segunda-feira, 25 de outubro de 2010

A DESTINAÇÃO DOS RESIDUOS SÓLIDOS

O encaminhamento correto do lixo descartável é hoje um dos desafios do poder público e da sociedade. Não é mais possível conviver com o descarte de materiais que poderiam ainda ser aproveitados e ingressar novamente no ciclo produtivo. Para Geraldo Abreu, diretor do Departamento de Cidadania e Responsabilidade Socioambiental do Ministério do Meio Ambiente, há muitos segmentos que poderiam tratar seus resíduos. Como exemplo, citou a construção civil. Nela, 80% das sobras podem ser alvo de reciclagem. Com isso, é possível evitar que os aterros fiquem sobrecarregados. Assim, eles receberão apenas os rejeitos, ou seja, aquele material sem condições de reúso.

Para incentivar práticas responsáveis e saudáveis, o poder público está disponibilizando uma série de alternativas para as empresas e agentes econômicos. Entre elas, estão linhas de financiamentos, com incentivo para que estados e municípios trabalhem de forma integrada no gerenciamento da reciclagem do material descartado. O estabelecimento de práticas sustentáveis, segundo o dirigente ministerial, é fundamental para que se estabeleça uma proteção para que lençóis freáticos e cursos de água não sejam atingidos pela toxicidade emanada dos detritos.

Em relação à população, lembrou Abreu, é necessário incentivar boas práticas sem pretender frear o consumo. A educação ambiental deve fazer parte das comunicações cotidianas entre os gestores públicos e os cidadãos.

Não obstante pesquisas indicarem que os brasileiros têm preocupação com o meio ambiente acima da média de muitos países, bastante ainda há por fazer. O planeta tem que ser considerado como extensão da nossa casa. Por isso, não se pode pensar que o lixo que vai para as ruas não é problema nosso. A conta da negligência com a natureza sempre haverá de ser muito elevada.

Fonte:Jornal Correio do Povo 25/10/2010

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