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segunda-feira, 27 de abril de 2015
Rios da Região Metropolitana do RS estão entre os mais poluídos do país
Rios do Sinos, Gravataí e Caí têm em comum água escura e muita sujeira.
Especialistas analisaram a água dos três rios na Região Metropolitana.
Os três rios da Região Metropolitana de Porto Alegre estão na quarta, quinta e oitava posições na lista dos mais poluídos do Brasil, segundo dados do Índice de Desenvolvimento Sustentável do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os rios dos Sinos, Gravataí e Caí, respectivamente, têm em comum a água escura e muita sujeira. Rios que nascem com água pura e cristalina, mas com o passar do tempo se transformam em lixões a céu aberto.
Por três meses, a reportagem da RBS TV esteve nos três rios para tentar descobrir por que eles estão tão poluídos. Mais de 2,8 mil quilômetros foram percorridos pelos municípios que fazem parte das três bacias. A equipe voou mais de 50 milhas para mostrar do alto os impactos do que acontece todos os dias.Os rios abastecem cerca de 2,8 milhões de pessoas em 82 municípios. Ao longo do caminho, são vistas imagens incríveis e flagrantes claros de desrespeito às leis. Enquanto isso, especialistas dizem que a burocracia não apenas atrasa as soluções, mas também desperdiça dinheiro público.
"O que nós estamos percebendo é que, a cada dia que passa, o processo de desenvolvimento urbano se aproxima mais das nascentes. Aqui deveria ser um local protegido, conservado, usado de forma sustentável para garantir que o rio cumpra essa função ambiental tão importante que ele possui", diz o biólogo Jackson Muller, ex-diretor técnico da Fepam.
Os especialistas analisaram a água desses rios e comprovaram o estado preocupante em que cada um deles se encontra.
"O Rio Grande do Sul e o próprio Brasil são áreas abençoadas pela enorme quantidade de recursos hídricos que temos disponíveis. O que está acontecendo neste momento é única e exclusivamente uma omissão, uma imperícia, uma negligência dos que estão à frente de tomar decisão com relação dos recursos hídricos", diz o professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e vice-presidente do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da universidade, Carlos André Bulhões Mendes.
As autoridades responsáveis por cuidar do meio-ambiente no estado admitem que a situação saiu do controle. "Este produto que mostrasse aqui pra gente é a falência da gestão ambiental", diz o chefe da Divisão de Fiscalização, Renato Zucchetti. "As atividades se multiplicaram, os empreendimentos se multiplicaram, as condicionantes das licenças se multiplicaram. Os licenciamentos cresceram de forma geométrica e o nosso atendimento de forma aritmética", completa.
Fonte:G1 RBSTV
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