Cerca de 10% dos brasileiros sofrem de algum tipo de problema de audição, conforme estimativas da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cervicofacial (Aborl-CCF). Depois dos 65 anos de idade, eles se tornam mais comuns e podem levar à depressão.
“Do mesmo jeito que nossa pele vai envelhecendo, nossos olhos vão tendo dificuldade para acomodar o foco visual, o ouvido também vai envelhecendo. É importante a família saber que aquele idoso que está amuado, no canto, que não gosta de falar e de sair, pode estar sofrendo de uma perda de audição,” diz Diderot Parreira, presidente da Associação de Otorrinolaringologia do Distrito Federal.
Nesses casos, a recomendação é que o idoso seja avaliado por um otorrinolaringologista. Se a perda for identificada, o ideal é usar um aparelho auditivo, que basicamente amplifica som. De acordo com Parreira, o idoso volta ao convívio social que tinha antes da perda.
“Um teste simples, audiometria, pode monitorar a necessidade daquele momento. Qualquer perda auditiva é passível de tratamento. Nós temos diversos tipos de exames pra detectar o tratamento que deve ser utilizado, que pode ser desde uma simples prótese auditiva até uma cirurgia de implante coclear, que é mais elaborada.”
No Dia Nacional de Combate e Prevenção à Surdez, lembrado hoje (10), Parreira adverte sobre o uso de cotonetes para a limpeza do ouvido. “Geralmente, as pessoas colocam o cotonete bem dentro do ouvido e isso pode lesar o tímpano, tira a proteção do ouvido que é a cera. Cera não é sujeira, é proteção. Isso deixa o ouvido mais exposto a infecções bacterianas ou fúngicas. A única limpeza que deve ser utilizada é a toalha depois do banho, só onde o dedo alcança,” aconselha.
Agência Brasil
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