segunda-feira, 21 de novembro de 2011

DEFESA DOS ANIMAIS GANHA AS RUAS

Neste domingo, foi realizada em São Paulo uma passeata contra os maus-tratos frequentes contra animais. Na semana passada, morreu um cão de nome Lobo, que foi amarrado a um carro e arrastado pelas ruas de Piracicaba, no interior paulista. A crueldade chocou não somente as pessoas daquele estado, mas repercutiu em todo o país.
No Rio Grande do Sul, não sai da memória dos gaúchos o episódio da cadela Preta, que foi brutalmente maltratada em Pelotas. Ela também foi amarrada a um carro e arrastada pelas ruas da cidade. A cadela estava grávida e morreu devido aos ferimentos. O que torna o crime particularmente cruel é o fato de ter sido praticado por três universitários, que deveriam ser pessoas com capacidade de discernimento para não realizar uma conduta vil como essa.
O delito de maus-tratos contra os animais, até o advento da lei 9.605/98, era considerado uma contravenção, um ilícito de menor reprovação jurídica. Entretanto, a partir da nova norma, passou a ser considerado crime, mas pouco se tem notícia da atuação dos órgãos policiais para combater tal prática, muito frequente, por exemplo, em Porto Alegre com cavalos esgotados que são colocados para puxar carroças sem receberem os devidos cuidados. Mesmo nos casos que são levados ao Judiciário, as penas recebidas pelos réus podem ser consideradas brandas.
Nesse contexto de ausência de proteção à fauna e à flora, avulta a questão do tráfico internacional de animais silvestres. Para que o Brasil ascenda de fato à condição de nação civilizada, urge combater esse crime com rigor. Cada pessoa tem que fazer a sua parte na defesa da natureza e, em relação aos animais, atuar para que chegue o dia, previsão atribuída a Leonardo da Vinci, em que um crime contra esses seres indefesos será um crime contra toda a humanidade.
Fonte:Editorial do Jornal Correio do Povo 21/11/2011

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