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domingo, 10 de junho de 2012

Robótica escolar avança


Alunos criaram um sistema para garantir acesso de portadores de deficiência em estacionamento

Uma brincadeira criativa, que fez parte das aulas de iniciação à robótica na Escola Municipal de Ensino Fundamental Governador Ildo Meneghetti, no bairro Nova Santa Rosa, na Capital, poderá virar equipamento para garantir acessibilidade a pessoas com deficiência. O sistema VSPDF (Vaga Somente para Portador de Deficiência Física) nasceu da ideia de jovens estudantes, nas oficinas da professora Maria da Graça Oliveira da Silva. Agora, o grupo quer patentear a inovação assegurando o direito à autoria do invento.

"Quando a gente vai no shopping e no mercado, vê que muitos motoristas desrespeitam a vaga especial porque querem ficar mais perto da porta. A gente criou o VSPDF para que parem de ''roubar'' as vagas das pessoas com deficiência", explica Taylor Fernandes, de 14 anos, estudante da 8 série. Trata-se de um sistema com sensor magnético - semelhante aos das lombadas eletrônicas - instalado no chão, frente à vaga de estacionamento.

O sensor emite um sinal elétrico a um quadro de comando que aciona um contador de cinco minutos. O contador encerra a contagem quando a pessoa deficiente, previamente habilitada, insere um cartão no leitor ao lado da vaga para se identificar. "O prazo de cinco minutos é grande, mas é para que a pessoa - de muletas ou cadeirante -, tenha tempo de se deslocar, fechar o carro e pegar o cartão", conta o colega de oficina Diego da Silva Ferrarini, também 14 anos.

Conforme a ideia dos jovens cientistas, quando o motorista não comprovar seu direito à vaga para deficiente, um alerta é emitido pelo comando para as autoridades de trânsito, no caso de espaço público, e para os responsáveis pelo estacionamento privado, quando se tratar de um empreendimento comercial.

A invenção já rendeu ao grupo prêmios em congressos de robótica, viagens pelo Brasil e ao exterior, além de bolsas de iniciação à ciência aos pequenos inventores. Orgulhosa, Maria da Graça diz que só falta habilitar o recurso, de cerca de R$ 1,5 mil, que deverá ser aplicado pela Secretaria Municipal de Educação (Smed) para patentear o VSPDF.

O Ensino de robótica iniciou em 2007 na rede municipal. A escolha dos integrantes, na escola Ildo, é feita pelo desempenho dos candidatos em testes teóricos, práticos e entrevistas. "O resultado é muito bom. Desperta autonomia e aprimora a criatividade dos estudantes", descreve Graça.

A Escola Municipal Ildo Meneghetti tem quase 2 mil alunos e funciona na comunidade desde 1985. O trabalho do grupo de robótica pode ser melhor conhecido em roboticaildo.blogspot.com.

Jornal Correio do Povo 10/06/2012