segunda-feira, 6 de abril de 2020

O encontro dos rios Taquari e Jacuí

Ana Cecília Togni e o livro no encontro das águas dos rios Taquari e Jacuí Lidiane Mallmann








TRIUNFO
  Berço do líder farrapo Bento Gonçalves e do Combate do Fanfa, Triunfo, que se originou em 1752 a partir de duas sesmarias, abriga em seu chão o encontro das águas dos rios Taquari e Jacuí. Após percorrer 140 quilômetros desde a localidade de Santa Bárbara em São Valentim do Sul e banhar as cidades de Muçum, Encantado, Roca Sales, Arroio do Meio, Colinas, Lajeado, Estrela, Cruzeiro do Sul, Bom Retiro do Sul, Taquari e Venâncio Aires, o manancial se junta ao Jacuí para logo depois seguirem em direção ao estuário do Guaíba e Lagoa dos Patos.

Inicialmente denominado de Forquilha o local hoje é conhecido como o Encontro das Águas, sob um cenário com imagens de "tirar o fôlego", bem no centro da cidade e emoldurado pela Rua dos Plátanos, casas centenárias, ilha e um parque de lazer na histórica Triunfo. Pedras rasas e lajes, gramados, área para pesca, o som dos pássaros e das águas e um espaço para contemplar a junção, completam o cenário. Na outra margem está a não menos encantadora São Jerônimo, que para acessá-la o meio disponível é através de uma barca.

Autora da obra publicada em 2012, "A História da Bacia Hidrográfica Taquari - Antas", a escritora lajeadense e integrante da Academia Literária do Vale do Taquari (Alivat), Ana Cecília Togni, nessa semana, acompanhou nossa reportagem até o local. "Eu não conhecia esse lugar. É um momento de muita emoção, a mesma que senti quando conheci o início do Rio Taquari, que se forma a partir da junção dos rios Carreiro e das Antas e agora vendo a despedida do nosso Rio Taquari ao juntar-se ao Rio Jacuí".

Para Ana Cecília, o rio guarda muitas histórias que devem ser perpetuadas, pois foi por onde chegaram os pioneiros do Vale do Taquari, com muitas dificuldades, para desbravar e se estabelecer em nossa região, além dos comércios que se criaram às margens, recebendo e enviando mercadorias. Histórias que, segundo a autora, passam de geração em geração e servem de exemplo para os tempos atuais. Embora o rio apresente águas límpidas, alguns sinais de poluição aparecem em seu trajeto.

Ana Cecília, que integra o movimento Vivo Taquari-Antas Vivo, mostra-se preocupada com essa situação. "Recolhemos muito lixo e isso demonstra que as pessoas têm que olhar o rio de uma forma diferente, pois água é vida e a preservação e o apreço pelo Taquari têm que ser permanentes e prioridade na vida de cada cidadão", comenta. Além disso, de acordo com Ana Cecília, as cidades devem usufruir de diversas maneiras o rio. "Contemplar, praticar esportes, amar esse rio e ter orgulho dele, não somente ver o rio de frente na época de enchentes. O Rio Taquari já foi a estrada líquida que conduziu os pioneiros. Agora é preciso que os descendentes dessas pessoas se voltem novamente para o rio, pois ele é fonte de vida".


Fonte:

O Taquari e os tempos áureos do transporte de passageiros

Wolfgang Hans Collischonn é integrante da Academia Literária do Vale do Taquari (Alivat) - Alício de Assunçãol


Escritor Lajeadense resgata histórias de empresas de navegação no Rio Taquari

A partir da colonização de parte da região até Bom Retiro do Sul e Cruzeiro do Sul por luso-brasileiros e dali em diante até Encantado e Roca Sales por descendentes de alemães e italianos, o Rio Taquari tornou-se cada vez mais importante para o escoamento da produção durante quase um século. Era a única via de transporte de passageiros e mercadorias entre a região e o Estado. Este registro de uma época da história faz parte do livro "À Minha querência", editado em 2018, de autoria do escritor, professor e bancário aposentado, Wolfgang Hans Collischonn (86), de Lajeado.

De acordo com o autor, a partir da chegada dos alemães, em meados do século XIX, atraídos pelas empresas de colonização de Fialho de Vargas, em Lajeado, e Vitorino José Ribeiro, em Estrela, os portos dessas localidades passaram a ser cada vez mais movimentados à medida que aumentava a produção. Os sucessivos relatórios de Fialho de Vargas ao governo da Província, a partir de 1860, revelam esse crescimento. O mesmo deve ter acontecido com Estrela, que a partir de 1876 e até a emancipação de Lajeado em 1891, abrangia todo o território nas duas margens do rio, desde São Gabriel da Estrela (Cruzeiro do Sul) até Guaporé e Roca Sales, compreendendo, inclusive, os vales do rios Guaporé, Forqueta, Forquetinha e Sampaio.

Como as estradas eram ainda precárias e não havia pontes sobre os rios, o único meio, tanto de passageiros como cargas, para a capital da província, era a navegação fluvial que se iniciara com lanchões movidos a vela e a braço humano e se aperfeiçoou com o progresso da região. Em 1875, Jacob Arnt, filho de imigrantes alemães, deu início a uma empresa de navegação, que mais tarde passou a chamar-se CIA Navegação Arnt, com sede em Taquari e filiais em outras cidades às margens do rio. Esta foi, durante mais de 50 anos, a mais importante empresa de navegação do Rio Taquari e a ela, especialmente Lajeado, deve grande parcela de desenvolvimento até meados do século XX, porque toda a produção da margem direita do Taquari era escoada pelo porto da cidade, o que naturalmente contribuiu para o desenvolvimento de empresas atacadistas e demais atividades econômicas da cidade.

Jacob Arnt nasceu em 25 de abril de 1853, em Baumschneiss, atualmente Dois Irmãos, filho de Karl Arnt, que em 1867 fundou a Colônia de Teutônia, e de Philipina Schüler Arnt. Em 1873, tendo se estabelecido como pequeno comerciante, trabalhou como carroceiro, transportando produtos da colônia de Teutônia para a vila de Taquari. Após fundar o povoado de Bom Retiro, em 1875, transferiu residência para Taquari, onde passou a comandar ações com empresa proprietária de um barco.

Com apenas um vapor, organizou uma sociedade composta de 11 sócios - a Jacob Arnt & Cia. Iniciou com o velho vapor ¨Taquari¨, que não ficou muito tempo em serviço e naufragou. Foi encomendado da Alemanha um novo vapor denominado "Teutônia I". Até então a empresa limitara-se a realizar viagens regulares entre Taquari e Porto Alegre. Com a chegada do vapor novo, a linha foi estendida até os portos de Estrela e Lajeado, atingindo, inclusive, nas épocas de maior volume de água, Encantado e General Osório (Muçum).

Acompanhando o desenvolvimento da região, sob as diversas denominações até chegar a razão social que a consagrou, a empresa foi adquirindo novos vapores e outros barcos de menor calado, como gasolinas, lanchas e chatas para navegar no nível baixo do rio, nos períodos de estiagens. Outras empresas especializadas no transporte de cargas, como as navegações Beleza, Aliança, Ritter, e Lajeado, tinham o seu trapiche em Lajeado e utilizavam barcos movidos a óleo diesel, as chamadas "gasolinas". Enquanto que os vapores utilizados no transporte de passageiros eram movidos por máquinas a vapor que faziam girar duas rodas laterais. As gasolinas tinham motores a explosão que moviam uma hélice na popa do barco.

Cada companhia de navegação tinha o seu armazém ou trapiche. E alguns desses tinha a sua maxambomba para ajudar a carga e descarga entre as embarcações e os armazéns no alto da barranca. As maxambombas eram carrinhos que corriam sobre trilhos de ferro sobre a barranca entre o trapiche e o leito do rio onde estava atracado o barco de transporte. Enquanto um carrinho descia, outro subia, cada um num trilho. Eram movidos por um animal que caminhava em roda de uma espécie de pião que rolava e desenrolava um cabo de aço ao qual estavam presos os vagõezinhos com as cargas.

Nas décadas de 1910 e 1920 eram 15 os portos entre Lajeado e Porto Alegre. Entre os vapores estavam o Brazil, Taquary, Boa Vista, Rio Grande do Sul, Garibaldi, Teutônia, Taquara, Venâncio Aires, além de seis gasolinas, sete chatas e 21 barcos menores. Mais tarde foram acrescentados o Porto Alegre, Osvaldo Aranha e Estrela.

Eram transportas malas postais e outros objetos. Os passageiros optavam pela primeira ou segunda classe. Em Lajeado ocorria o translado para barcos menores que seguiam para Costão, Arroio do Meio, Roca Sales, Encantado e General Osório. Os vapores chegavam em Lajeado às 17h e partiam para Porto Alegre às 18h, onde chegavam às 4h, retornando às 6h. A chegada em Lajeado era o momento em que as pessoas circulavam em frente à sede da empresa na Rua Osvaldo Aranha, a primeira rua calçada da cidade, para receber os jornais e observar os passageiros. A partir de 1950, esse tipo de transporte entrou em decadência em função da construção das rodovias.

O escritor encantandense, Gino Ferri, já falecido, relata em sua obra História do Rio Taquari-Antas, o ambiente dos barcos. "Serviam café da manhã e da tarde, almoço, janta e bebidas resfriadas com barras de gelo, sopa e um delicioso pescado, geralmente o pintado, peixe sem escamas, abundantes no Taquari e Jacuí. No refeitório havia uma sala de estar dos passageiros, longos bancos estofados de couro e mesa comprida com cadeiras. Um toque de sineta alertava os passageiros para as refeições. O comandante do barco sentava na ponta da mesa e servia o primeiro prato". De acordo com Collischonn, a CIA Navegação Arnt foi a maior empresa gaúcha de transportes fluviais.


Fonte:



quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

A gaúcha que é referência em educação musical e dá show de vitalidade aos 80 anos



Noemi da Silva Kellerman nasceu em General Câmara (RS) em 1939. É a filha do meio de três crianças que tiveram um mecânico do Arsenal de Guerra da cidade e uma dona de casa que, por vezes, reforçava o orçamento lavando roupa para fora. Na cidade que fica a menos de 100 quilômetros de Porto Alegre ela teve uma infância feliz, estudando e brincando no pátio com os amigos.

Os pais sempre incentivaram a leitura e os estudos. A mãe lia muito e comprava semanalmente livros e revistas para todos em casa. A hora do almoço era dedicada a conversas sobre as leituras diárias. Noemi também ia muito ao cinema. O pai era projetista nas horas vagas e a mãe varria a sala para receber o público. Naquela época, a grande tela e o rádio eram as janelas para o mundo fora da cidade.

Aos 16 anos ela seguiu para Porto Alegre estudar o que hoje é o ensino médio. Conseguiu uma bolsa de estudos no internato do Colégio Metodista Americano. Lá Noemi também estudou música, canto e, depois de formada, passou a dar aulas no ensino fundamental. Ela também aproveitou para estudar Música com Oscar Zander, renomado professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e fez parte de um coro de música erudita.
Depois de um tempo, Noemi deixou de viver no internato para dividir um apartamento com a irmã. Dois ou três anos depois, o mestre Zander foi convidado para reformular a Escola de Música do Teatro Carlos Gomes, em Blumenau, e a convidou para ajudá-lo na missão.

Em Blumenau

Inicialmente eles organizaram seminários de música na cidade, mas em 1971 ela fixou residência na “capital” do Vale do Itajaí. Com outras duas professoras, alugou um apartamento na Rua XV de Novembro, o mesmo imóvel em que vive até hoje. Na escola ela montou o curso de Iniciação Musical e fez parte de alguns coros como solista.
Anos mais tarde, durante um curso em São Paulo, Noemi conseguiu uma bolsa de estudos em um importante instituto em Salzburgo, na Áustria. Estudou na Europa entre 1974 e 1975. Na volta contraiu tuberculose e ficou internada no sanatório de São José dos Pinhais (PR) por seis meses.
Quando ganhou alta e voltou para Blumenau, ela reencontrou um amigo que havia conhecido antes da temporada na Áustria. Com o cantor e artista plástico Roy Kellermann ela começou um namoro que resultou em casamento meses mais tarde, em novembro de 1976.
Além do trabalho na escola do Carlos Gomes, onde também foi diretora, Noemi ajudou a criar o curso de Artes da Universidade Regional de Blumenau (Furb), pioneiro na região. Por anos se dividiu entre as duas instituições até que 1996, com dor no coração, deixou o Carlos Gomes para se dedicar integralmente à universidade. Dez anos mais tarde ela se aposentou na Furb e foi convidada a retornar para a Escola de Música do Teatro Carlos Gomes, desta vez como diretora artístico pedagógica, cargo que exerce até hoje.

Ativa aos 80

Noemi nunca abandonou o hábito da leitura. Já doou centenas, talvez milhares de livros, para amigos e bibliotecas ao longo dos anos e não se cansa de renovar o estoque. Ela também continua a alimentar a paixão pelo cinema.
Do alto de seus 80 anos de idade, ela não deixa de ir à academia para tonificar os músculos. Também frequenta semanalmente aulas de inglês e alemão. Noemi não teve filhos e em 2014 ela perdeu Roy, vítima de problemas nos rins.
Ao longo da vida ela recebeu inúmeras honrarias e segue sendo referência em educação e música para mais de uma geração de professores e alunos. é uma mulher de poucos planos, mas tem foco certo no trabalho de ampliar a oferta de bolsas de estudos na escola, missão que, segundo ela, traz resultados lentos, mas sólidos.

Fonte: NSC TOTAL


domingo, 19 de janeiro de 2020

Carteira Nacional do Autista é lei, mas sua implantação é lenta

Criada por lei no início de janeiro, a Carteira Nacional do Autista vai garantir prioridade de atendimento em serviços públicos e privados, em especial nas áreas de saúde, educação e assistência social. O serviço, no entanto, ainda está em processo de aplicação no país.
De acordo com a Lei 13.977/2020, a Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea) será emitida gratuitamente pelos órgãos estaduais, distritais e municipais, mas a implantação do serviço ainda é lenta. Alguns estados e municípios já haviam se adiantado e produzido leis locais oferecendo um serviço semelhante. Em outros, ainda não há previsão de quando a carteira será emitida.
O Distrito Federal (DF) está entre os casos em que ainda não há previsão. O governo local começará no final do mês as primeiras tratativas com a Polícia Civil, responsável pela emissão das carteiras de identidade no DF. “Nós marcamos uma reunião com o setor de identificação da Polícia Civil para o dia 28. Vamos começar ainda o processo para essa confecção”, disse subsecretário de Direitos Humanos e de Igualdade Racial da Secretaria de Justiça (Sejus), Juvenal Araújo. Segundo Araújo, ainda não é possível determinar um prazo para o início da realização do serviço.
Lucinete Ferreira é diretora-presidente da Associação Brasileira de Autismo Comportamento e Intervenção (Abraci-DF) e mãe de uma menina autista. Ela reclama da pouca informação que circula a respeito do novo documento. “Geraram uma expectativa coletiva, mas ninguém sabe responder como a família pode acessar, de fato, este documento. As respostas que consegui, aleatoriamente, é porque sou Conselheira Tutelar”, disse.
Graças a uma lei distrital anterior, de 2018, sua filha já utiliza assentos prioritários em shoppings, em filas e em outros serviços, tal qual gestantes e idosos, por exemplo. Mas a carteira de identificação que dispensará a apresentação de laudos e outros documentos ainda não tem prazo para sair do papel.
No texto da lei aprovado no Congresso Nacional, havia um dispositivo que firmava um prazo de 180 dias para regulamentar o serviço em todo o país. No entanto, ao sancionar a lei, o presidente Jair Bolsonaro vetou esse trecho. Segundo o Palácio do Planalto, o trecho viola o princípio da separação dos poderes “e usurpa a competência privativa do Poder Executivo para dispor sobre a matéria, conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal”.
Questionada se havia uma espécie de acompanhamento da implantação do serviço no país, a Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, órgão vinculado ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, não respondeu á Agência Brasil até o fechamento desta matéria.

Serviço ativo no Amazonas

No Amazonas o processo está bem mais adiantado. Começou no último dia 14 o cadastro dos interessados para a emissão da Ciptea. Lá, as pessoas devem comparecer ao Núcleo de Cidadania e da Pessoa com Deficiência da Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), na rua Salvador, 456, Adrianópolis, de segunda a sexta, das 8h às 17h.
Para solicitar a carteira, o interessado precisa apresentar um requerimento com as seguintes informações: nome completo, filiação, local e data de nascimento, número da carteira de identidade civil, número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), tipo sanguíneo, endereço residencial completo e número de telefone do identificado. É necessário também entregar uma fotografia 3x4.
O responsável legal ou cuidador também precisa informar seus dados: nome completo, documento de identificação, endereço residencial, telefone e e-mail. Além da documentação e informações, é necessário apresentar um relatório médico indicando o código da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID) da pessoa que será portadora da carteira.
“Essa carteirinha é um grande avanço para as pessoas com autismo. Antes, muitas famílias precisavam andar carregando uma pasta com vários documentos e laudos para comprovar que seu filho tinha direito a algum benefício ou prioridade”, disse a secretária de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), do governo do Amazonas.

Leis semelhantes em outros estados

Alguns municípios brasileiros já tinham leis locais prevendo a emissão da carteira de identidade com informações adicionais, dentre elas se a pessoa é portadora de alguma deficiência, síndrome ou transtorno neurológico, como é o caso do autismo. Desde setembro do ano passado, o Ceará emite carteiras de identidade com a inclusão do símbolo que identifica seu portador como autista. A primeira via do documento é gratuita.
Já o estado de Goiás criou a Carteira de Identificação do Autista (CIA) em 2017, com as mesmas características da carteira nacional, criada neste ano. O serviço é oferecido no estado pela Secretaria de Desenvolvimento Social de Goiás e o documento pode ser requerido em onze unidades de atendimento diferentes.
No Rio de Janeiro, o Detran é o responsável pela emissão do documento, que não é igual à Ciptea. Trata-se de uma carteira de identidade padrão, com a inclusão de ícones informando a condição especial do seu portador. A carteira é acompanhada por um crachá descritivo, que informa o código internacional da doença (CID) do identificado e também pode conter dados como a indicação de alergias, a utilização de medicamentos de uso contínuo e um número de telefone de contato. Segundo o Detran-RJ, esse serviço é oferecido desde abril do ano passado e portadores de deficiência não pagam pela emissão.
Segundo o governo do estado de São Paulo, alguns de seus municípios já tiveram iniciativas semelhantes. No entanto, a Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência, vinculada ao governo estadual, ainda aguarda a regulamentação da Ciptea nos municípios. A ideia é padronizar o documento em todo o estado.
Apesar de não ter controle de quando isso ocorrerá, a determinação do governo de São Paulo é que a carteira nacional seja adotada por todos os municípios. Apesar disso, os documentos semelhantes já criados continuarão sendo aceitos.

Fonte:Agência Brasil