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quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Polo Naval do Jacuí: a redenção da Região Carbonífera

Após anos de estagnação, uma região privilegiada por seus atributos logísticos parece descortinar um novo horizonte.
A região do Vale do Jacuí, distante apenas 55 km de Porto Alegre, dispõem de estradas em boas condições e um rio com excelente navegabilidade e com um calado mínimo de quatro metros até Rio Grande. Sua principal cidade, Charqueadas, dispõem de grandes áreas para instalação de indústrias e o prefeito municipal não mediu esforços para aproveitar as oportunidades que se apresentaram.
Esta conjunção de fatores propiciam que a região deixe para trás seu passado de promessas e incertezas e ingresse na onda do pré-sal, credenciando Charqueadas como um dos polos no setor de Óleo & Gás,juntamente com Rio Grande.
Em Charqueadas estão se instalando "epcistas" da Petrobrás e seus fornecedores. "EPCistas" são companhias que fornecem de forma integrada os serviços de engenharia (E), suprimentos (Procurement em inglês) e construção (C) para grandes companhias, no caso a Petrobras e estaleiros.
Em Taquari a Intecnial está investindo R$ 30 milhões na ampliação da sua unidade que fabricará módulos elétricos para os módulos das plataformas.
No polo de Charqueadas está se instalando a Iesa, que já concluiu seu cais no Jacuí. A Iesa foi vencedora de licitação da Petrobras para o fornecimento de 24 módulos de compressão para seis plataformas, com opção de fornecimento de mais oito módulos para outras duas plataformas replicantes do Pré-Sal. O valor total dos contratos é de US$ 720,4 milhões, podendo chegar em US$ 911,3 milhões se confirmado o fornecimento dos oito módulos adicionais. O prazo para o fornecimento de todos os módulos é de 54 meses.
A Metasa e a Engecampo estão aguardando licença ambiental. A UTC e a Tomé Engenharia estão aguardando decisão judicial referente desapropriações de área promovida pela Prefeitura Municipal de Charqueadas.
Somente estas empresas deverão investir quase R$ 500 milhões, com exceção da Engecampo que não divulgou o investimento, e gerar mais de 5,5 mil empregos diretos.As empresas necessitarão principalmente de engenheiros, soldadores, eletricistas, montadores de estruturas, mecânicos, encanadores,...
Estas empresas se abastecerão principalmente dos profissionais da Grande Porto Alegre, mas também nos Vales do Taquari e Rio Pardo, pressionando o mercado de mão de obra qualificada. Além dos treinamentos oferecidos pelas empresas epcistas e terceirizadas, é possível qualificar-se por meio de projetos criados pelo governo federal. O Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp) e o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) tem parcerias com as instituições do Sistema S.
O atual Plano de Negócios anunciado pela Petrobras (2012/2016) projeta 236,5 bilhões de dólares em investimentos e o emprego de 250 mil trabalhadores no Brasil inteiro.

César Cechinato Consultor e executivo empresarial
Jornal Portal de Notícias 20/11/2012

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Navegar discutirá desenvolvimento conjunto do RS na Feira do Polo Naval


Principal atração da Feira do Polo Naval, o Congresso Navegar trará em 2013 uma proposta de debate envolvendo o desenvolvimento integrado dos diversos modais de transporte do Rio Grande do Sul. Com o tema: “Nos caminhos do desenvolvimento”, serão debatidos os problemas e as possíveis soluções para uma política de desenvolvimento multimodal do Estado.
“Além da região metropolitana de Porto Alegre, é necessário englobar outros pontos do Estado que mais do que nunca necessitam de agilidade no transporte de cargas e pessoas. Com os polos de Rio Grande e Jacuí, é necessário discutir os transportes entre esses pontos e também caminhos para escoamento da produção gaúcha de forma eficaz e segura”, destaca Jayme Ramis, diretor da Revista Conexão Marítima e integrante da comissão organizadora da feira.
Objetivando garantir a qualidade da discussão, palestrantes nacionais e internacionais estarão em Rio Grande para debater a situação do Rio Grande do Sul, promovendo caminhos para as soluções mais viáveis e de rápida implantação. A Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH) estará representada por seu superintendente Pedro Obelar, que irá discutir o sistema hidroviário do Rio Grande do Sul.
Entre os palestrantes internacionais está o espanhol José Luiz Aznar Puente, representando a "Fundacion Marca de Garantia Puerto de Valência". Em seu painel abordará a implantação do sistema de qualidade nos portos da Europa, que pode ser uma solução para os portos brasileiros.O Navegar desde a última edição da feira do Polo Naval passou a ser realizado em Rio Grande. Até então, o congresso era concentrado na Capital do Estado.
Promovido pela Revista Conexão Marítima, em 2013 completará sua 10ª edição e será realizado nos dias 12 e 13 de março sendo a principal atividade da 2ª Feira do Polo Naval. O congresso será realizado no Centro Integrado de Desenvolvimento e Estudos Costeiros (Cidec-Sul) da Universidade Federal do Rio Grande. 

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

RS terá segunda maior indústria oceânica do país com o Polo Naval do Jacuí


A assinatura de protocolo de intenções entre governo do Estado e a Iesa Óleo & Gás formalizou nesta terça-feira a criação do Polo Naval do Jacuí. A cerimônia foi realizada no Palácio Piratini, sob o olhar da presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster que reforçou a necessidade de atender o prazo de 54 meses para implementação. O empreendimento transformará o Rio Grande do Sul no segundo maior da industria oceânica no Brasil, atrás apenas do Rio de Janeiro.

A empresa irá investir R$ 100 milhões em Charqueadas, a 56 quilômetros de Porto Alegre, para atender a um contrato de fornecimento com a Petrobras, com valores entre US$ 720,4 milhões e US$ 911,3 milhões. O documento prevê a construção de 24 módulos para seis plataformas de exploração de petróleo. 

Mais de 6 mil novos empregos estão previstos: 1,2 mil diretos e 5 mil indiretos. De acordo com o presidente da Iesa, Valdir Lima Carreiro, a maioria destas  vagas deverá ser ocupada por gaúchos. “Vamos dar preferência a trabalhadores locais”, observou. “Vocês não vão deixar vir carioca para cá, vão?”, brincou Graça Foster, em coletiva após a solenidade.

Conhecida pelo perfil austero, ela cobrou do presidente da Iesa o cumprimento dos prazos estabelecidos em contrato. “Vamos ficar no pé de vocês, porque do sucesso desse polo naval, das atividades que o senhor vai conduzir, depende o sucesso da Petrobras”, afirmou a presidente da companhia.

Carreiro disse estar acostumado com a cobrança. “Temos diversos contratos com a Petrobras e ela realmente é extremamente exigente, e tem que ser, porque estamos falando de oito plataformas que produzem no mínimo 800 mil barris por dia. Se atrasarmos qualquer módulo, podemos causar um grande prejuízo”, reconheceu.

O governador Tarso Genro salientou que o investimento no Polo do Jacuí tem a vantagem de descentralizar o desenvolvimento do Estado, levando-o a uma região com pouca oferta de emprego. Além disso, conforme o governador, fortalece o protagonismo do Rio Grande do Sul no cenário econômico. “O RS não está mais à deriva, subordinado exclusivamente aos fluxos e refluxos da economia global. Ele quer ser um integrante, interferindo nessa economia a partir de um planejamento próprio”, observou.

Tarso afirmou, ainda, que o potencial hidroviário gaúcho até então não passava de uma promessa e de uma utopia. “Com a implantação do polo naval, essa hidrovia passa a ser uma estrutura efetiva do desenvolvimento do Estado e, portanto, daqui para frente só vai se desenvolver”, frisou. Com relação à mão de obra, Tarso acredita que, com o Pacto Gaúcho pela Educação Técnica e Formação Profissional, o Estado tem condições de formar profissionais em diversos níveis em um prazo de 60 a 90 dias.
Correio do Povo