (Cram), da Universidade Federal do Rio Grande (Furg), vai devolver ao mar vários animais nesta segunda-feira, dia 5. Serão 11 pinguins, três tartarugas e quatro lobos-marinhos, que foram reabilitados durante os últimos meses no Centro.
Conforme o veterinário Rodolfo Pinho da Silva, as tartarugas e os filhotes de lobos-marinhos sofrem com o lixo deixado no mar. Os animais confundem os dejetos com a alimentação natural e acabam ficando doentes ou sendo levados à morte por ingerir materiais diversos, que ficam alojados no estômago ou aparelho respiratório dos animais.


Ele acredita que este ano já não apareçam mais pinguins para reabilitação. Mas o Cram ainda tem espécimes de tartarugas e lobos-marinhos sendo tratados.
O diretor do Cram e do Complexo de Museus da Furg, Lauro Barcellos, diz que este trabalho de recuperação dos animais é possível pelo apoio de várias empresas, entidades e instituições. Porém, acredita que o ideal é que as populações sejam conscientizadas da importância do mar para a vida na terra e que não se pode jogar lixo na água.
A saída dos veículos e equipe para liberação dos animais será do Museu Oceanográfico, às 8h de segunda-feira. A liberação acontecerá perto da Querência, no balneário Cassino. Apóiam a operação a Marinha do Brasil (Comando do 5º Distrito Naval e Fuzileiros Navais), Patrulha Ambiental da Brigada Militar, Ibama e voluntários.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Lobo-marinho juvenil recebe cuidados no Cram


O Centro de Recuperação de Animais Marinhos (Cram), do Museu Oceanográfico da Furg, recebeu nesta segunda, 9, um novo hóspede: um lobo-marinho-do-sul juvenil. Ele foi encontrado na beira da praia do Cassino, pela manhã, por moradores do balneário que comunicaram ao Núcleo de Educação e Monitoramento Ambiental (Nema). Um técnico do Nema foi ao local e ao verificar que o animal estava com uma lesão em uma nadadeira, o levou para o Cram, onde, na tarde de ontem ele estava descansando.


A oceanóloga Paula Canabarro, do Cram, relatou que o lobinho chegou ao Centro bastante cansado, por isso, inicialmente ele iria apenas descansar. Depois, passaria por exame físico para verificação do seu estado geral. O tratamento do animal no Cram também inclui hidratação e alimentação, entre outros procedimentos.


Também nesta segunda, 9, outro lobo-marinho juvenil, que estava em tratamento no Centro de Recuperação há duas semanas, foi encaminhado para liberação. Técnicos do Nema que faziam monitoramento de praia entre o Molhe Oeste e o Farol Sarita, o levaram para reintroduzi-lo no mar. Este animal chegou ao Cram debilitado e magro, mas em duas semanas se recuperou e engordou.


Paula Canabarro observa que a maioria dos animais dessa espécie se reproduz em ilhas do Uruguai e da Argentina, e nos meses de inverno e primavera migram para a costa gaúcha para alimentar-se. Muitos vão para a praia simplesmente para descansar e depois retomar sua migração, o que significa que é normal eles aparecerem na orla. "A praia é lugar deles". Somente os debilitados são levados para o Cram.


A oceanóloga orienta as pessoas que os virem na praia a fazerem contato o Museu oceanográfico (53 3232.9107) ou com o Nema (53 3236.2420), que enviarão técnicos para verificarem as condições dos animais.


Por Carmem Ziebell
carmem@jornalagora.com.br

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Boto adulto é encontrado morto na praia do Cassino


Um boto adulto, de aproximadamente 15 anos, com três metros e meio de comprimento e pesando em torno de 350 quilos, foi encontrado morto na beira da praia do Cassino, perto do monumento à Iemanjá, na noite de segunda-feira. Bombeiros do balneário avisaram técnicos do Centro de Recuperação de Animais Marinhos (Cram) do Museu Oceanográfico da Furg que, junto com integrantes da equipe do Laboratório de Mamíferos Marinhos, também do museu, verificaram o animal e, na manhã desta terça-feira, o recolheram para o museu. Conforme os técnicos, ele foi vítima de redes de pesca, o que ficou evidenciado pelas marcas na cauda, no focinho e na nadadeira peitoral. Durante a madrugada, ainda foi arrancada a mandíbula dele, provavelmente para retirada dos dentes para confecção de colar, o que se constitui em crime ambiental.
Trata-se de um dos machos da população de aproximadamente 90 botos que habita o estuário da Lagoa dos Patos e águas costeiras adjacentes. O animal era chamado de "Chicão" pelos técnicos e pesquisadores do Cram e do Laboratório de Mamíferos, que acompanham essa população desde 1974 por meio do projeto Botos da Lagoa dos Patos. O biólogo Pedro Fruet, do Laboratório, diz que esses animais podem viver até 40 ou 45 anos. "Estamos tristes e preocupados porque não é só essa espécie que está sendo vítima dessa dizimação", observou o biólogo. Segundo ele, de novembro até agora, oito dos botos desta comunidade morreram devido às redes de pesca colocadas perto das praias no litoral gaúcho.
"Lamentavelmente, essas redes de pesca matam os botos e pessoas. Quarenta e nove pessoas já morreram por causa delas. A quantidade delas (redes) na beira da praia é cada vez maior", observa o oceanólogo Lauro Barcellos, diretor do Museu Oceanográfico. Ele diz que uma providência legal precisa ser tomada para proibição total da pesca com redes na zona de arrebentação até cinco milhas mar adentro. "A fauna marinha está sendo dizimada", ressaltou. No monitoramento feito pelo Museu Oceanográfico no último domingo entre Rio Grande e São José do Norte, foram contadas 193 redes e achadas mais de 20 toninhas mortas.
O corpo do animal estava sendo analisado hoje por técnicos do Cram e do Laboratório de Mamíferos para os projetos de pesquisa que objetivam a proteção destes animais.
Fonte:Jornal Agora 31/01/2012

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Tartaruga marinha sem uma nadadeira será submetida a cirurgia


O Centro de Recuperação de Animais Marinhos (Cram), do Museu Oceanográfico da Furg, está tratando de uma tartaruga-verde (Chelonia mydas), juvenil, encontrada sem a nadadeira anterior esquerda e com uma lesão profunda na anterior direita. Em breve, ela será submetida a uma cirurgia para retirada do fragmento ósseo restante da nadadeira ausente. O procedimento cirúrgico será feito por profissionais do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) da UFPel, em Pelotas, em parceria com o Cram.
Após a cirurgia, ela permanecerá no Centro de Recuperação de Animais Marinhos até recuperar-se e estar em condições de ser reconduzida ao seu ambiente. Conforme o veterinário Pedro Bruno e a bióloga Roberta Petitet, da equipe técnica do Cram, essa tartaruga foi achada na Barra do Chuí, na beira da praia. O Centro de Recuperação foi comunicado e técnicos foram buscá-la. Ela está no "hospital de animais marinhos" do Museu Oceanográfico desde 30 de dezembro.
Além dessa tartaruga marinha, outras quatro, juvenis e da mesma espécie, estão em tratamento no Cram, com quadro de ingestão de lixo encontrado no mar. A poluição do mar é apontada como uma das principais ameaças às tartarugas-verdes. As tartarugas desta espécie, mais a cabeçuda e a de couro, são as que mais ocorrem na costa do Rio Grande do Sul. O litoral gaúcho é uma área de alimentação desses animais.
Pinguins
O Cram ainda está "hospedando" cinco pinguins-de-Magalhães que chegaram ao local ainda no inverno, junto com outras dezenas dessas aves, a grande maioria atingidas por manchas de óleo no mar. Os cinco animais estão reabilitados e prontos para serem liberados. Porém, a equipe do Centro de Recuperação vai aguardar o início da temporada de migração dos pinguins para o Brasil para reconduzí-los ao hábitat. Eles costumam sair da Patagônia, área de reprodução da espécie, no fim de abril, em busca de alimentação.
Por Carmem Ziebell
carmem@jornalagora.com.br
Fotos:Leandro Carvalho

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

LOBO-MARINHO CHAMA ATENÇÃO NAS AREIAS DO CASSINO

Um lobo-marinho adulto, medindo em torno de dois metros, apareceu na beira da praia do Cassino, em frente à localidade de Querência, na manhã desta quarta-feira, 16 e, à tarde, permanecia lá. O animal chamou atenção de quem passava pelo local. Algumas pessoas aproveitaram para fotografá-lo. Técnicos do Núcleo de Educação e Monitoramento Ambiental (Nema) estiveram verificando o mamífero e constataram que ele estava bem. Como é comum o aparecimento desta espécie à beira-mar no Cassino, a medida adotada foi o isolamento da área em que ele estava para evitar que automóveis chegassem muito perto e que o sossego do animal fosse perturbado.
Conforme o oceanólogo Kléber Grübel da Silva, coordenador do Projeto Mamíferos Marinhos do Litoral Sul, do Nema, esse deve ser um dos últimos exemplares de lobo-marinho que ainda se encontra na região, pois, neste período do ano, eles estão retornando para suas colônias de reprodução, localizadas no Uruguai. "Ele deve ter parado na beira da praia para descansar e depois retomar sua migração", observou Silva. O oceanólogo orienta as pessoas que encontrarem exemplares desses animais na orla a deixá-los descansarem. As pessoas não devem empurrá-los para a água e sim, aproveitar para observá-los em seu ambiente natural.
Para uma convivência amigável com esses bichos, é preciso manter uma distância mínima de cinco metros deles. Deve-se ainda evitar a aproximação de cachorros que podem perturbá-los ou machucá-los. No Brasil, os mamíferos marinhos são protegidos por lei. "Precisamos compreender que a praia e a região costeira são os ambientes naturais desses animais. Nunca devemos tentar colocá-los de volta no mar ou capturá-los. A menos que apresentem algum ferimento, eles estarão muito melhor na beira da praia do que em qualquer centro de reabilitação", orienta.
As pessoas também podem fazer contato com o Nema (53) 3236.2420 ou com o Museu Oceanográfico (53)3232.9107, que técnicos dessas instituições irão até o local, o mais rápido possível, para averiguar as condições de saúde do animal e avaliar a necessidade de algum tratamento emergencial.
Na terça-feira, por exemplo, foi encontrado um filhote de lobo-marinho, de aproximadamente um ano de idade, na área mais central da praia do Cassino. Como ele apresentava um corte no focinho e estava com um olho machucado, por motivo desconhecido, ele foi levado para o Centro de Recuperação de Animais Marinhos (Cram), do Museu Oceanográfico, onde está sendo tratado.
Fonte:Jornal Agora 16/11/2011

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

A PRAIA É AMBIENTE NATURAL DE LEÕES E LOBOS-MARINHOS

Nos últimos dias, tem sido frequente a presença de lobos-marinhos na beira da praia do Cassino e a reação de muitos populares ao vê-los tem preocupado o Núcleo de Educação e Monitoramento Ambiental (Nema). O coordenador do Projeto Mamíferos Marinhos do Litoral Sul, do Nema, oceanólogo Kléber Grübel da Silva, observa que, na chegada do inverno, a corrente de águas provenientes do Sul (das Malvinas) traz com ela sua fauna característica. Além dos cardumes de enchova, dos pinguins-de-Magalhães e da baleia Franca, várias espécies de pinípedes, como focas, leões-marinhos e lobos-marinhos, vêm à costa gaúcha para descansar e se alimentar. E neste mês e no próximo, eles retornam para as águas uruguaias. Em função disso, muitos aparecem nas praias para descansar ou debilitados e a comunidade se mostra meio confusa sobre como proceder em relação a eles.
O oceanólogo diz que, este ano, devido ao inverno ter sido bem típico, com as correntes costeiras e frios bem marcados e sincronizados, o litoral gaúcho foi utilizado principalmente por grande quantidade de filhotes de lobos-marinhos. Por isso, a ocorrência deles na praia está se dando com maior frequência. "É principalmente nesta época que, ao passearmos pela beira da praia do Cassino, podemos encontrar uma destas espécies à beira-mar, descansando de suas longas migrações. Precisamos compreender que a praia e a região costeira são os ambientes naturais desses animais. Nunca devemos tentar colocá-los de volta no mar ou capturá-los. A menos que apresentem algum ferimento, eles estarão muito melhor na beira da praia do que em qualquer centro de reabilitação", orienta.
Conforme Silva, o balneário Cassino é um dos melhores lugares para observarmos os pinípedes em seu ambiente natural. Portanto, quem encontrar uma dessas espécies na orla, deve ter o cuidado de não perturbá-las. Para uma convivência harmônica e uma boa observação desses mamíferos, o ideal é manter distância mínima de cinco metros deles, evitar gritos e movimentos bruscos e não jogar objetos ou cutucá-los. Também não se deve tentar capturá-los, pois eles podem se tornar agressivos, quando assustados, ou transmitir algumas doenças por contato, como tuberculose. Deve-se ainda evitar a aproximação de cachorros que podem perturbá-los ou machucá-los. Os motoristas não devem parar o carro ao lado deles e precisam ter cuidado para não os atropelar.
As pessoas também podem avisar o Nema (53)3236.2420 ou o Museu Oceanográfico (53)3232.9107, que técnicos dessas instituições irão até o local, o mais rápido possível, para averiguar as condições de saúde do animal e avaliar a necessidade de algum tratamento emergencial. Caso o Pinípede precise de maiores cuidados, será removido para o Centro de Reabilitação de Animais Marinhos (Cram) do Museu Oceanográfico. "Em um ecossistema cada vez mais pressionado por atividades humanas de grande impacto - construções, poluição, lixo e tráfego de veículos -, eles são símbolos de beleza e exemplo de harmonia com a natureza. O aparecimento deles em nossas praias indica ainda boa qualidade ambiental em nossa orla", salienta Silva.

Por Carmem Ziebell
carmem@jornalagora.com.br
Fonte:Jornal Agora 16/10/2011

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

PINGUINS RECUPERADOS PELO CRAM SÃO RECONDUZIDOS AO MAR

Em uma ação que mobilizou técnicos e voluntários do Centro de Recuperação de Animais Marinhos (Cram), do Museu Oceanográfico da Furg, mais militares do Exército, na manhã desta terça, 23, 46 pinguins-de-magalhães, um filhote de lobo-marinho e duas tartarugas marinhas juvenis foram reconduzidos ao mar.
Colocados dentro de caixas apropriadas, os animais foram transportados em dois caminhões do Exército (6º Grupo de Artilharia de Campanha) desde o Cram, situado no centro do Rio Grande, até a praia do Cassino. Na localidade de Querência, a 2,5 quilômetros do monumento à Iemanjá, eles foram soltos à beira-mar. Primeiro foram liberados os pinguins, que logo seguiram agrupados para o mar. Depois foi liberado o lobo-marinho. Em seguida, as duas tartarugas - das espécies de - pente e verde - foram colocadas na água.
Os 46 pinguins chegaram ao Cram, junto com outras dezenas destas aves, na segunda quinzena de junho. Eles foram encontrados na costa gaúcha com as plumagens cobertas por óleo. Estavam desnutridos e desidratados. No centro, receberam hidratação e alimentação. Depois de estabilizados, foram submetidos a banho com detergente neutro e água na temperatura corporal deles para retirada do óleo.
Hoje, plenamente recuperados e com a plumagem organizada, foram liberados e devem retornar às suas colônias reprodutivas, localizadas na Patagônia. O lobinho também foi encontrado debilitado e levado para o Cram, onde foi tratado. Assim que foi liberado na beira da praia, ele entrou na água e, faceiro, começou a mergulhar e rolar entre as ondas. As duas tartarugas, junto com várias outras, estavam no Cram desde a segunda quinzena de maio, onde chegaram bastante debilitadas devido à ingestão de lixo no mar.
Permanecem em tratamento no Centro de Recuperação de Animais Marinhos outros 27 pinguins, quatro tartarugas - três da espécie verde e uma da cabeçuda, todas juvenis, e dois lobos-marinhos juvenis. Outras tartarugas foram devolvidas ao mar anteriormente. A expectativa de que os pinguins sigam para a Patagônia se deve ao fato de os retornos já terem sido verificados, após outras solturas, tanto por meio de conferência das marcas (registros nas anilhas colocadas neles) quanto por rotas monitoradas por satélite, segundo o oceanólogo Lauro Barcellos, diretor do Museu Oceanográfico.
Sobre o significado da recondução dos animais ao mar para a equipe do Cram/Museu Oceanográfico, Barcellos diz que é sempre um sentimento de missão cumprida e de estar contribuindo com a natureza e, principalmente, com a conscientização das pessoas quanto à necessidade de se cuidar da natureza. "O trabalho do Cram tem uma grande função educativa por se tratar de formas de vida extremamente carismáticas, como são os pinguins, os lobos e tartarugas marinhas", salientou. No próximo dia 10, haverá nova soltura de animais, quando os 27 pinguins que continuam em recuperação deverão voltar ao habitat.

Por Carmem Ziebell
carmem@jornalagora.com.br
Fonte:Jornal Agora 23/08/2011

quinta-feira, 21 de julho de 2011

VOLUNTÁRIOS AUXILIAM NA RECUPERAÇÃO DE PINGUINS

Atuando na reabilitação de 122 pinguins de Magalhães, o Centro de Recuperação de Animais Marinhos (Cram) da Universidade Federal do Rio Grande (Furg) conta com o auxílio de aproximadamente 35 voluntários de todo País. Eles são estudantes e profissionais das áreas de Medicina Veterinária, Ciências Biológicas e Oceanografia, vindos dos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
Junto à equipe do Centro, o grupo se reveza no atendimento dos animais, que começaram a chegar no mês de junho, após serem encontrados sujos de óleo, desidratados e desnutridos, no litoral gaúcho.
O apoio vindo das mais diversas partes do País é recebido com satisfação pelos envolvidos. “Temos uma lista de espera de mais de 300 voluntários, o que demonstra o carinho com os animais e o meio ambiente”, ressalta o diretor do Cram e do Museu Oceanográfico, Lauro Barcellos.
Ele afirma que os pinguins ainda não têm previsão de liberação, uma vez que o sucesso da reabilitação está diretamente relacionado com a demora em iniciar os procedimentos. “Alguns foram recolhidos tardiamente e sofreram mais com o frio na semana do desastre, ainda sem fonte identificada”, conta. As perspectivas, entretanto, são boas.
Para Barcellos, o empenho de diferentes setores é fundamental para viabilizar o desenvolvimento das ações, principalmente o acompanhamento da Reitoria e o apoio constante da Petrobras ao trabalho do Cram/Furg, além do apoio das indústrias de beneficiamento de pescado, que fornecem gratuitamente a alimentação para os animais atendidos nesses 37 anos de existência do Centro. O consumo médio de pescado é de aproximadamente 200kg/dia.
Acolhida
Na tarde de segunda-feira, 11, os voluntários receberam o agradecimento da instituição, através do reitor João Carlos Brahm Cousin e do diretor Lauro Barcellos. No encontro com o grupo, o reitor deixou uma mensagem de acolhida da Universidade aos voluntários, destacando a importância do cuidado com a vida e o papel do Cram/Furg no contexto nacional, “como espaço de formação de estudantes e como espaço de recuperação dos animais”. Lembrou ainda o apoio dos técnicos do Ibama que também auxiliam no processo de recuperação dos animais
Fonte:Jornal Agora 13/07/2011

quinta-feira, 7 de julho de 2011

CRAM COMEÇA A DAR BANHO EM PINGUINS PARA RETIRADA DE ÓLEO

Um grupo de cinco dos 122 pinguins-de-magalhães, que estão em tratamento no Centro de Recuperação de Animais Marinhos (Cram) do Museu Oceanográfico da Furg, foi submetido a banho para retirada de óleo de suas plumagens hoje, 6. Assim como outras dezenas, eles foram encontrados na costa gaúcha com as penas cobertas por óleo e levados para o Cram na segunda quinzena de junho. Estavam desnutridos e desidratados. No centro, receberam hidratação e alimentação. Na tarde desta quarta-feira, já estabilizados, receberam o banho com detergente neutro e água na temperatura (38,5 a 40 graus) corporal deles, atividade que envolveu oito técnicos do centro e voluntários.


Depois do banho, os pequenos animais foram hidratados e colocados em um recinto de secagem, onde são aquecidos por lâmpada infravermelha e um secador de PET. Nesta quinta-feira, já devem ser liberados, durante o dia, na área externa do centro, onde poderão usar o tanque para nadar.

Agora, inicia-se o período de organização da plumagem, para que volte a ser impermeável. Esse processo deve se estender por 12 dias. Para que estejam totalmente recuperados e prontos para serem reconduzidos ao mar, ainda serão necessários no mínimo 20 ou 25 dias. O banho, neste grupo, dá início ao processo de lavagem dos pinguins "internados" no Cram, uma vez que na medida em que outros estiverem estabilizados também serão submetidos a este sistema de retirada do óleo que os atingiu.
Ao todo, o Centro de Recuperação recebeu 152 pinguins-de-magalhães vivos e petrolizados. No entanto, 30 não sobreviveram. Conforme o veterinário Rodolfo Pinho da Silva, do Cram, estes chegaram muito debilitados e não resistiram. Eles foram prejudicados principalmente pelo frio. Parte destes morreu em consequência de pneumonia. O óleo prejudica a impermeabilização de suas plumagens, o que os faz sentir frio. Por este motivo, eles saem da água. Entre os que estão em tratamento, há alguns com pneumonia.
No outono, os pinguins-de-magalhães saem de suas colônias de reprodução, localizadas na Patagônia, e vêm para a costa do Brasil em busca de alimento. Durante o deslocamento, são afetados por manchas de óleo no mar.
Fonte:Jornal Agora 06/07/2011

terça-feira, 28 de junho de 2011

CRAM ESTÁ COM 139 PINGUINS ATINGIDOS POR ÓLEO

Técnicos e estagiários do Centro de Recuperação de Animais Marinhos (Cram) do Museu Oceanográfico da Furg estão mobilizados no tratamento das dezenas de pinguins sujos de óleo que estão no local. Com a chegada de 91 animais no fim de semana, dos quais 57 enviados pelo Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos (Ceclimar) e 34 pela equipe do Parque Nacional da Lagoa do Peixe, nesta segunda, 27, já chegava a 139 o número de pinguins em tratamento no Cram. Em torno de 10 pessoas, entre técnicos e estagiários encaminhados por universidades da região, atuam, diariamente, nas atividades de recuperação dessas aves.

Esses animais foram encontrados desidratados e desnutridos na beira da praia na região de Mostardas, de São José do Norte, Cassino e litoral norte. Para reabilitação, eles são submetidos a exames e recebem hidratação e alimentação. Também recebem banho superficial, com água morna, para retirada de fezes das penas, e são mantidos sob lâmpadas infravermelhas para secagem e aquecimento.
Assim que estiverem mais fortes, os pequenos animais serão submetidos a banho com detergente neutro para retirada do petróleo de suas plumagens. De acordo com a Furg, não há informações sobre a origem do óleo que os atingiu, mas a suspeita é de que o produto tenha sido liberado por embarcações durante operação clandestina de troca de combustível.
No outono, os pinguins-de-Magalhães saem de suas colônias de reprodução, localizadas na Patagônia, e vêm para a costa do Brasil em busca de alimento. Durante o deslocamento, são afetados por manchas de óleo no mar. Além dos que foram encontrados petrolizados e vivos, também foram encontradas diversas dessas aves mortas e cobertas de óleo. O Ministério Público Federal (MPF/RS) instaurou procedimento no Núcleo do Meio Ambiente para apurar a causa destas ocorrências.
A área criminal da Procuradoria da República no Rio Grande do Sul também requereu à Delegacia de Repressão aos Crimes contra o Meio Ambiente e Patrimônio Histórico (DELEMAPH), da Polícia Federal, em Porto Alegre, a instauração de inquérito policial para apurar os crimes ambientais decorrentes das lesões e mortes de animais marinhos e outros eventuais danos ambientais decorrentes.
Por Carmem Ziebell
carmen@jornalagora.com.br
Fonte:Jornal Agora 28/06/2001

domingo, 26 de junho de 2011

MPF/RS INVESTIGA APARECIMENTO DE PINGUINS MORTOS NA COSTA GAÚCHA

O Ministério Público Federal (MPF/RS) instaurou procedimento no Núcleo do Meio Ambiente para apurar a causa do aparecimento de dezenas de pinguins e um leão marinho mortos na costa marítima do Rio Grande do Sul, cobertos por material que aparentemente se trata de óleo ou petróleo. O MPF observa ainda que as informações iniciais dão conta, também, que um número ainda indeterminado de aves contaminadas apareceu com vida na região e algumas morreram quando estavam sendo tratadas.

Os animais, resgatados por biólogos, estão no Ceclimar, em Tramandaí, e no Centro de Recuperação de Animais Marinhos (CRAM), na Furg, em Rio Grande. O Núcleo Ambiental da Procuradoria da República requisitou com urgência informações a todos os órgãos envolvidos, como Capitania dos Portos, Ibama, Batalhão Ambiental da Brigada Militar, além da ONG Sea Shepherd, que realiza trabalho voluntário relacionado à preservação da vida marinha.

Também está em contato direto com os órgãos ambientais competentes e outros órgãos, com vistas à ampla apuração dos fatos, considerando como prioridade a verificação da causa e dos responsáveis pelos danos ambientais, além da urgência na recuperação e tratamento dos animais.

Paralelamente, a área criminal da Procuradoria da República no Rio Grande do Sul requereu à Delegacia de Repressão aos Crimes contra o Meio Ambiente e Patrimônio Histórico (Delemaph), da Polícia Federal, em Porto Alegre, a instauração de Inquérito Policial para apurar os crimes ambientais decorrentes das lesões e mortes de animais marinhos e outros eventuais danos ambientais decorrentes
Fonte:Jornal Agora 26/06/2011

quinta-feira, 23 de junho de 2011

CHEGAM AO CRAM MAIS 26 PINGUINS SUJOS DE ÓLEO

Maioria dos "pacientes" são jovens
O Centro de Recuperação de Animais Marinhos (Cram), do Museu Oceanográfico da Furg, recebeu hoje, 22, mais 26 pinguins-de-magalhães sujos de óleo. Destes, 24 foram recolhidos da beira da praia na região de Mostardas por técnicos do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) que atuam na Lagoa do Peixe.
Técnicos do Cram foram buscá-los de barco hoje à tarde em São José do Norte, até onde os animais foram levados por servidores do ICMBio. A equipe do Parque entregou 25, mas um deles estava muito fraco e morreu no trajeto entre São José do Norte e Rio Grande. Além destes, outros dois pinguins foram entregues no Cram, ontem, por um casal que os trouxe do Litoral Norte.
Somando estes 26 com os 20 que já se encontravam no Cram, no final da tarde o Centro estava com 46 aves atingidas por petróleo no mar. Na terça-feira, havia 21, porém uma delas morreu. Dos novos "pacientes", a maioria é juvenil. Apenas quatro são adultos. Todos estão desidratados e subnutridos, sendo que cinco estão em situação mais delicada.
Nesta quarta, os animais recém-chegados receberiam apenas hidratação via oral. A partir de amanhã, 23, receberão o tratamento aplicado aos outros - exames, banho superficial para retirada de fezes das penas, hidratação e alimentação. Assim como os demais, quando estiverem mais fortes, eles serão submetidos a banho com sabonete neutro para a retirada do óleo de suas plumagens.
Por Carmem Ziebell
carmen@jornalagora.com.br
Fonte:Jornal Agora 23/06/2011

quarta-feira, 22 de junho de 2011

CRAM RECEBE 19 PINGUINS SUJOS DE ÓLEO

A equipe do Centro de Recuperação de Animais Marinhos (Cram), do Museu Oceanográfico da Furg, está mobilizada no tratamento de 19 pinguins de Magalhães sujos de óleo. Os pequenos animais, todos juvenis, foram encontrados na beira da praia na região de Mostardas e levados para o Cram por técnicos da Lagoa do Peixe a partir da última sexta-feira. Eles chegaram ao centro desidratados e subnutridos.

No outono, os pinguins de Magalhães saem de suas colônias de reprodução, localizadas na Patagônia argentina e chilena, e vêm para a costa do Brasil em busca de alimentação. Ao serem atingidos por manchas de óleo no mar, saem da água porque o óleo prejudica a impermeabilização de suas plumagens e e eles passam a sentir frio. Conforme Rodolfo Pinho da Silva, como essas aves se hidratam através da alimentação, saindo do mar elas não se alimentam e por isso ficam desidratadas e subnutridas.
No Cram, são submetidos a exames, hidratadas e alimentadas. Assim que estiverem mais fortes, passarão por banho com detergente neutro para a retirada do óleo. O veterinário Rodolfo Pinho da Silva, do Cram, acredita que em uma semana eles já poderão ser lavados. Esses animais ficarão no Centro de Recuperação até estarem em condições de serem reintroduzidos no mar.

Por Carmem Ziebell
carmen@jornalagora.com.br
Fonte:Jornal Agora 22/06/2011

sexta-feira, 10 de junho de 2011

CRAM LIBERA OITO ANIMAIS MARINHOS JÁ REABILITADOS

A beira da praia do Cassino hoje foi espaço, mais uma vez, para uma ação em prol do meio ambiente. Técnicos do Centro de Recuperação de Animais Marinhos (Cram), do Museu Oceanográfico da Furg, liberaram, à tarde, a oito quilômetros do monumento à Iemanjá, em direção ao navio encalhado, seis tartarugas, um filhote de lobo-marinho e uma ave oceânica - uma pardela-preta. Todos animais tratados no Cram e já reabilitados.

Das seis tartarugas marinhas reintroduzidas no mar, cinco são da espécie verde e uma da cabeçuda. As primeiras, são animais que chegaram ao centro na segunda quinzena de maio debilitados devido à ingestão de lixo. A cabeçuda, um animal subadulto pesando hoje 54 quilos, apresentava fraturas no casco, provavelmente por choque com alguma embarcação. Conforme o veterinário Rodolfo Pinho da Silva, do Cram, esta última teve o casco reconstituído.
Das 32 tartarugas que se encontravam no centro de recuperação na quinta-feira da semana passada, estas são as primeiras com tratamento concluído e recuperadas. Outras sete morreram. Dezenove continuam em tratamento e em processo de recuperação. O filhote de lobo-marinho, com idade entre seis e oito meses, estava há aproximadamente um mês no Cram, onde chegou com ferimento em uma nadadeira e magro.
A pardela-preta, uma ave oceânica das ilhas subantárticas que usa a costa do Rio Grande do Sul para alimentar-se, estava internada no Cram por ter sido encontrada desidratada e debilitada. Para a recondução ao mar, a equipe técnica colocou os animais em caixas apropriadas e os transportou até a beira da praia do Cassino. Lá, primeiro levou para a água as tartarugas verdes. Enquanto isso, a cabeçuda, já fora da caixa, começou a deslocar-se em direção ao mar. Ela andou parte do caminho sozinha, com toda sua lentidão. Depois, os técnicos a pegaram e a carregaram para a água, agilizando o acesso ao seu habitat.
Tão logo foi liberada, a pardela-preta saiu voando sobre o mar. Já o filhote de lobo-marinho foi para a água e ficou um bom tempo brincando na parte rasa, mostrando-se satisfeito com o retorno ao seu ambiente. O veterinário Pedro Bruno, também do Cram, disse que a liberação é a parte mais gratificante do trabalho no Cram, ou seja, "ver, depois de um tempo em tratamento, os animais recuperados e de volta à natureza".
Antes de serem reconduzidos ao mar, as tartarugas foram anilhadas e o lobo-marinho recebeu um brinco, objetos com a identificação e dados da passagem desses animais pelo Cram, para, caso sejam novamente encontrados, possibilitar aos técnicos ampliar os conhecimentos sobre as características e deslocamentos deles.
Filhote de lobo-marinho retorna ao seu habitat


Tartaruga-cabeçuda teve seu casco reconstituido

Por Carmem Ziebell
carmen@jornalagora.com.br
Fonte:Jornal Agora 10/11/2011

sexta-feira, 3 de junho de 2011

MAIS DE 30 TARTARUGAS MARINHAS ESTÃO EM TRATAMENTO NO CRAM

O Centro de Recuperação de Animais Marinhos (Cram), do Museu Oceanográfico da Furg, está tratando 32 tartarugas marinhas, levadas para o local nas últimas três semanas. Só na terça-feira, chegaram nove, todas debilitadas devido à ingestão de lixo encontrado no mar. São tartarugas das espécies verde, de-pente e cabeçuda, juvenis, recolhidas na região do Cassino a Barra do Chuí, São José do Norte, Tavares e Mostardas, em monitoramentos de praia realizados pelo Núcleo de Educação e Monitoramento Ambiental (Nema) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) da Lagoa do Peixe.

Conforme a bióloga marinha Roberta Petitet e o veterinário Pedro Bruno, do Cram, todas apresentam quadro típico de ingestão de lixo. Três delas também estão com outros problemas, sendo uma com uma nadadeira estrangulada e outra sem uma nadadeira, ambas provavelmente por contato com rede de pesca, e uma terceira com o casco quebrado, o que deve ter ocorrido por choque com alguma embarcação. O tratamento no Cram se dá com hidratação, antibiótico e óleo mineral. Esse último objetiva fazer com que o fluxo gastrointestinal volte ao normal, para ver se elas expelem o lixo.


Pedro Bruno destaca que 99% das tartarugas que chegam ao Cram são vítimas de ingestão de lixo. Ele contou que há dois meses havia 15 tartarugas marinhas no Cram, das quais 80% morreram. E nas necropsias foi constatado que todas tinham ingerido resíduos. Segundo o veterinário, esses animais têm seus hábitos alimentares preferenciais, mas são oportunistas, alimentando-se também de outros organismos. Por isso acabam ingerindo estes materiais.


Ele observa que as pessoas precisam conscientizar-se de que não basta só deixar de jogar lixo no mar, pois o que é jogado nas ruas é levado pelas chuvas para as valetas, arroios e rios, pelos quais chegam às lagoas e ao mar, como bitucas de cigarro, papel de bala, tampinha de garrafa, fios de rede de pesca e balões de aniversário.


O diretor do Museu Oceanográfico da Furg, oceanólogo Lauro Barcellos, destacou que lamentavelmente a quantidade de lixo no oceano está aumentando. "É consequência de falta de educação ambiental e de um desordenamento da ocupação litorânea por comunidades, e que, infelizmente, afeta diretamente as tartarugas marinhas. Nos monitoramentos que o Museu Oceanográfico realiza, observamos grandes quantidades de lixo depositadas na praia entre Mostardas e Chuí", salientou Barcellos. A equipe do Cram ainda não tem previsão de quando os animais estarão reabilitados e em condições de serem reconduzidos ao mar.
As tartarugas verde e cabeçuda, que costumam utilizar a costa do Rio Grande do Sul em busca de alimento, e a tartaruga-de-pente, são espécies ameaçadas de extinção, sendo que essa última é criticamente ameaçada. As de-pente, não são comuns na costa gaúcha. São de regiões mais quentes. Junto com as tartarugas, na última terça-feira também foram entregues no Cram dois pinguins magros, desidratados e com hipotermia, que estão recebendo hidratação e papa de peixe, além de serem submetidos a exame de sangue para verificar se apresentam algum outro problema de saúde.
Por Carmem Ziebell

carmen@jornalagora.com.br
Fonte:Jornal Agora 03/06/2011

segunda-feira, 7 de março de 2011

TARTARUGA GIGANTE É LIBERADA NO MAR

A tartaruga gigante que precisou ser submetida a um procedimento cirúrgico no Centro de Recuperação de Animais Marinhos (Cram) do Museu Oceanográfico da Furg foi reintegrada ao seu ambiente na manhã de sábado.

Perto das 10h, técnicos do Cram a retiraram do tanque em que ela estava, a colocaram em um carrinho de transporte e levaram até uma lancha da Praticagem da Barra que aguardava no trapiche do museu. Lá, ela foi transferida para a lancha que a transportou até sete milhas mar a dentro, onde foi liberada.
Conforme os veterinários Rodolfo Pinho da Silva e Pedro Luis Bruno Filho, do Cram, ela seguiria em busca de alimentação no oceano. Essa espécie, também chamada de tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea), se alimenta de gelatinosas, como água-viva e medusa, as quais procura em grandes profundidades do mar
Fonte:Jornal Agora  06/03/2011

sábado, 5 de março de 2011

TARTARUGA GIGANTE É SUBMETIDA A PROCEDIMENTO CIRÚRGICO

A tartaruga gigante que chegou ao Centro de Recuperação de Animais Marinhos (Cram) do Museu Oceanográfico da Furg no último dia 28 foi submetida a um procedimento cirúrgico na manhã de sexta-feira. O animal, encontrado com um sério ferimento na cabeça, teve o corte fechado com cimento ósseo (methil metacrilato de metila). O procedimento foi realizado pelo traumatologista Flávio Hanciou, do Hospital Universitário da Furg, com auxílio da equipe de técnicos do Cram.

Hanciau explica que o animal teve uma perda óssea na cabeça e essa perda comprometeria a vida dele, uma vez que no corte se desenvolveriam larvas e se alojariam caranguejos. Por isso, a parte perdida foi substituída por cimento ósseo, o mesmo usado para artroplastia total de quadril e de joelho em seres humanos. É um material de fixação rápida e biocompatível com seres humanos e animais. Segundo o médico, foi um procedimento que exigiu grande precaução para proteger o cérebro da tartaruga do cimento ósseo, pois o material gera grande calor quando solidificado. "Fizemos uma proteção e substituímos a calota perdida", relatou o médico.
Em 35 anos de atividade, essa foi a primeira experiência de Hanciau com procedimento cirúrgico em tartaruga marinha. De acordo com o traumatologista, como se trata de um animal em crescimento, é provável que, com o passar dos anos, vá se formando tecido normal do organismo embaixo do cimento ósseo e esse material seja eliminado. Ele observou que a importância do procedimento está no fato de que o animal precisa ser liberado em seu ambiente o quanto antes, já que fora do mar é submetido a grande estresse.

Conforme o veterinário Pedro Luis Bruno Filho, do Cram, concluído o procedimento, a tartaruga de 1,14 metro de comprimento de casco e peso de 135 quilos, também chamada de tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea), foi recolocada em um tanque. Bruno Filho relatou que o animal estava bem ativo, com estado corporal bom e reagiu bem ao procedimento. A intenção da equipe do Cram é reconduzi-lo ao mar neste sábado, por volta das 10h.

No Cram, como se alimenta de gelatinosas - como água-vivas e medusas, as quais procura em grandes profundidades do mar -, a tartaruga gigante está sem se alimentar, mas recebe soro e vitaminas por via subcutânea ou intracavitária. Também é tratada com antibiótico por via intramuscular. O animal foi encontrado na beira da praia do Cassino na noite do último domingo, 27, e recolhido na manhã de segunda-feira pelo 2º Pelotão Ambiental da Brigada Militar.

Trata-se de uma tartaruga juvenil, de aproximadamente 20 anos, que deve ter se ferido em um acidente com alguma embarcação. Essa espécie é a maior das tartarugas marinhas. Quando adulta, chega a medir até dois metros de comprimento e a pesar até 750 quilos. É uma das três espécies que mais ocorrem na costa do Rio Grande do Sul. As outras duas são a verde e a cabeçuda. Elas se alimentam nesta região. As três estão ameaçadas de extinção, mas a de couro está entre as criticamente ameaçadas. A desova, no Brasil, ocorre basicamente no Espírito Santo.

Por Carmem Ziebell
carmen@jornalagora.com.br
Jornal Agora 05/03/2011

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

CRAM PREPARA VOLTA DE PINGUINS AO MAR

O Centro de Recuperação de Animais Marinhos (Cram) do Museu Oceanográfico da Furg recebeu 21 pinguins-de-Magalhães enviados da Bahia. Os pequenos animais viajaram em um avião de Salvador até Porto Alegre, de onde o Ibama da Capital os transportou até Rio Grande em uma camionete. Vinte deles foram tratados na Bahia e um em Aracaju, sendo que este último foi levado para Salvador visando o envio para o Cram.

Segundo Andréa Adornes, oceanóloga do Centro, são todos pinguins juvenis e foram encaminhados para a recondução ao mar, já que Rio Grande fica mais próximo das colônias de reprodução da espécie. Dez deles receberam tratamento no Instituto Mamíferos Aquáticos, de Salvador, e dez, no Centro de Triagem de Animais Silvestres do Ibama de Porto Seguro. Andréa explica que as aves estão com bom peso e bastante ativas. No Cram, foram submetidos à coleta de sangue, medição e pesagem e receberam anilhas visando à soltura, ainda sem data definida.

Fonte:Jornal Correio do Povo  25/11/2010

domingo, 19 de setembro de 2010

PINGUINS E OUTRO ANIMAIS MARINHOS SÃO RECONDUZIDOS

Pinguins e outros animais marinhos são reconduzidos ao mar
Primeiros a serem soltos foram os pinguins A sexta-feira em Rio Grande foi marcada por um ato de grande significado em termos de preservação do meio ambiente: 16 animais reabilitados no Centro de Recuperação de Animais Marinhos (Cram) do Museu Oceanográfico da Universidade Federal do Rio Grande (Furg) foram reconduzidos ao mar. Doze pinguins-de-Magalhães, dois petréis gigantes juvenis, um lobo-marinho juvenil e uma tartaruga cabeçuda deixaram o centro, por volta das 8h30min e, em dois
caminhões do Exército, foram transportados até a praia do Cassino. Nas proximidades do navio Altair, foram liberados à beira-mar.
Os primeiros a serem soltos foram os pinguins. Logo que as duas gaiolas foram colocadas na areia da praia, eles já se mostraram ansiosos para sair. E, assim que elas foram abertas, seguiram para o mar. Depois foi a vez dos dois petréis, que pararam um pouco na beira da praia, abrindo e fechando as asas, para depois voarem sobre as águas do Cassino. Enquanto isso, foi liberado o lobinho. A última a ser introduzida no mar foi a tartaruga cabeçuda, sem uma das nadadeiras.
O ato também marca mais uma conquista da equipe do Cram, que recebeu a grande maioria desses animais debilitada e conseguiu recuperá-los e devolvê-los ao seu habitat.
Conforme o diretor do Museu Oceanográfico e do Cram, oceanólogo Lauro Barcellos, são animais que chegaram ao Cram a partir de maio deste ano. Foram encontrados à beira-mar e resgatados durante monitoramentos de praia que integram as atividades do Projeto Larus, desenvolvido com patrocínio da Petrobras. Muitos dos pinguins estavam sujos de óleo. No Cram, os animais foram identificados, examinados, submetidos a pesagem e exame de sangue. A partir dessa avaliação, foi dado o tratamento adequado a cada caso. Cada animal tem seu número de registro e ficha de acompanhamento. No caso dos pinguins sujos de óleo, foi aplicado um protocolo específico para a limpeza e reestruturação das penas, elaborado pelos técnicos do Cram e utilizado como referência por outras instituições. Hoje, falando sobre a liberação dos animais, Barcellos observou tratar-se de um momento importante para servir de exemplo para as pessoas se lembrarem dos danos que causam aos animais de vida livre no mar ao não cuidarem do ambiente.
"A convivência entre o homem e o meio ambiente tem que ser mais pacífica e amigável", destacou, referindo-se à poluição dos mares, ação do homem, que tanto mal tem causado aos bichos marinhos. De acordo com o oceanólogo, todos os anos o Cram recebe mais de 500 animais marinhos, de variadas espécies, para reabilitação, sendo o inverno o período de maior atividade.
Pinguim submetido a cirurgia
Permanecem em tratamento no Cram três pinguins, um lobo-marinho e duas tartarugas da espécie verde. Entre os pinguins, está um que sofreu fratura na tíbia esquerda, foi submetido a uma cirurgia e está em processo de recuperação. Segundo o veterinário Rodolfo Pinho da Silva, coordenador do Cram, assim que chegou ao centro, esse animal foi encaminhado ao Núcleo de Reabilitação da Fauna Silvestre (Nurfs/Cetas) da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) para
exame radiológico no hospital veterinário, onde foi constatada a fratura de tíbia.
Após avaliação clínica, a ave foi submetida a uma cirurgia ortopédica para redução da fratura, procedimento realizado pelo veterinário Carlos Daniel Dutra, colaborador do Nurfs e do Cram. Foram colocados quatro pinos na tíbia fraturada. O pós-operatório está sendo realizado no Cram. Silva diz que o animal está respondendo bem à cirurgia, sendo que os pinos devem ser retirados no início do próximo mês.

Fonte:Por Carmem Ziebell/www.jornalagora.com.br ,fotos :Fábio Dutra