Segundo o presidente da Colônia Z5, Vilmar Coelho, os pescadores não podem trabalhar durante o período de três meses da piracema (novembro, dezembro e janeiro) e a atividade serve para ocupar o tempo ocioso. Com a ajuda de quatro patrocinadores, cada embarcação que participou da ação recebeu uma cesta básica. "Talvez a gente não consiga limpar 100% do Guaíba, mas vamos deixar o rio muito melhor para os nossos filhos e netos", destacou Coelho.
De acordo com o pescador, é possível montar uma casa com os utensílios pescados. "Isso é uma vergonha, mas temos que mostrar", lamentou.
O pescador Cassio Carvalho, 45 anos, foi um dos que participou da atividade realizada ontem. Ele contou que tirou sete sacolas grandes de lixo do Guaíba com seu barco, chamado Tupã. "Tem muitos pneus, carcaças de geladeiras e colchões", ressaltou Carvalho. Ele acrescentou que a limpeza qualifica a pesca, uma vez que o lixo costuma ficar enredado, danificando as redes.
O diretor financeiro da Colônia Z5, Edimilson Oliveira, argumentou que a iniciativa serve para conscientizar os moradores da ilha. "O meio ambiente pertence a todos", frisou. A ação, que resultou no recolhimento de 25 toneladas de lixo no mês passado, deve ser repetida em janeiro.
O deputado estadual Carlos Gomes e o vereador da Capital Waldir Canal apoiaram o projeto Pescando no Lixo e participaram da organização junto com a Colônia Z5. Quatro patrocinadores ajudaram a comprar as cestas básicas e os sacos de lixo.
Fonte: http://www.correiodopovo.com.br/Impresso/?Ano=117&Numero=90&Caderno=0&Noticia=375636
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