Por Fernanda B. Müller, Instituto CarbonoBrasil/Agências Internacionais
O Tribunal Superior de Lyon concluiu que o agricultor Paul François, atualmente declarado inválido, foi intoxicado após inalação do herbicida Lasso em 2004 e condenou a empresa a indenizá-lo totalmente.
Ao abrir um contêiner de um pulverizador, o produtor de cereais sentiu imediamente sintomas como náuseas, vertigem e dores de cabeça. Um ano após o episódio, análises médicas apontaram a presença em seu organismo de traços de monoclorobenzeno, solvente que compõe o Lasso.Na década de 1980, o produto já havia sido proibido em países como Canadá, Inglaterra e Bélgica, porém apenas em 2007 o mesmo ocorreu na França. O advogado de Paul alegou que a Monsanto fez de tudo para manter o Lasso no mercado e que não cumpriu o "dever da informação" ao omitir no rótulo do produto as suas caracteríticas perigosas à saúde humana.
Esta é a primeira condenação do gênero do grupo Monsanto na França e a criação da jurisprudência deve desencadear outras ações similares. O valor da indenização será determinado após a conclusão de uma perícia.
O advogado da defesa, Jean-Philippe Delsart, explica que “para a Monsanto, não há provas que determinem uma relação causa efeito entre os sintomas apresentados pelos Sr. François e a inalação do herbicida.”
CarbonoBrasil - EcoAgência
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