segunda-feira, 11 de junho de 2012

Draga é apreendida por extração irregular de Areia no Rio Jacuí

Na terça-feira, 6, uma fiscalização conjunta foi realizada pela Polícia Federal, Ministério Público, Brigada Militar e Polícia Civil, contra a extração de areia no rio Jacuí. Foram vistoriadas 45 jazidas de responsabilidade de sete empresas (Aro, Copelmi, Somar, Luciana D. Martins, Rossi, Smarja e Rio do Sul), em um trecho de 60 quilômetros. Uma draga - embarcação responsável pela remoção de areia - da empresa Lima e Araújo, que presta serviços para a Rossi, foi apreendida na divisa dos municípios de Charqueadas e Triunfo por atuar em desconformidade com a licença de operação. O equipamento vai ser periciado para que, através do sistema GPS, seja verificado se a operação era feita em local permitido.
Durante a fiscalização, conforme o promotor do Meio Ambiente de Porto Alegre, Alexandre Saltz, foi possível constatar a degradação nas margens do rio, especialmente na região do Parque do Delta do Jacuí, que é uma Área de Preservação Permanente. 




- Nosso principal objetivo foi identificar as condições do rio em decorrência da extração de areia e ver se as empresas responsáveis estão agindo da forma como está prevista nas licenças ambientais concedidas pela Fepam - informa.
O Promotor explicou ainda que, em 2005, o MP ajuizou uma ação civil pública que busca a reparação das margens do Rio Jacuí, bem como de outros mananciais onde há extração de areia. A partir da vistoria de hoje, as polícias Civil e Federal devem instaurar inquéritos para tratar das irregularidades. O descumprimento de licença ambiental é crime previsto em lei.
A operação foi realizada em alusão ao Dia Mundial do Meio Ambiente. Mas Saltz garante que isso será uma constante: 
- Atuaremos de forma contínua, em conjunto com os órgãos de fiscalização ambiental, para combater os crimes e a degradação ambiental – afirma o promotor. 

Jornal Portal de Notícias 08/06/2012

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