segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

FGTS: energia solar poderá ser usada no Programa Minha Casa, Minha Vida

O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, assinou hoje (5), em São Paulo, a proposta que permite ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) usar energia solar em residências do Programa Minha Casa, Minha Vida. 
A proposta foi elaborada pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, e pelo ministro das Cidades, Bruno Araújo. O documento foi assinado durante 12º ConstruBusiness – Congresso Brasileiro da Construção, feito pela Fiesp.
A proposta já havia sido aprovada pela Comissão de Serviços de Infraestrutura em fevereiro deste ano. 
A finalidade do projeto é estimular a capacidade energética por meio de fontes renováveis. O senador Ronaldo Nogueira disse que nos últimos anos, o setor elétrico tem sofrido com o desequilíbrio entre oferta e a demanda de energia, devido à escassez de chuva e deficiência no planejamento setorial. Segundo o senador a solução tem sido acionar as usinas termoelétricas, uma produção mais cara e poluente. 
O senador Ronaldo Nogueira,  explicou que o governo federal está engajado na construção de residências ambientalmente sustentáveis e economicamente viáveis. "É o governo federal mostrando seu compromisso com o trabalhador brasileiro, com o meio ambiente e com a eficiência que evidentemente deve presidir as atividades empreendidas pelos setores público e privado.”

Agência Brasil

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Representante da ONU elogia projeto brasileiro de produção de radiofármacos

O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, visita a sede da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN)
O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, visita a sede da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN)Douglas Troufa Salles/ Comissão Nacional de Energia Nuclear

Em visita à sede da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) na última semana, o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, elogiou o projeto do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), desenvolvido pela comissão com recursos do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações e que será instalado em Iperó, no interior de São Paulo. A AIEA é ligada à Organização das Nações Unidas (ONU).
Segundo Amano, o reator representará avanços na área da medicina nuclear do Brasil, que vão beneficiar a população com a produção de radioisótopos utilizados em radiofármacos aplicados em tratamentos de câncer e em diagnósticos de doenças do coração e do cérebro, entre outras. “Vai beneficiar milhões de pessoas em seu país”, disse.
O presidente da CNEN, Renato Cotta, admitiu que há um atraso no desenvolvimento do projeto do RMB, mas disse que há expectativa de liberação de recursos do governo ainda este ano para a contratação do projeto executivo de engenharia, que deve levar dois anos. Depois disso, são necessários mais dois anos para construção do reator. “Nossa perspectiva é essa. Se continuar o nosso cronograma de assinatura do projeto executivo agora e construção logo a seguir, a gente está com isso concluído em 2020”, disse.
Segundo Cotta, o Brasil produz atualmente uma série de radiofármacos de meia-vida curta, com efetiva aplicação por um período de duas horas, mas o radioisótopo de vida-longa, que pode durar até 60 horas, ainda precisa ser importado, o que deixa o país dependente do mercado internacional. Com o RMD, essa dependência e a demanda reprimida pelos medicamentos serão reduzidas. Hoje, a medicina nuclear no Brasil é responsável por dois milhões de procedimentos médicos, um terço da demanda real por tratamentos desse tipo, segundo o presidente da CNEN.
Para o presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN), Cláudio Tinoco Mesquita, com a produção a partir da entrada em funcionamento do reator, o Brasil se tornará autossuficiente em radiofármacos. “Não vai mais precisar importar nada. É um projeto para a autossuficiência total. O Brasil tem toda a capacidade para produzir aqui. Só precisa que haja o investimento.”
Prêmio
Yukiya Amano recebeu da CNEN o Prêmio Octacílio Cunha, concedido desde 1981 a entidades que contribuem para o desenvolvimento do setor nuclear brasileiro. Entre os premiados deste ano também estão a Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear e a Amazônia Azul Tecnologia de Defesa (Amazul).
A premiação encerrou a agenda de Amano no Brasil, que incluiu uma reunião com o ministro Gilberto Kassab e visitas ao Centro Experimental de Aramar, em Iperó, no interior de São Paulo, e à Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, em Angra dos Reis (RJ), onde estão instaladas as usinas nucleares Angra 1, Angra 2 e o canteiro de obras de Angra 3.

Agência Brasil

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Uma em cada 11 pessoas no mundo tem diabetes, alerta OMS no DIA MUNDIAL DO DIABETES

       O número de pessoas com diabetes no mundo passou de 108 milhões em 1980 para 422 milhões em 2014, segundo dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). No Dia Mundial do Diabetes, lembrado hoje (14), a entidade alerta que a prevalência do diabetes entre maiores de 18 anos no mundo passou de 4,7% para 8,5% no mesmo período – sobretudo em países de baixa e média renda.

Ainda de acordo com a organização, a doença figura como a principal causa de cegueira, falência dos rins, ataques cardíacos e amputações de membros inferiores. Em 2012, cerca de 1,5 milhões de mortes foram diretamente provocadas pelo diabetes, enquanto 2,2 milhões de óbitos foram atribuídos a altos níveis de glicose no sangue. Quase a metade dessas mortes foi registrada em pessoas com menos de 70 anos.

“A OMS estima que o diabetes será a sétima causa de morte no mundo até 2030. Adotar uma dieta saudável, praticar atividade física regular, controlar o peso e evitar o tabaco são formas de prevenir ou de atrasar o diagnóstico de diabetes tipo 2”, destacou a entidade. “O diabetes pode ser tratado e suas consequências podem ser evitadas ou mesmo atrasadas por meio de dietas, atividade física, medicamentos e exames regulares”, completou.


CONSEQUÊNCIAS

Ainda segundo a OMS, o diabetes, ao longo do tempo, pode provocar danos ao coração, vasos sanguíneos, olhos, rins e nervos. As consequências mais comuns são:
- Adultos com diabetes têm de duas a três vezes mais chances de apresentar ataques cardíacos e derrames.
- Associados à redução do fluxo sanguíneo, danos aos nervos do pé provocados pelo diabetes aumentam a chance de úlcera nos pés, infecções e eventual necessidade de amputação de membros inferiores.
- A retinopatia diabética é uma importante causa de cegueira e acontece como resultado de danos acumulados a longo prazo aos vasos sanguíneos da retina. Cerca de 2,6% de todos os casos de cegueira no mundo podem ser atribuídos ao diabetes tipo 2.
- O diabetes está entre as principais causas de falência dos rins.

Agência Brasil

Pesquisadores descobrem fósseis de dinossauro de 320 milhões de anos no RS

Um grupo de pesquisadores apresentou na quinta-feira (10) dois novos fósseis considerados precursores dos dinossauros e encontrados entre 2009 e 2010 no sítio de Buriol, em São João do Polêsine, na região central do Rio Grande do Sul.
Batizados como Buriolestes schultzi e Ixalerpeton polesinensis, o animais pré-históricos são do período triássico, ou seja, de mais de 320 milhões de anos. Eles foram achados pelos pesquisadores da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) em Canoas, Porto Alegre, e da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto, segundo a Agência Ansa.


 

  A descoberta também foi publicada na revista científica norte-americana Current Biology. "Esses fósseis brasileiros trazem um novo cenário evolucionário para o início da irradiação dos dinossauros e abrem espaço para novas e desafiadoras questões", afirmou Sérgio Furtado, professor da Ulbra.
Segundo ele, a qualidade do material fóssil é raramente encontrada e pode ser considerada um achado, já que traz informações fundamentais para o entendimento da origem e evolução dos dinossauros.
"Com esse material, é possível dizer que os dinossauros e seus precursores viveram lado a lado , e que a ascensão dos dinossauros foi mais gradual, não uma rápida explosão de diversidade, levando outros animais da época à extinção", completou Max Langer, paleontólogo da USP.


Os nomes dos fósseis são uma forma de homenagear os locais onde os animais foram descobertos e o paleontólogo gaúcho César Leandro Schultz.

Agência Brasil