quarta-feira, 20 de junho de 2012

Seminário Rio+20 e os recicladores por natureza


O seminário Rio+20 conclui que muito pouco ou nada foi feito desde 1992. Será que foi por desinteresse, foi por falta de conhecimento ou egoísmo? Só sei que não podemos mais deixar de fazer a nossa parte.


Na natureza existem cinco reinos: protozoários, fungos, plantas, moneras (bactérias) e animais. Para esclarecer e dar significado às características de cada ser vivo que se classificam nos respectivos grupos, é necessário aliar a teoria à prática. Não é possível deixar de proteger a natureza por falta de conhecimento.


Por isso, dia desses, em uma de tantas vivências escolares das aulas de ciências, combinei ensinar sobre o reino dos fungos fazendo pão caseiro no refeitório. O combinado era de todos nós termos responsabilidades para que a prática desse certo. Deu certíssimo!


Estudamos que os fungos são recicladores e bioindicadores. Recicladores porque decompõem a matéria orgânica. Semelhantes ao animais, os fungos não produzem seu próprio alimento e precisam ir em busca do mesmo. As plantas já fazem fotossíntese, ou seja, produzem sua fonte de energia, além de liberarem água e oxigênio para o ambiente (quando estão em presença de luz). As minhocas, assim como algumas bactérias, também desempenham esse papel. Imagine nossa vida sem esses seres vivo? Em todos os reinos, existem decompositores, esses são alguns exemplos. Os fungos utilizam a glicose, metabolizam-na e produzem álcool, gás carbônico e energia. Ao sentirem o cheiro do fermento biológico durante a sua fermentação, antes de colocá-lo na receita, os estudantes utilizaram os seus sentidos de tato, olfato, visão. Quando comeram do pão, experimentaram o conteúdo por meio do paladar, e quando vibraram, bateram palmas com as fatias quentinhas, sua audição foi aguçada. É assim que se aprende para proteger. Para argumentar e sensibilizar outras pessoas sobre o que é importante. Precisamos entender, vivenciar, ler, estudar sobre aquilo que nos é conflitante. Dizer que é difícil é a maneira mais covarde para tentar aprender e mudar a nossa realidade. Treinar, exercitar, esforçar-se, buscar... Os demais seres vivos desempenham seu papel para a sua sobrevivência, e nós somos meio ambiente também. Então, procuremos soluções para minimizar o consumo, as queimadas, o aquecimento global. Essa é uma meta que não pode mais ser deixada para depois. Somos 7 bilhões de seres humanos (que não separam o lixo, que deixam vazamentos, que tomam banhos longos...). Só temos um planeta e não sabemos administrar o quanto precisamos preservar nos ecossistemas. Então, pesquise e procure alternativas simples para a sua casa, o seu quintal. Cure a Terra.


Débora Cristina Schilling Machry - bióloga
Jornal Correio do Povo 20/06/2012

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