terça-feira, 8 de junho de 2010

EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMEÇA EM CASA

No dia 5 de junho comemorou-se o Dia Mundial do Meio Ambiente. Muitas foram as atividades desenvolvidas em prol desta data, comemorações variadas, festividades coloridas e pedagógicas, educação ambiental nas escolas, palestras, oficinas e vivências. No entanto, pouco há para festejar e muito há para repensar, principalmente quando voltamos o olhar para nosso interior, nossos hábitos, atitudes e compromisso com o ambiente que nos cerca.

Neste período é aconselhável pensar, ponderar, analisar e questionar os posicionamentos que estamos adotando frente às questões ambientais, coisas diárias, que fazem parte do nosso contexto, como separação do lixo doméstico, uso racional da água e de outros recursos naturais, consumo consciente, entre outros. Muitas são as atitudes ambientalmente corretas que podemos adotar na nossa vida, e, consequentemente, passar o exemplo adiante, para aqueles que convivem conosco, filhos, alunos, vizinhos, amigos, colegas de trabalho. Não coloco aqui a necessidade de ser o ecochato ou o ambientalista autoritário, mas sim de assumir naturalmente costumes viáveis e simples no cotidiano.

Os adultos são o ponto de referência para crianças e adolescentes, nosso exemplo é relevante em todos os aspectos: social, ético, moral, ambiental, econômico, cultural, entre outros. Nossa atitude pode fazer a diferença sim, tanto no âmbito positivo quanto negativo, lembrando que as ações erradas que fazemos sempre marcam mais que as certas. Neste contexto, nossa responsabilidade como adultos e cidadãos é imensa, pois somos o exemplo para os que estão a nossa volta.

Faz-se necessário assumir posições positivas frente ao meio ambiente, sem deixar de refletir criticamente sobre nossas ações no cotidiano, porém com hábitos simples, mas conscientes, que farão a diferença no adulto do amanhã. As escolas públicas e privadas fazem a sua parte na educação ambiental, os educadores trabalham este tema nas salas de aula durante o ano inteiro, porém a linguagem ambiental tem que ser semelhante, tanto na escola quanto em casa, pais e educadores devem falar a mesma língua. Muitas instituições de ensino realizam a separação do lixo em seco e orgânico, mas em casa os pais não o fazem. Afinal, qual exemplo a criança vai seguir? Fazer com que as novas gerações desenvolvam um olhar sobre o mundo que inclua o respeito ao meio ambiente e a todas as formas de vida é um caminho que passa necessariamente pela educação ambiental em que as famílias podem e devem contribuir.


Alessandra Quadros/Bióloga, educadora ambiental
Fonte:Jornal Gazeta do Sul 08/06/2010

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