domingo, 19 de setembro de 2010

PINGUINS E OUTRO ANIMAIS MARINHOS SÃO RECONDUZIDOS

Pinguins e outros animais marinhos são reconduzidos ao mar
Primeiros a serem soltos foram os pinguins A sexta-feira em Rio Grande foi marcada por um ato de grande significado em termos de preservação do meio ambiente: 16 animais reabilitados no Centro de Recuperação de Animais Marinhos (Cram) do Museu Oceanográfico da Universidade Federal do Rio Grande (Furg) foram reconduzidos ao mar. Doze pinguins-de-Magalhães, dois petréis gigantes juvenis, um lobo-marinho juvenil e uma tartaruga cabeçuda deixaram o centro, por volta das 8h30min e, em dois
caminhões do Exército, foram transportados até a praia do Cassino. Nas proximidades do navio Altair, foram liberados à beira-mar.
Os primeiros a serem soltos foram os pinguins. Logo que as duas gaiolas foram colocadas na areia da praia, eles já se mostraram ansiosos para sair. E, assim que elas foram abertas, seguiram para o mar. Depois foi a vez dos dois petréis, que pararam um pouco na beira da praia, abrindo e fechando as asas, para depois voarem sobre as águas do Cassino. Enquanto isso, foi liberado o lobinho. A última a ser introduzida no mar foi a tartaruga cabeçuda, sem uma das nadadeiras.
O ato também marca mais uma conquista da equipe do Cram, que recebeu a grande maioria desses animais debilitada e conseguiu recuperá-los e devolvê-los ao seu habitat.
Conforme o diretor do Museu Oceanográfico e do Cram, oceanólogo Lauro Barcellos, são animais que chegaram ao Cram a partir de maio deste ano. Foram encontrados à beira-mar e resgatados durante monitoramentos de praia que integram as atividades do Projeto Larus, desenvolvido com patrocínio da Petrobras. Muitos dos pinguins estavam sujos de óleo. No Cram, os animais foram identificados, examinados, submetidos a pesagem e exame de sangue. A partir dessa avaliação, foi dado o tratamento adequado a cada caso. Cada animal tem seu número de registro e ficha de acompanhamento. No caso dos pinguins sujos de óleo, foi aplicado um protocolo específico para a limpeza e reestruturação das penas, elaborado pelos técnicos do Cram e utilizado como referência por outras instituições. Hoje, falando sobre a liberação dos animais, Barcellos observou tratar-se de um momento importante para servir de exemplo para as pessoas se lembrarem dos danos que causam aos animais de vida livre no mar ao não cuidarem do ambiente.
"A convivência entre o homem e o meio ambiente tem que ser mais pacífica e amigável", destacou, referindo-se à poluição dos mares, ação do homem, que tanto mal tem causado aos bichos marinhos. De acordo com o oceanólogo, todos os anos o Cram recebe mais de 500 animais marinhos, de variadas espécies, para reabilitação, sendo o inverno o período de maior atividade.
Pinguim submetido a cirurgia
Permanecem em tratamento no Cram três pinguins, um lobo-marinho e duas tartarugas da espécie verde. Entre os pinguins, está um que sofreu fratura na tíbia esquerda, foi submetido a uma cirurgia e está em processo de recuperação. Segundo o veterinário Rodolfo Pinho da Silva, coordenador do Cram, assim que chegou ao centro, esse animal foi encaminhado ao Núcleo de Reabilitação da Fauna Silvestre (Nurfs/Cetas) da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) para
exame radiológico no hospital veterinário, onde foi constatada a fratura de tíbia.
Após avaliação clínica, a ave foi submetida a uma cirurgia ortopédica para redução da fratura, procedimento realizado pelo veterinário Carlos Daniel Dutra, colaborador do Nurfs e do Cram. Foram colocados quatro pinos na tíbia fraturada. O pós-operatório está sendo realizado no Cram. Silva diz que o animal está respondendo bem à cirurgia, sendo que os pinos devem ser retirados no início do próximo mês.

Fonte:Por Carmem Ziebell/www.jornalagora.com.br ,fotos :Fábio Dutra

Nenhum comentário:

Postar um comentário