Agora, o município conta com o apoio técnico da Associação Hidrovias RS, que é formada por representantes da Farsul, Fiergs, Fecomércio, ABTP e Federarroz e empresas do ramo naval. Através desta parceria, está sendo montando um projeto não só para a questão hidroviária, mas também aliada a malha rodoviária e ferroviária, criando assim um porto multimodal em General Câmara.
Conforme o assessor jurídico da Prefeitura, Gustavo dos Anjos Baptista, esse é o primeiro projeto desta natureza no Rio Grande do Sul.
- Já temos empresas interessadas em escoar a produção e implementar o porto aqui, inclusive já temos o estaleiro funcionando. O Projeto do Parque Hidroviário contempla não só o porto, mas indústrias, também o turismo e até mesmo esportes que possam ser realizados ali. A ideia é avançar e atrair empresas que estejam interessadas em se instalar em General Câmara - afirmou.
O prefeito Helton Holz Barreto assinará o Termo de Cooperação do Projeto do Parque Hidroviário do Município de General Câmara na próxima segunda-feira, dia 21, às 10h, no Plenário da Câmara de Vereadores de General Câmara.
Hoje em dia, muitas cidades estão de costas para os rios, deixando de lado uma importante fonte de crescimento econômico e de escoamento de produção. Com a greve dos caminhoneiros em 2018, empresas e entes públicos perceberam a importância estratégica destas vias naturais.
Em General Câmara, que é banhado por dois importantes rios, o Jacuí e o Taquari, a preocupação surgiu logo no início da atual gestão, em 2017, buscando viabilizar um projeto de transporte ou de estaleiro nas margens do Rio Taquari. Até então, o projeto esbarrava na capacidade técnica para desenvolvimento.
Associação Hidrovia RS
Um dos grandes entraves para que os produtos gaúchos sejam competitivos no mercado internacional está na logística. A opção de priorizar rodovias em detrimento dos demais modais acaba por limitar a capacidade de escoamento, gerando onerosos gargalos por todo o Rio Grande do Sul. Por exemplo, o RS utiliza menos de 700 km das águas navegáveis. Esse cenário de estagnação, que impede o desenvolvimento estadual, motivou entidades representativas do setor produtivo a se unirem e criarem a Associação Hidrovias RS, lançada em maio de 2018, na sede da Farsul. O objetivo é fomentar o aproveitamento efetivo das hidrovias, não apenas para o transporte por água, mas também como fator estratégico de atração de novos empreendimentos.
A entidade é formada por representantes da Farsul, Fiergs, Fecomércio, ABTP, Federarroz e empresas que operam os terminais do Porto de Rio Grande e pretende liderar a mobilização para ampliar o volume de cargas escoadas pelas hidrovias dos atuais 7 milhões de toneladas/ano para 12 milhões. O que significa uma redução do frete em cerca de 40%, garantindo competitividade para a produção gaúcha nos mercados nacional, por cabotagem, e internacional, pela rota marítima do sul da África. Formada por entidades empresariais, cooperativas, investidores e empresas de transporte de passageiros e de cargas, a Associação Hidrovias RS busca unificar as propostas do setor empresarial, hoje diluídas entre os vários segmentos da atividade econômica.
Fonte: Jornal Portal de Notícias
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