O anúncio da criação de um organismo vivo a partir de um genoma sintético, publicado na revista Science, tem provocado na comunidade internacional as mais diversas reações. Euforia, preocupação, cautela e perplexidade se alternam. A conquista está sendo considerada uma das
maiores descobertas científicas de todos os tempos. Fato que é indiscutível.
Há um século, não se imaginava criar bactérias programadas para resolver problemas ambientais e energéticos, além da possibilidade de se estender o feito para a fabricação de vacinas. O questionamento que surge na área da bioética são os limites do homem e a sua capacidade de criação.
A tecnologia supera barreiras, mas os dilemas éticos continuam a nos desafiar e descortinam uma série de questões que devem ser confrontadas. Atentar para a devida regulamentação e responsabilidade ética abre caminhos para o entendimento do que está por vir: o primeiro passo rumo à vida artificial. Seres vivos com DNA desenvolvido por humanos. Em todo o mundo, a preocupação é latente: impor limites éticos. Nos Estados Unidos, o presidente Barack Obama, convocou especialistas em biotecnologia para que analisem as implicações da nova tecnologia. O cientista Craig Venter, que dirigiu a pesquisa, disse que um dia será possível produzir bactérias que gerem combustível, algas que “suguem” o dióxido de carbono da atmosfera, ou organismos que contribuam na produção de vacinas.
Corrigir deficiências na síntese de determinadas substâncias em algumas pessoas seria outra possibilidade de aplicação do genoma sintético. Hoje, isso já é feito alterando-se apenas alguns genes. No entanto, a criação de células inteiras capazes de cumprir esse papel poderia evitar casos de rejeição, comuns nas atuais técnicas. Uma célula-tronco poderia ser diferenciada em uma especializada na produção de fator VIII, substância essencial para pacientes hemofílicos.maiores descobertas científicas de todos os tempos. Fato que é indiscutível.
Há um século, não se imaginava criar bactérias programadas para resolver problemas ambientais e energéticos, além da possibilidade de se estender o feito para a fabricação de vacinas. O questionamento que surge na área da bioética são os limites do homem e a sua capacidade de criação.
A tecnologia supera barreiras, mas os dilemas éticos continuam a nos desafiar e descortinam uma série de questões que devem ser confrontadas. Atentar para a devida regulamentação e responsabilidade ética abre caminhos para o entendimento do que está por vir: o primeiro passo rumo à vida artificial. Seres vivos com DNA desenvolvido por humanos. Em todo o mundo, a preocupação é latente: impor limites éticos. Nos Estados Unidos, o presidente Barack Obama, convocou especialistas em biotecnologia para que analisem as implicações da nova tecnologia. O cientista Craig Venter, que dirigiu a pesquisa, disse que um dia será possível produzir bactérias que gerem combustível, algas que “suguem” o dióxido de carbono da atmosfera, ou organismos que contribuam na produção de vacinas.
A partir dessa descoberta, poderemos entender melhor como os genes interagem entre si no surgimento de uma doença como o câncer. Por outro lado, a ciência terá que atualizar seu entendimento em campos como a interferência do ser humano nos processos biológicos. A seleção natural, segundo Darwin a concebeu, não será mais a mesma. Cabe ao homem saber fazer uso de tal grandeza e repensar as implicações de segurança, já que a técnica abre caminhos para sintetizar armas biológicas.
Neste momento, colhemos os frutos do desenvolvimento desse campo da ciência, e a humanidade deve comemorar com entusiasmo o impacto que isso terá em nossas vidas.
por Nilo Frantz
Especialista em reprodução humana
Fonte: Jornal Zero Hora 02 de junho de 2010
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