quarta-feira, 30 de abril de 2025

Sancionada lei que institui vinho e espumante como símbolos do Rio Grande do Sul














Ato reforça identidade cultural, fortalece o enoturismo e impulsiona a economia do Estado

O Rio Grande do Sul agora tem dois novos símbolos oficiais: o vinho e o espumante. A lei que reconhece a importância histórica, cultural e econômica dessas bebidas para o Estado foi sancionada pelo governador Eduardo Leite em cerimônia realizada, nesta segunda-feira (28/4), no Palácio Piratini, em Porto Alegre. O ato contou com a presença de autoridades, representantes do setor vitivinícola e lideranças regionais, celebrando o reconhecimento de produtos que ajudam a contar a história e a identidade dos gaúchos.

A iniciativa reforça o protagonismo do Estado como maior produtor nacional de vinhos e espumantes. Atualmente, o Rio Grande do Sul concentra 90% da produção nacional e também se destaca no mercado internacional pela qualidade de seus produtos, com ênfase em regiões como a Serra e a Campanha Gaúcha. A nova legislação deve impulsionar ainda mais o setor, estimulando o enoturismo e atraindo visitantes para as áreas produtoras.Ato contou com a presença de Gabriel Souza, secretários de Estado, autoridades e representantes do setor vitivinícola - Foto: Mauricio Tonetto/Secom

“Sem produtor, não há produto. Ao tornar o vinho e o espumante símbolos oficiais, estamos reconhecendo a força de uma cadeia produtiva que nos orgulha e que é parte da identidade do nosso povo”, afirmou Eduardo Leite durante a cerimônia. O governador destacou que a medida valoriza todo o trabalho desenvolvido nas regiões produtoras e reforça o reconhecimento nacional e internacional da qualidade dos produtos gaúchos.

Leite também enfatizou que o fortalecimento da vitivinicultura estimula o desenvolvimento econômico, gera empregos, amplia o enoturismo e contribui para a promoção cultural do Estado. “Estamos falando de uma atividade que movimenta a economia, atrai visitantes e projeta o Rio Grande do Sul para o mundo”, 

.
"Atividade que movimenta a economia, atrai visitantes e projeta o Rio Grande do Sul para o mundo", declarou Leite - Foto: Mauricio Tonetto/Secom

Segundo o Instituto de Gestão, Planejamento e Desenvolvimento da Vitivinicultura do Estado do Rio Grande do Sul (Consevitis-RS), o Estado possui a maior área de cultivo de uva do país, com quase 42 mil hectares. Em 2024, a produção vinícola no RS alcançou 351.259.524 litros, dos quais 125.191.379 litros correspondem a vinhos e espumantes.

O secretário de Turismo, Ronaldo Santini, ressaltou o impacto positivo da medida para a promoção turística. "O vinho e o espumante são elementos que encantam visitantes e ajudam a consolidar o Rio Grande do Sul como destino de experiências únicas", observou. Santini constatou ainda que a oficialização dos produtos como símbolos estaduais fortalece a imagem do RS nos mercados nacional e internacional, fomentando o enoturismo e ampliando o fluxo de visitantes ao interior.

O projeto que originou a nova lei foi proposto, em 2023, pelo deputado estadual Guilherme Pasin. Em sua fala, Pasin comemorou a conquista: "Estamos eternizando a relação do povo gaúcho com a cultura da uva e do vinho, que é parte da nossa história e do nosso futuro".

A vitivinicultura é um dos pilares dessa estratégia de fortalecimento. O reconhecimento do vinho e do espumante como símbolos oficiais do Estado é uma ação que dialoga diretamente com o objetivo de posicionar o Rio Grande do Sul como um dos principais destinos enoturísticos do país.

Reunião com o trade da Serra discute ações para fortalecer o turismo regional

Antes da sanção da lei, representantes do governo do Estado, prefeitos, lideranças locais e empresários participaram de uma reunião com o trade turístico da Serra Gaúcha. O encontro teve como objetivo debater estratégias para impulsionar o turismo na região, especialmente em um momento de retomada e fortalecimento da economia.

Durante a reunião, foram discutidos temas como promoção conjunta dos destinos, qualificação de serviços e ampliação da infraestrutura. A integração entre os setores público e privado foi apontada como essencial para potencializar ainda mais o turismo regional.

Texto: Bernardo Zamperetti/Ascom Setur
Edição: Secom

terça-feira, 29 de abril de 2025

Exercícios podem prevenir quedas em idosos e melhorar recuperação

 







Prática de atividades melhora resistência, flexibilidade e equilíbrio

Os brasileiros estão vivendo mais, e as pessoas com idade acima de 65 anos já passam de 10% da população, conforme dados do último censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Cuidados simples previnem uma das principais causas de diminuição da qualidade de vida entre os idosos, que podem inclusive resultar em incapacidade permanente e morte: as quedas.

O Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into) estima que, anualmente, um terço das pessoas com mais de 65 anos sofrem quedas, proporção que sobe para 40% entre os idosos a partir de 80 anos. E o local onde ocorrem mais quedas é dentro da própria casa.

A fisioterapeuta Raquel Gonçalves, que é doutora em ciências da reabilitação pela Universidade de São Paulo (USP), diz que a população já tem mais consciência sobre as adaptações necessárias no ambiente, como a retirada de tapetes, colocação de barras de apoio em locais de maior perigo, como o banheiro, e o uso de sapatos antiderrapantes. Ainda existem, porém, pessoas que negligenciam a atividade física, essencial para melhoria da resistência, flexibilidade e equilíbrio, o que reduz o risco de quedas.

"A pessoa que se mantém ativa ao longo da vida ou começa a fazer exercícios vai ter um processo de envelhecimento muito diferente. A gente fala muito de sarcopenia, que é a perda de massa muscular e se você faz atividade física, você evita essa sarcopenia, que já começa aos 30 anos. Então, quando você chegar aos 65, 70 anos, se mesmo assim eventualmente acontecer algum tipo de queda ou fratura, a recuperação é muito mais fácil", complementa Raquel.

De acordo com a especialista, mesmo quem já é idoso e não acumulou essa reserva ao longo da vida, se beneficia dos exercícios iniciados nessa fase: "Eles podem ser administrados por um fisioterapeuta, claro, mas também podem ser reproduzidos por um familiar ou um cuidador. Mesmo exercício simples de equilíbrio, de força muscular, já contribuem muito."

Raquel também reforça que a reabilitação após a queda é essencial para que a pessoa recupere sua qualidade de vida: "Quando o idoso cai, se ele tiver uma fratura, geralmente ele perde autonomia, muitas vezes precisa ficar de repouso na cama... Isso tem uma consequência psicológica muito grande. Além disso, ele começa a ter uma perda de massa muscular cada vez mais acentuada, porque ele está imóvel".

Ela alerta que os exercícios não podem ser abandonados após a recuperação.

"Muita gente pensa: 'melhorei um pouco, então eu posso parar'. Não! Tem que pensar: 'eu me recuperei, agora eu vou permanecer fazendo os exercícios, para manter essa massa muscular, para manter a minha força e não ser tão afetado com o passar do tempo'", afirma a fisioterapeuta.

Fonte: Agência Brasil

segunda-feira, 28 de abril de 2025

Prevenção do câncer: vacina do HPV agora está disponível dos 9 aos 19 anos e terá campanha reforçada

 











Faixa etária foi ampliada recentemente pelo Ministério da Saúde, que também mudou esquema para dose única; nova estratégia pretende vacinar 90% dos jovens

A vacina contra o HPV (papilomavírus humano) disponibilizada pelo Instituto Butantan no Sistema Único de Saúde (SUS) terá uma campanha reforçada neste ano, conforme anunciado pelo Ministério da Saúde em março. O objetivo é resgatar a imunização de jovens de 15 a 19 anos, que foram incluídos no Calendário Nacional de Vacinação de HPV no ano passado. Antes, o imunizante gratuito só estava disponível para meninas e meninos dos 9 aos 14.

A ação para adolescentes de 15 a 19 anos será realizada em fases, inicialmente nos 120 municípios com os maiores índices de jovens sem vacinação. A meta do Ministério é vacinar 90% desse grupo, adotando locais estratégicos para as campanhas, como escolas, universidades, shoppings e ginásios esportivos, além dos postos de saúde. No estado de São Paulo, entre os municípios contemplados na estratégia de resgate, estão Bauru, Campinas, Carapicuíba, Cotia, Guarulhos, São Paulo, entre outros.

O HPV é o principal responsável pelo câncer de colo de útero e também causa outros tipos de câncer, como de vulva, vagina, pênis, ânus e orofaringe. A vacina, desenvolvida e aplicada mundialmente há 20 anos, é essencial para prevenir a infecção. O vírus pode ser transmitido não apenas pela via sexual, mas também por meio do contato direto com qualquer região da pele ou mucosa infectada.

A ampliação da faixa etária veio em conjunto com a adoção da dose única, que substitui o antigo modelo de duas doses e facilita a adesão do público, além de ampliar a capacidade de imunização. O esquema passou a ser indicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) após evidências mostrarem que uma dose pode fornecer proteção equivalente a duas ou três doses em crianças e adolescentes.

No ano passado, o Ministério também incluiu como grupo prioritário pessoas portadoras de papilomatose respiratória recorrente (PRR), condição rara que provoca o crescimento de tumores benignos nas vias respiratórias. Segundo o órgão, estudos demonstram os benefícios da vacina do HPV como tratamento adjuvante para a doença. Também passaram a receber o imunizante pessoas de todas as idades usuárias de PrEP (profilaxia pré-exposição ao HIV).

Por que se vacinar

Existem mais de 200 tipos de vírus HPV, categorizados entre baixo risco e alto risco de desenvolvimento de câncer, e a vacina quadrivalente do Butantan protege contra os tipos mais prevalentes (6, 11, 16 e 18). Um dos grandes problemas relacionados a esse vírus é a dificuldade de diagnóstico – muitas vezes, ele não causa sintomas nem lesões aparentes, e pode ficar latente no organismo durante anos.

5 mitos sobre a vacina do HPV, única que protege contra o câncer de colo de útero

No mundo, o HPV está presente em cerca de 25% a 50% da população feminina e 50% da masculina. A cada ano, o vírus é responsável por 620 mil casos de câncer em mulheres e 70 mil casos em homens, segundo a OMS. A vacina é a única forma segura e eficaz de prevenir esses cânceres. Para uma proteção mais efetiva, o ideal é receber o imunizante antes do início da atividade sexual, entre os 9 e 14 anos, quando há mais chance de ainda não ter tido contato com o vírus.

Um estudo conduzido no Brasil entre 2018 e 2020 pelo Ministério da Saúde, em parceria com o Hospital Moinhos de Vento de Porto Alegre (RS), analisou a prevalência do HPV no país e a efetividade da vacina na prevenção da infecção. Entre os indivíduos não vacinados, a prevalência de HPV geral e de alto risco foi de 58,6%.

Outro dado importante revelado pela pesquisa foi que a taxa de infecção por tipos de HPV contidos na vacina quadrivalente diminuiu entre a primeira fase do estudo (2016-2017) e a segunda (2021-2023). A redução ocorreu tanto em pessoas vacinadas como não vacinadas, mostrando que a vacinação ajuda a reduzir a transmissão do vírus na população.

Nos últimos anos, a cobertura vacinal de HPV em meninas no Brasil sofreu uma queda, de 87% em 2019 para 75% em 2022. Nos meninos, a redução foi de 61,55% em 2019 para 52,16% em 2022. Em 2023, a taxa de vacinação voltou a crescer para 80% no público feminino e 60% no público masculino. Apesar do aumento, os números ainda estão distantes da meta de 90% preconizada pela OMS, necessária para de fato controlar as infecções.

A segurança e eficácia do imunizante a longo prazo também já foram comprovadas em outros locais do mundo. Na Suécia, por exemplo, pesquisadores acompanharam durante dez anos mais de 1 milhão de mulheres vacinadas e não vacinadas contra o HPV, com idades entre 10 e 30 anos. Nas mulheres que não tomaram vacina, foram registrados 538 casos de câncer de colo de útero; já nas vacinadas o número de casos foi de 19.

Veja mais detalhes sobre a vacina do Butantan

Fonte: Instituto Butantan

domingo, 27 de abril de 2025

Cuidado cardiovascular deve fazer parte do acompanhamento do diabetes

 











O cuidado no acompanhamento de pacientes com diabetes não pode se resumir ao controle da glicose. Membro da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro (Socerj), Bruno Bandeira destaca que as complicações da doença podem estar fortemente ligadas a problemas cardiovasculares, criando quadros desafiadores para a qualidade de vida dos pacientes.

“O que mais preocupa não é só a glicose alta. O diabetes anda de mãos dadas com pressão elevada e com colesterol alto, o que aumenta o risco de infarto, de acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência renal. Diabetes é uma das principais causas de hemodiálise. Muita gente só descobre a doença quando já existe a complicação grave. A doença gera sofrimento, incapacita e sobrecarrega o sistema de saúde. Por isso, a prevenção é tão urgente”, afirma Bandeira.

O cardiologista é um dos editores do manual “Diabetes e Doença Cardiovascular”, que será lançado no 42º Congresso de Cardiologia, que ocorre entre os dias 8 e 9 de maio, no Expo Mag, no centro do Rio de Janeiro. O manual trata, em oito capítulos, de uma visão ampla sobre diagnóstico, estratificação de risco, individualização terapêutica, impacto das comorbidades e estratégias práticas de acompanhamento dos pacientes. O material será disponibilizado no site da Socerj após o lançamento.

“O novo manual surge como uma ferramenta fundamental para o médico que está na linha de frente e para o médico da atenção primária, que é aquele que é o primeiro contato do paciente com o sistema de saúde", explica o editor, que descreve de que forma essa ajuda se dá: "oferecendo orientações claras sobre como realizar a avaliação clínica, rastrear complicações cardiovasculares — que são algumas das mais graves consequências do diabetes — e escolher o tratamento mais adequado, seja ele farmacológico ou cirúrgico”.
Novos medicamentos

Na visão do cardiologista da Socerj, o advento de novas drogas para o tratamento do diabetes, com impacto comprovado na redução do risco cardiovascular, trouxe perspectivas transformadoras para a abordagem terapêutica integrada. Segundo Bandeira, esses novos medicamentos mudam a lógica do tratamento. O foco deixa de ser apenas o controle da glicose e passa a ser o paciente como um todo, ao tratar o diabetes tentando evitar um possível problema cardíaco.

“As novas drogas para o tratamento do diabetes são uma revolução silenciosa na medicina. Estamos falando de potentes medicamentos chamados de inibidores da SGLT2 (cotransportador de glicose sódica 2), os agonistas do GLP1 (peptídeo semelhante ao glucagon-1) muito importantes hoje na prática médica. Esses remédios ajudam controlar a glicose e, ao mesmo tempo, protegem o coração e os rins. Ou seja, os mecanismos de ação são múltiplos. Hoje, até se fala de redução do risco de Alzheimer”, diz Bandeira.

O médico especialista também cita medicamentos com as substâncias empagliflozina e dapagliflozina que são orais. “A dapagliflozina, hoje, está sendo liberada gratuitamente para pacientes diabéticos acima de 65 anos no SUS. Também temos a semaglutida, que é um medicamento subcutâneo, uma das canetas para emagrecimento, mas que na verdade serve para o controle do diabetes. Em pacientes obesos, reduz também o peso”.



Anvisa aprova a Awiqli, primeira insulina semanal para tratar diabetes 1 e 2. 
Foto: Awiqli/Divulgação - Awiqli/Divulgação

Desafio de saúde pública

O subcoordenador do Departamento de Diabetes da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), Saulo Cavalcanti, também acredita que o diabetes é um dos maiores desafios da saúde, não só no Brasil, como no mundo.

“Embora a doença seja conhecida desde 1.500 antes de Cristo, ainda hoje uma pessoa morre a cada sete segundos no mundo por complicações causadas pelo diabetes, segundo a Federação Internacional de Diabetes”, disse Cavalcanti.

O endocrinologista acrescenta que a falta de esclarecimento sobre a doença, o custo elevado do tratamento e a baixa aderência dos pacientes dificultam a superação desse desafio.

A prevalência de diabetes no país é de 10,2% da população, representando cerca de 20 milhões de pessoas, de acordo com a pesquisa Vigitel Brasil 2023 ─ Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico. Esse número representa aumento em comparação a 2021, quando a taxa era de 9,1%. O levantamento mais recente também revela que o diagnóstico da doença é mais comum entre as mulheres (11,1%) do que entre os homens (9,1%)

De acordo com o subcoordenador do Departamento de Diabetes da SBEM, o diabetes tipo 1 responde por 8% dos casos, e o tipo 2, por 90%. “Por estarem assintomáticos, apenas cerca de 45% deles [pacientes do tipo 2] sabem que são diabéticos, e não fazem tratamento. O diabetes causa lesões em vários órgãos como coração, rins, cérebro e olhos. A maioria dos diabéticos chega para o médico em fases avançadas da doença com prognóstico pior. Diabetes não tem cura, tem controle”.

Fonte: Agência Brasil

sexta-feira, 25 de abril de 2025

Defesa Civil atualiza balanço das enchentes no RS - Maio de 2024

 







A Defesa Civil atualizou, na quinta-feira (24/4), as informações referentes aos danos humanos decorrentes das enchentes de maio de 2024.


De acordo com os dados da Polícia Civil, foram encontrados os restos mortais de Olivan Paulo da Rosa, de Barros Cassal, cuja confirmação de identificação foi realizada pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP). Portanto, seu nome passa a integrar a lista dos óbitos confirmados, deixando de constar na lista de desaparecidos.

Ainda, foi confirmada a localização de Jose Everaldo Vargas de Almeida, de Canoas, com vida. Portanto, seu nome foi retirado da lista dos desaparecidos.

Com as atualizações, passam a ser 184 óbitos confirmados e 25 pessoas desaparecidas.

Confira abaixo o último relatório sobre as ações de resgate nas localidades atingidas.

Todos os boletins

SOS Rio Grande do Sul

Due to the high volume of rain that have caused damage to various cities in Rio Grande do Sul, the State Civil Defense has been acting to promptly answer to the affected population and guarantee the security of people. Check below the last official report about the rescue activities in affected areas. Desaparecidos: 25
(Missing people)Feridos: 806
(Injured people)Afetados: 2.398.255
(Affected population)


Municípios afetados: 478
(Affected cities)


Óbitos confirmados: 184
(Confirmed deaths)


Municípios afetados

Óbitos e desaparecidos

Fonte: Defesa Civil


Entenda as diferenças entre trabalhador informal, MEI, autônomo e CLT

 











Informalidade expõe trabalhadores a mais riscos


O mundo do trabalho tem diferentes modalidades de ocupação. O trabalhador informal, o autônomo, o microempreendedor individual (MEI) e o profissional liberal estão relacionados ao chamado trabalho por conta própria, conceito utilizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O trabalhador por conta própria é todo aquele que não participa de uma relação subordinada de trabalho, ou seja, não tem um chefe, nem é chefe de ninguém.

Segundo o técnico de planejamento e pesquisa da Diretoria de Estudos Sociais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Felipe Vella Pateo, existem também trabalhadores informais que não são trabalhadores por conta própria. “Eles têm um chefe e deveriam ter carteira assinada, mas não o tem. Nesse caso, eles são considerados assalariados informais”, diz.

Conforme Pateo, em comparação com o celetista, o trabalhador por conta própria tem a opção de fazer uma contribuição previdenciária reduzida e está livre de encargos como o FGTS. Além disso, eles estão, a princípio, livres de relação de subordinação, tendo direito a maior flexibilidade de jornada e de escala de trabalho.

“Por outro lado, ele não tem o direito à expectativa de manutenção da renda que compõe o direito do trabalhador celetista, com elementos como férias remuneradas e estabilidade salarial. Além disso, os trabalhadores por conta própria não têm acesso ao sistema de proteção do trabalhador para casos de desemprego, que consiste no acesso ao FGTS, seguro-desemprego e multa rescisória em casos de demissão imotivada. Por fim, se sua contribuição previdenciária for reduzida, ele também terá acesso a uma renda menor na aposentadoria”, acrescenta o pesquisador.

O que é trabalho informal?

De acordo com a titular da Coordenadoria Nacional de Promoção da Liberdade Sindical e do Diálogo Social (Conalis) do Ministério Público do Trabalho (MPT), Viviann Brito Mattos, do ponto de vista jurídico, o trabalhador informal é caracterizado pela falta de acesso aos direitos sociais previstos em lei, como o registro em carteira (CLT), a contribuição ao INSS, o acesso ao FGTS, às férias remuneradas, ao 13º salário e à proteção contra despedida arbitrária. Como não há contrato formal reconhecido, também não se reconhecem deveres tributários ou previdenciários por parte do empregador, quando existente, nem por parte do próprio trabalhador, que, em regra, não se registra como contribuinte individual.

“A informalidade, portanto, distingue-se da formalidade não apenas pela ausência de documentos ou registros, mas por representar uma forma estrutural de inserção precária e desprotegida no mundo do trabalho, onde impera a insegurança de renda, a ausência de organização coletiva, a dificuldade de acesso a direitos fundamentais e a inexistência de mecanismos de proteção social”, diz a procuradora.

Entenda as diferenças entre o trabalhador informal e o trabalhador formal por conta própria:

Trabalhador informal 
É aquele que exerce atividades econômicas sem registro legal ou formalização perante o Estado. Isso inclui quem trabalha sem carteira assinada, sem CNPJ e sem contribuição regular à Previdência Social.

Trabalhador autônomo
 É a pessoa que exerce atividade por conta própria, sem vínculo de subordinação a empregadores e sem empregados. Pode ou não ser formalizado (com CNPJ ou inscrição como contribuinte individual no INSS). Atua com liberdade técnica e organizacional.

Microempreendedor Individual (MEI)
 É uma maneira de formalização simplificada do trabalhador por conta própria, criada pela Lei Complementar nº 128, de 19 de dezembro de 2008. Permite a inscrição como pessoa jurídica, emissão de nota fiscal, acesso a benefícios previdenciários e enquadramento tributário facilitado.

Profissional liberal
 É aquele que exerce profissão regulamentada por lei (como médicos, advogados, arquitetos, engenheiros), podendo trabalhar de forma autônoma ou em empresa própria. Requer habilitação legal (registro em conselho profissional) e está sujeito a normas específicas da profissão.


A procuradora do trabalho Viviann Brito Mattos explica que as modalidades informais de ocupação, como o trabalho sem carteira assinada ou por conta própria sem formalização, apresentam algumas vantagens aparentes, mas trazem importantes desvantagens quando comparadas ao trabalho com vínculo empregatício formal, seja celetista ou por concurso público.

Vantagens aparentes da informalidade:
Menor carga tributária imediata: o trabalhador informal, em regra, não contribui para o INSS nem recolhe tributos, o que pode resultar em maior renda líquida no curto prazo.
Flexibilidade de horários: há autonomia para definir quando e como trabalhar, o que pode favorecer estratégias de conciliação com outras atividades ou responsabilidades pessoais.
Entrada facilitada: não há exigência de processos seletivos, contratos formais ou registros — o que facilita o ingresso imediato no mercado de trabalho, especialmente em contextos de exclusão ou desemprego elevado.

Desvantagens e riscos da informalidade:
Ausência de proteção social: o trabalhador informal não tem direito automático à aposentadoria, auxílio-doença, salário-maternidade ou pensão por morte, já que não contribui regularmente ao sistema previdenciário.
Insegurança jurídica e financeira: sem contrato, o trabalhador pode ser dispensado a qualquer momento, não tem garantia de remuneração mínima, nem proteção contra demissões arbitrárias.
Invisibilidade institucional: trabalhadores informais raramente são alcançados por políticas públicas, não são representados por sindicatos e têm dificuldade de acesso a crédito, qualificação e programas de apoio ao trabalho.
Prejuízos ao longo do tempo: a ausência de contribuições previdenciárias e o desempenho de atividades em condições precárias afetam diretamente a saúde, a renda futura e as possibilidades de mobilidade social.

Vantagens do trabalho formal sobre o informal:
Registro em carteira ou estatuto com direitos assegurados;
Contribuição compulsória ao INSS (com contrapartida do empregador no caso celetista);
Acesso automático a benefícios previdenciários e trabalhistas;
Proteção contra demissão sem justa causa ou por motivo discriminatório;
Direito a férias, 13º salário, adicional de insalubridade ou periculosidade, FGTS, entre outros;
Estrutura coletiva de proteção (como sindicatos e justiça do trabalho), o que fortalece sua capacidade de reivindicar direitos e condições dignas de trabalho.

Microempreendedor individual

Segundo a vice coordenadora nacional da Coordenadoria Nacional de Combate às Fraudes nas Relações de Trabalho (Conafret) do Ministério Público do Trabalho (MPT), Priscila Dibi Schvarcz, o microempreendedor individual tem como principal característica a autonomia, consolidada na liberdade de organização e execução do seu próprio trabalho, limitando-se o tomador de serviços a dar indicações sobre o resultado por ele pretendido.

Para enquadrar-se como MEI, aderindo ao Simples Nacional, a receita bruta do trabalhador no ano anterior não pode ultrapassar o limite de R$ 81 mil, devendo, ainda, a atividade econômica desempenhada estar na lista autorizada pelo Conselho Gestor do Simples Nacional.

O MEI tem um CNPJ e obrigatoriamente deve emitir nota fiscal eletrônica de serviço.

De acordo com a procuradora do trabalho, a criação do MEI objetiva a inclusão social e previdenciária por meio da formalização de empreendimentos, destina-se aos pequenos empresários que estavam à margem do regime previdenciário, contribuindo com a retirada de trabalhadores autônomos da informalidade.

O MEI recolhe, a título de previdência social, a alíquota de 5% sobre o salário mínimo (R$ 75,90). A contribuição é paga por Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS). O acesso aos benefícios previdenciários é limitado, já que a aposentadoria do MEI não contempla a opção de tempo de contribuição, exceto se o microempreendedor fizer um recolhimento complementar de 15%.

Segundo dados do IBGE, em 2022, havia 14,6 milhões de microempreendedores individuais (MEIs) no Brasil, correspondendo a aproximadamente 70% do total de empresas no país. Esse número corresponde a 18,8% do total de ocupados formais. É um crescimento de 1,5 milhão de MEIs em relação a 2021.

“Considerando a demanda por novos números de CNPJs no Brasil, devido à mudança do perfil da população trabalhadora, o CNPJ do MEI terá 14 dígitos, incluindo letras e números, a partir de julho de 2026. O Brasil está se tornando um país de microempreendedores individuais”, afirma Priscila.

O gerente de atendimento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) Rio, Leandro Marinho, explica que o MEI é uma das modalidades de formalização que existe para o empreendedor que trabalha sozinho ou que tem no máximo um empregado. O processo de formalização é totalmente gratuito e pode ser feito pela internet, no portal do empreendedor, e, com um processo simples, se consegue um CNPJ. Esse CNPJ formaliza a pessoa, mas ainda é necessário um processo de regularização junto à prefeitura.

“A formalização também dá acesso a algumas linhas de crédito específicas que os bancos têm para microempreendedor individual. E a pessoa paga o documento de arrecadação do Simples todo mês”, diz Marinho.

Entenda como funciona cada modelo de trabalho

Trabalho Formal (CLT) 
Carteira assinada; contrato regido pela CLT Férias, 13º salário, FGTS, INSS, adicional noturno/periculosidade, aviso prévio, seguro-desemprego, licença-maternidade, estabilidade em casos especiais INSS (parte do empregado, IRRF, contribuição patronal, FGTS Alta: seguridade social ampla, acesso automático a benefícios do INSS

Servidor Público 
Concurso; regime estatutário Estabilidade após estágio probatório, aposentadoria pelo RPPS, licença remunerada, adicionais, gratificações específicas, além de outros direitos Contribuição previdenciária ao RPPS, IR (se aplicável) Alta: garantias institucionais e aposentadoria diferenciada

Informal 
Sem registro, sem CNPJ Nenhum garantido por lei; sem férias, 13º, aposentadoria, FGTS ou seguro-desemprego Nenhum obrigatório; pode não contribuir ao INSS ou pagar impostos Inexistente ou muito baixa: sem vínculo, sem acesso automático à previdência ou programas sociais

Autônomo 
Pode ter ou não CNPJ; contribui como pessoa física Nenhum garantido automaticamente; pode acessar benefícios do INSS se contribuir voluntariamente como contribuinte individual INSS (20% sobre rendimento, mínimo de 1 salário mínimo); IR (se aplicável) Média-baixa: depende da regularidade da contribuição previdenciária

MEI 
CNPJ e enquadramento no Simples Nacional
 Acesso a aposentadoria, auxílio-doença, salário-maternidade (mínimo de 12 meses de contribuição), possibilidade de nota fiscal e conta PJ Pagamento fixo mensal com limitação do faturamento Média-baixa: depende da regularidade da contribuição previdenciária, mas, a princípio, acesso simplificado à Previdência Social e programas de apoio

Profissional Liberal
 CNPJ (empresa ou sociedade) ou CPF com registro em conselho Sem garantias legais trabalhistas; pode contratar plano de previdência privada ou contribuir ao INSS como individual Contribuições ao conselho de classe, INSS (20%), IR, e tributos conforme regime tributário (Simples, Lucro Presumido etc.) Variável: depende da contribuição; pode ter acesso ao INSS e benefícios correlatos

'Pejotização'
Segundo a procuradora do Trabalho, Priscila Dibi Schvarcz, a prestação de serviços por meio de pessoas jurídicas, no Brasil, exige, conforme previsto na Lei 6.019/74, que haja transferência do serviço do tomador para a pessoa jurídica contratada, com autonomia à pessoa jurídica contratada no que diz respeito à auto-organização e gestão da atividade transferida, inclusive quanto aos métodos de trabalho. Além disso, o contratado precisa ter capacidade econômica compatível com a execução do serviço.

Tais requisitos são incompatíveis com as situações em que a contratante visa à prestação de serviços pessoais pelo contratado, inserindo-o em seu processo produtivo, diz Priscila.

"A denominada 'pejotização' é uma fraude à relação de emprego que consiste em contratação de trabalhador subordinado por meio de pessoa jurídica, com o intuito de ocultar o vínculo empregatício por meio da formalização contratual autônoma. Trata-se, portanto, de um mecanismo voltado a mascarar vínculo empregatício por meio da formalização contratual autônoma”, afirma a procuradora.

No último dia 14, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu suspender a tramitação de todos os processos na Justiça brasileira que discutam a legalidade da chamada “pejotização”, em que empresas contratam prestadores de serviços como pessoa jurídica, evitando criar uma relação de vínculo empregatício formal.

De acordo com a procuradora do Trabalho, se o trabalho é prestado com pessoalidade, habitualidade, subordinação e mediante salário, está caracterizada a relação de emprego, "servindo a contratação formal autônoma apenas como simulacro para engendrar fraude aos artigos 2º e 3º da CLT".

“Importante salientar que a contratação formal de um verdadeiro empregado como autônomo, MEI ou pessoa jurídica ocasiona a precarização das relações de trabalho e o descumprimento e a sonegação de direitos trabalhistas básicos dos empregados, incluindo as medidas de proteção à saúde e à segurança no trabalho, imprescindíveis para a evitar a ocorrência de acidentes de trabalho e de doenças ocupacionais”, afirma Priscila

“O trabalhador fica à margem do sistema de proteção da CLT, sendo-lhe negados inúmeros direitos trabalhistas, a exemplo de férias anuais remuneradas, 13º salário, aviso prévio, FGTS, limitação de jornada, descanso semanal remunerado, vale-transporte, licença maternidade e paternidade, salário família, seguro desemprego, estabilidade em caso de acidente de trabalho, etc. Além dos prejuízos individuais, o Estado é diretamente impactado com a diminuição da arrecadação e prejuízo imediato à Previdência Social. Quando o Poder Público deixa de recolher os tributos previstos na legislação, existe a imediata redução da oferta de serviços públicos e benefícios sociais”, completa a vice-coordenadora nacional da Coordenadoria Nacional de Combate às Fraudes nas Relações de Trabalho.

CLT
Para a titutlar Coordenadoria Nacional de Promoção da Liberdade Sindical e do Diálogo Social (Conalis), Viviann Brito Mattos, o avanço da informalidade, a precarização das relações de trabalho e a multiplicação de ocupações por conta própria têm levado muitos jovens a desenvolverem uma representação negativa do trabalho formal, especialmente daquele regulado pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Ela destaca que não são raros os casos em que a expressão “ser CLT” é utilizada de forma pejorativa, como sinônimo de fracasso, dependência ou submissão — um discurso que, por vezes, associa o emprego com carteira assinada à ideia de aprisionamento ou falta de liberdade.

"Esse imaginário social não surge do acaso. Ele reflete, de um lado, a escassez de oportunidades formais no mercado de trabalho, especialmente para a juventude, e, de outro, o apelo de modelos idealizados de empreendedorismo e autonomia que muitas vezes desconsideram os riscos e a instabilidade associados à informalidade. Diante da frustração com a ausência de empregos dignos e da constante pressão por sucesso individual, a desvalorização simbólica do regime celetista acaba funcionando como uma forma inconsciente de amenizar a ansiedade provocada pela exclusão".

A procuradora do trabalho, no entanto, defende que essa representação precisa ser questionada. "Longe de significar fracasso, a inserção formal via CLT representa a garantia de um conjunto de direitos fundamentais historicamente conquistados pelos trabalhadores".

"É preciso romper com o estigma contemporâneo que associa o trabalho com carteira assinada à mediocridade. Ao contrário: é no vínculo formal que reside, para a maioria dos trabalhadores, a chance concreta de acesso a direitos sociais, estabilidade econômica e reconhecimento institucional. Defender o trabalho formal é defender o trabalho decente", enfatiza.

Por outro lado, Viviaan Brito Mattos argumenta que desvalorizar o trabalho formal é naturalizar a precariedade. "A liberdade no mundo do trabalho não se mede apenas pela ausência de chefes ou pela flexibilidade de horários, mas pela possibilidade de viver sem medo da fome, da doença ou do abandono. Em um país marcado por desigualdades profundas, fortalecer o trabalho formal é fortalecer a cidadania".

Fonte: Agência Brasil

quinta-feira, 24 de abril de 2025

Anvisa aprova medicamento para retardar avanço do Alzheimer












Donanemabe teve resultado em pessoas com estágio inicial da doença

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro do medicamento Kisunla (donanemabe), indicado para o tratamento de comprometimento cognitivo leve e demência leve associados à doença de Alzheimer. Segundo a entidade, trata-se de um anticorpo monoclonal que se liga a uma proteína chamada beta-amiloide.


“Na doença de Alzheimer, aglomerados de proteína beta-amiloide formam placas no cérebro. O donanemabe atua ligando-se a esses aglomerados e reduzindo-os, retardando assim a progressão da doença”, explica a Anvisa.

Ainda de acordo com a agência, o donanemabe foi avaliado em estudo envolvendo 1.736 pacientes com doença de Alzheimer em estágio inicial, que apresentavam comprometimento cognitivo leve, demência leve e evidências de patologia amiloide.

O estudo analisou alterações na cognição e na função cerebral dos pacientes. Eles receberam 700 miligramas (mg) de donanemabe a cada quatro semanas nas três primeiras doses e, em seguida, 1.400 mg a cada quatro semanas (para 860 pacientes) ou placebo (uma infusão simulada para 876 pacientes), por até 72 semanas.

“Na semana 76 do estudo, os pacientes tratados com donanemabe apresentaram progressão clínica menor e estatisticamente significativa na doença de Alzheimer em comparação aos pacientes tratados com placebo”, destacou a Anvisa.

Contraindicação

O uso de donanemabe é contraindicado em pacientes que estejam tomando anticoagulantes, incluindo varfarina, ou que tenham sido diagnosticados com angiopatia amiloide cerebral (AAC) em ressonância magnética antes de iniciar o tratamento. Os riscos nesses pacientes, segundo a agência, são considerados maiores que os benefícios.

Reações

As reações adversas mais comuns listadas pela Anvisa são relacionadas à infusão, que pode causar febre e sintomas semelhantes aos da gripe, além de dores de cabeça.

“Como acontece com qualquer medicamento, a Anvisa irá monitorar a segurança e a efetividade do donanemabe sob rigorosa análise. Serão implementadas atividades de minimização de risco para o donanemabe em conformidade com Plano de Minimização de Riscos aprovado.”

Alzheimer

O Ministério da Saúde define a doença de Alzheimer como um transtorno neurodegenerativo progressivo e fatal que se manifesta pela deterioração cognitiva e da memória, comprometimento progressivo das atividades de vida diária e uma variedade de sintomas neuropsiquiátricos e de alterações comportamentais.

A doença se instala quando o processamento de certas proteínas do sistema nervoso central começa a dar errado. Surgem, então, fragmentos de proteínas mal cortadas, tóxicas, dentro dos neurônios e nos espaços que existem entre eles.

Como consequência dessa toxicidade, ocorre perda progressiva de neurônios em regiões do cérebro como o hipocampo, que controla a memória, e o córtex cerebral, essencial para a linguagem e o raciocínio, memória, reconhecimento de estímulos sensoriais e pensamento abstrato.


“A causa ainda é desconhecida, mas acredita-se que seja geneticamente determinada. A doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência neurodegenerativa em pessoas de idade, sendo responsável por mais da metade dos casos de demência nessa população”, detalha o ministério.

No Brasil, centros de referência do Sistema Único de Saúde (SUS) oferecem tratamento multidisciplinar integral e gratuito para pacientes com Alzheimer, além de medicamentos que ajudam a retardar a evolução dos sintomas.

“Os cuidados dedicados às pessoas com Alzheimer, porém, devem ocorrer em tempo integral. Cuidadores, enfermeiras, outros profissionais e familiares, mesmo fora do ambiente dos centros de referência, hospitais e clínicas, podem encarregar-se de detalhes relativos à alimentação, ambiente e outros aspectos que podem elevar a qualidade de vida dos pacientes.”

Fonte: Agência Brasil

quarta-feira, 23 de abril de 2025

Peixe tem veneno? Conheça 4 espécies brasileiras de peixes peçonhentos

 Alguns peixes que ocorrem no litoral brasileiro e são estudados pelos pesquisadores do Butantan têm venenos perigosos para os humanos; veja onde eles ocorrem

Cobras, aranhas e escorpiões são exemplos de animais peçonhentos que todo mundo conhece. Mas você sabia que existem peixes que também são peçonhentos? Alguns deles, inclusive, bem comuns no litoral brasileiro.
Antes de conhecê-los, vamos primeiro esclarecer o que diferencia um animal venenoso de um peçonhento. Os dois têm veneno, mas somente os peçonhentos são capazes de inocular o veneno na presa que estão tentando caçar ou no predador do qual estão tentando se defender. Já os animais venenosos não injetam o veneno em caso de perigo, mas podem expeli-lo pela pele, como fazem alguns sapos.

“Quando alguém pisa ou encosta em um peixe peçonhento, o veneno dele penetra na pele e causa uma dor muito forte, podendo causar inchaço, manchas vermelhas na pele e uma necrose difícil de cicatrizar. Como não existe tratamento, a ferida pode se manter e causar muito desconforto”, explica a pesquisadora científica que lidera a Plataforma Zebrafish, Mônica Lopes-Ferreira.

A Plataforma Zebrafish, do Laboratório de Toxinologia Aplicada do Instituto Butantan (LETA), estuda as peçonhas e as toxinas dos peixes peçonhentos usando o Zebrafish como modelo experimental. O peixe também conhecido como paulistinha ajuda os cientistas a identificar níveis tóxicos em águas de bacias hidrográficas, do mar e de rios, que podem fazer muito mal à saúde humana. O grupo também estuda o desenvolvimento de um soro para neutralizar o veneno destes peixes peçonhentos capazes de causar acidentes em pessoas.

Peixes peçonhentos brasileiros

Praticamente todas as famílias e gêneros de peixes peçonhentos têm representantes nos mares e rios do Brasil. Mas os que mais causam acidentes no país são as arraias, o bagre, o peixe-escorpião e o niquim. Conheça um pouco mais sobre cada um deles.



Peixe-escorpião (Scorpaena plumieri) tem espinhos com veneno

Peixe-escorpião

Os peixes-escorpião (Scorpaena plumieri), também conhecidos como mangangás, vivem em águas profundas e são encontrados em marés baixas no litoral entre o nordeste e o sudeste do país. Seu corpo é repleto de espinhos com veneno que pode causar inflamações e até problemas pulmonares e cardíacos quando são pressionados.





Thalassophryne nattereri: a espécie de Niquim mais encontrada no Brasil

Niquim

O niquim é um peixe pequeno, que vive em águas calmas e rasas do norte e nordeste do Brasil. Possui espinhos, como agulhas, dois no dorso e um em cada lateral, conectados a glândulas de veneno. De todos os peixes peçonhentos, é o único que tem o espinho canaliculado (oco, com uma agulha). Quando são pisados ou tocados podem provocar acidentes, causando importante lesão local. A espécie mais encontrada no Brasil é o Thalassophryne nattereri.




Arraias possuem ferrão na cauda

Arraia

As arraias apresentam cores e tamanhos diversos, e vivem em águas rasas no litoral brasileiro e nos rios do interior do país. Possuem um ferrão grande e serrilhado na cauda que pode causar grandes feridas por conta do seu veneno - as arraias usam essa parte do corpo como um chicote para se defender.



O bagre possui ferrão na parte de cima do corpo e nadadeiras com veneno

Bagre

Os bagres (Cathorops spixii) são peixes que apresentam diversos tamanhos, vivem em águas rasas, em grandes grupos no litoral e nos rios espalhados pelo Brasil. Possuem ferrões na parte de cima do corpo e nadadeiras com veneno que causam lesões locais. São os peixes que mais causam acidentes no país.

Fonte: Instituto Butantan

Apesar de evitáveis, mortes maternas por hipertensão persistem no país

 










Problema tem grande relação com a desigualdade
As mortes maternas por hipertensão persistem no Brasil, apesar de serem totalmente preveníveis. É o que mostra estudo de pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que analisou dados de 2012 a 2023 e reforçou que o problema tem grande relação com a desigualdade.

No período investigado, a taxa média de óbitos entre mulheres indígenas superou em mais de duas vezes a de mulheres brancas. Já a das mulheres pretas foi quase três vezes maior que a das brancas.


"Não há predisposição biológica para uma maior mortalidade por distúrbios hipertensivos da gestação nesses grupos. Essas mulheres têm maior probabilidade de viver em situação de pobreza, ter menos acesso à educação e enfrentar barreiras no acesso a cuidados de saúde de qualidade".

O estudo acrescenta que "o viés racial sistêmico no sistema de saúde pode levar a um tratamento preconceituoso e a cuidados desiguais. Além disso, mulheres negras, pardas e indígenas podem vivenciar interações negativas com profissionais de saúde, o que contribui para a desconfiança nos serviços de saúde e resulta em piores desfechos maternos e perinatais" .

Durante o período de 11 anos, quase 21 mil mulheres morreram durante a gravidez, parto ou puerpério. Em cerca de 18% dos casos ─ 3.721 mortes ─ as causas foram complicações da hipertensão.

Isso significa que a taxa de mortes maternas geral do Brasil foi de 61,8 a cada 100 mil nascimentos, abaixo do limite de 70 preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mas bastante acima dos índices de países desenvolvidos, que costumam variar de 2 a 5 mortes para cada 100 mil nascimentos.
Efeito pandemia

Considerando apenas as mortes comprovadamente decorrentes de hipertensão, a taxa média foi 11,01 a cada 100 mil nascimentos, e manteve um padrão de estabilidade ao longo dos anos, à exceção de 2023, quando baixou para 8.73. Apesar da redução, por enquanto, o dado é tratado com cautela e considerado um ponto estatisticamente fora da curva.

Além disso, em 2022, foi registrado o maior número de casos proporcionais: 11,94 mortes a cada 100 mil nascimentos. Os pesquisadores acreditam que esse pico tenha sido uma consequência indireta da pandemia, que desorganizou os serviços de saúde em 2020 e 2021, impactando a assistência obstétrica neste período e nos meses seguintes.

De acordo com o professor do Departamento de Tocoginecologia da Universidade Estadual de Campinas, José Paulo Guida, um dos autores do estudo, isso já demonstra a importância do pré-natal de qualidade:


"Uma mulher não morre de uma hora para outra. Houve diversos momentos em que ela poderia ter sido tratada para não morrer. Então, logo que a mulher descobre que está gestante, ela deve iniciar o pré-natal. Talvez isso não seja a realidade para mulheres que moram em regiões mais distantes dos centros urbanos, o que já é uma barreira de acesso. Aqui no Brasil, a média de início do pré-natal é na 16ª semana, ou seja, por volta do quarto mês", ele complementa.

Prevenção

Esse é um marco crucial no manejo da hipertensão já que dois medicamentos bastante acessíveis e baratos podem reduzir em 40% a possibilidade de complicações, desde que comecem a ser administrados antes que a gestação complete 16 semanas: o carbonato de cálcio e o ácido acetilsalicílico (AAS). Em fevereiro, o Ministério da Saúde determinou a prescrição do cálcio para todas as gestantes e o AAS deve ser utilizado como medida complementar por aquelas que tem maior risco.

Mas José Paulo Guida reforça que os medicamentos não podem faltar nas unidades de saúde, e os profissionais de todo o Brasil devem ser capacitados para identificar corretamente os fatores de risco e prescrever adequadamente as medicações.

"É fundamental que na primeira consulta, o profissional obtenha as informações sobre os antecedentes dela: como foi a gravidez anterior? Ela é muito nova? Já tem uma idade avançada? Tem obesidade ou alguma doença? Tudo isso são fatores de risco para ela desenvolver a hipertensão durante a gravidez".

As gestantes também devem ser orientadas a buscar um serviço de emergência imediatamente caso apresentam sintomas como:Dor de cabeça constante;
Inchaço significativo, principalmente no rosto e nos braços;
Dor de estômago e náuseas, com a gestação mais avançada;
Surgimento de pontinhos brilhantes na vista.

"Aí, entra uma outra intervenção, que é a principal para evitar a morte: o sulfato de magnésio. Ele reduz muito a chance de uma convulsão por causa pressão alta. E quando a mulher tem a convulsão, ela tem quase 50% risco de morrer", alerta o professor da Unicamp.

O estudo também identificou que a proporção de mortes aumenta significativamente após os 40 anos, e a taxa média se aproximou de 31 mortes a cada cem mil nascimentos. De acordo com Guida, mulheres nessa faixa etária têm mais chance de engravidarem já com problemas de saúde, como a própria hipertensão, ou o diabetes, o que aumenta o risco de apresentar alguma gravidade.

Além disso, há a possibilidade de que as mortes por hipertensão sejam ainda mais numerosas, já que 2,4 mil mulheres morreram no período analisado por hemorragia e, conforme o professor da Unicamp explica, a hipertensão provoca a destruição das plaquetas, dificultando a coagulação sanguínea, o que também pode levar a esse desfecho.

Fonte: Agência Brasil

quarta-feira, 16 de abril de 2025

General Câmara comemora 144 anos de emancipação

Vamos celebrar juntos os 144 de emancipação de General Câmara!

É com muito orgulho que apresentamos a programação da Festa de 144 anos do Município de General Câmara! Um evento cheio de alegria, muita diversão e programação para toda a família. Esperamos todos vocês lá.

Data: 30/04 a 4/05| Entrada Gratuita

Venha fazer parte dessa festa maravilhosa! Vamos celebrar nossa cidade com muito amor e união.










terça-feira, 15 de abril de 2025

Campanha usa linguagem gamer para alertar sobre cigarro eletrônico

 







Iniciativa Vape Mata marca Dia Mundial da Saúde, comemorado em abril

Uma campanha que utiliza a linguagem gamer para alertar sobre os riscos do cigarro eletrônico está sendo lançada pela Fundação do Câncer. A iniciativa Vape Mata marca o mês de abril, quando é comemorado o Dia Mundial da Saúde (7). O objetivo é chamar a atenção dos jovens na faixa de 15 a 24 anos, que representam 70% dos usuários de cigarro eletrônico no país.

A campanha visa a traçar um paralelo entre a frustração nos jogos e os impactos nocivos do cigarro eletrônico na vida real. O Movimento Vape Off, da Fundação do Câncer, informa a população sobre os malefícios desses dispositivos.

“Queríamos encontrar um caminho autêntico para falar com a Geração Z, que é o público mais exposto ao uso de vapes. A linguagem dos gamer é apropriada para mostrar ao jovem como o cigarro eletrônico pode comprometer o desempenho no jogo e na vida”, disse, em nota, o diretor executivo da Fundação do Câncer, Luiz Augusto Maltoni.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as empresas de tabaco gastam mais de US$ 8 bilhões por ano em marketing e publicidade. O foco principal, segundo Maltoni, “é a população mais jovem, onde se dá o início da dependência", explicou. O cigarro eletrônico “tem mais de 80 substâncias nocivas à saúde, entre elas metais pesados e substâncias cancerígenas”, afirmou.

Todo o conteúdo da campanha será amplificado nas redes sociais, YouTube e plataformas de streaming, com o apoio de influenciadores digitais e criadores de conteúdo do universo gamer.

Combate ao tabagismo


O Instituto Nacional de Câncer (Inca) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) se uniram, desde setembro do ano passado, com a finalidade de fortalecer as políticas públicas de controle do tabagismo. O desafio atual é contrapor o marketing da indústria do tabaco, mostrando com dados científicos os danos provocados à saúde pelo cigarro eletrônico.

O diretor-geral do Inca, Roberto de Almeida Gil, disse que “o compromisso do instituto e da Fiocruz é com a ciência. Estamos alimentando todos os interlocutores com evidências de que esses produtos [dispositivos eletrônicos para fumar, os DEFs] fazem muito mal e vamos produzir ainda mais dados”, Ele afirmou que a sustentabilidade do sistema de saúde depende do enfrentamento dos fatores de risco de doenças crônicas, como o tabagismo. “A conta chega lá na frente. Por isso temos que agir agora”, completou Gil.

O presidente da Fiocruz, Mario Moreira, esclareceu que a ideia de regulamentação do cigarro eletrônico é uma falácia, visto que, na prática, tal medida visa a legalizar o produto no mercado. A fabricação, importação, comercialização, distribuição, armazenamento, transporte e propaganda de DEFs são proibidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Estamos mexendo com grandes interesses, mas a Fiocruz e o Inca têm muita força e vigor, ainda mais quando se unem”, disse Moreira.

Fonte: Agência Brasil

segunda-feira, 14 de abril de 2025

Inovação e resiliência para o desenvolvimento marcam quarta edição do South Summit Brazil

 










Correalizado pelo governo do Estado, o South Summit Brazil (SSB) 2025 concluiu, nesta sexta-feira (11/4), sua quarta edição no icônico Cais Mauá, em Porto Alegre, deixando contribuições importantes e marcando um novo capítulo na retomada do Rio Grande do Sul. O maior evento global de inovação, tecnologia e empreendedorismo abriu espaço para debates essenciais sobre o desenvolvimento econômico e social alinhado às práticas de resiliência climática.
Neste ano, o SSB recebeu 23 mil participantes de 62 países, mais de três mil startups, 800 speakers, sendo 150 estrangeiros, 900 investidores, mil media partners e US$ 215 bilhões sob gestão de fundos de investimentos. 
Antes do início da cerimônia de encerramento, os realizadores do evento se reuniram para a foto oficial, simbolizando a união e o entusiasmo por novas parcerias e desafios. O clima era de celebração e comprometimento com o futuro.
O governador Eduardo Leite destacou o protagonismo do Estado no cenário global de inovação, em um momento marcado pela reconstrução.

"Encerramos esta edição do South Summit Brazil com a certeza de que Porto Alegre se consolida como uma referência global em inovação. Em meio ao processo de reconstrução que o Rio Grande do Sul atravessa, ver nosso ecossistema pulsando com ideias, conexões e soluções é um sinal claro de que estamos no caminho certo", afirmou.

“Nosso compromisso com a inovação como motor do desenvolvimento segue firme. De 25 a 27 de março de 2026, estaremos mais uma vez no Cais Mauá para celebrar a união de talentos, ideias e propósitos que movem o futuro do nosso Estado e do mundo — porque acreditamos que o futuro nos une, e a inovação é o caminho", acrescentou o governador.

A fundadora do South Summit na Espanha, María Benjumea, celebrou o sucesso da edição com entusiasmo e emoção.

“Este foi o último dia, mas vivemos um South Summit absolutamente mágico. Tivemos de tudo: as melhores pessoas, os melhores negócios. Fizemos algo maravilhoso. Juntos, criamos, desenvolvemos e construímos uma sociedade incrível. O que deixamos aqui é uma experiência extraordinária, com sorrisos por todos os lados e um clima de felicidade. No entanto, é importante termos consciência do que foi gerado durante estes dias. O South Summit é, sem dúvida, a melhor plataforma para desenvolver negócios”, comemorou.

O presidente do South Summit Brazil, José Renato Hopf, relembrou o significado de resiliência e reforçou a importância de se enfrentar as adversidades.

“Muitos que estão aqui hoje viveram um verdadeiro filme no ano passado, quando este local estava 2,5 metros debaixo da água. O episódio nos mostrou que não bastava apenas reconstruir uma estrutura física, mas sim uma sociedade – uma sociedade resiliente, capaz de enfrentar o que aconteceu aqui", refletiu.

"O tema deste ano trouxe à tona dois tipos de resiliência: a do empreendedor, que nos inspira a persistir, e a de uma sociedade que precisa ser forte para superar desafios como esse. Este evento é a prova da resiliência do povo gaúcho – um povo que não mede esforços para seguir em frente”, ressaltou Hopf.

Durante a cerimônia, foram entregues os prêmios da Startup Competition, que reconheceu aquelas com maior destaque em cinco categorias:

A uruguaia Nano Grow foi eleita a Startup Mais Inovadora.

A Altave conquistou o prêmio de Melhor Equipe.

A 1.5°C recebeu o título de Startup Mais Sustentável.

 A Jusfy venceu como Most Scalable Startup.

A chilena Atacama Biomaterials levou para casa o prêmio mais desejado, sendo reconhecida como a Vencedora do South Summit Brazil 2025.

A premiação valoriza o talento e o potencial transformador das startups participantes, reforçando o compromisso do South Summit Brazil com o fomento ao empreendedorismo e à inovação. Ao final, os realizadores anunciaram as datas do South Summit Brazil 2026, que ocorrerá entre os dias 25 e 27 de março.

Com um encerramento marcante e repleto de iniciativas inspiradoras, o South Summit Brazil 2025 reafirmou seu papel de catalisador de transformações, celebrando a integração entre tecnologia, sustentabilidade e o dinamismo econômico que impulsiona o Rio Grande do Sul rumo ao futuro.

Fonte:
Texto: Thales Moreira/Secom
Foto: Maurício Tonetto/Secom
Edição: Rodrigo Toledo França/Secom

domingo, 13 de abril de 2025

Vacina contra gripe é segura e não causa a doença; saiba mais verdades

 












Idosos, crianças de 6 meses a 6 anos, grávidas e
puérperas devem tomar


A campanha de vacinação contra a gripe começou na última segunda-feira (7), nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul, com o objetivo de imunizar 90% do público-alvo, composto principalmente por idosos, crianças de idades entre 6 meses e 6 anos, gestantes e puérperas.

O Ministério da Saúde convoca esses grupos e os demais aptos a se vacinar procurem a proteção o mais rápido possível em unidades de saúde de seus municípios, porque o vírus causador da gripe circula com mais força no outono e no inverno nessas regiões. No segundo semestre, será a vez da Região Norte ser imunizada, para cobrir o "inverno amazônico", período de chuvas de dezembro a maio.

Mas um obstáculo importante que a sociedade brasileira precisa superar para atingir a meta de vacinação são as muitas informações falsas circulando nas redes sociais. A presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Monica Levi, alerta que o maior risco são os grupos vulneráveis acreditarem na desinformação e correrem riscos, inclusive de morte, sem a proteção.

"Informação falsa, às vezes, é mais letal do que a própria doença. Essa é uma das grandes ameaças à saúde humana", avisa . "Algumas pessoas podem deixar de se vacinar, acreditando em histórias falsas e consequentemente vão continuar vulneráveis, o que pode até levar ao óbito", ela complementa.

De acordo com o Ministério da Saúde, o imunizante é capaz de evitar entre 60% e 70% dos casos graves e dos óbitos relacionados à doença.

Saiba o que é verdade e o que é fake news

Veja abaixo as explicações da presidente da SBIm que desmentem algumas das informações falsas que mais circulam contra a vacina da gripe e colocam em risco a vida das pessoas:

MENTIRA: "A vacina pode fazer algumas pessoas pegarem a gripe"

VERDADE: De acordo com a especialista, essa é a época do ano em que mais circulam o rinovírus, o metapneumovírus, o vírus sincicial respiratório, entre outros vírus, mas as pessoas chamam qualquer quadro respiratório de gripe. Mesmo que a pessoa tenha febre, dor de garganta e tosse, pode ser outro vírus respiratório, como o da covid, por exemplo. Além disso, se a pessoa já tiver sido infectada, e estiver incubando o vírus, os sintomas podem aparecer depois que ela tomou a vacina. E é preciso duas semanas, no mínimo, para desenvolver a proteção. Nesse período, a pessoa continua vulnerável, inclusive à gripe, como quem não foi vacinado.


MENTIRA: "A vacina contra a gripe não é segura e pode provocar a morte de pessoas mais velhas"

VERDADE: Essa é uma vacina extremamente segura, tanto que os grupos prioritários escolhidos para tomar a vacina são os que têm maior comprometimento da imunidade. Uma pessoa que faz um transplante de medula óssea, a primeira vacina que ele tem que tomar, três meses pós-transplante, é a vacina contra a gripe. Por que ela é segura? Porque é uma vacina inativada, ou seja, o vírus é morto, fracionado e você só usa uma fração dele na produção de anticorpos. Então, em qualquer pessoa, seja imunocompetente ou imunocompromtida, seja uma pessoa que tenha alguma comorbidade, ela vai ser extremamente segura.


MENTIRA: "A vacina não evita totalmente o contágio, logo, não tem eficácia"

VERDADE: A vacina contra a gripe é eficaz principalmente para proteger contra a doença grave e suas complicações e contra o óbito. Dependendo da faixa etária e do grau de resposta imunológica da pessoa vacinada, ela pode ter uma menor eficácia contra o contágio pelo vírus, mas ela continua sendo muito importante para prevenir a forma grave da doença. Por isso, a recomendação é que as pessoas que são mais vulneráveis se vacinem todos os anos para não correr esse risco.


MENTIRA: "A gripe é uma doença comum, sem gravidade. Por isso, não é importante se vacinar"

VERDADE: A gripe é uma doença potencialmente grave. Nem todos casos vão ser assim, tem gente que vai ter sintomas, por mais ou menos uma semana, sem consequências. Mas algumas pessoas vão desenvolver pneumonia, vão desenvolver uma descompensação de outras doenças, como, por exemplo, diabetes, cardiopatia ou doença pulmonar obstrutiva crônica. Por isso que essa é uma vacina muito importante na faixa etária dos idosos, porque eles apresentam mais quadros graves, com mais internação e mais óbitos. Depois, as pessoas com comorbidades e as crianças pequenas são as mais atingidas pelas formas graves.


MENTIRA: "Os profissionais de saúde estão misturando a vacina da gripe com a vacina da covid"

VERDADE: Não se faz alquimia com nenhuma vacina. Cada uma tem os seus ingredientes, o seu volume, o seu conteúdo e jamais, nunca houve essa história de vacinas serem misturadas. O que existe são vacinas combinadas, que protegem contra várias doenças, mas elas já são fabricadas assim pelo próprio laboratório, com todas as quantidades e excipientes de cada um dos componentes, calculados, testados, com estudos clínicos e a aprovação de órgãos regulatórios. Mas isso não feito com a vacina da gripe e a vacina da covid.

Vacina atualizada

Todos os anos, a vacina é atualizada para proteger contra os três tipos do vírus influenza com maior circulação, por isso, o imunizante que está sendo aplicado previne contra a influenza A H1N1 e H3N2 e contra a Influenza B.

Por isso, para se manter protegido, é necessário receber a vacina todo ano.
Quem deve se vacinar contra a gripe

Idosos
Crianças de 6 meses a menores de 6 anos
Gestantes e puérperas
Povos indígenas
Pessoas em situação de rua
Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais
Pessoas com deficiência permanentes
População privada de liberdade, incluindo adolescentes e jovens
Profissionais das Forças Armadas e das áreas de saúde, educação, segurança pública, salvamento, unidades prisionais, transporte rodoviário coletivo e de carga e portos.

Fonte: Agência Brasil