terça-feira, 28 de agosto de 2012

Unifesp promove testes para detectar nível de monóxido de carbono em fumantes


Na véspera do Dia Nacional de Combate ao Fumo, profissionais de pneumologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) promoveram hoje (28) uma ação para orientar e conscientizar as pessoas sobre os malefícios do cigarro à saúde. Durante o ato, foram feitos testes para medir o nível de contaminação por monóxido de carbono no organismo de fumantes.
A atividade foi promovida pelo Núcleo de Prevenção e Cessação do Tabagismo (PrevFumo), da Unifesp, que oferece tratamento gratuito para quem deseja parar de fumar. O núcleo atende, em média, 4 mil pessoas por ano.
Segundo a psicóloga e coordenadora do PrevFumo, Rosangela Vicente, os fatores psicológicos que mais atrapalham quem quer deixar o cigarro são o medo de enfrentar problemas como estresse, depressão e dificuldade em lidar com as adversidades cotidianas. “Nosso trabalho é mostrar que esse é um momento diferente, que eles precisam aproveitar e que estamos ali para auxiliá-los a enfrentar a vida sem o cigarro.”
De acordo com Oliver Nascimento, pneumologista da Unifesp, o tabagismo está relacionado diretamente a 52 doenças, entre pulmonares, cardiovasculares e câncer de garganta. “No Brasil, são 200 mil mortes por ano causadas por doenças relacionadas ao cigarro. O número de pessoas que fuma é muito alto, podendo chegar a 30 milhões.”
Nascimento destaca que o cigarro está diretamente associado à dependência química pela nicotina. Cada cigarro possui quatro mil substâncias nocivas, que são metabolizadas pelo organismo, que sofre danos irreversíveis. “É preciso ressaltar que nas primeiras horas em que a pessoa para de fumar já tem benefício. Nas primeiras oito horas, o monóxido de carbono sai da corrente sanguínea. Em um dia, a pressão arterial retorna ao normal e, em três meses, melhora a tosse,”explicou.
Qualquer pessoa interessada em largar o vício pode procurar o PrevFumo. Ao chegar no núcleo, o paciente passa por uma avaliação de saúde para verificar se há sintomas de doenças respiratórias e pulmonares ou se já faz algum tratamento com medicações. É avaliada ainda a carga tabagista (quanto fuma, há quanto tempo) e os motivos pelos quais quer parar de fumar. “Se acusado problema pulmonar, já o colocamos no nosso ambulatório para iniciar um tratamento”, disse.
Rosangela explica que a dificuldade em deixar o fumo existe porque o tabaco cria dependência física, psicológica e comportamental. “Tudo o que a pessoa faz é com o cigarro na mão. Se está irritado, fuma. Se está triste, fuma. Se está sem fazer nada, fuma. Para parar de fumar, é preciso mexer nessas três frentes para que o tratamento funcione.”
Agência Brasil

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