Atitudes impensadas têm alto preço. Reações impulsivas podem custar uma fortuna. Um vacilo pode ceifar uma vida. É, não se pode negar, a vida nos cobra na mesma moeda, ou seja, a pena é reflexiva e tem o mesmo valor do delito. Por isso, sabiamente se fala que “aqui se faz, aqui se paga”. Como os adágios populares são construídos com base na experiência e essa dificilmente se engana, é importante estarmos atentos a eles. Ignorando o sábio conselho popular citado acima, algumas pessoas conseguem transformar uma simples briga de trânsito em motivo para um crime. E, nesse caso específico, a intolerância em parceria com o porte de arma de fogo pode ser fatal.
Ultimamente tem sido frequente nos noticiários casos de violência por motivos banais. Uma buzinada, uma ultrapassagem, um farol alto no retrovisor, são atitudes suficientes para despertar a ira de algumas pessoas e justificar respostas extremamente violentas. Paralelo às provocações ainda é necessário ter-se todo o cuidado com o estado de humor dos outros. Afinal, é de conhecimento de todos que o ser humano em desequilíbrio emocional é capaz de qualquer coisa.
Por isso é sábio evitar as confusões independentes do elemento motivador. São nestes momentos de vacilo que geralmente acontecem as piores reações humanas, onde a ausência momentânea da razão cede espaço para as reações impulsivas, fruto das emoções.
Todo esse discurso, na realidade, serve para entender o fato midiático desta semana que foi a prisão do ex-jogador Edmundo, condenado em 1999 a quatro anos e seis meses de prisão, pelos homicídios culposos de três pessoas e, ainda, pelas lesões corporais de outras três em um acidente de carro na madrugada do dia 2 de dezembro de 1995. O caso do ex-jogador é um exemplo claro de que a vida não permite vacilos, não pactua com excessos, e a justiça pode ir além dos tribunais humanos.
Sérgio Peixoto Mendes/Filósofo
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Fonte:Jornal Gazeta do Sul 17/06/2011
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