Rio de Janeiro – O delegado Fabio Scliar, titular da Delegacia de Meio Ambiente da Polícia Federal (PF), determinou hoje (16) a abertura de inquérito para investigar o vazamento de petróleo no Campo de Frade, na Bacia de Campos, norte do Rio de Janeiro.
A responsabilidade pela exploração da área é da empresa Chevron Brasil Upstream. Desde a última quarta-feira (9), ela trabalha para conter o vazamento, que está vindo do fundo do oceano.
De acordo com a PF no Rio, uma equipe de peritos da Delegacia do Meio Ambiente foi deslocada na tarde de hoje para o município de Campos, devendo começar amanhã (17) os trabalhos para detectar a extensão e as possíveis causas do vazamento.
Se for necessário, os policiais vão requisitar aeronave para chegar ao local do acidente ambiental, distante cerca de 120 quilômetros da costa. A mancha tem 160 quilômetros quadrados, o equivalente a cerca da metade da área da Baía de Guanabara.
Segundo a Chevron, já foram iniciados procedimentos de fechamento do poço, com injeção de lama pesada e posterior cimentação. O vazamento está situado a uma profundidade de 1,2 mil metros de lâmina d´água e o petróleo que vaza é do tipo pesado.
Fonte:Agência Brasil 16/11/2011
Derramamento de petróleo na Bacia de Campos pode ser dez vezes maior
O Brasil está enfrentando o que pode ser o primeiro grande derramamento de petróleo em águas profundas, com o anúncio de que um poço da Chevron, na Bacia de Campos (RJ), está vazando mais de 300 barris de petróleo por dia.
O vazamento é semelhante ao ocorrido na plataforma da BP Golfo do México em 2010, mas em uma dimensão bem menor, e não houve explosões ou mortes. Segundo a Chevron, o problema está em uma fenda, e não na plataforma. A empresa anunciou o fechamento do poço e espera controlar o vazamento nos próximos dias.
Em nota, a Agência Nacional de Petróleo (ANP) estimou que o vazamento pode chegar a 330 barris por dia, o que significa mais de 50 mil litros de petróleo. Mas organizações ambientalistas como o Greenpeace estão divulgando uma estimativa que indica que o dado pode estar subestimado. O cálculo foi feito pelo blog SkyTruth, mantido pelo geógrafo John Amos, especializado em interpretação de fotos de satélite (como a que esta acima, feita pela da Nasa, a agência espacial americana, e usada por Amos), e indica que o derramamento pode ser até dez vezes maior.
Amos disse ao jornal The Washington Post que o vazamento levanta novas questões sobre os riscos da exploração de petróleo em águas profundas. O geógrafo foi um dos primeiros a analisar o tamanho do vazamento no Golfo do México em 2010. O seu cálculo não é oficial, e pode não ser preciso, já que foi feito apenas com as fotos da Nasa, mas ele evidencia a falta de transparência de como o caso vem sendo tratado pela ANP. O derramamento aconteceu no dia 8, mas apenas na terça-feira (15) a agência fez um comunicado oficial do caso, responsabilizando a Chevron pelo vazamento. Segundo a ANP, a causa do vazamento ainda é desconhecida.
Fonte: ÉPOCA-Blog O Filtro 16/11/2011
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