terça-feira, 22 de novembro de 2011

SISTEMA REAPROVEITA ÁGUA EM PROPRIEDADE


A propriedade rural de Mauri Bartz, na localidade de Linha Andreas, em Vera Cruz, no Vale do Rio Pardo, conta com um sistema de utilização da água da chuva e reaproveitamento em atividades domésticas. A instalação da Estação de Tratamento de Efluentes faz parte de um programa que tem como objetivo diminuir o impacto ambiental e contribuir para a conservação do recurso hídrico. Os investimentos no projeto piloto somam R$ 400 mil, custeados pela prefeitura, pela Unisc e pelo Estado. Parte da verba, liberada em 2009, provém da Consulta Popular votada em 2007.
A prefeita Rosane Petry afirma que a iniciativa servirá de referência para outras localidades e municípios. O projeto Sistema e Captação de Tratamento de Águas em Pequenas Propriedades, visando à reutilização, é desenvolvido pela Unisc e pelo Polo de Modernização Tecnológica do Vale do Rio Pardo, em parceria com a prefeitura, Conselho Regional de Desenvolvimento do Vale, Comitê Pardo e Secretaria Estadual da Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico.
O coordenador do programa, professor do Departamento de Biologia e Farmácia da Unisc Andreas Köhler, explica que o processo na estação de tratamento de efluentes começa pelo telhado, que capta a água da chuva, depois armazenada em reservatório. O recurso hídrico é usado pela família Bartz em um banheiro e na lavanderia. Depois de utilizada, a água contaminada passa por uma fossa-filtro e é colocada em tanques com vegetação, para ser purificada. Após, o ciclo é reiniciado com a reutilização da água tratada. Nenhum produto químico é empregado no procedimento. A bomba que viabiliza o ciclo é movida a energia solar.
Conforme Köhler, a previsão é de que 2 metros cúbicos de água circulem pelo sistema durante um mês. Se a chuva for suficiente para o abastecimento, o projeto piloto não precisará sofrer alterações para redirecionar a água do restante da propriedade. O coordenador do programa lembra que o sistema será observado pelos próximos dois anos. Segundo ele, o piloto foi desenvolvido em laboratório durante seis anos e as obras em Linha Andreas levaram cinco meses.
Fonte:Jornal Correio do Povo 22/11/2011

Nenhum comentário:

Postar um comentário