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quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Obesidade infantil está relacionada à propaganda de refeições fast-food

Crianças preferem lanches que estão associados a personagens infantis.

Em Florianópolis, uma lei municipal proíbe lanchonetes de venderem lanche com brinquedo. É a primeira cidade do País proibir essa venda casada. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve aumento contínuo e substancial do percentual de crianças e adolescentes com excesso de peso e obesas nos últimos anos, atingindo mais de 30% do público entre 5 e 9 anos de idade e cerca de 20% de crianças e jovens entre 10 e 19 anos. Diante dessas estatísticas, especialistas apontam que o vilão seriam as peças publicitárias que se valem do licenciamento de personagens ou mascotes e da venda casada para estimular o consumismo nesse público.
“É impossível para os pais sozinhos, com o nível de ‘agressividade’ da publicidade infantil, tratarem de forma adequada o consumismo”, diz Inês Vitorino, coordenadora do Grupo de Pesquisa da Relação Infância, Adolescência e Mídia, da Universidade Federal do Ceará (UFC). “A criança não pede ao pai o biscoito de um gosto específico, mas do personagem A ou B”, completa. Atualmente, uma lei em vigor em Florianópolis (8.985/12) proíbe redes de fast-food de comercializarem produtos que acompanhem brindes voltados ao público infantil. É a primeira cidade do País a contar com a proibição.
Brinquedos
O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, deputado Domingos Dutra (PT-MA), ressalta, entretanto, que a pressão publicitária não fica restrita aos alimentos. “Sou quilombola e tenho uma filha de sete anos que me pede sempre uma boneca Barbie de olhos azuis e cabelos loiros em datas comemorativas”, conta o parlamentar alertando para o poder da publicidade de interferir no imaginário infantil. Vanessa Anacleto, mãe de um menino de quatro anos e integrante do Coletivo Infância Livre de Consumismo – entidade que nasceu de discussões nas redes sociais -, sustenta que somente a autorregulamentação do setor não está funcionando.
Sandra Amorim, que representa o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, reclama ainda que faltam recursos para garantir às crianças todos direitos previstos na Constituição e para protegê-las de toda a forma de exploração, violência e opressão. “Ao permitir que elas [crianças] recebam informações em excesso que as incitem ao consumismo estamos produzindo uma violação ao direto da criança de ter um desenvolvimento saudável”, afirma.
Projeto de lei
Em tramitação na Câmara desde 2001, o Projeto de Lei 5921/01 pode sinalizar o começo de uma solução para assunto. A proposta, que aguarda análise na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, disciplina a publicidade destinada à venda de produtos infantis. O relator, deputado Salvador Zimbaldi (PDT-SP), explica que o objetivo é buscar um meio termo para que a propaganda não venha a ser proibida e para que também não continue havendo um estímulo absurdo ao consumo.
O texto original da proposta já foi alterado nas comissões de Defesa do Consumidor e de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio. “Há cada vez mais pesquisas que demonstram o impacto da publicidade direcionada ao público infantil. Por isso o tema está sendo cada vez mais debatido tanto na Câmara como no Senado”, afirma Pedro Hartung, assessor do Instituto Alana – Projeto Criança e Consumo.
Mas Fernando Brettas, representante do Sindicato das Agências de Propaganda do Distrito Federal (Sinapro-DF), critica a proposta em análise na Câmara. “O debate está errado. O projeto de lei em votação está na contramão do mundo inteiro. O discurso é ideológico, fundamentalista, autoritário.”
Agência Câmara de Notícias/EcoAgência

quarta-feira, 18 de abril de 2012

QUEM COME ALIMENTOS GORDUROSOS FICA MAIS PROPENSO À DEPRESSÃO


Pesquisa afirma que quem come mais fast food tem risco 40% maior de desenvolver depressão 
Na hora em que estiver mordendo seu próximo sanduíche cheio de maionese, presunto e bacon, ou querendo convidar os amigos para mais um rodízio de pizza, pense duas vezes: um novo estudo espanhol mostra que quem come mais gordura tem mais propensão a desenvolver depressão. O trabalho que comprovou esta relação foi realizado por cientistas da Universidade de Las Palmas de Gran Canaria e da Universidade de Navarra, que acompanharam mais de oito mil pessoas durante seis anos
— Constatamos que os participantes que mais consumiam fast food apresentavam 40% mais risco de ter depressão do que aqueles que não consumiam — disse ao jornal “El Mundo” Almudena Sánchez-Villegas, a principal autora do estudo, divulgado pela “Public Health Nutrition”.
Segundo os autores, a depressão afeta cerca de 120 milhões de pessoas no mundo, e pouco se sabe sobre o papel da dieta no desenvolvimento da doença, embora estudos anteriores tenham sugerido que certos alimentos têm um papel preventivo contra este mal, incluindo as vitaminas do grupo B, os ácidos graxos e o azeite de oliva.
O trabalho foi realizado com 8.964 participantes, que não tinham diagnóstico de depressão nem tomavam qualquer tipo de antidepressivo no início da investigação. Ao longo da pesquisa, todos responderam aos questionários anuais sobre seus hábitos de vida e consumo de alimentos. Ao final, um total de 493 dos voluntários haviam recebido diagnóstico de depressão ou começado a tomar antidepressivos.
Além de constatar que aqueles que ingeriam mais gordura tinham mais propensão a desenvolver a doença, o estudo mostrou que, quanto mais fast food, mais risco, numa reação chamada dose-resposta. O mesmo efeito, porém, não foi observado com produtos industrializados.
Ainda segundo o estudo, os participantes com maior ingestão de gordura tendiam a “estar solteiros, ser menos ativos e ter um padrão dietético pior, com menos consumo de frutas, peixes, verduras e azeite de oliva”. Além disso, fumavam mais e trabalham mais de 45 horas por semana.
Uma possível explicação para a relação entre alimentos gordurosos e depressão é a grande quantidade de gordura trans presente neles. Como se sabe, a gordura trans pode afetar o organismo de diferentes formas, e aumenta, entre outros riscos, o de se desenvolver doenças cardiovasculares e problemas mentais como a depressão.
Para garantir a segurança do resultado, ao longo da pesquisa os cientistas eliminaram do grupo pessoas que tiveram o diagnóstico de depressão até dois anos após seu início: é que elas poderiam já ter a doença antes, embora não o soubessem. Mesmo assim, os dados não mudaram: até o final do estudo, a depressão teve maior incidência entre aqueles que consumiam mais gordura.
Ao tomar conhecimento do trabalho, José Luis Carrasco, chefe da Unidade de Transtorno de Limite da Personalidade do Hospital Universitário San Carlos, em Madri, observou que a predisposição pessoal e o histórico familiar também ajudam a determinar se a pessoa será ou não acometida de depressão. Mas ele diz que, no dia a dia do hospital, observa que, de fato, as pessoas deprimidas tendem a comer mais rapidamente e a ingerir alimentos de menor valor nutritivo.
— A fast-food produz uma gratificação imediata — diz ele. — Se uma pessoa com vulnerabilidade ou predisposição para a depressão, insegura e instável emocionalmente, tem hábitos de alimentação que se baseiam em hambúrgueres e pizzas e costuma comer em cinco minutos, isto significa que está se desestabilizando. Esta pessoa como mostrou o estudo, tendem a se apaixonar rapidamente, trabalhar mais e fumar mais.
Fonte: http://oglobo.globo.com/saude/quem-come-alimentos-gordurosos-fica-mais-propenso-depressao-4495152
Acesso em: 10/04/2012
Pesquisado por: Kely de Freitas Gomes – Voluntária Online