O estudante de engenharia elétrica da Universidade Federal de Goiás (UFG) Leonardo Lira, de 20 anos, aproveitou a 63ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que acontece esta semana em Goiânia, para apresentar sua invenção – um sistema para tratamento de água que não usa energia elétrica, não emite gás carbônico e retira material que pode poluir o meio ambiente.
De baixo custo, o sistema pode ser utilizado por comunidades carentes sem acesso a água potável ou saneamento básico. Com cinco tábuas de compensado revestidas de papel-alumínio, Leonardo fez uma caixa sem tampa em forma de um trapézio invertido, cujo fundo tem aproximadamente um metro quadrado e as paredes são abertas e inclinadas, para receber a luz do sol.
No interior da caixa, o estudante depositou quatro garrafas PET transparentes com capacidade para dois litros, cada, onde armazena a água para tratamento, por três a seis horas. A água chega a atingir uma temperatura de 70º C e, aquecida, elimina bactérias, vírus e substâncias que fazem mal à saúde humana.
Para testar o concentrador solar, Leonardo fez três séries de amostras de água de cinco residências que não recebem água encanada e tratada. O líquido foi pré-analisado pela Saneamento de Goiás S/A, companhia responsável pelo esgotamento sanitário no estado, que descreveu as impurezas e quantificou em tabela a ocorrência de coliformes fecais e de organismos como o rotavírus. Nos testes, após três horas no concentrador, eles foram eliminados. A água pôde ser bebida depois de esfriar naturalmente em jarra própria.
“Nosso objetivo era gastar o mínimo de energia possível sem passar por fervura, e, assim, não precisar de gás e evitar a emissão de poluentes”, comemora o futuro engenheiro.
Com informações da Agência Brasil
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