Jorge Teixeira de Oliveira, um dos grandes nomes da política brasileira, se vivo estaria completando 99 anos. Homem de personalidade forte, sua presença impunha respeito e admiração. Nasceu em General Câmara (RS) em 1º de junho de 1921, filho de Adamastor Teixeira de Oliveira e de Durvalina Stilben de Oliveira. Ingressou na carreira militar, sentando praça, em maio de 1942. Após estudar na Academia Militar das Agulhas Negras, tornou-se aspirante do Exército em dezembro de 1947, sendo promovido a segundo-tenente em junho do ano seguinte. Tornou-se primeiro-tenente em junho de 1950, capitão em dezembro de 1952, major em agosto de 1960 e tenente-coronel em dezembro de 1966.
Era prefeito de Manaus (onde ainda hoje é admirado por sua gestão), quando foi requisitado para vim construir um estado, e assim o fez. Durante sua gestão, ficou conhecido por rasgar cartões de visita de políticos que pediam empregos, com a justificativa de que não se devia “misturar uma coisa com a outra”. Terminou o mandato em 1979, quando foi nomeado pelo presidente João Figueiredo (1979-1985), através da indicação do ministro do Interior Mário Andreazza, para o governo do território de Rondônia, pela legenda do Partido Democrático Social (PDS). Assumindo o cargo em abril desse ano, recebeu a missão de transformar o território em estado.
Abriu estradas, pavimentou a BR 364, estruturou a capital Porto velho. Ruas, avenidas, aeroporto. Em 1980 Rondônia tornou-se o primeiro dos três territórios federais (Rondônia, Roraima e Amapá) a ter autorização do Ministério da Fazenda para arrecadar impostos federais. governo federal, garantiu os recursos necessários para a transformação de Rondônia em estado, efetivada em 22 de dezembro de 1981.
Destacaram-se ainda também como realizações de sua gestão a execução, mediante verbas federais, a construção da usina hidrelétrica de Samuel, o porto do rio Madeira, a criação do Banco do Estado de Rondônia (Beron) e da Companhia de Mineração de Rondônia e a indicação da primeira mulher secretária estadual de Planejamento do país, Janilene Vasconcelos, que interinamente assumiu o governo do estado durante o mês de janeiro de 1984, devido ao afastamento de Jorge Teixeira para tratamento médico.
Construiu um estado em um período onde a vontade e a honestidade eram essências, quis fazer e assim o fez. Realizava contrato de empresas pessoalmente mostrando o que deveria ser realizado, acompanhava o andamento da obra cotidianamente. O pagamento era feito de maneira direta, sem intermediários. Em sua biografia não há enriquecimento, ao contrário, 6 anos construindo um estado, saiu do mesmo jeito que entrou: admirado e com reputação ilibada.
Deixou o governo do estado em abril de 1985, sendo substituído por Ângelo Angelim, indicado pelo presidente José Sarney (1985-1990). Faleceu no Rio de Janeiro em 28 de janeiro de 1987. Era casado com Aida Fibiger de Oliveira, com quem teve um filho. Dona Ainda veio a falecer no dia 28 de maio, aos 98 anos em decorrência de complicações com o Covid 19.
Ele quis fazer um estado, foi lá e fez.
Fonte: Célio Leandro
Nenhum comentário:
Postar um comentário