quarta-feira, 21 de setembro de 2011

AS ÁRVORES DA VIDA

Rua Gonçalo de Carvalho,Porto Alegre, a  mais bonita do mundo
Melhorar a qualidade de vida, regular a temperatura térmica do ambiente, reter as partículas de poeira encontradas no ar e tornar a cidade mais bonita são alguns dos benefícios que as árvores oferecem à população. E, nesta quarta-feira, 21, dia dedicado a sua existência, não há nada mais importante do que dar uma atenção especial a este ser vivo que tanto purifica o ar que respiramos. No entanto, vandalismo, queimada e derrubada são, infelizmente, alguns dos atos de violência praticados pelos seres humanos contra as árvores há muito tempo.
Contrário a essas atitudes, o engenheiro agrônomo da Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Porto Alegre (Smam), Clóvis Breda, revelou que a participação da população é de extrema importância na preservação e na conservação da natureza. Segundo ele, o município apresenta um bom nível de arborização, com mais de 1,4 mil árvores espalhadas em vias, parques e praças. Prova disso, a Gonçalo de Carvalho foi recentemente considerada por blogs nacionais e internacionais como a rua mais bonita do mundo. Contudo, o engenheiro avalia que a boa condição do município em relação a quantidade de árvores, poderia ser melhor se houvesse uma maior participação dos porto-alegrenses.
"A população deveria agir como uma espécie de guardião da natureza, mas nem todo o cidadão tem essa consciência. De cada cem mudas plantadas, 70% são perdidas por atos de vandalismo", declarou. Segundo Breda, são plantadas por ano mais de 6 mil mudas, as quais servem para reposição de árvores removidas ou que representam riscos. "Tentamos sempre plantar mudas nativas, por serem mais resistentes ao ataque de pragas e moléstias", explicou o agrônomo.
O diretor do Departamento de Florestas e Áreas Protegidas (Defap), da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), Roberto Ferron, revelou que, conforme o último inventário feito em 2008, o Rio Grande do Sul possui mais 4,7 milhões de hectares de áreas florestais, cerca de 17%. Porém, como a cada cinco anos um novo inventario é realizado, a estimativa do departamento é de que o índice já tenha atingindo 25%. "Essas áreas resultam de zonas abandonadas em razão do êxodo rural e que passam por um processo de recuperação", explicou.
Segundo o diretor, o trabalho de recuperação e conservação das matas nativas é desenvolvido por meio das 26 coordenadorias regionais, em parceria com a Brigada Militar e o Ibama. Entre as ações executadas estão o plantio de mudas, a coibição de qualquer ato de vandalismo e a aplicação de multa ao infrator. "Os nossos técnicos trabalham permanentemente no cuidado ao meio ambiente, então, quando é feita uma denúncia referente a qualquer ato de depredação, eles saem à busca do agressor", revelou Ferron. Nos próximos quatro anos, a Defap pretende plantar mais de 30 mil mudas de araucária no Rio Grande do Sul.
Fonte:Jornal Correio do Povo 21/09/2011

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