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quinta-feira, 7 de junho de 2012

Relação entre consumismo infantil, publicidade e sustentabilidade será tema de debate na Rio+20


O Instituto Alana, organização sem fins lucrativos (ONG) que atua na defesa dos direitos de crianças e adolescentes, vai promover, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), um debate sobre a relação entre o consumismo infantil, a publicidade e a sustentabilidade. O evento ocorrerá no Riocentro, zona oeste do Rio de Janeiro, no dia 13 de junho, e faz parte da programação oficial da ONU.
De acordo com a coordenadora de Mobilização da instituição, Gabriela Vuolo, esta é a primeira vez que a temática será trabalhada em uma conferência global sobre desenvolvimento sustentável. Ela acredita que este é um momento importante para se promover uma reflexão mais profunda sobre o consumismo infantil.
“Não dá para falar de futuro sem falar sobre infância e não dá para discutir sustentabilidade sem falar de consumo. Para colocar o planeta de volta nos trilhos é preciso rever padrões de consumo e ações de responsabilidade social, afinal o nosso padrão de consumo interfere diretamente na exploração dos recursos naturais e na quantidade de lixo que produzimos.”
Gabriela Vuolo informou que, durante o evento, promovido em parceria com o Conselho Federal de Psicologia, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), o Movimento Infância Livre de Consumismo, entre outros, também será exibido o documentário Criança, a Alma do Negócio, da diretora Estela Renner, que mostra como crianças e adolescentes são influenciados a comprar pelos anúncios de televisão.
A temática também estará presente na Conferência de Jovens para a Rio+20, a Youth Blast, um evento paralelo à Conferência, que deve reunir cerca de 3 mil pessoas de vários países. Segundo a coordenadora de Mobilização do Instituto Alana, representantes da instituição vão promover uma oficina sobre os impactos dos apelos para o consumo na sociedade e no meio ambiente. A data da oficina ainda está sendo definida pela organização da conferência da ONU.
“Se a gente anuncia para crianças e adolescentes diretamente o tempo todo, estimula-se o consumo em um público que ainda não tem condições de avaliar se aquilo é bom ou não para ele ou para o meio ambiente. E trabalhar com os jovens é a garantia de que essa reflexão vai ser levada adiante por muito mais tempo”, acrescentou.
Agência Brasil 07/06/2012

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Governos podem ser obrigados a apresentar plano de metas sustentáveis logo após posse


Presidentes da República, governadores e prefeitos podem ser obrigados a apresentar um plano de metas sustentáveis, noventa dias depois de tomar posse. A obrigatoriedade está prevista na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 52, de 2011, que começa a ser debatida esta semana.
Na próxima quarta-feira (18), será formada uma comissão da Câmara dos Deputados, para analisar o texto que foi elaborado por várias organizações não governamentais, como a Rede Nossa São Paulo e o Instituto Ethos. O empresário Oded Grajew, um dos colaboradores da proposta, acredita que a PEC pode ser apresentada na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, em junho, no Rio.
“Seria uma grande contribuição do Congresso Nacional para a Rio+20. A ONU [Organização das Nações Unidas] tem feito muito pouco para o desenvolvimento sustentável e para combater crises econômicas, sociais e ambientais. A ONU depende do posicionamento de muitos países, mas o Brasil pode mostrar que é possível seguir esse modelo”, disse o empresário.
Para Grajew, as metas são essenciais para uma gestão de qualidade e a definição dessas metas pode driblar a falta de informação dos gestores públicos para aplicação de medidas sustentáveis no governo. Esse despreparo vem sendo considerado um gargalo na implementação e evolução de projetos “verdes” na administração pública, como o das compras sustentáveis.
Desde o ano passado, com a revisão de um dos artigos da Lei de Licitações, a sustentabilidade passou a ser um dos critérios para a seleção de compras dos governos, ao lado dos baixos preços e da isonomia. Fernanda Daltro, gerente de Consumo Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, considera a mudança uma revolução, mas reconhece que é preciso preparar os gestores.
“Estamos modificando uma cultura de 20 anos, mas ainda estamos engatinhando. Poucos editais observam critérios de sustentabilidade. Temos um pequeno nicho de compradores que já pensa assim”, disse a gerente. Segundo ela, a maior parte dos gestores de compras públicas ainda não sabe como definir e cobrar esses novos critérios nos editais e na seleção.
Fernanda Daltro lembra que o Poder Público é o maior comprador em qualquer país. No Brasil, as compras públicas representam entre 15% e 20% do Produto Interno Bruto [PIB], índice que reflete uma significativa capacidade de indução do mercado. “Se o governo está sinalizando que só compra sustentáveis, o mercado vai se movimentar. A gente pode demandar e a indústria correr atrás para atender, ou a indústria pode se adiantar e conseguir alguma vantagem quando sinalizarmos o interesse”, explicou a gerente.
Agência Brasil 16/04/2012

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Movimentos sociais farão marcha de protesto na abertura da Rio+20


Uma marcha de protesto tomará as ruas do Rio no dia 20 de junho deste ano, quando será aberta oficialmente a Conferência das  Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20.
“Existe uma proposta inicial de a gente ir até o Forte de Copacabana encontrar os empresários”, disse àAgência Brasil o ambientalista Carlos Henrique Painel, membro do Comitê Facilitador da Sociedade Civil para a Rio+20 e coordenador do Fórum Brasileiro de Organizações Não Governamentais e Movimentos Sociais (Fboms).
A marcha integra o Dia de Ação Global, que inclui várias atividades a serem empreendidas no mundo inteiro por organizações da sociedade civil que não poderão estar presentes à Cúpula dos Povos - evento paralelo à Rio+20, que ocorrerá no período de 15 a 23 de junho, no Aterro do Flamengo.
“Haverá atividades nos Estados Unidos, na América Latina, na Europa, e a gente espera que na África também. É um Dia de Ação Global”, reforçou Carlos Painel.
Serão convidados para participar da marcha de protesto representantes de movimentos internacionais, como a Primavera Árabe; os Indignados, da Espanha; o Occupy, dos Estados Unidos; o dos estudantes, do Chile.  “Todos eles vão estar aqui”.
Painel informou que, a exemplo do que ocorreu na reunião anual da Convenção-Quadro sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC, na sigla em inglês), em Durban, na África do Sul, em 2011, será promovida uma visita guiada aos participantes da Cúpula dos Povos, denominada toxic tour (passeio tóxico).
“Em vez de levar ao Corcovado, a gente quer levá-los a empreendimentos que não correspondem a uma nova ordem, em uma economia de baixo carbono”, explicou o ambientalista. Ele citou, entre esses empreendimentos, o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e a Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA). As visitas, entretanto, ainda não foram agendadas.
O representante da Via Campesina e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Comitê Facilitador da Sociedade Civil para a Rio+20, Marcelo Durão, lembrou que o primeiro dia de mobilização global da sociedade civil, em 20 de junho, será um contraponto à conferência oficial da ONU.  “Haverá indignações, vozes”, disse Durão. Ele mostrou-se contrário, entretanto, à divulgação das empresas que serão visitadas notoxic tour, porque isso  “cria tensão e expectativa na outra ponta”.
Agência Brasil 13/04/2012

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Sustentabilidade faz bem para o planeta e o bolso


A cerca de sete meses da realização da Rio+20, a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, é fundamental que governos e a sociedade mobilizem-se e se debrucem sobre o tema, considerando ser o evento uma grande oportunidade de se conter a tempo as consequências do efeito estufa, resgatar a qualidade ambiental e equacionar o abastecimento de água e a segurança alimentar.
A humanidade está atrasada na agenda de sua sobrevivência, considerados os pífios resultados de iniciativas como o Protocolo de Kyoto e a Agenda 21, documento basilar da Rio 92.
Em todo esse contexto, é fundamental o engajamento das empresas, que, independentemente das decisões governamentais, podem fazer muito. Felizmente, observa-se, no universo corporativo dos mercados emergentes, que cresce o número de organizações preocupadas com a questão e que muitas delas estão se beneficiando de iniciativas que aliam progresso ao desenvolvimento sustentável, mantendo práticas ambientais sensatas e crescimento social e econômico responsável.
Em nosso país, o conceito emergiu com força na década de 1990. Segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), 46% das empresas entrevistadas afirmam que têm políticas de sustentabilidade e 37% possuem um departamento específico dedicado ao assunto. Contudo, os números mostram que o conceito ainda não está devidamente incorporado na totalidade das organizações: é estratégico para 32%, pontual para 30%, informal para 23%, existente, mas não aplicado, em 11%, e inexistente em 4%. Como se observa, temos muito a avançar.
Uma contribuição relevante no sentido de sensibilizar as empresas e a sociedade quanto à importância das práticas sustentáveis é a disseminação ampla de suas vantagens. Exemplos inequívocos destes benefícios encontram-se nas chamadas construções sustentáveis, caracterizadas pela presença de painéis de energia solar, captação de água da chuva – dispositivo de redução do consumo e reutilização da água –, utilização de materiais novos recicláveis que possam ser usados nas reformas, fonte de energia eólica, filtros e sensores de dióxido de carbono – melhorando a qualidade do ar interno –, aproveitamento de ventilação e iluminação naturais, paisagismo com espécies nativas, e mínima ocupação do solo, favorecendo a permeabilidade.
Edificações com tais características propiciam economia de 30% de energia e até 50% de água, além de redução de até 60% na geração de resíduos sólidos e 35% de dióxido de carbono. Além dos benefícios ambientais e impactos positivos na qualidade da vida dos funcionários das empresas ou moradores de edifícios residenciais, esses avanços na concepção arquitetônica fazem muito bem ao bolso dos proprietários. No caso de prédios comerciais, obtêm-se, em média, acréscimo de 10% a 20% por metro quadrado no aluguel e 3,5% na ocupação. No caso de prédios residenciais, é de 14% a sobrevalorização.
O avanço dos conceitos de sustentabilidade na arquitetura e construção suscita enormes oportunidades no tocante ao desenvolvimento de produtos, materiais, serviços e tecnologia. Implica, porém, os desafios de estimular todo esse movimento nos sistemas produtivos e incentivar a pesquisa e a inovação. O compromisso com a sustentabilidade não pode mais ser adiado. Se na Rio 92 a situação do planeta era de alerta, na Rio+20, é de emergência. Mais do que nunca, as empresas devem ser agentes de desenvolvimento e o poder público, instrumento de transformação.
Juan Quirós é presidente do Grupo Advento e vice-presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e da Abdib (Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base).
Material enviado por: Aline Augusta de Oliveira

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Debates da Rio+20 devem destacar economia verde como alternativa mundial


O governo brasileiro pretende aproveitar os debates da Conferência Rio+20 para destacar, como alternativa mundial, o desenvolvimento da economia verde por meio de incentivos à melhoria da qualidade de vida das populações, erradicando a pobreza e estimulando a sustentabilidade. Essa alternativa deve ser associada aos programas de transferência de renda, como os adotados no país, e aos números positivos da economia nacional.
Uma das preocupações do governo brasileiro é incluir essa determinação no documento final, no qual estarão definidas as metas para o desenvolvimento sustentável nas próximas duas décadas e que serão adotadas por todos os participantes da Rio+20. A ideia é aprovar um documento como o definido pelas Nações Unidas, em 2000, quando foram estabelecidas as Metas do Milênio.
No documento Metas do Milênio, da Organização das Nações Unidas (ONU), os objetivos se concentraram nos seguintes pilares: combate à fome e à pobreza, educação básica de qualidade para todos, igualdade entre sexos e valorização da mulher, redução da mortalidade infantil, melhoria da saúde das grávidas, combate à aids e à malária, estímulo ao respeito ao meio ambiente e incentivo ao trabalho pelo desenvolvimento.
Os ex-presidentes da República Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Henrique Cardoso, Fernando Collor de Mello e José Sarney (PMDB-AP), presidente do Senado, foram convidados a participar das discussões na conferência, a exemplo do que ocorreu em março do ano passado, durante a visita do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.

Brasil quer que pessoas com deficiência participem dos debates da Rio+20


A menos de cinco meses da Conferência Rio+20, no Rio de Janeiro, que ocorrerá de 13 a 22 de junho, a presidenta Dilma Rousseff determinou que os debates garantam o acesso às pessoas com deficiência e aos representantes de entidades civis organizadas. A ideia é transformar a Rio+20 na maior conferência mundial sobre preservação ambiental, desenvolvimento sustentável e economia verde, definindo um novo padrão para o setor.
Pelo menos 100 presidentes da República e primeiros-ministros são esperados, além de 50 mil credenciados. Os demais números referentes às pessoas que trabalharão no evento – direta e indiretamente – e visitantes ainda estão sendo calculados.
Às voltas com a organização da conferência, o diplomata Laudemar Aguiar, secretário nacional do Comitê Nacional da Rio+20, finaliza os preparativos dos locais onde ocorrerão todos os eventos. Paralelamente, ele coordena o processo de licitações envolvendo todos os segmentos do encontro. Em entrevista à Agência Brasil, Aguiar disse que o desafio é correr contra o tempo e realizar tudo o que está planejado.
“Queremos assegurar que todos consigam se deslocar com o máximo de facilidade possível. Também vamos garantir que pessoas com deficiência e entidades civis participem dos debates. As discussões centrais ocorrerão no Riocentro [na Barra da Tijuca, zona oeste], mas há programações no centro do Rio e também no Flamengo [zona sul]”, disse Aguiar.
De acordo com o secretário nacional da Rio+20, o objetivo é fazer com que a conferência gaste o mínimo de papel, atuando de forma coerente com a chamada economia verde, e ao mesmo tempo garanta maior participação física e virtual dos interessados nos temas debatidos. “É um desafio. Mas estamos trabalhando incansavelmente para atingir essas metas”, acrescentou.  
A Rio+20 ocorre duas décadas depois de outra conferência que marcou época, a Rio 92. O objetivo agora é definir um modelo internacional para os próximos 20 anos com base na preservação do meio ambiente, mas com foco na melhoria da qualidade de vida a partir da erradicação da pobreza, por meio de programas sociais, a economia verde e o desenvolvimento sustentável para uma governança mundial.
A conferência conta com o apoio e o comando da Organização das Nações Unidas (ONU). O secretário-geral do encontro é o diplomata chinês Sha Zukang. A presidenta da conferência é Dilma Rousseff.

Agência Brasil 16/01/2012