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segunda-feira, 19 de agosto de 2024

Ideb cresce e mostra aumento da qualidade da educação básica

Os ensinos fundamental e médio no Brasil estão conseguindo retomar a trajetória positiva observada nos anos anteriores à pandemia, em especial quando o recorte são os anos iniciais do fundamental (do 1º ao 5º ano). Nesses anos escolares, o país está conseguindo atingir a meta de seis pontos – valor que tem como referência o desempenho de nações desenvolvidas, segundo resultados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Segundo o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2023, divulgado nesta quarta-feira (14), em Brasília, pelo Ministério da Educação (MEC), nos anos finais do ensino fundamental (do 6º ao 9º ano), o Brasil alcançou 5 pontos. Apesar de não ter atingido a meta de 5,5 pontos, o resultado demonstra uma retomada positiva na comparação com o período pré-pandêmico (2019), quando obteve 4,9 pontos.

Em 2021, ano em que, devido à pandemia, a taxa de aprovação foi influenciada por políticas que evitaram prejuízos ainda maiores aos estudantes, a nota obtida foi naturalmente maior: 5,1 pontos.

O ensino médio registrou 4,3 pontos em 2023, também abaixo da meta de 5,2 pontos. O resultado, no entanto, apresenta evolução, se comparado a 2019 e 2021, quando a pontuação obtida alcançou 4,2 pontos.
Qualidade

O Ideb é o principal instrumento de monitoramento da qualidade da educação básica do país. Ao reunir dados sobre o índice de aprovação e de desempenho dos estudantes em língua portuguesa e matemática, ele averigua desempenho e indicadores de fluxo e trajetória escolar.

"Estamos encerrando um ciclo que era para ser finalizado em 2022, com o Ideb de 2021. O Ideb norteia caminhos e tomadas de decisões para a educação básica do país, e determina o que deve ser melhorado para garantir programas e iniciativas que assegurem o atendimento das necessidades da população", explicou o ministro da Educação, Camilo Santana, ao apontar o índice como principal instrumento de monitoramento da educação básica do país.

Fonte: Agência Brasil

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Ideb: escolas com notas altas contam a receita do sucesso


Bom relacionamento entre os pais e a escola, o incentivo à leitura, baixa rotatividade no quadro de funcionários e aulas de reforço são pontos em comum entre as três escolas públicas municipais com as notas mais altas no Índice de Desenvolvimento da Educação (Ideb), divulgado hoje (14) pelo Ministério da Educação.
No Centro Integrado de Educação Pública (Ciep) Glauber Rocha, na zona norte do Rio de Janeiro, um livro na mão, uma ideia na cabeça é a filosofia. Com nota 8,5 (em uma escala de 0 a 10), a escola tem cerca de 550 estudantes da pré-escola ao 5º ano. Apesar das turmas cheias, a avaliação dos professores e funcionários é que o resultado reflete os pilares do projeto pedagógico: "leitura, reforço e família".
Situada em um bairro com alguns dos piores índices socioeconômicos da capital fluminense, a diretora Ioliris Paes, que comanda o centro há 15 anos, conta que já precisou resgatar panelas roubadas em um ferro velho. "Um pai me contou onde estavam e eu fui buscar", revelou sobre o episódio, em 2002, o último de uma série de saques à escola em 25 anos.
Com a abertura da unidade escolar à comunidade em horário integral, dedicação exclusiva de 80% dos professores, contratação de estagiários para aulas de reforço e 5 mil títulos na biblioteca que podem ser emprestados aos alunos e suas famílias, o colégio Glauber Rocha coleciona resultados positivos. Em 2009, no último Ideb, conseguiu nota 6,7, antecipando a meta prevista para 2021.
O incentivo à leitura e a pouca troca de funcionários também é a receita de sucesso da Escola Municipal Carmélia Dramis Malaguti, de Itaú de Minas (MG), que tirou a nota mais alta no Ideb: 8,6. À frente de 250 alunos da educação infantil ao 5ª ano, a maioria de classe média, a diretora Maria Flávia de Oliveira diz que os colaboradores "tem um espírito de pertencimento."
O entrosamento da escola com a família, além da formação continuada dos professores, asseguram o bom desempenho do colégio no Ideb "O município tem um compromisso com a formação continuada do professor e isso é fundamental", destaca Maria Flávia.
Empatada com a escola de Minas Gerais, está a Escola Municipal Santa Rita de Cássia, de Foz do Iguaçu (PR), que também investe na valorização dos funcionários. "Nosso diferencial é o trabalho conjunto", disse a diretora Shirlei Carvalho. Lá, aulas de reforço também ajudam a corrigir deficiências no aprendizado dos alunos, assim como na escola Glauber Rocha, no Rio.
A escola do Paraná - com aproximadamente 200 alunos sendo, no máximo, 30 por sala de aula - também colhe os frutos da aposta no atendimento individualizado e no envolvimento da família com o ambiente escolar. "Procuramos trazer os pais para dentro do espaço escolar, inclusive levando-os em passeios culturais com seus filhos, porque sabemos que a participação deles é fundamental", diz a diretora.
A unidade não tem uma biblioteca, mas dribla o problema oferecendo um conjunto de obras literárias infanto-juvenis na própria sala de aula e fazendo um "trabalho de base" desde a pré-escola. Atividades ao ar livre e culturais são outras formas usadas para conseguir atenção dos estudantes.
Agência Brasil

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Menos da metade de concluintes do 3º ano do ensino fundamental tem bom desempenho em matemática


Apenas 42,8% dos alunos que concluem o 3º ano do ensino fundamental têm as habilidades em matemática esperadas para a série, segundo pesquisa divulgada hoje (7) pelo movimento Todos Pela Educação. O nível dos estudantes foi medido pela Prova ABC, aplicada em 250 escolas de todo o país em 2011, avaliando o desempenho em escrita, leitura e matemática.
Para a escrita, 53,3% dos alunos tiveram desempenho considerado satisfatório, com base nas escalas do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), metodologia do Ministério da Educação. Em relação à leitura, o índice de estudantes com as habilidades esperadas ficou em 56,1%.
A Região Norte obteve o pior resultado em matemática, apenas 28,3% dos estudantes tiveram o resultado esperado para a série. O Sul conseguiu o melhor resultado na disciplina, com 55,7% dos alunos apresentando bom desempenho.
Em relação à redação, o Nordeste teve o desempenho mais baixo, só 30,3% dos estudantes apresentaram domínio da escrita de acordo com a série que cursavam. A região também teve o menor percentual de alunos (42,5%) com habilidade de leitura satisfatória. O Sudeste é a região com o melhor resultado para a prova de escrita (65,6%).
Na rede particular de ensino, o percentual de alunos com bom resultado em matemática foi 74,3%, mais do dobro do verificado na rede pública, 32,6%. Na prova de redação, 80,7% dos estudantes do ensino privado tiveram desempenho satisfatório, contra o percentual de 44,3% verificado entre alunos das escolas públicas.
Proporção semelhante foi apresentada na avaliação de leitura, em que 79% dos alunos da rede particular se saíram bem e apenas 48,6% dos estudantes do ensino público tiveram um bom resultado.
Um dos fatores apontados pela pesquisa para a diferença entre os alunos do ensino privado e o público é o acesso à educação pré-escolar. “Uma explicação para esse resultado é que a maior aprendizagem na rede privada está relacionada ao fato de seus alunos terem melhores condições sociais e econômicas e de terem cursado a pré-escola. Tais condições ajudam a explicar, mas não deveriam justificar tal diferença entre as redes”, ressalta o estudo.
Agência Brasil 07/02/2011