Especialistas alertam que os pais precisam ter cuidados na hora de comprar e de instalar uma cadeirinha para transportar crianças em automóveis. Há pelo menos 90 modelos e marcas diferentes do produto no mercado. O problema é que nem todos dispõem de um manual adequado para a instalação e o uso do equipamento.
O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) recomenda aos pais que a instalação adequada é fundamental para diminuir as consequências de choques entre veículos. Seguir as instruções fornecidas pelos fabricantes é fundamental para a proteção das crianças. O Inmetro lançou, semana passada, um vídeo com orientações sobre o uso correto das cadeirinhas. O vídeo faz parte uma série de gravações explicativas do uso dos principais produtos com selo do instituto.
A servidora pública Rosiane Oliveira, de 40 anos, comprou a cadeirinha em um hipermercado de Brasília. Segundo ela, o produto é de um tamanho compatível com a idade de sua filha, que tem 2 anos. A funcionária pública seguiu as orientações do manual sobre como usar o cinto e colocar a criança na cadeirinha. Mas ela alerta que há falhas nas cadeirinhas.
“Minha filha consegue destravar o cinto da cadeirinha, tirando a proteção. Teve uma vez que a flagrei em pé na cadeirinha. Isso é muito perigoso”, conta a mãe de Isabella, de 2 anos.
Segundo resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), o uso de cadeirinhas infantis em automóveis visa a fornecer segurança para casos de colisão ou desaceleração repentina do veículo, restringindo o deslocamento da criança.
A estudante Graziela Cruvinel, de 20 anos, mãe de uma menina de 1 ano e 5 meses, disse que já saiu da maternidade com a filha na cadeirinha. Para ela, o uso do equipamento é imprescindível. “É muito importante o uso da cadeirinha, é a segurança de vida da minha filha, o uso do equipamento transmite uma certa segurança, me dá tranquilidade, sem contar no número de vidas que já foram salvas depois da obrigatoriedade de uso”, diz a estudante, ao acrescentar que nunca teve problemas com a cadeirinha infantil. “A instalação é fácil e vem com manual”.
Para bebês de até 1 ano de idade, deve-se usar o dispositivo de retenção chamado bebê conforto conversível, em que a criança fica de costas para o o banco do motorista. Crianças de 1 a 4 anos devem usar a cadeirinha e as que tem entre 4 e 7 anos e meio utilizam o assento de elevação em automóveis.
O taxista Firmino Calazans de 62 anos, diz que é impossível andar com uma cadeirinha instalada no carro, até porque as cadeirinhas variam de acordo com a idade da criança. “ Não temos como usar a cadeirinha sempre no carro, se a mãe ou pai tiver a cadeirinha e quiser colocar durante a corrida, tudo bem, o que não conseguimos é ter uma própria. A lei de obrigatoriedade não se aplica a táxi, mas nós taxistas temos alguns cuidados como não deixar o passageiro ir no banco da frente e deixar a criança no cinto no colo do responsável”.
O chefe de Fiscalização do 1º Distrito da Polícia Rodoviária Federal (PRF), inspetor Carlos Dantas, reforça a importância do equipamento para a proteção das crianças. “O uso das cadeirinhas infantis, além de ser obrigatório, dá segurança e evita acidentes”, alerta. Ele lembra ainda que, neste início de ano letivo nas escolas, o fluxo de veículos aumenta e com isso os motoristas devem se preocupar com o deslocamento seguro das crianças. “É fundamental para reduzir o risco de morte em [casos de] acidentes ou desaceleração repentina do veículo”, aconselha.
Segundo dados da Polícia Rodoviária Federal, o número de mortes de crianças até 7 anos nas estradas caiu 41,18% no primeiro semestre de 2011, em comparação ao mesmo período em 2010. Em Brasília, não houve nenhuma morte até o mês de agosto de 2011.
Agência Brasil
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