sexta-feira, 22 de abril de 2011

DIA PARA REPENSAR A SITUAÇÃO DO PLANETA

O meio ambiente, a importância de reciclar o lixo, o aquecimento global, animais em extinção e ecologia são temas para reflexão hoje, Dia Mundial do Planeta Terra. A data surgiu nos Estados Unidos em 1970. Na ocasião, o senador norte-americano Gaylord Nelson organizou o primeiro protesto nacional contra a poluição e 20 milhões de americanos participaram dos atos em todo o país. Só a partir da década de 90, porém, a celebração passou a ocorrer em vários países do mundo.

A data ficou esquecida este ano por cair na Sexta-feira Santa, mas segundo o vereador Beto Moesch, a programação do Dia Mundial do Planeta Terra deverá se unir à da Semana do Meio Ambiente, no início de junho. No entanto, nesta segunda-feira, às 14h, o espaço do Período das Comunicações da sessão plenária da Câmara Municipal será dedicado a homenagear os 40 anos da Associação Gaúcha de proteção ao Ambiente Natural (Agapan). Fundada em 27 de abril de 1971, foi a primeira entidade ecológica do Brasil e criada antes do Greenpeace, segundo Moesch, autor da distinção. Um dos fundadores da Agapan foi o gaúcho José Lutzenberger, o primeiro ministro de Meio Ambiente no país.
Pioneira no movimento ambiental, os novos desafios da entidade se confundem com a trajetória de luta contra agrotóxicos, usinas nucleares e devastação da Amazônia. "Vamos comemorar estes 40 anos durante todo o ano", afirmou a ex-presidente da entidade e organizadora da programação de aniversário, Edi Fonseca. A Agapan promoverá debates, palestras e uma exposição que será lançada na Câmara de Vereadores em junho.
Há 40 anos, a trajetória da Agapan começou no combate às podas indiscriminadas na Capital e no incentivo à criação de praças, parques e reservas. "Porto Alegre não seria uma das cidade mais arborizadas do país se não fosse pela Agapan", lembrou o biólogo Francisco Milanez, conselheiro da entidade. Segundo ele, naquela época a Agapan já alertava a sociedade para a importância da educação ambiental. "Muitas daquelas bandeiras se mantêm, como a luta contra a energia nuclear, que voltou à mídia com o vazamento nos reatores japoneses após o tsunami, e a polêmica proposta de alteração do Código Florestal."
O presidente da Agapan, Eduardo Finardi Rodrigues, diz que o combate aos transgênicos, às queimadas, à silvicultura e a hidrelétricas como as de Barra Grande, Jaguari e Taquarembó foram os focos de atuação da Agapan já neste século. "Fortalecemos nossa oposição a megaempreendimentos e nos mantivemos contrários à flexibilização da legislação ambiental."
Fonte:Jornal Correio do Povo 22/04/2011

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