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terça-feira, 1 de outubro de 2024

Picadas de aranhas são segunda causa de envenenamento no país

 

Soros antivenenos são distribuídos pelo SUS

O Brasil registrou 341.806 acidentes com animais peçonhentos ao longo de todo o ano de 2023 – sendo 43.933 ocasionados por aranhas. O número representa 12% do total. O Ministério da Saúde alerta que as aranhas respondem, atualmente, como o segundo maior causador de envenenamentos por animais peçonhentos no país, atrás apenas dos escorpiões.

“Acidentes por animais peçonhentos representam um importante desafio para a saúde pública no Brasil. Devido à rica biodiversidade e ao clima tropical favorável, o país abriga uma grande variedade de serpentes, aranhas, escorpiões e outros animais peçonhentos, cujas picadas ou mordidas podem resultar em graves consequências para a saúde humana”, destacou a pasta.

Segundo o ministério, embora apenas três grupos de aranhas causem acidentes graves no Brasil, todas fazem parte do convívio humano, seja dentro de casa, em quintais ou parques.

Os chamados soros antivenenos, incluindo o soro antiaracnídico, são distribuídos exclusivamente via Sistema Único de Saúde (SUS) e podem ser disponibilizados por hospitais públicos, filantrópicos e privados, desde que seja garantido tratamento sem custo ao paciente.

Veja as aranhas mais causadoras de acidentes

Acidentes por aranhas ou araneísmo configuram um quadro clínico de envenenamento decorrente da inoculação da peçonha de aranhas, através de um par de ferrões localizados na parte anterior do animal.

Confira, a seguir, as principais aranhas causadoras de acidentes graves no Brasil:

Loxosceles (aranha-marrom ou aranha-violino)

Os sinais e sintomas da picada incluem dor de pequena intensidade. O local acometido pode evoluir com palidez mesclada com áreas equimóticas (placa marmórea), instalada sobre uma região endurada. Também podem ser observadas vesículas ou bolhas sobre a área endurada, com conteúdo sero‐sanguinolento ou hemorrágico.

Nos casos mais graves, ocorre hemólise intravascular, de intensidade variável, sem associação direta com a extensão da lesão cutânea, tendo como principais complicações a insuficiência renal aguda por necrose tubular.

Phoneutria (aranha-armadeira ou macaca)

A dor imediata é o sintoma mais frequente. Sua intensidade é variável, podendo irradiar até a raiz do membro acometido.

Outros sintomas são inchaço por acúmulo de líquidos, manchas vermelhas na pele, formigamento ou dormência na pele e excesso de suor no local da picada, onde podem ser visualizadas as marcas de dois pontos de inoculação.

Latrodectus (viúva-negra)

Os sinais e sintomas incluem dor na região da picada, suor generalizado e alterações na pressão e nos batimentos cardíacos.

Podem ocorrer ainda tremores, ansiedade, excitabilidade, insônia, dor de cabeça, manchas vermelhas na face e pescoço. Há relatos de distúrbios de comportamento e choque, em casos graves.

O que fazer

Em caso de acidente, as orientações são:

- procurar atendimento médico imediatamente;

- fotografar ou informar ao profissional de saúde o máximo possível de características do animal, como tipo de animal, cor, tamanho;

- se possível e, caso tal ação não atrase a ida do paciente ao atendimento médico, lavar o local da picada com água e sabão;

- realizar compressas mornas, que podem ajudar a aliviar a dor;

Confira aqui a lista de hospitais de referência para soroterapia em casos de acidentes por animais peçonhentos, separada por estado, constando as cidades onde estão localizados, nomes dos hospitais, endereços, telefones.

Em caso de emergência, a recomendação é contatar imediatamente o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) ou o Corpo de Bombeiros (193). Também é possível entrar em contato com o Centro de Informação e Assistência Toxicológica que atende a região onde o acidente ocorreu.
Prevenção

As medidas para prevenir acidentes com aranhas incluem:

- manter jardins e quintais limpos;

- evitar o acúmulo de entulhos, folhas secas, lixo doméstico, material de construção nas proximidades das casas;

- evitar folhagens densas (plantas ornamentais, trepadeiras, arbusto, bananeiras e outras) junto a paredes e muros das casas;

- limpar periodicamente terrenos baldios vizinhos – pelo menos numa faixa de um a dois metros junto das casas;

- sacudir roupas e sapatos antes de usá-los;

- vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos e vãos entre o forro e as paredes, consertar rodapés despregados, colocar soleiras nas portas e telas nas janelas.

- usar telas em ralos do chão, pias ou tanques;

- afastar camas e berços das paredes e evitar que roupas de cama e mosquiteiros encostem no chão;

- inspecionar sapatos e tênis antes de calçá-los.

Fonte: Agência Brasil

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Acidentes com animais peçonhentos crescem 157% nos últimos dez anos


O Ministério da Saúde alerta que as notificações de acidentes com animais peçonhentos cresceram 157% na última década . Em 2011, foram mais de 139 mil ocorrências com 293 mortes.
Entre os meses de novembro e março, esse tipo de acidente aumenta tanto na zona rural como nas cidades. De acordo com o ministério, são inúmeras as causas, entre elas as chuvas que levam os animais a sair dos esconderijos e tocas, como escorpiões, aranhas e serpentes, e ainda coincide com o período reprodutivo de alguns deles. O desequilíbrio ecológico é outro motivo para o deslocamento dos animais para dentro das casas, em busca de local seco e comida.
Nesse período, o aumento de atividades nas lavouras acaba elevando o risco de contato e acidentes com cobras, por exemplo.
A Região Nordeste lidera os acidentes com escorpiões no país, superando 30 mil casos em 2011. O estado com o maior número foi a Bahia, com quase 10.500 casos. A Região Sul concentra os casos envolvendo aranhas - foram 18.052 registros no ano passado. O Paraná contabilizou 9.326 casos. As regiões Norte e Centro-Oeste têm o maior número de acidentes com serpentes: 9.329 e 3.326 casos, respectivamente.
Para evitar acidentes com escorpiões e aranhas, o ministério orienta que as pessoas devem usar calçados e luvas nas atividades no campo e de jardinagem; examinar calçados e roupas pessoais, de cama e banho, antes de usá-las; vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos, forros e rodapés; usar telas, vedantes ou sacos de areia em portas, janelas e ralos; preservar predadores naturais como seriemas, corujas, sapos, lagartixas e galinhas; limpar terrenos baldios em uma faixa de pelo menos um a dois metros de proximidade ao muro ou cercas.
No caso de serpentes, a recomendação é não andar descalço na zona rural e nem em jardins; utilizar sempre sapados fechados com perneiras ou botas de cano longo, além de luvas de couro, e nunca colocar as mãos em tocas ou buracos na terra, ocos de árvores, cupinzeiros, entre espaços situados em montes de lenha ou entre pedras. Outro cuidado é controlar o número de roedores existentes na área para evitar a aproximação de serpentes venenosas que deles se alimentam. No amanhecer e no entardecer, evitar ficar próximo da vegetação rasteira ao chão, gramados ou até mesmo jardins, pois é quando as serpentes estão em maior atividade.
Para evitar acidentes com lagartas, o alerta é observar bem ambientes silvestres- troncos, folhas, gravetos - sempre que for executar alguma atividade, além do uso de luvas.
Abelhas e marimbondos são atraídos por sons, odores e cores, como barulhos de motores de aparelhos de jardinagem e de motores de popa. A recomendação é que, no campo, o trabalhador fique atento à presença de abelhas, principalmente no momento de arar a terra com tratores. As retiradas de colmeias devem ser feitas, preferencialmente à noite ou ao entardecer, momento em que os insetos estão calmos, com uso de roupa protetora, e principalmente por profissional competente.
Agência Brasil 07/11/2012

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Acidentes com animais peçonhentos aumentam 80% no verão, alerta Butantan


O Instituto Butantan fez um alerta sobre o aumento do número de acidentes com animais peçonhentos nos meses mais quentes do ano. De acordo com dados da entidade, de novembro a março, os acidentes com escorpiões, aranhas e serpentes crescem 80%.
“Com a maior quantidade de chuva, os esconderijos dos animais podem alagar, e ao deixarem o local, eles entram em contato com as pessoas. No verão, também há maior disponibilidade de presas porque mais insetos nascem nos meses quentes”, disse Marcelo Belini, biólogo do instituto.
Belini ressaltou que, em caso de picada de cobras, as pessoas devem lavar o local apenas com água e sabão, e procurar socorro médico em um hospital público, já que os privados não têm soros antiofídicos. Não é recomendado fazer torniquete, nem cortes e perfurações no local da picada. As pessoas também não devem tentar sugar o veneno.
“Para identificar serpentes peçonhentas no Brasil, a única maneira é observar, na cabeça do animal, entre o olho e a narina, a existência de um orifício, chamado fosseta loreal. Todas as serpentes peçonhentas brasileiras têm. A única exceção é a coral verdadeira”, disse o biólogo.
Quanto à ferroada de escorpião, a primeira medida que deve ser adotada é a de colocar compressas de água morna sobre a ferida, até a chegada ao serviço de saúde mais próximo. Em caso de picadas de aranhas e queimaduras de taturanas é importante não mexer no ferimento e procurar atendimento médico imediatamente.
O Instituto Butantan oferece um telefone de orientação em casos de emergência e acidentes com animais peçonhentos. O serviço funciona 24 horas por dia e orienta o cidadão sobre o local mais próximo para atendimento por meio do número (11) 3726 7962.
Agência Brasil 05/12/2011
A maioria das cobras peçonhentas encontradas no Brasil é da família “Viperidae” que se subdivide em três diferentes gêneros, onde encontramos as cascavéis, as jararacas e as surucucus e da família “Elapidae”a qual pertencem as cobras corais. Neste artigo vamos tratar destas 4 espécies de cobras venenosas, que são as mais comuns no Brasil.

Cobras Cascavéis

As cascavéis são reconhecidas especialmente pelo seu guizo que tem um som típico de chocalho. Existem diversas subespécies e são todas muito parecidas e venenosas. Chegam a medir 2 metros e são encontradas em toda América do Sul especialmente no Brasil nas regiões secas e nos campos abertos e arenosos das regiões sudeste, sul e no centro do país, sendo que sua maior incidência é em São Paulo. A cascavel só ataca quando se sente ameaçada, então se enrola toda e mantém parte do corpo erguida formando um “S”, vibrando a cauda vigorosamente e fazendo um som característico que pode ser escutado longe. Quando se coloca em posição de ataque é agressiva e dá um bote violento na vitima injetando seu veneno. Alimenta-se de ratos e outros pequenos mamíferos e é presa de outras cobras como a coral e a muçurana.

Cobras Jararacas

Com a denominação jararaca pode-se referir a uma cobra específica ou ao gênero Bothrops que engloba 20 espécies diferentes, inclusive a popular cobra cruzeira e a cobra papagaio, que vive é verde e vive nas arvores se alimentando de pássaros. No entanto a jararaca propriamente é uma cobra venenosa encontrada próxima de cerrados e especialmente nos campos cultivados, onde buscam seu alimento, que são os roedores. As jararacas são agressivas especialmente quando estão com filhotes e quando se sentem ameaçadas. São encontradas em quase todo o território brasileiro, do Rio Grande do Sul ao leste do Mato Grosso e chegam a produzir até 18 filhotes de cada vez.

Cobras Surucucus

A surucucu é a maior cobra venenosa encontrada no Brasil, podendo chegar a 4,0 metros de comprimento e algumas subespécies podem ser ainda maiores. Seu habitat natural são as florestas tropicais úmidas, portanto é encontrada na região norte do país, especialmente na floresta Amazônia. A surucucu se alimenta principalmente de roedores e tem hábitos noturnos. É um animal ameaçado de extinção.

Cobras Corais

As cobras corais são pequenas se comparadas com as outras espécies, medem de 15 até 60 centímetros, existem as corais verdadeiras que são muito venenosas e as corais falsas, que não são tão venenosas. São encontradas em todo o território brasileiro e devido as suas cores vermelho, preto e amarelo essa espécie é facilmente visível e normalmente se encontram embaixo de folhas, pedras, galhos, dentro de buracos ou troncos podres e velhos. Tem hábitos noturnos e ataca para se defender, no entanto seu veneno se espalha pelo corpo da vítima rapidamente e pode matar um adulto se não socorrido rapidamente.