As chamadas Carreiras de Boi Cangado estão proibidas em General Câmara e Vale Verde. A decisão judicial atende ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público contra a Associação Camarense de Criadores de Gado Bovino de Força e a Associação de Gado de Força de Vale Verde, em função de maus-tratos aos animais durante as disputas. Anteriormente, uma liminar já havia sido deferida proibindo os dois municípios de conceder alvarás para a prática.
De acordo com o promotor de Justiça Luciano Alessandro Winck Gallicchio, os elementos colhidos pelo Ministério Público comprovam que a Carreira de Boi Cangado submete os animais a atos de abuso e maus- tratos, provocando nos animais intenso martírio físico e mental. Além disso, segundo Gallicchio, objetiva a exploração econômica, através da realização de vultosas apostas.
As corridas consistem na colocação de uma canga (peça de madeira que se encaixa no cangote dos animais e é presa sob o pescoço por uma tira de couro trançado sobre dois animais, presa ao chão). Os animais são então espetados com uma lança com pregos na ponta até ficarem bravos e violentos, partindo para a disputa, que só tem fim quando o mais fraco cai ao solo sem forças.
- A regulamentação dessa prática nociva, bem como a concessão de alvarás pela municipalidade, como vinha ocorrendo, implica a chancela da ilicitude representada pela utilização de animais para diversão, apostas e maus-tratos, sem qualquer preocupação humanitária - destaca na ação Luciano Gallicchio.
Jornal Portal de Notícias 11/05/2012
Ótima decisão!
ResponderExcluirAntes de tomar uma decisão deste teor os investigadores deveriam ir até as casas e ver como realmente estes animais são cuidados e que esta é uma tradição passada de geração a geração.
ResponderExcluirQuerem investigar maus tratos aos animais, então vão aos matos onde os bois ficam na rua, se alimentam mau e são obrigados a puxar grandes cargas de madeira muitas vezes ficando sem couro no pescoço.