quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Jovens fazem protesto em 11 estados para reivindicar melhoria da educação


Jovens fazem manifestação em 11 estados brasileiros na tarde de hoje (28) para protestar contra os problemas na educação do país. A ação faz parte do Projeto Popular para a Educação idealizado pelo movimento social Levante Popular da Juventude. O ato tem como principal objetivo, segundo os organizadores, mobilizar o governo para assuntos relativos à educação.
Segundo a coordenadora nacional do projeto, Jessy Dayane Santos, não há investimentos suficientes na educação do país. "Desde os tempos da colonização que sofremos com o ensino no Brasil. Aqui, ele nunca foi prioridade. A partir disso, criamos o projeto em defesa de assuntos sociais que mobilizam toda a população", explicou.
Dados do Projeto Popular para a Educação apontam que 3,8 milhões de crianças estão fora da escola, somente 63% das que moram na zona rural têm acesso ao colégio, 31% dos adultos não entendem o que leem, 10% da população brasileira são analfabetos e, destes, 70% são negros.
As ações, que vão ocorrer nos estados do Rio Grande do Sul, Paraná, Espírito Santo, Pará, Ceará, Rio Grande do Norte, de Minas Gerais, Pernambuco, Sergipe, da Bahia e Paraíba, pretendem reunir cerca de 4,5 mil pessoas. Em algumas capitais como Porto Alegre, Aracaju e João Pessoa, será realizada marcha com foco na defesa das cotas nas universidades públicas e de mais investimentos na área da educação.
O manifesto inclui aulas públicas sobre temas como cotas no ensino superior, assistência estudantil, educação no campo, cursinhos pré-vestibulares nos bairros, transporte, acesso à cultura, creches para mulheres jovens e estudantes, regulamentação das mensalidades e alfabetização.
O Projeto Popular para a Educação integra a Campanha Nacional por um Projeto Popular para a Educação. A iniciativa tem o objetivo de colocar o ensino como prioridade da agenda política brasileira. O Levante Popular da Juventude é um movimento social organizado por jovens que se diz desvinculado de partidos políticos, com atuação em 17 estados do país.
Agência Brasil 28/11/2012

Ministra diz que Plano Viver sem Limite resgata papel inclusivo do Estado


 ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, disse hoje (28) que o Plano Viver sem Limite reconhece os direitos das pessoas com deficiência e resgata o papel do Estado de servir. Durante o Fórum Nacional de Inclusão e Responsabilidade Socioambiental Incluir Brasil 2012, ela explicou que o objetivo do plano é criar uma ponte entre a sociedade civil, o governo federal, os estados e os municípios.
A previsão é que, por meio do programa, sejam investidos R$ 7 bilhões em áreas como educação, saúde e inclusão social até 2014. “A boa notícia é que todas as ações que compõem o programa estão saindo do papel”, destacou Gleisi.
De acordo com a ministra, dos 45 centros de referência em reabilitação previstos no plano, 33 propostas foram aprovadas e já têm recursos orçamentários empenhados. Em tecnologia assistiva, que desenvolve recursos para permitir autonomia à pessoa com deficiência, a expectativa do governo é que sejam investidos R$ 60 milhões, sendo que R$ 20 milhões devem começar a ser aplicados entre 2012 e 2013.
Segundo Gleisi, das 79 oficinas ortopédicas fixas e itinerantes que devem ser colocadas à disposição até 2014, 12 foram aprovadas. Ela lembrou também que o governo já publicou as diretrizes terapêuticas da síndrome de Down e que, em dezembro, devem ser anunciadas mais três: da lesão medular, da pessoa amputada e da triagem neonatal auditiva.
“A aquisição de ônibus escolar acessível sempre foi uma luta muito grande. Temos a meta de entregar cerca de 2.700 ônibus até 2014. Já vamos confirmar e distribuir, até março de 2013, 741 ônibus que a indústria está entregando. Só não conseguimos distribuir com mais rapidez por dificuldade de produção dos veículos”, ressaltou.
A ministra se referiu ainda ao que chamou de “grandes conquistas” para a inclusão, como a Lei 12.470, que regulamenta o benefício de prestação continuada para a pessoa com deficiência, e o Decreto 7.611, que resgata o reconhecimento do papel da educação especial nas escolas.
Já a ministra-chefe da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, lembrou que o Censo 2010 indica a existência de 45 milhões de brasileiros que se autodeclaram pessoas com deficiência. O número representa 24% da população do país.
“Temos o desafio de incluir, de produzir cada vez mais respeito e dignidade humana e de retirar da sociedade brasileira as barreiras que impedem que as pessoas com deficiência e suas famílias tenham plenamente seus direitos como cidadãos reconhecidos”, disse.
Ainda durante o evento, o presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Nelson Breve, disse que o compromisso da comunicação pública com a inclusão das pessoas com deficiência é imenso. Segundo ele, a TV Brasil disponibiliza diariamente 18 horas de programação legendada, mas a meta é chegar a 24 horas.
“Ainda não avançamos tanto na audiodescrição [faixa narrativa adicional para os cegos e deficientes visuais]. Estamos com três horas semanais, praticamente toda a nossa programação de filmes. Queremos avançar mais e sermos referência nisso. Criamos no início deste ano a comissão de acessibilidade, porque queremos fazer mais, queremos contribuir mais para a acessibilidade das pessoas com deficiência.”
Agência Brasil 28/11/2012

Excesso de amigos no Facebook pode causar estresse, diz estudo




Ter amigos de diferentes círculos sociais pode causar constrangimento
Facebook é o grande passatempo de boa parte dos usuários da internet. Mas é bom ficar ligado: um estudo da Universidade de Edimburgo, na Escócia, mostra que o uso da rede social mais popular do mundo pode levar a altos níveis de estresse. O motivo? As pessoas que adicionamos por lá.
Amigos, parentes, colegas de trabalho, colegas de classe… quanto mais pessoas de diferentes círculos sociais são adicionadas, mais chance existe de constrangimento ou algum tipo de gafe, diz a pesquisa. Isso porque um conteúdo postado na rede pode ser bem aceito por um círculo, mas não por outro. Por exemplo, seus amigos de faculdade adoram curtir suas fotos em uma festa com muita bebida e diversão, mas não espere que sua mãe ou seu chefe façam o mesmo. Esta problemática sobre o que postar para ser bem recebido por todos é o que aumenta o nível de estresse.
Ben Marder, autor do relatório, detalha por que mais estresse vem com um maior número de amigo: “O Facebook costumava ser como uma grande festa para todos os seus amigos, onde se podia dançar, beber e paquerar. Mas agora, com sua mãe, pai e o chefe por lá, a festa torna-se um evento cheio de potenciais minas sociais”.
A pesquisa entrevistou mais de 300 usuários do Facebook com uma média de idade de 21 anos. Descobriu-se que pessoas tendem a ter sete diferentes círculos sociais no Facebook. Os principais são: amigos conhecidos fora do ambiente virtual (97% os adicionam como amigos on-line também), familiares (81%), irmãos (80%), amigos de amigos (69%) e colegas (65%).
Um dado curioso foi que 64% das pessoas disseram ser amigas dos seus ex-namorados/ex-namoradas no Facebook. Que problema há nisso? Apenas 56% disseram que têm seu atual companheiro/companheira adicionados na rede.
E é bom ficar de olho no conteúdo postado: mais da metade dos empregadores afirmam que deixaram de contratar alguém com base no que foi publicado na rede. E os pais estão em cima: o relatório mostra que 55% deles seguem os filhos no Facebook.
Fonte:Correio do Brasil 28/11/2012

Brasil fica em penúltimo lugar em ranking global de qualidade de educação


 O Brasil ficou em penúltimo lugar em um ranking global de educação que comparou 40 países levando em conta notas de testes e qualidade de professores, dentre outros fatores. A pesquisa foi encomendada à consultoria britânica Economist Intelligence Unit (EIU) pela Pearson, empresa que fabrica sistemas de aprendizado e vende seus produtos a vários países.
Os resultados foram estruturados a partir de notas de testes efetuados por estudantes dos países entre 2006 e 2010. Também foi considerado pela pesquisa a quantidade de alunos que ingressam na universidade e foram empregados.
Conhecidas como "super potências" da educação, a Finlândia e a Coreia do Sul dominam as duas primeiras colocações do ranking e, na sequência, figuram Hong Kong, Japão e Cingapura. Alemanha (15), Estados Unidos (17) e França (25) estão em grupo intermediário e México (38), Brasil (39), e Indonésia (40) integram as posições mais baixas. Entre os sul-americanos, Chile (33), Argentina (35) e Colômbia (36) estão em melhor colocação que o Brasil.
ranking é baseado em testes efetuados em áreas como matemática, ciências e habilidades linguísticas a cada três ou quatro anos e, por isso, apresenta um cenário com atraso estatístico frente à realidade atual.
Ao analisar os sistemas educacionais bem-sucedidos, o estudo concluiu que investimentos são importantes, mas não tanto quanto manter uma verdadeira "cultura" nacional de aprendizado, que valoriza professores, escolas e a educação como um todo. O relatório destaca ainda a importância de empregar professores de alta qualidade, a necessidade de encontrar maneiras de recrutá-los e o pagamento de bons salários.
O Ministério da Educação (MEC) informou desconhecer a pesquisa realizada pela consultoria britânica Economist Intelligence Unit (EIU).
Conheça o Ranking Pearson-EIU
1- Finlândia
2 - Coreia do Sul
3 - Hong Kong
4 - Japão
5 - Cingapura
6 - Grã-Bretanha
7 - Holanda
8 - Nova Zelândia
9 - Suíça
10 - Canadá
11 - Irlanda
12 - Dinamarca
13 - Austrália
14 - Polônia
15 - Alemanha
16 - Bélgica
17 - Estados Unidos
18 - Hungria
19 - Eslováquia
20 - Rússia
21 - Suécia
22 - República Tcheca
23 - Áustria
24 - Itália
25 - França
26 - Noruega
27 - Portugal
28 - Espanha
29 - Israel
30 - Bulgária
31 - Grécia
32 - Romênia
33 - Chile
34 - Turquia
35 - Argentina
36 - Colômbia
37 - Tailândia
38 - México
39 - Brasil
40 - Indonésia
Agência Brasil

Inca aponta menor incidência de alguns tipos de câncer no país


Estudo do Instituto Nacional do Câncer (Inca) aponta queda nas taxas de incidência e mortalidade para tipos da doença em algumas cidades do país. Curitiba (PR) é a capital com a maior queda de casos novos de câncer (9,4%) e mortes (7,9%). São Paulo (SP) e Goiânia (GO) também apresentaram redução significativa (7,4% dos casos e 3,6% das mortes ) e (4,9% dos casos e 3,2% das mortes), respectivamente.
Para o câncer de colo de útero, o estudo aponta que das 11 cidades com Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP), com pelo menos oito anos de informações consolidadas, nove apontam tendência de queda nos casos e nas mortes, duas registraram tendência de alta na incidência e uma tendência de alta da mortalidade. Em Salvador, por exemplo, entre os anos de 1997 e 2004, houve redução de 5,3% na incidência e 3,5% na mortalidade. A estimativa do instituto, até o fim do ano, é que quase 18 mil mulheres, em todo o país, sejam diagnosticadas com a doença.
Para o diretor-geral do Inca, Luiz Antônio Santini, o declínio é resultado das campanhas de prevenção feitas no país nos últimos 20 anos e do diagnóstico precoce das doenças. Ele destacou a importância dos dados para a continuação das pesquisas sobre o câncer. "Isso não é motivo para nos contentarmos, ao contrário, isso é motivo para nos estimular a dizer: 'Olha, tem sido feito coisas que estão dando certo, então precisamos aumentar ainda mais a vigilância e a eficiência e produzir esses documentos que permitem fazer as análises de acompanhamentos e projeções'", avaliou.
O câncer de mama também apresentou redução nas taxas de incidência e morte. Estima-se que 80% das mulheres diagnosticadas com a doença têm sobrevida, percentual superior ao demais países da América Latina. Das 11 cidades avaliadas, a maioria apresentou taxas estáveis para incidência e mortalidade. Quatro apontaram tendência de alta na incidência e três, na de mortalidade, de acordo com o estudo Informativo Vigilância do Câncer.
Apesar do resultado positivo em relação ao câncer de mama, Santini ressalta que é preciso fazer um esforço para melhorar a qualidade dos exames de mamografia. "O exame da mamografia é o mais importante para a detecção precoce do câncer de mama. Ele já detecta a existência do câncer. A mamografia, se feita e analisada de forma correta, é fundamental para reduzir a mortalidade. Não é só garantir o acesso ao exame, mas sim garantir o acesso com qualidade", destacou.
Além desses dois tipos, foram analisados também as tendências de incidência e mortalidade dos cânceres de próstata, estômago e de cólon e reto. Em relação ao de pele, devido à baixa letalidade, foi analisada apenas a tendência de incidência.
O Rio de Janeiro, sede do Inca, ficou de fora dos estudos. De acordo com Santini, a "falha" é em decorrência da dificuldade na implementação das políticas de saúde pública. "É uma questão bastante complexa. Isso não é negligência da atual administração, mas sim, uma consequência da superposição de autoridades na história da saúde pública do Rio de Janeiro. É uma história de competição e não de cooperação", disse.
O lançamento do estudo marca o Dia Nacional de Combate ao Câncer. O estudo reúne informações coletadas em 22 estados que têm o RCBP, indicador do Inca, com pelo menos um ano consolidado. Ainda engloba 11 cidades que têm o RCBP por pelo menos oito anos, com o objetivo de analisar as tendências da doença no país. Os dados coletados são de 1987 a 2009, dependendo da cidade avaliada.
Agência Brasil

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Abrasco disponibiliza o acesso completo ao dossiê sobre impactos dos agrotóxicos


O maior Dossiê já produzido no Brasil sobre o impacto dos agrotóxicos na saúde teve o lançamento da sua última parte, recentemente, em Porto Alegre. O estudo da Abrasco, Associação Brasileira de Saúde Coletiva, aponta para a importância de ouvir as comunidades que entram em contato direto com os venenos para que relatem como a indústria da agricultura química tem influenciado a prática camponesa. O lançamento aconteceu em sessão especial do 10º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva em 16 de novembro. 
A conclusão do estudo é de que o conhecimento científico e tecnológico não deve intencionar sobrepujar o saber tradicional das comunidades, mas conviver com harmonia e complementaridade. O Dossiê da Abrasco aconselha ampliar as pesquisas sobre os resquícios de agrotóxicos na soja, nas carnes e no leite e seus derivados. O levantamento ainda pede que a Secretaria de Agricultura e o Ministério do Meio Ambiente fiscalizem com maior rigor o uso de agrotóxicos já banidos em outros países e também pela legislação brasileira, mas que continuam sendo aplicados nas lavouras do país.
A novidade no lançamento foram as Vozes do Territórios, que trazem depoimentos e cartas de dezenas de comunidades pelo país. O contato com as comunidades foi realizado com ajuda da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida. Do Rio Grande do Sul, veio o relato de Juarez Antônio Felipe Pereira, rizicultor ecologista de Barra do Ribeiro. Quem explica é a médica Raquel Rigotto, que coordenou a equipe de mais de 20 pesquisadores.
"Discutindo e problematizando o conhecimento científico, a forma como ele vem sendo construído, a maneira como é recortado por uma perspectiva positivista e quantitativista e a participação da ciência na viabilização do projeto de sociedade da modernização agrícola, a gente vai ao encontro dos saberes populares, camponeses e tradicionais - que são saberes de convivência com agrotóxicos em seus territórios, na medida em que a Revolução Verde atinge grandes empresas mas também é imposta à agricultura camponesa. Procuramos as experiências construídas por essas comunidades de alternativas a esse modelo de desenvolvimento, especialmente no campo da agroecologia, entendida não só como um processo de produção de alimentos livres de agrotóxicos, mas alimentos livres de injustiça social. Alimentos que contenham reforma agrária, promoção da equidade, que contemplem a questão de gênero, a saúde das populações camponesas, a preservação da biodiversidade, o cuidado com as nossas fontes de água."
Para Raquel, promover uma crítica ao modo industrial de produção alimentar é pensar sistemicamente a rede de produção desses alimentos. A crítica deve, portanto, se estender para a o viés social. "Temos tentado aproximar o conhecimento científico do conhecimento popular, porque a agroecologia resulta exatamente disso: de a gente, enquanto cientistas, abrir mão dessa verdade arrogante que desqualifica ou ignora os demais saberes. Esse diálogo - que já iniciou - nos permite construir conhecimento junto dos agricultores e agricultoras nos seus territórios, biomas e ecossistemas e diante dos desafios atuais. Porque uma das constatações muito tristes é que, apesar da existência de belíssimas experiências de agroecologia, a maioria está ameçada, sofrendo um encurralamento por parte do agronegócio. De forma que fica muito clara a importância da bandeira dos territórios livres de agrotóxicos e transgênicos, dos direitos territoriais das populações camponesas, indígenas, quilombolas, de preservar os modos de vida tradicionais - que se atualizam, que não estão parados no tempo -, garantindo não só a vida dessas pessoas mas também soberania territorial, ambiental e alimentar".
Durante a solenidade de lançamento do estudo, também foi oficializado o apoio da entidade a Luís Cláudio Meirelles, gerente-geral de toxicologia da Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, que foi exonerado do cargo em 14 de novembro por denunciar irregularidades na liberação de agrotóxicos. Segundo ele, produtos foram liberados sem passar por avaliação toxicológica, desapareceram processos em situação irregular e sua própria assinatura foi falsificada em alguns documentos. Frente ao ocorrido, ele afirma que solicitou o afastamento do gerente da GAVRI, Gerência de Avaliação do Risco. Mas quem acabou afastado foi ele: Meirelles relatou que o próprio diretor-presidente transmitiu o comunicado de que a atitude de Meirelles não foi apropriada.
Segundo Fernando Carneiro, professor da UnB, Universidade de Brasília, que coordenou a primeira parte do dossiê, a ideia é prolongar os estudos para a América Latina: "A ideia do Dossiê Latinoamericano surge na Cúpula dos Povos, numa reunião da Abrasco com a Via Campesina Internacional. Hoje a campanha contra os agrotóxicos não é mais nacional, é continental, articulando grupos de pesquisa locais. O que o Brasil vive hoje, é muito parecido com o que vive a Argentina, o Paraguai, a Bolívia. Oito países já estão traduzindo o dossiê brasileiro. O objetivo é mostrar que é possível fazer ciência de forma mais integrada, mais crítica, para buscar uma transformação social, e que sensibilize o Estado para garantir direitos que estão sendo realmente violados".
A primeira parte do Dossiê (Agrotóxicos, Segurança alimentar e nutricional e Saúde) foi lançada em abril, no World Nutrition Rio 2012. A segunda (Agrotóxicos, Saúde, Ambiente e Sustentabilidade), na Rio +20, em junho. É possível fazer o download do dossiê completo na página oficial do levantamento.

EcoAgência Solidária de Notícias Ambientais

Campanha alerta população sobre riscos do câncer de próstata


O câncer de próstata é o câncer mais comum entre os homens e em 2012 o número de casos no Brasil deve chegar a 60.180. De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), em 2010 o número de mortes decorrente da doença ultrapassou 12.778. Por isso, o Instituto Lado a Lado pela Vida com apoio da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) organizou uma ação de conscientização ao público na avenida Paulista, região central da capital, chamada de Um Toque, Um Drible.
Durante o evento, foram distribuídos folhetos informativos sobre a doença para explicar o que é a próstata, fatores de risco, prevenção, diagnóstico e sintomas. De acordo com a coordenadora de Instituto de Projetos do Instituto Lado a Lado pela Vida, Denise Blaques, a campanha pretende chamar a atenção dos homens para a importância do exame de toque retal.
A próstata é uma glândula do tamanho de uma castanha que só o homem tem e está localizada na parte baixa do abdômen, logo abaixo da bexiga, à frente do reto. Como os outros exames não conseguem chegar até a região, com o toque o médico é possível sentir se há algum aumento, anomalia ou  endurecimento da região.
“O Instituto detectou que o preconceito do homem em ir ao médico continua muito forte. No caso do câncer de próstata é necessário que o homem consulte um urologista e faça o exame de sangue PSA, além do toque retal. Só com esses dois exames o médico consegue avaliar se a próstata está saudável ou não”, disse Denise Blaques.
Ela explicou que os principais sintomas são dificuldade para urinar, pouca urina, dor ao ejacular, dor nos ossos e sangue na urina ou no sêmen. Entretanto, muitos homens não apresentam sintomas, o que acaba dando a ilusão de que está tudo em ordem e assim afastando-o do médico. “Geralmente quando a doença apresenta os sintomas já está em estágio avançado, ficando mais difícil reverter a situação e dar maior sobrevida ao paciente”, disse.
O indicado é que a partir dos 50 anos o homem procure atendimento específico e faça todos os exames, ou aos 45 se houver histórico de câncer na família.  “O exame é rápido e indolor. O único caminho é se conscientizar, não ter preconceito e cuidar da saúde. A proposta do Instituto é continuar insistindo na importância da informação”. Denise ressaltou que dados do Inca apontam que além da faixa etária e do histórico familiar, os negros também apresentam maior incidência da doença.
O tratamento depende da avaliação da doença, variando de pessoa para pessoa e podendo chegar até à retirada total da glândula. “Pode haver algumas sequelas, mas nada que não possa ser corrigido com medicamentos existentes no mercado. O ideal é diagnosticar o mais cedo possível. Se detectado em estágio bem inicial, há chances de cura de 90%”. A visita ao urologista deve ser anual.
O ajudante Erivaldo Dias Tavares, de 40 anos, contou que nunca fez o exame, mas pretende começar a fazê-lo devido a sua idade. Ele contou que conheceu pessoas que sofreram com a doença e por isso aprendeu que é preciso ter atenção com a próstata. “A doença é terrível, muitas dores, dificuldade para andar. E eu, vendo isso, pensei que quando chegasse na idade iria começar a me prevenir. Tenho um tio que faleceu há uma semana por não fazer o exame e quando descobriu já estava muito avançado”.
Aos 68 anos, o marmorista Adalberto Francisco Gualberto, disse que tentou fazer o exame em uma ocasião, mas não foi possível e ele acabou não voltando ao posto de saúde. Mas ele reforçou que está com pressa para voltar ao posto e agendar seu exame. “Eu não tenho preconceito e acho muito importante fazer o exame. Tenho medo da doença, apesar de não ter tido ninguém na família que teve câncer. Mas como se fala muito, vou fazer a prevenção”, disse.
Agência Brasil 27/11/2012

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

DEZ DICAS PARA COMEÇAR HOJE A SER UM CONSUMIDOR CONSCIENTE


No dia do consumidor consciente, o EcoD selecionou algumas dicas essenciais para você dá início a uma vida que equilibra satisfação pessoal e sustentabilidade.
Ser um consumidor consciente é consumir de forma diferente, levando em consideração aspectos como: o gasto de energia dos produtos, as embalagens, a quantidade, a necessidade, entre muitos outros.
Você não vai deixar de comprar, mas sim utilizar produtos com a possibilidade de colaborar com o planeta.
Faça sua parte. Comece a praticar as dez dicas e veja como pequenos gestos promovem grandes transformações.
Se alimente antes de ir ao supermercado
Um estudo mostra que pessoas com fome compram mais comida. Compras desnecessárias tendem a gerar mais lixo e desperdício. Por isso, faça um lanche ou uma refeição e não vá às compras de barriga vazia.
Bem alimentado e com a ajuda de uma lista de compras, fica ainda mais fácil comprar somente o que for preciso, pôr em prática o consumo consciente e evitar gastos desnecessários.
Evite modismos
Todos os dias recebemos centenas de informações sobre o que vestir, comer, qual a última novidade do mercado tecnológico etc. Tudo isso estimula o consumo, muitas vezes desnecessário. Por isso, fuja da tentação e não compre só porque está na moda.
Assim que ela passar, aquele produto estará obsoleto e poderá, facilmente, ir para o lixo. Além de agravar os problemas dos aterros sanitários, a produção desses objetos requer a utilização de recursos naturais, água e energia.
Seja um consumidor consciente e valorize suas compras. Adquira apenas aquilo que tenha utilidade, qualidade e que irá te servir por muito tempo.
Analise bem antes de comprar
Antes de sacar o cartão de crédito, pare um pouco e se faça algumas perguntas: do que e em quais condições esse produto foi feito? Como ele é embalado? Eu poderei reaproveitar ou reciclar todos esses materiais depois? E o mais importante, ele será realmente útil?
Se todas as respostas forem satisfatórias, então pode gastar seu dinheiro com tranquilidade. Mas se alguma coisa não está muito clara para você, então é melhor esperar um pouco e avaliar melhor se aquela compra é mesmo a melhor opção.
Ao fazer isso, você estará agindo como um consumidor consciente, que preza pela qualidade do produto e que tenta minimizar todos os impactos que ele pode gerar.
Compre serviços em vez de produtos
Quando precisar de algum equipamento, alugue em vez de comprar. Assim você sempre terá produtos atualizados e duráveis em vez de equipamentos que estarão obsoletos em pouco tempo.
Além disso, você estará estimulando a economia e economizando um bom dinheiro.
Prefira produtos de serviços de empresas sustentáveis
Na hora de escolher o que comprar, considere as ações de sustentabilidade promovidas pelas empresas e dê preferência àquelas que possuam políticas de responsabilidade social, preservação ambiental ou comércio justo.
Assim, você estará incentivando que outras empresas adotem esse tipo de prática, melhorando a vida de milhões de pessoas, ajudando a preservar a natureza e promovendo uma economia mais justa.
Planeje suas compras
Antes de ir ao shopping ou ao supermercado, planeje o que vai comprar. Isso evita o consumo desnecessário e, consequentemente, os gastos extras, a geração de mais lixo e a produção de novos bens.
O consumo consciente evita que toda a matéria-prima e energia gastas na confecção, transporte, armazenamento, venda e descarte de um produto sejam desperdiçadas. Por isso, confira nosso EcoD Básico: Consumir de forma consciente e sustentável e saiba fazer uma boa escolha na hora das compras.
Não compre produtos de má qualidade
Produtos de má qualidade costumam ter uma vida útil mais curta, tornando necessária a sua reposição em um curto período de tempo. Isso significa mais matéria-prima, energia e recursos naturais gastos na fabricação, transporte, comercialização e descarte de todo esse material.
Além disso, esses produtos costumam ser mais baratos, o que pode indicar uso de mão de obra desqualificada, mal remunerada e em péssimas condições de trabalho.
Por isso, prefira juntar um pouco mais e pagar por um produto de qualidade e que vá durar muito tempo.
Prefira produtos com menos embalagens
Sempre que for comprar algo, opte pelos produtos com menos embalagem. Uma alternativa ainda mais sustentável é levar suas próprias vasilhas e sacolas reutilizáveis para o mercado.
Assim você evita que toneladas de plásticos, bandejas de isopor e outros materiais sejam utilizados e descartados logo após o uso.
Pegue emprestado
Imagine a seguinte situação: você precisa de um determinado material ou equipamento para uma situação específica, mas sabe que provavelmente não irá utilizá-lo novamente depois. O que fazer? Nesses casos, prefira pegar emprestado em vez de comprar um novo.
Além de economizar dinheiro, você irá evitar que esse objeto vire lixo em pouco tempo e impedir que novos produtos sejam fabricados – o que consome água, energia e outras matérias-primas.
Por isso, antes de comprar procure saber se algum amigo, parente ou conhecido não pode lhe emprestar o que você está precisando.
Prefira lanches de casa
Lanches caseiros, como sanduíches e saladas de frutas, são mais saudáveis, baratos e sustentáveis que lanches industrializados comprados na rua.
Por isso, antes de sair de casa, prepare um lanche e leve-o com você para o trabalho, escola ou faculdade. Você terá a segurança de comer algo que conhece a procedência, poderá poupar a conta com alimentação no final do mês e ainda evita gerar mais lixo com embalagens, plásticos etc.
Para tornar seu lanche ainda mais saudável e sustentável, dê preferência a alimentos orgânicos e produzidos localmente.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Lei fixa prazo de 60 dias para início do tratamento de pacientes com câncer


Pacientes com neoplasia maligna (tumor maligno) deverão iniciar o tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS) no prazo máximo de 60 dias, contados a partir do diagnóstico. É o que prevê a Lei 12.732, publicada hoje (23) no Diário Oficial da União.
O projeto foi aprovado em outubro deste ano pelo Senado e tem o apoio do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Para o diretor-geral do órgão, Luiz Antônio Santini, a iniciativa vai melhorar a eficácia da prestação de serviços no tratamento da doença.
De acordo com a publicação, o prazo de 60 dias será considerado cumprido quando o tratamento for efetivamente iniciado, seja por meio de cirurgia, radioterapia ou quimioterapia. Em casos mais graves, o prazo poderá ser inferior ao estabelecido.
Pacientes acometidos por manifestações dolorosas consequentes de tumores malignos terão tratamento privilegiado no que diz respeito ao acesso a prescrições e a analgésicos opiáceos e correlatos.
O texto prevê ainda que a padronização de terapias contra o câncer, cirúrgicas e clínicas, deverá ser revista, republicada e atualizada sempre que se fizer necessário, para que se adeque ao conhecimento científico e à disponibilidade de novos tratamentos.
Estados brasileiros que apresentarem grandes espaços territoriais sem serviços especializados em oncologia deverão produzir planos regionais para a instalação desse tipo de unidade. O descumprimento acarretará penalidades administrativas a gestores direta e indiretamente responsáveis.
A lei entra em vigor 180 dias após sua publicação.

Agência Brasil 23/11/2012

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Anvisa deve publicar em janeiro nova análise sobre uso da sibutramina


O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Dirceu Barbano, disse hoje (21) que uma nova análise sobre o uso da sibutramina no mercado brasileiro deve ser publicada até janeiro de 2013. A partir daí, a agência reguladora decidirá se mantém ou não a autorização para o uso do emagrecedor no país. 
Em 2011, o órgão decidiu banir os emagrecedores à base de anfepramona, femproporex e mazindol, os chamados anfetamínicos. Já a sibutramina continuou liberada, mas com restrições. Pacientes e médicos precisam assinar um termo de responsabilidade, que deve ser apresentado junto com a receita no momento da compra. Profissionais de saúde também são obrigados a informar à Anvisa problemas apresentados pelos pacientes.
A proposta inicial dos técnicos da agência era banir o medicamento no país, pois estudos internacionais mostram que o uso da substância aumenta os riscos de problemas cardiovasculares e alterações no sistema nervoso central. Mas, após nove meses de debate, a equipe técnica mudou de posição e, no último relatório, defendeu a permanência do uso e da venda do remédio no Brasil. No prazo de um ano, a Anvisa voltaria a analisar a manutenção da sibutramina no mercado brasileiro.
“A diretoria está absolutamente tranquila para tomar qualquer decisão – seja manter a sibutramina, seja retirá-la do mercado”, avaliou Barbano. Durante café da manhã com jornalistas, o diretor-presidente garantiu que as informações sobre a medicação estão sendo repassadas por profissionais de saúde à agência. “Ela [sibutramina] pode sair do mercado se, mesmo com todo o controle, não tivermos condição de manejar o medicamento.”
De acordo com a Anvisa, a sibutramina ajuda a perder, no mínimo, 2 quilos de massa corporal em um período de quatro semanas. O tratamento é indicado para quem tem Índice de Massa Corporal (IMC) igual ou acima de 30 e não sofre de doença cardíaca. O prazo máximo de utilização do remédio é dois anos.
Agência Brasil 21/11/2012

Após denúncias, Anvisa inicia auditoria de processos sobre agrotóxicos


O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Dirceu Barbano, disse hoje (20) que o órgão está fazendo auditoria em todos os processos relacionados a agrotóxicos desde 2008. Ao todo, entre 120 e 160 documentos devem ser revistos.
A decisão foi tomada depois que o gerente-geral de Toxicologia da Anvisa, Luiz Cláudio Meirelles, denunciou irregularidades em processos de liberação de agrotóxicos na agência. Na última quarta-feira (14), ele foi exonerado do cargo.
Durante café da manhã com jornalistas, Barbano informou que vai sugerir ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) que também façam auditorias nos processos que envolvem agrotóxicos.
“Cada órgão é um órgão. Só vou sugerir que também façam auditorias. Certamente, eles também estão preocupados com a situação. Não podemos gerar insegurança. Na medida em que um tem problema, o problema é de todo mundo. Estamos torcendo para que seja uma situação pontual, localizada.”
Sobre a exoneração do gerente-geral de Toxicologia, o diretor-presidente da Anvisa se disse surpreso com o que chamou de “polemização” do caso. Após deixar o cargo, Meirelles procurou o Ministério Público Federal alegando que a sua assinatura foi falsificada em alguns documentos da Anvisa.
“Todos que ocupam cargos de confiança podem ser exonerados. Precisamos ter um ambiente descontaminado para fazer uma apuração ampla”, disse. “Acho estranho quando as pessoas reagem ao perder cargos de confiança”, completou.
Ao final da conversa com a imprensa, Barbano avaliou que é preciso apurar se houve mesmo falsificação de assinaturas, mas adiantou que há indícios “muito concretos” de que os seis produtos envolvidos nas denúncias apresentam problemas.
No início da semana, a Anvisa informou que considera extremamente graves as denúncias encaminhadas pela Gerência-Geral de Toxicologia. Por meio de nota, o órgão destacou que as denúncias foram encaminhadas para a corregedoria e para a Polícia Federal e que já foram prestados esclarecimentos ao Ministério Público Federal sobre o assunto.
“A presidência da Anvisa tem conhecimento e clareza do tamanho dos desafios que são enfrentados diariamente para garantir que a instituição e seus servidores estejam protegidos das pressões que naturalmente são exercidas pelos entes econômicos, incluindo aqueles interessados no setor de agrotóxicos. Dessa forma, não pode permitir condutas que fragilizem a confiança interna e externa na capacidade técnica e na lisura das análises realizadas nos processos que dependem de posição da Anvisa.”
Agência Brasil 21/11/2012

Governo cria comissão para estimular a agroecologia e a produção de alimentos orgânicos


Foi instalada hoje (20), uma comissão para integrar governo e sociedade civil na construção do Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica. O evento contou com a presença de ministros e representantes de instituições ligadas a agroecologia. A elaboração do plano com ações, metas e prazos está prevista na Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica, instituída em agosto por decreto pela presidenta Dilma Rousseff. A comissão vai acompanhar também a gestão dessa política nacional.
O integrante do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Francisco Dalchiavon, salientou que é preciso fazer mudanças no modelo de produção agrícola para implementar a agroecologia e citou elementos que não podem faltar à política e ao plano em construção. “Tem cinco instrumentos de política agrícola que são fundamentais para implementar esse novo sistema que é a terra, o crédito, a assistência técnica, o seguro e o preço. Esses instrumentos de política agrícola são fundamentais para levar em frente um sistema dessa natureza”, disse.
A ministra Meio Ambiente, Izabella Teixeira, que participou da cerimônia, citou a importância de se produzir alimentos usando menos agrotóxicos e preservando o meio ambiente. “É preciso mostrar à sociedade brasileira que podemos implementar a produção de alimentos protegendo o meio ambiente, desde a questão da água até o uso excessivo de agrotóxicos. É importante investir em tecnologias menos tóxicas e também buscar a produção mais orgânica de alimentos”.
O alto custo dos produtos orgânicos para o consumidor final também foi discutido. Para Francisco Dalchiavon, será preciso garantir incentivos financeiros do governo, como crédito mais acessível e assistência técnica eficiente, para que os orgânicos cheguem mais baratos às prateleiras dos supermercados. “O custo de produção se torna mais caro em função da maior utilização de mão de obra e o agronegócio tem grandes incentivos fiscais. O estado tem que ajudar a construir esse novo sistema”.
A Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica, instalada hoje, será integrada por quatorze representantes do governo e outros quatorze de entidades da sociedade civil. A Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica define como produção de base agroecológica aquela que busca otimizar a integração entre capacidade produtiva, uso e conservação da biodiversidade, eficiência econômica e justiça social. Já o sistema orgânico de produção é definido, entre outros itens, pela oferta de produtos saudáveis isentos de contaminantes.
Agência Brasil

Polo Naval do Jacuí: a redenção da Região Carbonífera

Após anos de estagnação, uma região privilegiada por seus atributos logísticos parece descortinar um novo horizonte.
A região do Vale do Jacuí, distante apenas 55 km de Porto Alegre, dispõem de estradas em boas condições e um rio com excelente navegabilidade e com um calado mínimo de quatro metros até Rio Grande. Sua principal cidade, Charqueadas, dispõem de grandes áreas para instalação de indústrias e o prefeito municipal não mediu esforços para aproveitar as oportunidades que se apresentaram.
Esta conjunção de fatores propiciam que a região deixe para trás seu passado de promessas e incertezas e ingresse na onda do pré-sal, credenciando Charqueadas como um dos polos no setor de Óleo & Gás,juntamente com Rio Grande.
Em Charqueadas estão se instalando "epcistas" da Petrobrás e seus fornecedores. "EPCistas" são companhias que fornecem de forma integrada os serviços de engenharia (E), suprimentos (Procurement em inglês) e construção (C) para grandes companhias, no caso a Petrobras e estaleiros.
Em Taquari a Intecnial está investindo R$ 30 milhões na ampliação da sua unidade que fabricará módulos elétricos para os módulos das plataformas.
No polo de Charqueadas está se instalando a Iesa, que já concluiu seu cais no Jacuí. A Iesa foi vencedora de licitação da Petrobras para o fornecimento de 24 módulos de compressão para seis plataformas, com opção de fornecimento de mais oito módulos para outras duas plataformas replicantes do Pré-Sal. O valor total dos contratos é de US$ 720,4 milhões, podendo chegar em US$ 911,3 milhões se confirmado o fornecimento dos oito módulos adicionais. O prazo para o fornecimento de todos os módulos é de 54 meses.
A Metasa e a Engecampo estão aguardando licença ambiental. A UTC e a Tomé Engenharia estão aguardando decisão judicial referente desapropriações de área promovida pela Prefeitura Municipal de Charqueadas.
Somente estas empresas deverão investir quase R$ 500 milhões, com exceção da Engecampo que não divulgou o investimento, e gerar mais de 5,5 mil empregos diretos.As empresas necessitarão principalmente de engenheiros, soldadores, eletricistas, montadores de estruturas, mecânicos, encanadores,...
Estas empresas se abastecerão principalmente dos profissionais da Grande Porto Alegre, mas também nos Vales do Taquari e Rio Pardo, pressionando o mercado de mão de obra qualificada. Além dos treinamentos oferecidos pelas empresas epcistas e terceirizadas, é possível qualificar-se por meio de projetos criados pelo governo federal. O Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp) e o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) tem parcerias com as instituições do Sistema S.
O atual Plano de Negócios anunciado pela Petrobras (2012/2016) projeta 236,5 bilhões de dólares em investimentos e o emprego de 250 mil trabalhadores no Brasil inteiro.

César Cechinato Consultor e executivo empresarial
Jornal Portal de Notícias 20/11/2012

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Pinguins-de-magalhães se reproduzem pela primeira vez em zoo no Brasil

O Gramadozoo comemora a inédita reprodução de pinguins-de-magalhães. Na manhã desta segunda-feira, dois ovos foram encontrados pela equipe veterinária no ninho montado sob as pedras do recinto. O fato é inédito em zoológicos do Brasil. Em sistema de rodízio, o casal apaixonado cuida ininterruptamente do ninho.

Segundo a técnica veterinária do Gramadozo, Christina Capalbo, a reprodução de pinguins foi registrada apenas em aquários de São Paulo. “Em cativeiro, tivemos apenas três no Brasil. Já em zoológicos, é a primeira vez que ocorre, o que demonstra que os animais estão bem adaptados ao manejo do Gramadozoo."

Vítimas de um derramamento de óleo em Santa Catarina, os pinguins foram trazidos para Gramado um junho de 2009. Atualmente, oito animais da espécie vivem no parque. De acordo com Christina, as aves foram mantidas em cativeiro porque não teriam condições de sobreviver em vida livre. O pai é cego de um olho e a fêmea apresentou problemas respiratórios. “O macho é o líder do bando. Eles formaram casal logo que chegaram ao parque”, conta Christina.

Companheirismo

A técnica explica que os pinguins são animais extremamente fieis. “Quando a fêmea ficou doente em 2011, o macho regurgitava a comida para dar para ela. O normal é o bando expulsar do grupo em caso de doença, mas ele cuidou dela”, recorda Christina.

Para tratar da doença, a fêmea foi afastada do grupo e ficou três meses internada no hospital veterinário do zoo. “Os pinguins vivem em grandes colônias. No tempo em que ela ficou internada, o casal ficou abatido. Colocamos um espelho para a fêmea sentir menos solidão."

O casal começou a copular no início da primavera. “Estamos monitorando os animais. Fazem três semanas que eles não saem do ninho. Hoje pela manhã, vi que a fêmea tinha colocado os ovos. Enquanto um fica de sentinela do ninho, o outro choca. Os dois fazem rodízio para cuidar dos ovos”, diz a técnica.

Segundo Christina, o período de choca leva entre 38 e 42 dias. “Os ovos podem não ser férteis e o casal pode abandonar o ninho. Apesar de serem pais de primeira viagem, o comportamento deles indica o provável nascimento dos filhotes."

Fonte:Jornal Correio do Povo

sábado, 17 de novembro de 2012

Barbosa nega liminar que questionava piso salarial de professores


O ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou liminar que pretendia alterar o regime de pagamento do piso nacional de professores. Governadores de seis estados - Mato Grosso do Sul, Goiás, Piauí, Rio Grande do Sul, Roraima e Santa Catarina – alegavam que o critério de reajuste era ilegal. A decisão de Barbosa é liminar, e a ação ainda será analisada no mérito.
O piso nacional dos professores foi criado com uma lei de 2008, declarada constitucional pelo STF em abril do ano passado. Um dos artigos da lei estipula que o piso deve ser atualizado anualmente em janeiro, segundo índice divulgado pelo Ministério da Educação.
Para os seis estados que acionaram o Supremo, a adoção de um critério da Administração Federal para o aumento da remuneração tem várias ilegalidades e agride a autonomia dos estados e municípios para elaborar seus próprios orçam JOAQUIM BARBOSAentos.
Em sua decisão, Barbosa argumenta que a inconstitucionalidade da forma de reajuste já poderia ter sido questionada na ação julgada pelo STF em 2011, o que não ocorreu. “Essa omissão sugere a pouca importância do questionamento ou a pouco ou nenhuma densidade dos argumentos em prol da incompatibilidade constitucional do texto impugnado”.
Segundo o ministro, a lei prevê que a União complemente os recursos locais para atendimento do novo padrão de vencimentos, e a suposição de que isso não ocorrerá é um juízo precoce. “Sem a prova de hipotéticos embaraços por parte da União, a pretensão dos requerentes equivale à supressão prematura dos estágios administrativo e político previstos pelo próprio ordenamento jurídico para correção dos déficits apontados”, destacou Barbosa.
Agência Brasil

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Grupo de trabalho vai buscar alternativas sustentáveis para sacolas plásticas


Um grupo de trabalho instituído hoje (13) pelo Ministério do Meio Ambiente vai discutir o consumo sustentável de sacolas plásticas para propor formas de discipliná-lo. O ministério deu prazo prorrogável de seis meses para as atividades, segundo portaria publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira.
Entre as atribuições do grupo, que não será remunerado, está a identificação de tecnologias disponíveis no Brasil e os impactos delas no meio ambiente. A partir disso, será possível avaliar a viabilidade de criar certificados para os diversos tipos de sacolas, com o objetivo de orientar o consumidor.
Também passará pelo grupo a avaliação e seleção de conteúdos para campanhas de conscientização. Outra responsabilidade será avaliar e estudar projetos para o uso de sacolas plásticas em tramitação no Brasil e no mundo, o que dará subsídios para uma futura norma brasileira sobre o tema.
Além de integrantes do Ministério do Meio Ambiente, participarão do grupo de trabalho representantes da Secretaria Nacional do Consumidor, do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), de entidades sem fins lucrativos voltadas ao tema, instituições representativas dos setores envolvidos e representantes da sociedade civil.
Agência Brasil 13/11/2012

Silvio Tendler sobre O Veneno está na Mesa: “Já podemos falar em 1 milhão de espectadores

Recentemente indicado como documentário para ser visto e estudado por estudantes que prestaram a seleção do Enem, o filme “O Veneno está na Mesa” revela os riscos da produção e do consumo dos agrotóxicos no Brasil. Produzido por um coletivo de organizações, entidades e órgãos de pesquisa, o documentário critica o modelo brasileiro de desenvolvimento que privilegia o agronegócio em detrimento da agricultura familiar. “É importante que os futuros universitários do Brasil entrem na Universidade já sabendo os problemas que nossa produção agrícola tem. É uma prova da vitória da nossa campanha”, comemorou Silvio Tendler.

O projeto do documentário teve o objetivo de massificar o debate sobre agrotóxicos, tanto que o filme está disponível na íntegra na internet e pode ser copiado livremente. “Só no Youtube o ‘Veneno está na Mesa’ já teve mais de 120 mil acessos. Fora as milhares de cópias que foram distribuídas pelas organizações de massa, sindicais e científicas. Cada parceiro se preocupou em reproduzir, multiplicar e distribuir o filme. Sem falsa modéstia, não se pode mais falar em milhares de espectadores. Já podemos falar na casa de 1 milhão”, afirmou o cineasta. 
Tendler também adiantou que uma continuação do documentário “O Veneno está na Mesa” já está sendo produzida e vai focar em soluções que já existem para produção de alimentos de qualidade para todos. “Vou mostrar que hoje existe a agrofloresta, a agloecologia, que dá pra gente fazer um outro modelo diferente. E o Veneno dois é isso: uma complementação ampliada e otimista do Veneno 1″, contou.

Confira a entrevista na íntegra aqui


Documentário O Veneno Está na Mesa

domingo, 11 de novembro de 2012

Estação Ecológica do Taim será ampliada

Unidade de Conservação localizada no Rio Grande do Sul, próximo à fronteira com o Uruguai, passará dos atuais 11 mil hectares para cerca de 33 mil hectares, parte em terras particulares que serão desapropriadas.


O Conselho Consultivo da Estação Ecológica (Esec) do Taim aprovou a proposta de ampliação da área da unidade de conservação (UC), gerida pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) no Rio Grande do Sul. Com isso, a Esec passará dos atuais 11 mil ha para cerca de 33 mil ha, dos quais apenas 8 mil ha estão em terras particulares que serão desapropriadas.
 
Durante a reunião do conselho, realizada dia 31, além da nova poligonal com o mapa da unidade, foram aprovados os critérios usados pelo Grupo de Trabalho (GT) para definir a ampliação. Ficaram de fora da unidade de conservação, por exemplo, as pequenas propriedades. Já os alagados e banhados foram considerados áreas prioritárias para integrar a estação ecológica.
 
As discussões sobre a nova poligonal da UC vinham sendo feitas desde 2008, quando o conselho decidiu pela ampliação da área. Na época, foi elaborado um termo de referência para contratar uma empresa que fizesse o levantamento fundiário da região. O trabalho foi concluído em 2011. Do início de 2012 para cá, o GT debateu e formulou a proposta de ampliação dos limites, aprovada na semana passada pelos conselheiros.
 
Zona de amortecimento
 
Agora, o Grupo de Trabalho tem outra tarefa: decidir sobre a zona de amortecimento da Esec. A definição só deve sair em abril de 2013, pois envolve entendimentos com o setor produtivo da região que participa do GT e do conselho. Só após essa decisão, a proposta de ampliação da UC será encaminhada ao ICMBio em Brasília, para concluir o processo de legalização da medida (realizar consultas públicas e preparar o decreto de ampliação).
 
Segundo o chefe da Esec do Taim, Henrique Ilha, embora o método participativo de elaboração da proposta de ampliação exija tempo e muita negociação, o processo permite, por outro lado, aproximar os usuários e vizinhos da unidade, o que contribui para a gestão e harmonização das práticas produtivas com as necessidades de conservação.
 
“A participação expressiva da comunidade já demonstra que está cada vez mais disseminado o conceito de que a Estação Ecológica do Taim é de todos nós. E todos os envolvidos estão de parabéns por esse avanço histórico alcançado”, disse o chefe da unidade.
 
A reserva
 
Criada em 1986, a Estação Ecológica do Taim ocupa áreas dos municípios de Santa Vitória do Palmar e Rio Grande, no Rio Grande do Sul, entre a Lagoa Mirim e o Oceano Atlântico, próximo do Arroio Chuí, na fronteira do Uruguai. Um dos principais motivos para a criação da Esec foi o fato de ser local de passagem de várias espécies de animais migratórios, principalmente aves, vindas da Patagônia. Lá, elas descansam, fazem ninhos e se desenvolvem, antes de seguir viagem. Sem a unidade de conservação na rota de migração, esses animais correriam sério risco de extinção.
 
Na parte norte da estação, há uma pequena floresta, que constitui uma verdadeira preciosidade ecológica. As árvores dominantes são a figueira nativa (Ficus organensis) e a corticeira (Erythrina sp) das quais pendem barbas-de-velho que causam efeito decorativo. Nas árvores há também lindas orquídeas, sendo a principal a Cattleya intermedia.
 
No banhado, que constitui a maior parte da Esec, domina o junco (Sairpus ca/ifornicus). Estãos presentes, também, plantas que boiam nas águas como o aguapé (Eichornia crasnpes), a Pistia stratiotes, a erva-de-santa-luzia, além de gramíneas diversas. Dentre estas foram assinaladas a Paspalum e a Spartina de porte elevado, que ocupam grandes áreas do banhado. Muitas delas oferecem refúgio para diversas espécies de aves e mamíferos.
 
A Estação Ecológica do Taim protege uma fauna variada como o jacaré-de-papo-amarelo (Caiman  atirostris), incluído nas listas nacionais e internacionais de animais ameaçados de extinção. A principal ave é o cisne-de-pescoço-preto (Cygnus melancoryphus), o único cisne verdadeiro do continente sul-americano e um dos mais bonitos do mundo, que é a grande estrela da avifauna do Taim.
 
Outras espécies também ameaçadas de extinção e encontradas na Esec são o coscoroba (Coscoroba coscoroba), os Dendrocygna (iererês e outros), o marrecão da Patagônia (Neta peposaca), os socós (Trigrisonia spp), o tachã (Chauna torquata) e a garça-branca-grande (Casmerodis a/bus).
 
Entre os mamíferos, estãos presentes a nutria ou ratão-do-banhado (Myocastor coypus), que sofre forte pressão da caça devido ao valor da sua pele, o tuco-tuco (Atenomys flamarioni) e a capivara (Hydrochoereus hydrochoereus). O cervo-do-pantanal (Blastocerus dichotomus), que habitava o local no início do século passado, está praticamente extinto na região devido a ações predatórias do homem.
 
Pelo fato de proteger um dos últimos remanescentes do ecossistema banhado, a Estação Ecológica do Taim tem valor especial para estudos ecológicos. Por isso, conta com infra-estrutura para o desenvolvimento de pesquisas. A UC não recebe visitação pública com o objetivo de lazer, mas está aberta para visitas guiadas com a finalidade de educação ambiental.
 
Pelo alto valor ecológico e pela beleza de suas águas e matas, o banhado do Taim é considerado uma das Sete Maravilhas do Rio Grande do Sul.
 
Comunicação ICMBio
ICMBio/EcoAgência

Isolamento de idoso pode ser sinal de problema de audição


Cerca de 10% dos brasileiros sofrem de algum tipo de problema de audição, conforme estimativas da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cervicofacial (Aborl-CCF). Depois dos 65 anos de idade, eles se tornam mais comuns e podem levar à depressão.
“Do mesmo jeito que nossa pele vai envelhecendo, nossos olhos vão tendo dificuldade para acomodar o foco visual, o ouvido também vai envelhecendo. É importante a família saber que aquele idoso que está amuado, no canto, que não gosta de falar e de sair,  pode estar sofrendo de uma perda de audição,” diz Diderot Parreira, presidente da Associação de Otorrinolaringologia do Distrito Federal.
Nesses casos, a recomendação é que o idoso seja avaliado por um otorrinolaringologista. Se a perda for identificada, o ideal é usar um aparelho auditivo, que basicamente amplifica som. De acordo com Parreira, o idoso volta ao convívio social que tinha antes da perda.
“Um teste simples, audiometria, pode monitorar a necessidade daquele momento. Qualquer perda auditiva é passível de tratamento. Nós temos diversos tipos de exames pra detectar o tratamento que deve ser utilizado, que pode ser desde uma simples prótese auditiva até uma cirurgia de implante coclear, que é mais elaborada.”
No Dia Nacional de Combate e Prevenção à Surdez, lembrado hoje (10), Parreira adverte sobre o uso de cotonetes para a limpeza do ouvido. “Geralmente, as pessoas colocam o cotonete bem dentro do ouvido e isso pode lesar o tímpano, tira a proteção do ouvido que é a cera. Cera não é sujeira, é proteção. Isso deixa o ouvido mais exposto a infecções bacterianas ou fúngicas. A única limpeza que deve ser utilizada é a toalha depois do banho, só onde o dedo alcança,” aconselha.
Agência Brasil

Teste da orelhinha aumenta chance de tratar problema auditivo em bebês


 A cada mil crianças nascidas no Brasil, três a cinco nascem com deficiência auditiva, estima a Sociedade Brasileira de Otologia (SBO), que integra a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cervicofacial. Para detectar o problema nos recém-nascidos, os especialistas alertam para o teste da orelhinha.
“Qualquer infecção que a mãe tiver na gravidez é um sinal de alerta para ela acompanhar a criança mais de perto com o obstetra e quando a criança nascer procurar um otorrino. O teste da orelhinha é um exame para rastrear alguma alteração, alguma dificuldade na audição do recém-nascido,” explica Diderot Parreira, presidente da Associação de Otorrinolaringologia do Distrito Federal.
Se o exame mostrar alguma alteração, o pediatra deve encaminhar a criança para um otorrino, que irá fazer o acompanhamento. “Na infância, é importante ter a audição plena, porque ela vai desenvolver a fala da criança.”
Segundo a SBO, quando os exames auditivos são feitos nos primeiros seis meses de vida, de 50% a 75% das deficiências auditivas são diagnosticadas e em quase todos dos casos, a audição é recuperada com o tratamento.
Agência Brasil 

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Acidentes com animais peçonhentos crescem 157% nos últimos dez anos


O Ministério da Saúde alerta que as notificações de acidentes com animais peçonhentos cresceram 157% na última década . Em 2011, foram mais de 139 mil ocorrências com 293 mortes.
Entre os meses de novembro e março, esse tipo de acidente aumenta tanto na zona rural como nas cidades. De acordo com o ministério, são inúmeras as causas, entre elas as chuvas que levam os animais a sair dos esconderijos e tocas, como escorpiões, aranhas e serpentes, e ainda coincide com o período reprodutivo de alguns deles. O desequilíbrio ecológico é outro motivo para o deslocamento dos animais para dentro das casas, em busca de local seco e comida.
Nesse período, o aumento de atividades nas lavouras acaba elevando o risco de contato e acidentes com cobras, por exemplo.
A Região Nordeste lidera os acidentes com escorpiões no país, superando 30 mil casos em 2011. O estado com o maior número foi a Bahia, com quase 10.500 casos. A Região Sul concentra os casos envolvendo aranhas - foram 18.052 registros no ano passado. O Paraná contabilizou 9.326 casos. As regiões Norte e Centro-Oeste têm o maior número de acidentes com serpentes: 9.329 e 3.326 casos, respectivamente.
Para evitar acidentes com escorpiões e aranhas, o ministério orienta que as pessoas devem usar calçados e luvas nas atividades no campo e de jardinagem; examinar calçados e roupas pessoais, de cama e banho, antes de usá-las; vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos, forros e rodapés; usar telas, vedantes ou sacos de areia em portas, janelas e ralos; preservar predadores naturais como seriemas, corujas, sapos, lagartixas e galinhas; limpar terrenos baldios em uma faixa de pelo menos um a dois metros de proximidade ao muro ou cercas.
No caso de serpentes, a recomendação é não andar descalço na zona rural e nem em jardins; utilizar sempre sapados fechados com perneiras ou botas de cano longo, além de luvas de couro, e nunca colocar as mãos em tocas ou buracos na terra, ocos de árvores, cupinzeiros, entre espaços situados em montes de lenha ou entre pedras. Outro cuidado é controlar o número de roedores existentes na área para evitar a aproximação de serpentes venenosas que deles se alimentam. No amanhecer e no entardecer, evitar ficar próximo da vegetação rasteira ao chão, gramados ou até mesmo jardins, pois é quando as serpentes estão em maior atividade.
Para evitar acidentes com lagartas, o alerta é observar bem ambientes silvestres- troncos, folhas, gravetos - sempre que for executar alguma atividade, além do uso de luvas.
Abelhas e marimbondos são atraídos por sons, odores e cores, como barulhos de motores de aparelhos de jardinagem e de motores de popa. A recomendação é que, no campo, o trabalhador fique atento à presença de abelhas, principalmente no momento de arar a terra com tratores. As retiradas de colmeias devem ser feitas, preferencialmente à noite ou ao entardecer, momento em que os insetos estão calmos, com uso de roupa protetora, e principalmente por profissional competente.
Agência Brasil 07/11/2012

Planos de saúde devem fornecer cartão do SUS para os clientes


As operadoras de planos de saúde do país devem começar, a partir desta terça-feira (6), a enviar o cartão do Sistema Único de Saúde (SUS) para seus clientes.
A medida pretende facilitar que os convênios paguem o governo caso uma pessoa que já recebe atendimento privado faça exames, consultas, cirurgias ou retire remédios na rede pública.
No ano passado, as operadoras repassaram R$ 82,8 milhões ao SUS, valor quase 5,5 vezes maior que em 2010, quando foram transferidos R$ 15,42 milhões. Com o número do Cartão Nacional de Saúde (CNS), segundo o ministro Alexandre Padilha, será possível identificar melhor os usuários e aumentar ainda mais esse ressarcimento.
A emissão dos cartões será feita de forma gradativa, e o cadastramento dos clientes por 1.586 operadoras deve ser concluído em sete meses, ou seja, em 6 de junho de 2013. Até lá, os planos vão poder ver se os beneficiários já têm registro no sistema do SUS, fazer eventuais mudanças e pedir novos cartões.
A responsabilidade por cobrar os planos é da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), e o valor ressarcido será destinado ao Fundo Nacional de Saúde.
Atualmente, o Brasil tem cerca de 48 milhões de usuários de planos. Em maio, já haviam sido feitos 31 milhões de registros do CNS, que vale para todo o país. Falta agora cadastrar mais 17 milhões de pessoas, que precisam informar o número do cartão antes de cada atendimento no SUS.
O cadastro é importante mesmo para quem tem plano de saúde particular, pois, em caso de acidente, o Corpo de Bombeiros e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) sempre encaminham os pacientes para um hospital público.
Correio do estado 07/11/2012

MEC divulga gabarito oficial do Enem 2012


gabarito oficial do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2012 está disponível no site doInstituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). As provas foram realizadas no último final de semana, dias 3 e 4 de novembro. O resultado final do exame será divulgado no dia 28 de dezembro. 
A novidade desta edição do Enem é o acesso dos alunos às redações corrigidas para fins pedagógicos a partir de 15 de fevereiro de 2013, também no site do Inep, entretanto os candidatos não poderão usar o  acesso como base para recursos na comissão organizadora da prova. Este ano, participaram do exame 4,175 milhões de candidatos nos 15.076 locais de provas em 1.615 municípios do país.
As notas dos candidatos do Enem serão utilizadas como critério de seleção do Sistema de Seleção Unificado (Sisu) por universidades públicas para ingresso de novos alunos. Atualmente, 95 instituições de ensino superior no país aceitam a nota como critério para o ingresso de alunos.
O Ministério da Educação (MEC) divulgou ontem (6) mudanças nas regras do sistema. Foram regulamentadas regras para que o Sisu se adeque à Lei de Cotas, que estabelece a reserva de 12,5% das vagas oferecidas em 2013 para estudantes que fizeram todo o ensino médio em escolas públicas. Dentre estes grupos, ainda há o critério conforme a declaração do candidato quanto à sua cor da pele e aos alunos de famílias de baixa renda (menos de 1,5 salário mínimo).
Agência Brasil

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Sete em cada dez indenizações do Dpvat são por acidente com moto


 Dados da Seguradora Líder, que opera o Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (Dpvat), revelam que sete em cada dez indenizações foram pagas por acidente com moto nos últimos três meses. Somente no primeiro semestre do ano, a indenização por causa de acidentes com motociclistas representou 69% do total pago.
O diretor de Relações Institucionais da Seguradora Líder, Márcio Norton, disse que o crescimento no número de motos no país contribui significativamente para a quantidade de indenizações pagas. “A estrutura do trânsito brasileiro não acompanha na mesma proporção o aumento da frota de veículos. As ações de conscientização do governo acabam sendo neutralizadas pelo volume.”
O Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) estima que o número de motos saltou de 5 milhões para 16 milhões na última década, o que representa 27% da frota nacional de veículos. Os acidentes consequentemente aumentaram. Em junho deste ano, o Ministério da Saúde divulgou que 77.113 motociclistas foram internados em 2011 e os custos chegaram a R$ 96 milhões.
Norton alerta que as campanhas de conscientização no trânsito não estão surtindo o efeito esperado. “A consciência do motorista ainda não é a melhor. Há ainda uma debilidade na conscientização dos motociclistas nos perigos da direção.”
No primeiro semestre de 2012, foram 216.150 indenizações pagas por todos os tipos de acidente de trânsito, aumento de 31% em relação ao mesmo período do ano passado. Ao todo, foram empenhados nos pagamentos R$ 1,261 bilhão. O cidadão pode solicitar o seguro Dpvat nos casos de morte, invalidez permanente ou para reembolso de despesas médicas ou hospitalares decorrentes de acidentes de trânsito.

Gastos do SUS com atendimento a motociclistas aumentam 113% em quatro anos

Levantamento do Ministério da Saúde (MS) aponta que o custo de internações por acidentes com motociclistas pagas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em 2011, foi 113% maior do que em 2008, passando de R$ 45 milhões, há quatro anos, para R$ 96 milhões, no ano passado.
O crescimento dos gastos acompanha o aumento das internações, que passou de 39.480 para 77.113 hospitalizados no período. Segundo dados do MS, o número de mortes por este tipo de acidente aumentou 21% nos últimos anos – de 8.898 motociclistas em 2008 para 10.825 óbitos em 2010. Homens representaram 89% das mortes de motociclistas, em 2010. Os jovens são as principais vítimas: cerca de 40% dos óbitos estão entre a faixa etária de 20 a 29 anos. O percentual chega a 88% na faixa etária de 15 a 49 anos.
“O Brasil está definitivamente vivendo uma epidemia de acidentes de trânsito e o aumento dos atendimentos envolvendo motociclistas é a prova disso. Estamos trabalhando para aperfeiçoar os serviços de urgência no SUS, mas é inegável que essa epidemia está pressionando a rede pública”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Além do crescimento de fatores de risco importantes, como excesso de velocidade e consumo de bebida alcoólica antes de dirigir, a diretora de Análise de Situação em Saúde do Ministério da Saúde, Deborah Malta, destaca o aumento na frota de veículos como fator para aumento do número de acidentes.
Segundo o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), o número de veículos registrados cresceu 16,4% entre 2008 e 2010. No mesmo período, os óbitos tiveram alta de 12%. Já a frota de motocicletas foi ampliada em 27%.
O servidor público, José Sebastião Araújo, 52 anos, sofreu acidente de moto há duas semanas. Motociclista habilitado há quase 20 anos, ele usava o veículo para fugir do engarrafamento diário. “Essa foi a forma mais ágil que encontrei para ir trabalhar. Há muitos problemas no trânsito de Brasília e falta opção de transporte público de qualidade”, disse.
Araújo ficará pelo menos um mês afastado do trabalho e passará por três cirurgias devido aos traumas sofridos: fratura exposta na perna esquerda, deslocamento da clavícula e escoriações por todo corpo. A segunda etapa de reabilitação são sessões de fisioterapia durante seis meses. O servidor público afirmou que o uso capacete atenuou a violência do acidente. “Não fosse pelo capacete, certamente não estaria aqui para contar a história. Eu teria morrido”, falou.
De acordo com a Rede Sarah de Hospitais de Reabilitação, que presta atendimento público em Belém, Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Macapá, Rio de Janeiro, Salvador e São Luís, no período de janeiro a junho de 2011, 45,8% das internações motivadas por acidente de trânsito se referiram a casos em que os pacientes eram ocupantes de motocicletas.
Esses acidentes produziram, predominantemente, lesões medulares, lesões ortopédicas e lesões cerebrais, representadas, em sua quase totalidade, por traumatismos crânio-encefálicos. A Rede Sarah aponta que 43,1% dos acidentes foram registrados aos sábados e domingos. O horário de pico dos acidentes envolvendo motocicletas ficou em torno das 19h.

Agência Brasil 05/11/2012