quinta-feira, 19 de abril de 2012

PROJETO DIFERENTE DE RECOLHIMENTO DE LIXO


Uso de carroças por catadores beneficia 85 famílias na cidade de Tapes

ntegrantes de uma cooperativa recolhem os detritos domésticos 
Crédito: BRUNO ALENCASTRO

Enquanto muitas cidades aderem a modelos de recolhimento do lixo doméstico com a utilização de caminhões e de equipamentos eletrônicos, como o uso de contêineres em Porto Alegre, um município do interior do Rio Grande do Sul inverte a lógica. Em Tapes, o recolhimento do lixo doméstico é feito por catadores em carroças.

De acordo com o prefeito Sylvio Tejada Xavier, o modelo passou a ser adotado no ano de 2008, quando encerrou-se o contrato com a empresa que recolhia o lixo com caminhão. O prefeito explicou que, com o uso de carroças, houve geração de emprego, que atualmente beneficia 35 famílias, que integram uma cooperativa. "Pelo sistema anterior, o lixo era recolhido todo junto, orgânico e seco, e misturado dentro do caminhão. Neste momento, também havia a compactação, que misturava os dois tipos de lixo", destacou.

Com o novo processo, isso não ocorre, já que o lixo, na medida em que é recolhido, fica intacto, até chegar na usina de triagem, onde o material seco, que pode ser reciclado, é destinado à venda e ao restante para o aterro. O prefeito acrescenta que, inclusive, a previsão é de que em breve haja um local para a compostagem, assim, o lixo orgânico não irá mais para o aterro.

Sylvio Tejada Xavier explicou ainda que o que o sistema atual dá conta do recolhimento de todo o lixo da cidade, que corresponde a cerca de uma tonelada por habitante, anualmente. Em relação às condições de trato dos animais, o prefeito de Tapes informou que eles não ficam sobrecarregados. Xavier também avaliou que o projeto trouxe economias para a cidade, uma vez que os gastos com combustível e manutenção dos caminhões deixaram de ser gastos. De acordo com o prefeito, o novo sistema de recolhimento de lixo no município "é um sucesso". "Traz benefícios ao meio ambiente e gera renda aos catadores", acrescentou Sylvio Tejada Xavier.
Jornal Correio do Povo 19/04/2012

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