Na tarde desta quinta-feira, 29, foi entregue para uso da municipalidade a Estação Meteorológica construída no Parque de Eventos Itamar Vezentini, em Candelária. O projeto da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), através da Associação de Pró-ensino em Santa Cruz, Apesc, iniciou em 2007 em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário, e tem por objetivo manter uma rede de estações meteorológicas na região para auxiliar agricultores, agroindústrias, defesa civil, engenheiros, estudantes, pesquisadores, professores e demais interessados da região do Vale do Rio Pardo.
Das quatro estações meteorológicas a serem instaladas no Vale do Rio Pardo, a de Candelária é a primeira a ser entregue, seguida pelas cidades de Boqueirão do Leão, Estrela Velha e General Câmara. No centro deste quadrilátero há ainda a estação meteorológica da Unisc, que também foi trocada. Segundo Marcelino Hoppe, “se aqui choveu 50mm e em Estrela Velha 100mm, provavelmente no meio do caminho choveu 70mm. A gente faz interpolação, ou seja, construímos um conjunto de dados a partir de informações pontuais retiradas de cada estação. Isso pode ser usado para chuvas, temperaturas e vento”.
Hoppe salientou a importância desta estação meteorológica para Candelária e região: “A maioria de projetos na área de agricultura, engenharia ambiental e civil dependem de informações do clima para execução. A temperatura média de uma região define o tipo de construções tanto para animais quanto para as pessoas. Outra questão importante é acompanhar eventos localizados: uma seca ou enchente podem ser, mais tarde, confirmadas a partir das informações geradas pela estação, que podem ser utilizadas para justificar o acionamento de seguros”.
As quatro estações meteorológicas devem estar prontas em um período de 60 dias. O próximo município a receber o serviço é Estrela Velha, seguido dos outros dois municípios. “A partir de agora, tudo o que acontece com o tempo e o clima em Candelária fica registrado de meia em meia hora. Se daqui a dez anos a gente quiser reconstituir um dia do ano de 2012, é possível dizer que naquele dia a situação climática foi de uma determinada forma”, finaliza Hoppe. Ainda não há previsão para que as informações geradas pela estação cheguem à população.
fonte: Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Candelária
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sexta-feira, 30 de março de 2012
terça-feira, 6 de março de 2012
Candelária - Fóssil é batizado por pesquisadores
Um grupo de pesquisadores identificou o fóssil de uma nova espécie de cinodonte encontrado em Candelária. O animal foi batizado pelos cientistas de Candelariodon barberenai e é conhecido apenas por parte de sua mandíbula, de 6 centímetros, com dentes preservados. O primeiro nome faz referência ao município e o segundo, ao paleontólogo e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) Mário Costa Barberena.
O fóssil integrava um bloco descoberto em 2004, na localidade de Pinheiro, em Candelária, onde constavam ossos cranianos de cinodonte de outra espécie. Os materiais estão expostos no Museu Aristides Carlos Rodrigues, no município. O Candelariodon viveu entre 235 e 230 milhões de anos atrás, no período chamado Triássico Médio. Os pesquisadores consideraram a mandíbula diferente das demais peças em 2009, apesar de o bloco ter sido descoberto em 2004.
O artigo científico que valida o achado do Candelariodon foi publicado em setembro de 2011, na revista Zootaxa, da Nova Zelândia. O autor principal é o paleontólogo Téo Veiga de Oliveira, da Universidade Estadual de Feira de Santana, da Bahia. Os demais são os paleontólogos Cesar Leandro Schultz e Marina Bento Soares, da Ufrgs, e o curador do museu de Candelária, Carlos Nunes Rodrigues.
Oliveira explica que determinados dentes do Candelariodon, pontiagudos e estreitos, sugerem que o animal podia comer carne ou insetos. Ele diz que chamou a atenção um dente largo, mais posterior, que foi preservado. Segundo o pesquisador, é provável que o animal desenvolvesse algum tipo de mastigação ou incluísse outros itens na dieta, como os de origem vegetal. O último dente pós-canino inferior do animal se parece com os pós-caninos inferiores mais posteriores do Aleodon crompton, achado na Tanzânia, também no Triássico Médio. Oliveira diz que a semelhança é comum porque os bichos, embora distantes, viveram na mesma época, há cerca de 235 milhões de anos. "As massas de terra do planeta estavam agrupadas em um supercontinente chamado Pangeia. Por isso, os animais e as plantas podiam se dispersar por áreas imensas."
Correio do Povo 06/03/2012
O fóssil integrava um bloco descoberto em 2004, na localidade de Pinheiro, em Candelária, onde constavam ossos cranianos de cinodonte de outra espécie. Os materiais estão expostos no Museu Aristides Carlos Rodrigues, no município. O Candelariodon viveu entre 235 e 230 milhões de anos atrás, no período chamado Triássico Médio. Os pesquisadores consideraram a mandíbula diferente das demais peças em 2009, apesar de o bloco ter sido descoberto em 2004.
O artigo científico que valida o achado do Candelariodon foi publicado em setembro de 2011, na revista Zootaxa, da Nova Zelândia. O autor principal é o paleontólogo Téo Veiga de Oliveira, da Universidade Estadual de Feira de Santana, da Bahia. Os demais são os paleontólogos Cesar Leandro Schultz e Marina Bento Soares, da Ufrgs, e o curador do museu de Candelária, Carlos Nunes Rodrigues.
Oliveira explica que determinados dentes do Candelariodon, pontiagudos e estreitos, sugerem que o animal podia comer carne ou insetos. Ele diz que chamou a atenção um dente largo, mais posterior, que foi preservado. Segundo o pesquisador, é provável que o animal desenvolvesse algum tipo de mastigação ou incluísse outros itens na dieta, como os de origem vegetal. O último dente pós-canino inferior do animal se parece com os pós-caninos inferiores mais posteriores do Aleodon crompton, achado na Tanzânia, também no Triássico Médio. Oliveira diz que a semelhança é comum porque os bichos, embora distantes, viveram na mesma época, há cerca de 235 milhões de anos. "As massas de terra do planeta estavam agrupadas em um supercontinente chamado Pangeia. Por isso, os animais e as plantas podiam se dispersar por áreas imensas."
Correio do Povo 06/03/2012
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