sábado, 8 de março de 2025

Defesa Civil apresenta perspectivas climáticas para o Rio Grande do Sul até agosto

 










Mesmo sem previsão de desastres, Estado está reforçando efetivo da pasta e investindo em capacitação e tecnologias

A Defesa Civil estadual apresentou, na quinta-feira (6/3), ao governador Eduardo Leite, a perspectiva climática no Rio Grande do Sul para os próximos meses. Com base nos dados disponíveis até o momento, a tendência é de que não ocorram eventos meteorológicos extremos no primeiro semestre deste ano, ao contrário do que aconteceu em 2024. Os prognósticos apontam para uma configuração de condições climáticas típicas – ou seja, dentro da normalidade climática – entre março e agosto de 2025.

A análise, apresentada pela meteorologista Cátia Valente, do Centro de Operações da Defesa Civil do Rio Grande do Sul, foi feita a partir de estudos de diversos institutos internacionais de meteorologia. A reunião, que ocorreu na sede do órgão, em Porto Alegre, também contou com a presença do chefe da Casa Militar e coordenador da Defesa Civil Estadual, coronel Luciano Boeira.

“Observando-se as condições do Oceano Pacífico, que é o regulador do clima global, percebe-se que há uma transição para um quadro de neutralidade. Desse modo, a perspectiva é de que se tenha, para o outono que se aproxima, uma condição climática bastante diferente do ano passado, quando estávamos sob a influência de um El Niño, com intensidade variando entre moderado e forte”, afirmou Cátia.

No outono, chegarão as frentes frias que trazem chuvas e, com o passar dos dias, as massas de ar polar, que carregam o ar mais frio. “Em cada localidade, há fatores específicos, que ganharão predominância nesse período. Poderão acontecer chuvas pontualmente fortes, temporais localizados, alternados por dias frios e ensolarados e, até mesmo, quentes. Ou seja, poderão ocorrer eventos meteorológicos que resultem em transtornos com algum grau de severidade, mas não de forma extrema e generalizada como em 2024”, acrescentou a meteorologista.

Em relação às altas temperaturas que vêm afetando o Estado, a especialista explicou que, ainda que ocorram períodos quentes, não há previsão, a curto prazo, de uma onda de calor tão forte como a atual. Além disso, embora as previsões, neste momento, não indiquem a possibilidade de eventos extremos, a Defesa Civil do Estado seguirá realizando um monitoramento constante, pois pode haver alterações, geradas, principalmente, pelo aquecimento do Oceano Atlântico, que é um importante regulador do clima e exerce grande influência sobre o Rio Grande do Sul.

"A Defesa Civil realiza um monitoramento contínuo, 24 horas por dia, 7 dias por semana, com o objetivo de manter a população constantemente informada. Reafirmamos nosso compromisso em aprimorar progressivamente os serviços e ações de prevenção a desastres”, ressaltou o coronel Luciano Boeira.

Fortalecimento da Defesa Civil

Durante o encontro, Leite também recebeu atualizações sobre o andamento dos projetos de qualificação da Defesa Civil, visto que há diversas ações em andamento.

“Diante dos desafios que enfrentamos, temos revisitado nossos métodos, ferramentas e estrutura. Estamos avançando no reforço do efetivo da Defesa Civil, na implantação do Cegird [Centro Estadual de Gestão Integrada de Riscos e Desastres] e no emprego de novas tecnologias. Queremos dar novos passos, também, na cultura de prevenção e resiliência”, destacou o governador.

Por meio do Plano Rio Grande, serão destinados mais de R$ 550 milhões para aprimorar os serviços da Defesa Civil estadual. Nos próximos meses, serão abertos os editais de licitação para construção do Cegird e de nove Centros Regionais de Proteção e Defesa Civil no interior do Estado.

As ações abrangem, também, melhorias no sistema de monitoramento, modernização de equipamentos, reforço do corpo técnico e da infraestrutura, expansão da capacidade logística, ampliação da frota, dentre outras evoluções significativas. A Defesa Civil também vem realizando capacitações para os municípios gaúchos sobre gestão de riscos e desastres, além de estar desenvolvendo protocolos de emergência, juntamente com a Secretaria da Reconstrução Gaúcha.

Texto: Juliana Dias/Secom
Edição: Secom

sexta-feira, 7 de março de 2025

Entenda a relação dos impactos climáticos com a vida cotidiana

 








Em três décadas, 92% das cidades brasileiras registraram desastres


Em um único dia, Luiz Antônio Ceccon viu toda sua história de vida e o seu trabalho, na Ilha da Pintada, em Porto Alegre (RS), serem levados pelas águas do Rio Jacuí.


Luiz Antônio Ceccon e sua esposa abrigados no Ginásio Elyseu Quinhones, em Eldorado do Sul (RS) em junho de 2024 - Bruno Peres/Agência Brasil

“Eu tinha criação de animais, eu era pescador, perdi barco, perdi rede. Eu tinha criação de bicho, ovelha, cabrito, porco, perdi tudo. Porque minha casa era meio longe aqui da ilha, para chegar lá só de barco. Eu perdi os pés da minha casa na Mexiana, dentro da Ilha da Pintada, e tudo que tinha dentro. Aqui na Picada, eu perdi também tudo que tinha dentro, que é uma casa de aluguel onde minha mulher ia abrir uma floricultura. Perdemos tudo.”

Luiz e a esposa são sobreviventes das chuvas e enchentes que, em maio de 2024, devastaram 468 municípios do Rio Grande do Sul e atingiram mais de 2,34 milhões de pessoas, deixando 183 mortos, 806 feridos e 27 desaparecidos.


Líder comunitário de Tumbira, Roberto Macedo - Agência Brasil

Já no Norte do país, poucos meses antes, em fevereiro do mesmo ano, a Comunidade de Tumbira, no município de Iranduba (AM), começava a se recuperar de um longo período de estiagem, mais forte e longo que nos anos anteriores.

Sem chuvas, o Rio Negro atingiu um dos níveis mais críticos das últimas décadas, em setembro de 2023. Nos meses seguintes, as 140 famílias de Tumbira – que têm no turismo a principal forma de subsistência – foram afetadas drasticamente.

“Fumaça, calor acima da média, o rio seco, as ilhas de capim e o Cauxim – que é um fenômeno que deixa um [material] orgânico no rio quando ele seca além do normal, pega o sol, e vira tipo assim um pozinho que dá alergia nas pessoas”, conta o líder comunitário Roberto Macedo sobre o que chama de sequelas da seca.

Relatório


O pesquisador Ronaldo Christofoletti, do Instituto do Mar, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), explica que o dia a dia dessas pessoas foi afetado pelo que denominou "desastres climáticos", no primeiro relatório da série Brasil em Transformação, que analisa como os desastres naturais no país são intensificados pelas mudanças climáticas ocorridas em todo o planeta.

“Tem um dado ali que chama muita atenção, quando a gente olha que 92% dos municípios brasileiros já registraram desastres, já foram afetados de alguma forma e que está aumentando de frequência”


Termômetros marcaram 46°C em um dia de calor intenso no Rio de Janeiro - Tomaz Silva/Agência Brasil

O estudo cruzou dados do Climate Change Institute, da Universidade do Maine, que evidenciam o aumento gradual da temperatura planetária tanto no ar, quanto no oceano; com os números do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2ID) do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional, dos últimos 32 anos (1991 a 2023).

A partir desses dados, os pesquisadores concluíram que para cada aumento em 0,1 grau Celsius (°C) na temperatura média global do ar, houve um aumento de 360 registros de desastres.

Quando o mesmo aumento ocorreu nos oceanos, houve um crescimento foi de 584 registros. Isso representou um crescimento médio de 100 ocorrências ao ano no Brasil, no período compreendido entre 1991 a 2023.

Ao longo desse período, o estudo identificou 64.280 desastres climáticos e os classificou de acordo com cinco tipos de registro:climatológicos, para os relacionados a seca (estiagens, incêndios florestais e baixa umidade do ar);
hidrológicos, pra os relacionados a cheias (enxurradas, inundações e alagamentos);
meteorológicos, relacionados a mudanças de temperatura (ondas de frio, calor, ciclones, ventos costeiros);
geológicos, para os relacionados a deslocamento de massa (deslizamentos, terremotos e erosão); e
biológicos, para os relacionados ao desequilíbrio de espécies (epidemias e infestações).

“Quando você passa a ter alterações ambientais mais amplas, como desmatamento, poluição e enriquecimento de águas por nutrientes, você passa a beneficiar a proliferação de vários agentes infecciosos. De vírus, de bactérias e assim segue. Então, a partir daí, esse é um desastre biológico, porque ele não aconteceria naturalmente”, explica o pesquisador.

Do total de desastres climáticos, 49,8% foram climatológicos. Outros 26,58% foram hidrológicos; 19,87% foram classificados como desastres meteorológicos; 3,32% desastres geológicos e, por fim, os desastres biológicos somaram 0,35% dos registros entre 1991 e 2023.

Prejuízos

Os pesquisadores também concluíram que a cada aumento 0,1°C na temperatura média global do ar, houve um prejuízo econômico estimado de R$5,6 bilhões no país.

“Todos esses dados de prejuízo econômico, a gente pode afirmar, com certeza, que são subestimados. A gente sabe que é mais do que isso, porque o dado que a gente usou para avaliar o impacto econômico é apenas aquele que as prefeituras lançam na plataforma de desastre da Defesa Civil”, explica o Christofoletti.

Para o pesquisador, os impactos econômicos chegam à população duas vezes: uma de forma mais direta, quando os efeitos dos desastres climáticos afetam os bens, a moradia e a forma produtiva das pessoas; e uma segunda vez, quando o poder público precisa redirecionar recursos para as necessidades emergenciais criadas.


“Esse é um dinheiro de gasto público para reconstruir para reformar, recuperar as cidades, que é dinheiro que poderia estar indo para educação, saúde, em benefícios da sociedade, mas está sendo usado para reconstruir cidade.”

Há ainda os impactos sociais que alcançam cada vez mais pessoas, revelou o estudo. Nos últimos quatro anos da pesquisa, período entre 2020 e 2023, quase 78 milhões de pessoas foram afetadas por desastres climáticos, o equivalente a 70% do número de afetados nos dez anos anteriores, entre 2010 e 2019.


Hangar da Base Aérea de São Paulo com doações para o Rio Grande do Sul - Rovena Rosa/Agência Brasil

De acordo com o pesquisador, esses números se traduzem em impactos sociais que vão além do número de vítimas contabilizadas entre mortos, feridos e afetados. Christofoletti cita ainda as perdas emocionais não contabilizadas dessas vítimas.

“Aquela casa, principalmente para populações mais vulneráveis, ela vinha da mãe, do avô, do bisavô. Aquilo tinha história das pessoas lá dentro. São perdas que não são mensuráveis e tem um impacto de saúde mental muito grande.”

Segundo o pesquisador, outro estudo desenvolvido pela equipe do instituto da Unifesp apontou que 62% das pessoas entrevistadas sentem medo em dias com previsão de chuva intensa na sua região.

“Quando você tem 62% da população falando 'Eu sinto medo quando vai chover!', a gente já está falando de um impacto de saúde mental. As pessoas passam a ter medo e isso é um impacto muito forte, seja pela perda daqueles bens, que não é pelo dinheiro em si mas pelas memórias e pelo valor afetivo que eles têm, seja como isso está afetando a saúde mental propriamente”.

De acordo com a equipe, esses temas serão detalhados nas próximas publicações da série que, inicialmente, detalhará cada tipo de desastre e analisará seus impactos de forma mais específica.

“Nesse primeiro relatório a gente teve que analisar esses desastres todos juntos. Então assim, o pacote total de desastres, porque eles têm essa classificação ampla. Agora o passo que a gente vai dar, que a gente já está finalizando a primeira parte, é explorar desastre por desastre.”

Fonte: Agência Brasil

quinta-feira, 6 de março de 2025

Gelo nas regiões polares atinge a menor extensão já registrada

 








No Ártico, tamanho ficou 8% abaixo da média para o mês de fevereiro

A extensão global do gelo marinho atingiu um novo mínimo histórico no início de fevereiro de 2025 ficando durante todo o mês abaixo do recorde anterior, batido no mesmo período de 2023. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (6), pelo Serviço Copernicus para Mudanças Climáticas da União Europeia, e combina a medição por satélite do Ártico e Antártico, nos Polos Norte e Sul respectivamente.

O gelo marinho do Ártico ficou 8% abaixo da média para o mês, atingindo a menor extensão já registrada neste período em que costuma estar próximo a extensão máxima, após uma sequência de três recordes consecutivos nos últimos meses.

Já o gelo marinho Antártico atingiu a quarta extensão mensal mais baixa para fevereiro, ficando 26% abaixo da média. Ao contrário do Polo Norte, nesse período do ano, a extensão de gelo do Pólo Sul está próxima de atingir o mínimo anual e, caso não haja um novo recorde em março, esta será a segunda menor extensão de gelo já registrada em todos os meses na Antártica.

Temperatura

De acordo com a análise de dados do Copernicus, o mês de fevereiro de 2025 registrou temperatura média do ar na superfície de 13,36 graus Celsius (°C), o que representa alta 0,63°C em relação à média para o mês, calculada a partir de 1991 até 2020. Esse foi o terceiro registro mais quente para o mês.

Quando comparado ao período pré-industrial (1850-1900), fevereiro de 2025 ficou 1,59°C acima da média. Foi o 19º mês, dos últimos 20 meses, em que a temperatura média global do ar ficou 1,5°C acima do nível pré-industrial.

“Uma das consequências de um mundo mais quente é o derretimento do gelo marinho, e o recorde ou quase recorde de baixa cobertura de gelo marinho, em ambos os polos, empurrou a cobertura global de gelo marinho para um mínimo histórico”, explica Samantha Burgess, responsável estratégica pelo clima no Centro Europeu de Previsões Meteorológicas de Médio Prazo (ECMWF, na sigla em inglês).

A temperatura média da superfície do mar para fevereiro foi de 20,88ºC, considerando as zonas temperadas e intertropical, a cerca de 10 metros de profundidade. De acordo com o Copernicus, esse é o segundo valor mais alto para o mês, ficando apenas 0,18°C abaixo da temperatura medida no mesmo mês de 2024.

Seca

No segundo mês de 2025, a Europa registrou chuvas predominantemente abaixo da média e também índice de umidade do solo abaixo da média em grande parte da Europa Central e Oriental, no Sudeste de Espanha e na Turquia.

Segundo os dados do Copernicus, o tempo também esteve mais seco do que a média na maior parte da América do Norte, no Sudoeste e Centro da Ásia, na parte oriental da China e na maior parte da Austrália e da América do Sul, tendo a Argentina registrado incêndios florestais.

Fonte: Agência Brasil

quarta-feira, 5 de março de 2025

Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul reforça a importância da vacinação para prevenir a coqueluche




Crianças, gestantes e profissionais devem se vacinar

Em 2024, o Rio Grande do Sul registrou 430 casos de coqueluche, o maior número desde 2013, quando foram confirmados 517 casos. O Estado também voltou a registrar no ano passado um óbito da doença, o que não acontecia desde 2017, ano em que foram registradas três mortes. Em 2025, já foram confirmados 75 casos de coqueluche e, entre eles, um óbito.

A principal medida de prevenção contra coqueluche é a vacinação. O calendário vacinal preconizado pelo Ministério da Saúde é de três doses com a vacina pentavalente (aos dois, quatro e seis meses de idade), um reforço aos 15 meses e um segundo reforço aos quatro anos com a tríplice bacteriana, que pode ser aplicada até os sete anos incompletos.

Outra estratégia utilizada na prevenção da coqueluche é vacinar todas as gestantes com a vacina tríplice bacteriana acelular tipo adulto (dTpa). Essa vacina deve ser administrada a cada gestação, a partir da 20ª semana até, preferencialmente, 20 dias antes da data provável do parto.

A vacinação também é indicada para profissionais e estagiários da área da saúde que atuam em serviços públicos e privados, ambulatorial e hospitalar, nas áreas de ginecologia e obstetrícia, parto e pós-parto, berçários e pediatria. A imunização é indicada ainda para parteiras tradicionais, doulas e trabalhadores de creches e berçários que atendem a crianças de até quatro anos.

Aumento de casos no Brasil

No Brasil em 2024 foram registrados 28 óbitos por coqueluche e mais de 7,1 mil casos, o maior número de casos desde 2014. Em 2025 (com dados atualizados até 7 de fevereiro), são 311 casos confirmados e três óbitos, um no Rio Grande do Sul e dois em Minas Gerais. Os dados nacionais podem ser consultados no painel do Ministério da Saúde.

Perfil dos casos

A faixa etária formada por crianças menores de um ano de idade representou 24% dos casos de coqueluche no Rio Grande do Sul em 2024. Muitas crianças nessa idade ainda não tem o esquema vacinal completo. O óbito registrado no Estado em 2024 foi de uma criança nessa faixa etária e residente em Camaquã.

Pré-adolescentes, entre 10 e 14 anos, representaram 22,59% dos casos, sendo a segunda faixa etária mais frequente. O óbito de 2025 é de um adolescente de 15 anos, que possuía outras comorbidades, morador de Horizontina.

Coqueluche

A coqueluche é uma infecção respiratória, transmissível e causada por uma bactéria, a Bordetella Pertussis. Sua principal característica são crises de tosse seca. Pode atingir, também, traqueia e brônquios.

A transmissão da coqueluche ocorre, principalmente, pelo contato com a pessoa doente, por meio de gotículas eliminadas por tosse, espirro ou até mesmo ao falar. O período de incubação, ou seja, o tempo que os sintomas começam a aparecer desde o momento da infecção, é de, em média, 5 a 10 dias podendo variar de 4 a 21 dias e, raramente, até 42 dias.

O diagnóstico da coqueluche em estágios iniciais é difícil, uma vez que os sintomas podem parecer como resfriado ou até mesmo outras doenças respiratórias. A tosse seca é um forte indicativo da coqueluche, mas para confirmar o diagnóstico o médico pode pedir outros exames, como a coleta da secreção da nasofaringe para técnica de reação em cadeia de polimerase (PCR) ou cultura da bactéria, hemograma e raio-x de tórax.
Série histórica de dados de coqueluche no RS, 1999 - 2025*

Ano – casos confirmados / óbitos1999 – 3 / 1
2000 – 4 / 0
2001 – 42 / 0
2002 – 60 / 0
2003 – 92 / 4
2004 – 276 / 5
2005 – 191 / 5
2006 – 113 / 2
2007 – 129 / 0
2008 – 207 / 1
2009 – 128 / 0
2010 – 106 / 0
2011 – 150 / 2
2012 – 772 / 10
2013 – 517 / 2
2014 – 260 / 1
2015 – 127 / 0
2016 – 111 / 2
2017 – 318 / 3
2018 – 167 / 0
2019 – 65 / 0
2020 – 11 / 0
2021 – 11 / 0
2022 – 37 / 0
2023 – 22 / 0
2024 – 430 / 1
2025* – 75 / 1

Fonte: 1999 a 2006 – NEP e 2007 a 2025-Sinan/Cevs/SES-RS. Dados sujeitos a alteração.

*2025 - até Semana Epidemiológica 08 – 22/2/25

Faixa etária dos casos confirmados em 2024 no RSMenores 6 meses - 15,06%
Maiores de 6 meses e menores de 1 ano - 8,94%
Menores 1 ano - 24%
1-4 anos - 12%
4-9 anos - 11,29%
10-14 anos - 22,59%
15-19 anos - 8,00%
20-29 anos - 4,71%
30-39 anos - 5,18%
40-49 anos - 4,47%
50-59 anos - 4,24%
60-69 anos - 2,59%
70-79 anos - 0,71%
80-89 anos - 0,24%

Texto: José Luís Zasso/Ascom SES
Edição: Secom