Hoje em dia muito se fala sobre a importância de manter uma alimentação saudável, incluindo na rotina o consumo variado de frutas e verduras. Entretanto, a maioria das pessoas comem uma quantidade menor de verduras e frutas daquela quantidade recomendada, mesmo sabendo que uma ingestão considerada adequada desses alimentos traz benefícios à saúde, controle das calorias e a manutenção do peso e do corpo em boa forma.
A diminuição da presença de alimentos vegetais no prato dos adultos e das crianças é percebido em diversos estudos feitos no Brasil e em outros países. Dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF 2002-2003) mostraram que a mudança do estado nutricional dos brasileiros (principalmente o crescimento do excesso de peso) veio acompanhada de mudança do padrão alimentar. Isso significa que houve redução do consumo e da compra de frutas, verduras, feijão, arroz e demais cereais, batata e outros tubérculos, em detrimento do aumento da aquisição de alimentos ricos em gorduras (especialmente gordura saturada e gordura trans), açúcar e produtos industrializados (como os refrigerantes por exemplo).
Nos Estados Unidos, uma pesquisa observou que o número de porções de frutas e verduras consumidas diariamente entre os adultos era de aproximadamente 2,10 no início dos anos 90. Após a implementação de um programa de educação nutricional, o qual orientava quanto a importância do consumo adequado de vegetais (pelo menos 5 porções ao dia), o número de porções aumentou para 3,98.
Frente a esses achados científicos, é necessário destacar que o padrão de consumo alimentar inadequado adotado na infância e na adolescência pode trazer sérios riscos ao crescimento e desenvolvimento, e na vida adulta, sérios riscos à saúde. Portanto, aumentar a ingestão de verduras e frutas tem sido amplamente recomendado como um importante componente de uma dieta saudável, para reduzir o risco de doenças crônicas que matam milhares de pessoas no mundo todos os anos, tais como doenças cardiovasculares e diversos tipos de câncer.
As frutas e as verduras são alimentos fontes de vitaminas, minerais, fibras, além de uma variedade de compostos fitoquímicos com propriedades importantes (antioxidantes, anti-inflamatórios, etc) que podem contribuir e proteger a saúde.
Sugestões para melhorar seu consumo de frutas e verduras no dia a dia:
- Prepare sucos naturais e vitaminas deixando a casca das frutas e não coando para ficar o bagaço na bebida. Dessa forma, seu alimento fica mais rico em nutrientes e fibras;
- Enriqueça sua salada com variedade de vegetais crus e cozidos para você sentir texturas e sabores diferentes;
- Use como tempero para as verduras um bom azeite de oliva, limão, ervas aromáticas, vinagre balsâmico, evitando temperos prontos ricos em gorduras e sódio (os quais prejudicam a saúde do coração);
- Coma uma fruta de sobremesa após as refeições, evitando as preparações ricas em açúcar e gordura, tais como pudins e sorvetes por exemplo;
- Aproveite para trocar aquele salgadinho do lanche por uma fruta saborosa, ou até mesmo por uma verdura (como por exemplo, cenoura cortada em palitos);
- As verduras e frutas da estação são boas opções de compra, pois estão com preço mais barato pela alta disponibilidade, e também alimentos de boa qualidade nutricional e com sabores acentuados porque a época propicia uma boa produção;
- Muitas frutas e verduras podem ser utilizadas em diversas preparações culinárias, assim conseguindo variar a forma de consumo de um mesmo vegetal.
Fonte: anutricionista.com
Acesso em: 19/09/2011
Pesquisado por Claudine Abbud Giacomitti Budel – Voluntário Online
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quarta-feira, 5 de outubro de 2011
terça-feira, 4 de outubro de 2011
SENAC OFERECE CURSOS GRATUITOS DO PRONATEC
Dia 10/10 começam as inscrições a cursos gratuitos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), do governo federal, ao qual o Senac-RS é uma das instituições credenciadas. A previsão é de que, até novembro, 8,2 mil vagas sejam preenchidas no RS. São mais de 30 unidades do Senac-RS no Pronatec, ofertando 28 cursos em várias áreas. O programa se destina a alunos de 2 e 3 ano do Ensino Médio da rede estadual. Ver: www.senacrs.com.br (link notícias).
Fonte:Jornal Correio do Povo 04/10/2011
Fonte:Jornal Correio do Povo 04/10/2011
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
FEIRA DE SUSTENTABILIDADE
É possível ter uma vida mais saudável e sustentável adotando pequenas medidas no dia a dia? Este é o questionamento que encerrou nesse domingo a 4 edição da Feira de Sustentabilidade - Bionat, que ocorreu na Usina do Gasômetro, em Porto Alegre. Durante três dias, foram apresentadas diversas ações e práticas alternativas que estão voltadas à redução do impacto do homem na natureza.
Segundo a coordenadora, Vera Marsicano, o projeto foi dividido em diversas frentes para garantir ao público uma noção ampla sobre a importância da sustentabilidade. "Infelizmente se fala muito sobre os conceitos, mas na prática pouco é feito. As pessoas devem ter a noção de que ter uma vida sustentável é mais do que apenas consumir produtos orgânicos ou separar o lixo. A sustentabilidade é uma concepção de vida que une comportamento perante à natureza e também com as outras pessoas."
Durante o evento, foi montada uma feira de orgânicos, fitoterápicos e plantas bioativas. Também houve uma mostra sobre turismo rural e agroecológico. O espaço vida sustentável trouxe as experiências de economia solidária de êxito desenvolvidas nas cidades de Novo Hamburgo e Canoas, entre outras localidades. São peças de artesanato e utensílios domésticos produzidos com material natural e menos agressivo ao meio ambiente.
Além disso, uma série de oficinas gratuitas foi disponibilizada aos visitantes, como a da produção de óleo de cozinha usado em sabão. O "relógio do corpo humano", feito só com plantas medicinais, também atraiu a atenção. Em formato de horta, o relógio mostra quais as plantas devem ser utilizadas para melhorar o funcionamento de cada órgão.
O espaço "Bionat Gourmet" foi um dos mais movimentados da feira. No local, montado em parceria com o Sistema Fecomércio, houve oficinas de gastronomia saudável. Os pratos foram preparados exclusivamente com alimentos naturais e os participantes tiveram dicas de como aproveitar os alimentos e utilizar cascas e sementes.
A parte cultural também esteve valorizada. Um dos destaques foi a mostra fotográfica de Paulo de Araújo. As imagens retratavam momentos da vida da comunidade Quilombola do povo Kalunga, que vive no município de Cavalcante, em Goiás.
Entre as iniciativas desenvolvidas por estudantes, ganhou destaque o projeto feito na Escola Municipal de Ensino Fundamental Morro da Cruz. Eles construíram um aquecedor solar utilizando materiais descartáveis como garrafas PETs e caixas de leite. Além disso, durante a feira, foi apresentado o programa de inclusão de alimentos orgânicos na alimentação escolar da cidade de Porto Alegre.
Segundo a coordenadora, Vera Marsicano, o projeto foi dividido em diversas frentes para garantir ao público uma noção ampla sobre a importância da sustentabilidade. "Infelizmente se fala muito sobre os conceitos, mas na prática pouco é feito. As pessoas devem ter a noção de que ter uma vida sustentável é mais do que apenas consumir produtos orgânicos ou separar o lixo. A sustentabilidade é uma concepção de vida que une comportamento perante à natureza e também com as outras pessoas."
Durante o evento, foi montada uma feira de orgânicos, fitoterápicos e plantas bioativas. Também houve uma mostra sobre turismo rural e agroecológico. O espaço vida sustentável trouxe as experiências de economia solidária de êxito desenvolvidas nas cidades de Novo Hamburgo e Canoas, entre outras localidades. São peças de artesanato e utensílios domésticos produzidos com material natural e menos agressivo ao meio ambiente.
Além disso, uma série de oficinas gratuitas foi disponibilizada aos visitantes, como a da produção de óleo de cozinha usado em sabão. O "relógio do corpo humano", feito só com plantas medicinais, também atraiu a atenção. Em formato de horta, o relógio mostra quais as plantas devem ser utilizadas para melhorar o funcionamento de cada órgão.
O espaço "Bionat Gourmet" foi um dos mais movimentados da feira. No local, montado em parceria com o Sistema Fecomércio, houve oficinas de gastronomia saudável. Os pratos foram preparados exclusivamente com alimentos naturais e os participantes tiveram dicas de como aproveitar os alimentos e utilizar cascas e sementes.
A parte cultural também esteve valorizada. Um dos destaques foi a mostra fotográfica de Paulo de Araújo. As imagens retratavam momentos da vida da comunidade Quilombola do povo Kalunga, que vive no município de Cavalcante, em Goiás.
Entre as iniciativas desenvolvidas por estudantes, ganhou destaque o projeto feito na Escola Municipal de Ensino Fundamental Morro da Cruz. Eles construíram um aquecedor solar utilizando materiais descartáveis como garrafas PETs e caixas de leite. Além disso, durante a feira, foi apresentado o programa de inclusão de alimentos orgânicos na alimentação escolar da cidade de Porto Alegre.
Fonte: Jornal Correio do Povo 03/10/2011
sábado, 1 de outubro de 2011
AS REDES SOCIAIS E SUAS EPIDEMIAS...
Olá, invisíveis. Começo esta crônica com uma pergunta: vocês costumam verificar a procedência do conteúdo recebido em mensagens recebidas por e-mail ou por redes sociais como Twitter ou Facebook?
E como muitas tecnologias da atualidade, os rudimentos da internet tiveram início como estratégia de inteligência militar: grandes computadores cheios de dados são alvos fáceis ao inimigo, logo, a distribuição e o compartilhamento destes dados em locais diversos tornaram-se uma necessidade.
E têm percebido que determinadas ideias, frases ou notícias invadem nossas time lines quase como pragas de gafanhotos? De onde vem tudo isso?
A minha resposta: de todos os lugares e de lugar nenhum...
Nos anos 50, Isaac Asimov, um dos mais famosos e prolíficos escritores de ficção científica do século XX, criador da Trilogia da Fundação e das famosas Três Leis da Robótica, publicou um artigo curioso tentando imaginar como seriam os computadores no futuro. No texto, em seu característico entusiasmo a respeito das maravilhas tecnológicas, Asimov pensou nos computadores do futuro como máquinas que contivessem a maior quantidade de informações e que bibliotecas inteiras poderiam caber em uma sala ou um armário dentro das residências, escolas, centros culturais.
De fato, os primeiros processadores e modelos de inteligência artificial foram projetados para processar e armazenar o maior número de dados no menor espaço de tempo possível, porém, a partir do final dos anos 80 a informática experimentaria uma revolução sem precedentes e que seguiu o caminho oposto ao que Asimov imaginou e que o próprio (que faleceu em 1992) pode vivenciar:
A expansão das redes de computadores e da Internet.

Desta maneira, a informática, bem como os estudos em inteligência artificial, abandonou o acúmulo de informações e partiu na direção oposta: as melhores máquinas são aquelas mais capazes de compartilhar e interagir, e a ciência da cibernética veio postular que comunicação é controle e que controle é poder.
Na contemporaneidade essa dissolução é evidente nas redes de relacionamento, mas também em redes de comércio informal. Os vendedores de DVDs piratas do centro da cidade abandonaram seus pontos fixos e mesmo a ideia antiga de posse, sendo capazes de compartilhar suas mercadorias e escondê-las no meio da multidão, tornando-se invisíveis aos olhos da polícia e mesmo intangíveis aos mecanismos de busca e apreensão. Ao menor sinal da repressão, uma rua lotada de camelôs se desmancha no ar para, em poucos minutos, se reagrupar com uma configuração completamente diferente.
A expansão das redes levou a cabo uma revolução quase silenciosa e imperceptível, captada em sua origem por dois grandes filósofos contemporâneos: Michel Foucault e Gilles Deleuze. Tanto Deleuze como Foucault, tendo como objeto o poder, conferem grande ênfase analítica a seu caráter a-centrado e multifatorial.
Nas redes de poder não há cabeça, não há chefe. Quando há, é apenas uma ilusão, ou um diagrama resultante de um momento específico de uma configuração que se cria e se dissolve. O poder está em todos os lugares e em nenhum, e cada um de nós é apenas parte integrante de uma rede e agente contaminador e, mesmo sem querer, somos hospedeiros e disseminadores de frases, ideologias, equívocos e propagandas.
Nós mesmos somos os vírus...
Fábio Dal Molin
Psicólogo, Doutor em Sociologia, professor adjunto da Universidade Federal de Rio Grande -FURG- área de Psicologia Escolar e Educacional. Para ler mais textos do autor, acesse: Laboratório de Estudos Nomadológicos //Akiles Cronópio
Fonte:Jornal Agora 30/09/2011
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