O Brasil vive atualmente uma fase de crescimento econômico, mas a educação ainda não chegou ao nível que precisamos para que possamos aproveitar todas as oportunidades que se descortinam interna e externamente. O próprio ranking educacional elaborado pela Organização das Nações Unidas nos mostra que ainda precisamos avançar muito, pois o país está hoje na 88 colocação, totalmente desproporcional ao tamanho da sua economia, hoje entre as dez maiores do planeta. Para diminuir esse hiato entre o aprendizado e as possibilidades que temos pela frente, é imperativo qualificar nosso sistema de ensino, tarefa essa que somente será exequível se contarmos com a adesão do professor, personagem de destaque em uma sala de aula.
A valorização da condição de educador, não obstante os discursos de candidatos nas sucessivas campanhas eleitorais, ainda não se traduz num salário compatível com suas necessidades. Isso faz com que a profissão seja pouco atraente, resultando em que hoje é muito raro um jovem dizer que pretende cursar uma faculdade para lecionar. O desafio é inverter essa lógica e garantir aos mestres uma boa condição para ensinar, com vencimentos adequados ao cargos que ocupam. Do contrário, teremos um apagão educacional em pouco tempo, com consequências imprevisíveis, implicando alto custo para o país.
Fonte:Jornal Correio do Povo 15/10/2011
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