O avanço constante da tecnologia faz com que equipamentos considerados de última geração num determinado momento, em curto espaço de tempo, passem a ser considerados descarte, gerando problemas ambientais muito sérios. Essa renovação se deve não só ao lançamento de novos modelos, mas também ao fato de que o barateamento de cada unidade faz com que as pessoas procurem comprar um novo em vez de providenciar um conserto, quando constatado algum problema de funcionamento.
Entre os bens que estão cada vez mais descartáveis estão computadores, impressoras, televisões e celulares. Atualmente, segundo dados divulgados na semana passada, durante o Seminário Internacional de Resíduos de Equipamentos Eletroeletrônicos, promovido pelo Porto Digital, em Recife, o país produz 670 mil toneladas de resíduos por ano e não tem práticas de reaproveitamento de cerca de 90% do material dispensado. Muito desse lixo eletrônico emprega material tóxico danoso ao meio ambiente e às pessoas, inclusive colocando em risco a saúde de catadores.
Algumas iniciativas vêm sendo implementadas, como a da formação do Centro de Recolhimento de Computadores (CRC) de Recife, criado numa faculdade local. Os alunos e professores recondicionam as máquinas, encaminham para reciclagem o material excedente e que pode ser reaproveitado. Essa experiência poderá ser estendida para outros pontos do território nacional, vindo a fornecer polos de referência para que os usuários saibam aonde se dirigir quando quiserem entregar o que não irão mais aproveitar. É cada vez mais comum encontrar-se equipamentos eletrônicos no lixo doméstico e as prefeituras precisam encontrar meios de lidar com essa situação.
O consumo desenfreado está a ditar desafios sobre o que fazer com os produtos ao fim de sua vida útil. O poder público tem que encaminhar soluções e políticas públicas para fazer com que o lixo tecnológico seja adequadamente recolhido e tratado.
Fonte:Jornal Correio do Povo;Editorial; 28/02/2011
NOTÍCIAS - FOTOS - INFORMAÇÕES - EDUCAÇÃO - MEIO AMBIENTE - ECOLOGIA - SAÚDE E BEM ESTAR
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
MESTRES E ALUNOS
“Faz parte da humanidade de um mestre advertir seus alunos contra ele mesmo”, escreveu o filósofo Nietzsche (1844-1900) em sua obra Aurora. Pode parecer absurdo esse aforismo, mas são provocações como essa que despertam em nós, professores, reflexões sobre o que já fizemos e sobre o que podemos fazer agora na volta às aulas.
O título da obra nietzschiana vem a calhar para essa reflexão, se nos utilizarmos de algumas imagens bem desgastadas, mas válidas ainda. Aurora é aquele momento de claridade no horizonte, anunciando o nascer do sol. Pode simbolizar a passagem da ignorância (a escuridão) para a luz (o conhecimento). Não por acaso durante muito tempo foi usado, de uma forma equivocada, o significado da palavra “aluno” como “aquele que não tem luz”, “que vive nas trevas”. No entanto, é certo que a criança chega à escola já sabendo uma porção de coisas, ainda mais com o crescimento das novas – já nem tão novas assim – tecnologias. Segundo os linguistas, na verdade, aluno significa “criança de peito, lactente”, ou seja, é aquele indivíduo que precisa ainda receber os cuidados necessários como a nutrição e a proteção. Nesse caso, a escola deve fornecer a ele o alimento diferenciado, o qual não recebe em casa, que é o saber acumulado pela humanidade. E também deve protegê-lo num ambiente acolhedor para que ele se sinta como se estivesse no seio da sua própria família.
A aurora também representa um novo dia, por conseguinte, a renovação. Cada ano letivo é um ano diferente. A escola é uma das poucas instituições da sociedade que lutam contra o “mais do mesmo”. Como o deus Jano – porteiro do céu na mitologia romana, que tinha duas cabeças, uma olhando para a frente e outra para trás – planejamos os próximos meses, através de novas ideias e teorias que serão postas em prática, mas não esquecemos o passado, que nos ensina com os erros e os acertos.
Mas o que, afinal, o filósofo quis dizer com seu aforismo? Que devemos orientar o aluno a ir contra nós, professores? Minha interpretação bem pessoal e otimista é de que devemos orientar o aluno a não se deixar ser um adulto como os que temos hoje, que estão destruindo o mundo. A humanidade do mestre estaria em nutrir o aluno para que ele siga um caminho diferente, sendo criativo e questionador das verdades estabelecidas, contribuindo, assim, para um mundo melhor, atitude que nós, adultos, não estamos conseguindo fazer. O discípulo deve, para tanto, superar o mestre. Já numa interpretação pessimista... bem, deixemos o pessimismo pra lá.
Fonte: Cassionei Niches Petry/Professor
Jornal Gazeta do Sul 22/02/2011
cassio.nei@hotmail.com
O título da obra nietzschiana vem a calhar para essa reflexão, se nos utilizarmos de algumas imagens bem desgastadas, mas válidas ainda. Aurora é aquele momento de claridade no horizonte, anunciando o nascer do sol. Pode simbolizar a passagem da ignorância (a escuridão) para a luz (o conhecimento). Não por acaso durante muito tempo foi usado, de uma forma equivocada, o significado da palavra “aluno” como “aquele que não tem luz”, “que vive nas trevas”. No entanto, é certo que a criança chega à escola já sabendo uma porção de coisas, ainda mais com o crescimento das novas – já nem tão novas assim – tecnologias. Segundo os linguistas, na verdade, aluno significa “criança de peito, lactente”, ou seja, é aquele indivíduo que precisa ainda receber os cuidados necessários como a nutrição e a proteção. Nesse caso, a escola deve fornecer a ele o alimento diferenciado, o qual não recebe em casa, que é o saber acumulado pela humanidade. E também deve protegê-lo num ambiente acolhedor para que ele se sinta como se estivesse no seio da sua própria família.
A aurora também representa um novo dia, por conseguinte, a renovação. Cada ano letivo é um ano diferente. A escola é uma das poucas instituições da sociedade que lutam contra o “mais do mesmo”. Como o deus Jano – porteiro do céu na mitologia romana, que tinha duas cabeças, uma olhando para a frente e outra para trás – planejamos os próximos meses, através de novas ideias e teorias que serão postas em prática, mas não esquecemos o passado, que nos ensina com os erros e os acertos.
Mas o que, afinal, o filósofo quis dizer com seu aforismo? Que devemos orientar o aluno a ir contra nós, professores? Minha interpretação bem pessoal e otimista é de que devemos orientar o aluno a não se deixar ser um adulto como os que temos hoje, que estão destruindo o mundo. A humanidade do mestre estaria em nutrir o aluno para que ele siga um caminho diferente, sendo criativo e questionador das verdades estabelecidas, contribuindo, assim, para um mundo melhor, atitude que nós, adultos, não estamos conseguindo fazer. O discípulo deve, para tanto, superar o mestre. Já numa interpretação pessimista... bem, deixemos o pessimismo pra lá.
Fonte: Cassionei Niches Petry/Professor
Jornal Gazeta do Sul 22/02/2011
cassio.nei@hotmail.com
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
A IMPUNIDADE E OS CRIMES CONTRA ANIMAIS
A sociedade gaúcha lamentou, nos últimos dias, a notícia de que um grupo de jovens ateou fogo em um cachorro no bairro Mário Quintana, na capital gaúcha. A moradora que presenciou o crime chegou a pedir aos autores que parassem, mas não percebeu sentimento de culpa que os fizesse interromper a barbárie, pelo contrário; a dor do animal era motivo de divertimento.
Já no município de Alvorada, em apenas um mês, quatro cadelas e um cachorro agonizaram até a morte no Bairro Salomé. Em um ano, 18 gatos tiveram o mesmo fim na localidade.
De acordo com a Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente de Porto Alegre, maltratar os animais é considerado crime de pequeno potencial ofensivo. Ainda que praticado de forma qualificada, a pena não chega a dois anos de detenção. Há, no entanto, a possibilidade de ação cívica indenizatória por danos morais, com o valor repassado para ONGs ou associações protetoras dos animais.
Sob a égide da impunidade, nossa cultura discrimina os animais, alimentando o desprezo pela lei. Cães e gatos que hoje perambulam pelas ruas e praças estão na mira implacável da crueldade humana. Já os animais comercializados em feiras e pet shops, classificados por raça como artigos de grife, passaram à condição de presentes de luxo, podendo ser descartados pelos donos a qualquer momento.
Sabemos que os animais, assim como os humanos, são atingidos pela fome, sentem medo e dor, precisam de cuidados e carinho. A educação em casa e na escola deve ensinar desde a infância a observar, a compreender, a respeitar e a amar os animais. Enquanto o poder público e a sociedade não perceberem que todo o ato que põe em risco a vida de um animal é um atentado contra a vida, continuaremos a assistir a crimes cometidos por pessoas bem alimentadas, bem vestidas e bem estudadas.
Todos os animais têm o direito ao respeito e à proteção do homem. Combater os maus-tratos, lutar pelo bem-estar e promover a adoção responsável é dever das autoridades e dos cidadãos, pois cuidar dos animais é cuidar de nós mesmos.
Fonte: deputado estadual Carlos Gomes
jornal Correio do Povo 18/02/2011
Já no município de Alvorada, em apenas um mês, quatro cadelas e um cachorro agonizaram até a morte no Bairro Salomé. Em um ano, 18 gatos tiveram o mesmo fim na localidade.
De acordo com a Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente de Porto Alegre, maltratar os animais é considerado crime de pequeno potencial ofensivo. Ainda que praticado de forma qualificada, a pena não chega a dois anos de detenção. Há, no entanto, a possibilidade de ação cívica indenizatória por danos morais, com o valor repassado para ONGs ou associações protetoras dos animais.
Sob a égide da impunidade, nossa cultura discrimina os animais, alimentando o desprezo pela lei. Cães e gatos que hoje perambulam pelas ruas e praças estão na mira implacável da crueldade humana. Já os animais comercializados em feiras e pet shops, classificados por raça como artigos de grife, passaram à condição de presentes de luxo, podendo ser descartados pelos donos a qualquer momento.
Sabemos que os animais, assim como os humanos, são atingidos pela fome, sentem medo e dor, precisam de cuidados e carinho. A educação em casa e na escola deve ensinar desde a infância a observar, a compreender, a respeitar e a amar os animais. Enquanto o poder público e a sociedade não perceberem que todo o ato que põe em risco a vida de um animal é um atentado contra a vida, continuaremos a assistir a crimes cometidos por pessoas bem alimentadas, bem vestidas e bem estudadas.
Todos os animais têm o direito ao respeito e à proteção do homem. Combater os maus-tratos, lutar pelo bem-estar e promover a adoção responsável é dever das autoridades e dos cidadãos, pois cuidar dos animais é cuidar de nós mesmos.
Fonte: deputado estadual Carlos Gomes
jornal Correio do Povo 18/02/2011
O DECISIVO HÁBITO DA LEITURA
Ao longo dos tempos, os livros vêm sendo um meio eficaz de transmissão da cultura e do conhecimento. Mesmo com novas tecnologias disponíveis, com o advento do livro eletrônico, o formato em papel continua em voga e as editoras têm adotado a estratégia de lançar obras tanto de forma tradicional como por novas mídias, como os leitores digitais.
O gosto pela leitura é um hábito que deve ser cultivado e receber o incentivo da sociedade, em âmbitos escolar e familiar. É preciso repassar às novas gerações a ideia de que a informação e a análise dos fatos e acontecimentos, bem como a apreensão de conteúdos, são decisivas para que o indivíduo possa ter a necessária reflexão crítica para a vida na coletividade. É a partir dos seus conhecimentos que ele irá ocupar um espaço no mercado de trabalho, garantindo-lhe as melhores oportunidades disponíveis e contribuindo para o crescimento do país.
Outro fato importante é que a leitura é fundamental para que se edifique uma identidade nacional e um conjunto de valores positivos a serem transmitidos de geração em geração. A pessoa que lê é também agente do seu cotidiano, não dependendo de intermediários para construir sua opinião sobre as ocorrências do seu meio.
A pouca tendência de leitura mostra seus resultados quando se verifica a posição do país, 88, no ranking de educação da Organização. É necessário que as autoridades formulem políticas públicas para que o alunado, desde a mais tenra idade, possa receber o necessário incentivo para adquirir o hábito de ler, seja como parte de suas tarefas escolares, seja como mero entretenimento. Certamente isso deverá, a médio e a longo prazos, levar a que tenhamos gerações de especialistas nas mais diversas áreas do saber, com o país superando os atuais entraves que o limitam na hora de ingressar no rol dos desenvolvidos.
Fonte:Editorial do Jornal Correio do Povo 18/02/2011
O gosto pela leitura é um hábito que deve ser cultivado e receber o incentivo da sociedade, em âmbitos escolar e familiar. É preciso repassar às novas gerações a ideia de que a informação e a análise dos fatos e acontecimentos, bem como a apreensão de conteúdos, são decisivas para que o indivíduo possa ter a necessária reflexão crítica para a vida na coletividade. É a partir dos seus conhecimentos que ele irá ocupar um espaço no mercado de trabalho, garantindo-lhe as melhores oportunidades disponíveis e contribuindo para o crescimento do país.
Outro fato importante é que a leitura é fundamental para que se edifique uma identidade nacional e um conjunto de valores positivos a serem transmitidos de geração em geração. A pessoa que lê é também agente do seu cotidiano, não dependendo de intermediários para construir sua opinião sobre as ocorrências do seu meio.
A pouca tendência de leitura mostra seus resultados quando se verifica a posição do país, 88, no ranking de educação da Organização. É necessário que as autoridades formulem políticas públicas para que o alunado, desde a mais tenra idade, possa receber o necessário incentivo para adquirir o hábito de ler, seja como parte de suas tarefas escolares, seja como mero entretenimento. Certamente isso deverá, a médio e a longo prazos, levar a que tenhamos gerações de especialistas nas mais diversas áreas do saber, com o país superando os atuais entraves que o limitam na hora de ingressar no rol dos desenvolvidos.
Fonte:Editorial do Jornal Correio do Povo 18/02/2011
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
PORTAIS DISPONIBILIZAM MATERIAIS EDUCATIVOS
O portal Domínio Público (http://www.dominiopublico.gov.br/) cadastra cerca de 3 mil obras de arte e literatura por mês. O site, de responsabilidade do Ministério da Educação (MEC), disponibiliza 187.533 arquivos para download gratuito de obras literárias, artísticas e científicas que já são de domínio público. O Portal do Professor pode ser buscado pela página do MEC, registra números iguais de acesso. As aulas prontas, de variados assuntos, postadas por professores, são os materiais mais acessados.
Fonte:Jornal Correio do Povo 16/02/2011
Fonte:Jornal Correio do Povo 16/02/2011
sábado, 12 de fevereiro de 2011
PROFESSOR EM EXTINÇÃO
Há alguns anos, tenho feito, com frequência, a seguinte pergunta aos meus alunos: “quem de vocês pensa em fazer o vestibular para o curso de Letras?” Em uma turma com cerca de 180 estudantes, uns três costumam erguer o braço, timidamente e sem muito entusiasmo. Aposto que mais uns dois vestibulandos gostariam de se manifestar, mas não o fazem por vergonha. Vergonha da desvalorização da profissão, do descaso de algumas lideranças políticas com o magistério.
É claro que há professores incompetentes, preguiçosos e que vivem reclamando dos baixos salários. Mas isso ocorre em qualquer área. Nada justifica o fato de um educador receber um contracheque insignificante. A maioria dos professores, no início da carreira, não tem dinheiro para comprar nem um livro. Dessa forma, como esses profissionais poderão se atualizar? Com que recursos investirão em conhecimento e informação? Nada se faz sem verbas.
Ser professor não é para qualquer pessoa. Lecionar não significa, simplesmente, despejar um monte de conteúdos. Dar uma boa aula requer talento, disposição, criatividade, conhecimento técnico e, claro, um salário justo. Ser professor não é “fazer bico”. Para ser um bom professor é preciso, ao mesmo tempo, respeitar e ser respeitado. É saber dizer as coisas na hora certa. É conseguir impor limites e estabelecer regras, sem ser autoritário. É tentar uma aproximação amigável com os alunos, mas sem esquecer que, dentro da sala, o professor é quem manda. Tudo isso só se aprende com o exercício da profissão, com a prática.
Os docentes necessitam, urgentemente, ganhar mais dinheiro. Por outro lado, uma remuneração interessante não pode, em hipótese alguma, levar os educadores à acomodação profissional. Existem professores que deveriam estar fazendo qualquer outra atividade, exceto ministrar aulas, já que não possuem didática para fazê-lo. E isso acontece inclusive nas universidades, onde os rendimentos financeiros são muito melhores do que nas escolas.
Daqui a alguns anos, não haverá mais professores capacitados e motivados. E, por conseguinte, não haverá educação de qualidade. E, assim, as escolas e universidades formarão criaturas ignorantes e patéticas. Não obstante, esse retrocesso poderá ser detido, contanto que haja mais investimentos em infraestrutura nas instituições de ensino; os professores tenham mais proteção em relação à indisciplina dos alunos; e o magistério receba uma valorização digna.
Fonte: Luciano Corrêa Iochins/Jornalista e professor de Língua Inglesa e Língua Espanhola
Jornal Gazeta do Sul/Opinião/10/02/2011
É claro que há professores incompetentes, preguiçosos e que vivem reclamando dos baixos salários. Mas isso ocorre em qualquer área. Nada justifica o fato de um educador receber um contracheque insignificante. A maioria dos professores, no início da carreira, não tem dinheiro para comprar nem um livro. Dessa forma, como esses profissionais poderão se atualizar? Com que recursos investirão em conhecimento e informação? Nada se faz sem verbas.
Ser professor não é para qualquer pessoa. Lecionar não significa, simplesmente, despejar um monte de conteúdos. Dar uma boa aula requer talento, disposição, criatividade, conhecimento técnico e, claro, um salário justo. Ser professor não é “fazer bico”. Para ser um bom professor é preciso, ao mesmo tempo, respeitar e ser respeitado. É saber dizer as coisas na hora certa. É conseguir impor limites e estabelecer regras, sem ser autoritário. É tentar uma aproximação amigável com os alunos, mas sem esquecer que, dentro da sala, o professor é quem manda. Tudo isso só se aprende com o exercício da profissão, com a prática.
Os docentes necessitam, urgentemente, ganhar mais dinheiro. Por outro lado, uma remuneração interessante não pode, em hipótese alguma, levar os educadores à acomodação profissional. Existem professores que deveriam estar fazendo qualquer outra atividade, exceto ministrar aulas, já que não possuem didática para fazê-lo. E isso acontece inclusive nas universidades, onde os rendimentos financeiros são muito melhores do que nas escolas.
Daqui a alguns anos, não haverá mais professores capacitados e motivados. E, por conseguinte, não haverá educação de qualidade. E, assim, as escolas e universidades formarão criaturas ignorantes e patéticas. Não obstante, esse retrocesso poderá ser detido, contanto que haja mais investimentos em infraestrutura nas instituições de ensino; os professores tenham mais proteção em relação à indisciplina dos alunos; e o magistério receba uma valorização digna.
Fonte: Luciano Corrêa Iochins/Jornalista e professor de Língua Inglesa e Língua Espanhola
Jornal Gazeta do Sul/Opinião/10/02/2011
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
PREFEITURA DECRETA HOJE SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA
A Prefeitura de General Câmara irá decretar hoje situação de emergência devido à estiagem prolongada que atinge o município. O levantamento executado pela Emater, Secretaria de Agricultura e Defesa Civil constatou que os efeitos da estiagem causaram sérios prejuízos econômicos e sociais ao município.
A falta de chuva comprometeu a produção de frutas e hortaliças, além de afetar lavouras e pastagens. A produção de leite foi prejudicada, causando perda de peso nos animais.
A falta de chuva comprometeu a produção de frutas e hortaliças, além de afetar lavouras e pastagens. A produção de leite foi prejudicada, causando perda de peso nos animais.
Em algumas localidades as fontes de água utilizadas para consumo humano e animal chegaram a secar, tornando-se necessário o abastecimento pelo caminhão-pipa do município. O veículo percorre em média 130 quilômetros por dia, somando o custo de R$ 3,1 mil mensais.
Mesmo assim, o caminhão não consegue atender todas as comunidades. Outras alternativas são executadas pelos próprios moradores, que transportam bombonas em carroças de tração animal.
Fonte:Jornal Gazeta doSul edição 10/02/2011
domingo, 6 de fevereiro de 2011
VALORES MORAIS EM INVERSÃO
A sociedade brasileira tem sido brindada com algumas pérolas perigosas que denotam o grau de decomposição de valores morais e éticos, principalmente daquelas diretrizes que deveriam ser de berço. Há uma coletânea de casos chocantes, como os dos rapazes presos após espancar um morador de rua em São Paulo. Para eles, essa ação era permitida porque se tratava de um mendigo e tudo não teria passado de "uma brincadeira".
Esse argumento foi semelhante ao empregado pelos jovens que, há muitos anos, atearam fogo em um índio pataxó que estava dormindo na rua em Brasília. Todos eram de classe média alta, bem-nascidos e com poder aquisitivo. Outros episódios de violência gratuita foram o da agressão de vários jovens a uma doméstica no Rio de Janeiro porque pensaram que ela era uma prostituta e o do ataque homofóbico de um grupo de rapazes a estudantes na avenida Paulista, em São Paulo, só porque supuseram que se tratava de homossexuais. Sem nenhum pudor, tentaram desmentir os fatos gravados por uma câmera.
É preciso repensar os valores que estão sendo passados para nossas crianças e adolescentes. A par da proteção devida, é necessário incutir neles o respeito pelas diferenças e pelo modo de vida de cada um. Além disso, faz-se urgente retomar o papel de uma escola formadora de bons cidadãos, mas tendo claro que esse papel é subsidiário ao dos pais e responsáveis, que não podem delegar tarefas que lhes são próprias.
Diante de acontecimentos nada edificantes, em que jovens são os protagonistas, de pouco vale atitude meramente protecionista. Cobrar responsabilidades e aplicar as punições devidas é parte de um processo pedagógico que servirá para mostrar ao infrator que sua conduta está inadequada. Além disso, mostrar-se-á eficiente para que as vítimas não se sintam desprotegidas
Fonte:Editorial do Jornal Correio do Povo 06/02/2011
Esse argumento foi semelhante ao empregado pelos jovens que, há muitos anos, atearam fogo em um índio pataxó que estava dormindo na rua em Brasília. Todos eram de classe média alta, bem-nascidos e com poder aquisitivo. Outros episódios de violência gratuita foram o da agressão de vários jovens a uma doméstica no Rio de Janeiro porque pensaram que ela era uma prostituta e o do ataque homofóbico de um grupo de rapazes a estudantes na avenida Paulista, em São Paulo, só porque supuseram que se tratava de homossexuais. Sem nenhum pudor, tentaram desmentir os fatos gravados por uma câmera.
É preciso repensar os valores que estão sendo passados para nossas crianças e adolescentes. A par da proteção devida, é necessário incutir neles o respeito pelas diferenças e pelo modo de vida de cada um. Além disso, faz-se urgente retomar o papel de uma escola formadora de bons cidadãos, mas tendo claro que esse papel é subsidiário ao dos pais e responsáveis, que não podem delegar tarefas que lhes são próprias.
Diante de acontecimentos nada edificantes, em que jovens são os protagonistas, de pouco vale atitude meramente protecionista. Cobrar responsabilidades e aplicar as punições devidas é parte de um processo pedagógico que servirá para mostrar ao infrator que sua conduta está inadequada. Além disso, mostrar-se-á eficiente para que as vítimas não se sintam desprotegidas
Fonte:Editorial do Jornal Correio do Povo 06/02/2011
sábado, 5 de fevereiro de 2011
PESCADORES RETIRAM LIXO DO RIO JACUÍ
Cerca de 25 embarcações foram para o Rio Jacuí com o propósito de realizar um mutirão de limpeza. Proibidos de pescarem no período da piracema (novembro, dezembro e janeiro), os pescadores ganharam uma cesta básica em troca do lixo recolhido.
Organizados, os pescadores recolheram vários sacos de lixo com garrafas pet, cordas, carcaças de computador, cadeiras, pneus, entre outros.
A ação teve o incentivo da Sociedade dos Mineradores de Areia do Rio Jacuí – Smarja, a parceria com o Sindicato dos Pescadores de São Jerônimo, Charqueadas, Triunfo, General Câmara, Taquari, o apoio da Colônia dos Pescadores Z 5 e de entidades assistências como Lions Clube, Rotary Clube, Emater, Patrulha Ambiental, Coordenadoria de Gestão Ambiental da Ulbra São Jerônimo, Prefeitura, Coordenadorias de Agricultura e Meio Ambiente e Defesa Civil.
- Isto seria bom nós poder fazer todos os meses, para melhorar o nosso rio e, consequentemente, a nossa pesca -, destacou o pescador Pito, ao desembarcar na praia do Encontro.
Segundo estimativa da Smarja, cerca de cinco toneladas de lixo foram retiradas no trecho entre o Porto do Conde e até a divisa de São Jerônimo e Charqueadas.
- O montante de lixo é assustador, mas serve para alertar a sociedade da importância de cuidar do meio ambiente -, destacou Sandro Almeida, presidente da Sociedade dos Mineradores de Areia do Rio Jacuí (Smarja).
Para o presidente da Federação dos Pescadores da Colonia Z 5, Vilmar Coelho, o incentivo da Smarja ajuda os pescadores nesta época de piracema. Vilmar acompanhou o trabalho dos pescadores de São Jerônimo. No último dia 14, os pescadores da Ilha da Pintada haviam recolhido nove toneladas de lixo no Delta do Jacuí.
Fonte:http://www.portaldenoticias.com.br/
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
PONTE FERROVIÁRIA DA VOLTA DO BARRETO - GENERAL CAMARA
Muitas vezes atrações turísticas interessantes, seja pela paisagem, seja pelo valor histórico, são esquecidas, deixadas de lado dos roteiros tradicionais e por isso mesmo acabam sendo pouco conhecidas.
Uma destas atrações se localiza aqui pertinho de casa, no município de Triunfo e às margens do Rio Taquari. A localidade conhecida por “Volta do Barreto” tem como atração uma bela ponte ferroviária, de construção metálica, que interliga a localidade ao município de General Câmara, na outra margem do rio.
O nome “Volta do Barreto” vem da localidade estar situada à margem do rio, junto a um ponto onde o Taquari descreve uma “volta” em seu percurso.
Barreto, nos áureos tempos do transporte por linha férrea para o interior do estado, fazia parte da ferrovia que ligava a capital Porto Alegre ao então importante nó ferroviário que era a cidade de Santa Maria, e sediava uma estação que hoje se encontra completamente abandonada e depredada, restando de pé somente suas paredes. Triste testemunha do desmonte e do abandono a que foi relegado o sistema de ferrovias em nosso país.
Na margem do rio, junto à “Ponte do Barreto”, existe também uma pequena balsa para travessia de automóveis e pequenos caminhões, proporcionando ligação por estrada ao município de General Câmara
LEIA TAMBÉM:
PONTE DO BARRETO-A HISTÓRIA RECONTADA
Uma destas atrações se localiza aqui pertinho de casa, no município de Triunfo e às margens do Rio Taquari. A localidade conhecida por “Volta do Barreto” tem como atração uma bela ponte ferroviária, de construção metálica, que interliga a localidade ao município de General Câmara, na outra margem do rio.
O nome “Volta do Barreto” vem da localidade estar situada à margem do rio, junto a um ponto onde o Taquari descreve uma “volta” em seu percurso.
Barreto, nos áureos tempos do transporte por linha férrea para o interior do estado, fazia parte da ferrovia que ligava a capital Porto Alegre ao então importante nó ferroviário que era a cidade de Santa Maria, e sediava uma estação que hoje se encontra completamente abandonada e depredada, restando de pé somente suas paredes. Triste testemunha do desmonte e do abandono a que foi relegado o sistema de ferrovias em nosso país.
Na margem do rio, junto à “Ponte do Barreto”, existe também uma pequena balsa para travessia de automóveis e pequenos caminhões, proporcionando ligação por estrada ao município de General Câmara
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