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sexta-feira, 13 de junho de 2025

Cardiopatias congênitas ocorrem em 30 mil bebês por ano

 







Grande parte, no entanto, pode ser tratada, diz especialista
Em cada mil crianças que nascem no Brasil, dez apresentam alguma cardiopatia congênita, ou seja, uma má formação no coração, ocorrida durante o desenvolvimento na gestação. Isso equivale a cerca de 30 mil bebês por ano, de acordo com dados do Ministério da Saúde, e em média 40% deles precisam passar por cirurgia ainda no primeiro ano de vida.

Essas má formações também são a terceira maior causa de morte neonatal no Brasil. Mas no Dia Nacional de Conscientização da Cardiopata Congênita - 12 de junho - a diretora médica da organização Pró Criança Cardíaca, Isabela Rangel, alerta que muitas mortes podem ser evitadas se a condição for diagnosticada sem atraso.

"Após o nascimento, a gente tem um teste de triagem, que é o teste do coraçãozinho. É um exame simples de oximetria feita nas maternidades, ou por pediatras, que pode identificar essas cardiopatias congênitas mais complexas e evitar que possa evoluir de forma desfavorável. A gravidade pode variar de acordo com a patologia: pode ser leve, onde o paciente não vai apresentar sintomas imediatos, até quadros mais severos, com risco iminente à vida, necessitando de abordagem logo nos primeiros dias"

A Pro Criança Cardíaca é uma instituição sem fins lucrativos que atende crianças com cardiopatia congênita gratuitamente, há 30 anos, no Rio de Janeiro. Nesse período, já foram acolhidos mais de 16 mil pacientes. Isabela Rangel explica que os cuidadores também precisam estar atentos a sinais de alerta que o bebê pode apresentar como:

- Cianose, que se identifica pela coloração azulada nos lábios, mãos ou pés

- Sudorese intensa mesmo em repouso

- Palidez durante o choro

- Respiração acelerada

- Cansaço

- Dificuldade para ganhar peso


A médica explica que essas más-formações podem ter causa genética, mas também ambiental, como a infecção por algumas doenças, a exemplo da rubéola, ou o uso de determinados entorpecentes ou medicamentos contraindicados durante a gestação. Além disso, o risco é maior em fetos de gestantes com idade mais avançada e diabetes não controlada. A Síndrome de Down também tem grande associação com a cardiopatia congênita.

Nesses casos, é imprescindível examinar com mais atenção o desenvolvimento do coração do feto, realizando, por exemplo, um ecocardiograma fetal, exame de ultrassonografia que avalia o coração do bebê ainda dentro da barriga.

"O ideal seria que todas as gestantes fizessem esse exame, mas por enquanto isso ainda não é possível. Mas, se durante a gestação, for feito o ecocardiograma fetal e diagnosticada uma cardiopatia congênita, ou tenha sido suspeita uma cardiopatia congênita, é importante que a equipe obstétrica já oriente essa mãe para que ela tenha o bebê em um hospital que tenha condições de recebê-los, confirmar ou não a cardiopatia e ter o manejo adequado"

Isabela Rangel acrescenta que com as técnicas cirúrgicas e os medicamentos atuais, grande parte das crianças diagnosticadas precocemente e tratadas adequadamente, pode crescer e viver com qualidade.

Fonte: Agência Brasil

sábado, 5 de outubro de 2024

Brasil registra um atendimento de emergência cardíaca por minuto

 










A cada minuto, uma pessoa dá entrada em um pronto-socorro do Sistema Único de Saúde (SUS) com crises agudas causadas por doenças que afetam o coração, como a insuficiência cardíaca e o infarto agudo do miocárdio. Em 2023, as internações decorrentes desse tipo de quadro totalizaram 641.980. O alerta é da Associação Brasileira de Medicina de Emergência (Abramede).

A entidade mapeou os principais problemas cardiovasculares registrados em hospitais públicos brasileiros, incluindo a doença reumática crônica do coração; o infarto agudo do miocárdio; as doenças isquêmicas do coração; os transtornos de condução e arritmias cardíacas; e a insuficiência cardíaca.

Para a associação, os números demonstram ser fundamental fortalecer a infraestrutura hospitalar e capacitar continuamente equipes de emergência para lidar com o volume crescente e a complexidade dos casos. Ao longo desta semana, a Abramede reúne cerca de 1,6 mil especialistas para tratar do tema durante o 9º Congresso Brasileiro de Medicina de Emergência.

Pressão sobre o SUS

Na avaliação da entidade, os números revelam “forte pressão” sobre emergências em todo o país. O Sudeste, região mais populosa, concentrou o maior número absoluto de internações por doenças cardíacas, com mais de 241 mil atendimentos desse tipo. Estados como São Paulo e Minas Gerais lideraram o número de casos, com 120.142 e 80.191, respectivamente.

No Nordeste, a pressão sobre as emergências também é classificada como significativa, sobretudo em estados como Ceará e Pernambuco, que registraram, respectivamente, 20.374 e 24.331 atendimentos de urgência. Os números correspondem a mais de 90% das internações por doenças cardíacas nesses estados.

No Norte, o total de atendimentos de urgência foi de 27.460. Dentre as unidades federadas, o estado do Amazonas se destaca, com 5.899 atendimentos do tipo.

O cenário mais crítico, segundo a Abramede, está em Mato Grosso do Sul, onde 97% das internações por doenças cardíacas foram de urgência. O estado contabilizou 10.590 internações desse tipo, de um total de 10.963 atendimentos registrados em 2023 – maior percentual em todo o país.

Caráter emergencial

Ainda de acordo com o levantamento, no ano passado mais de 85% das internações relacionadas a doenças cardíacas foram de caráter emergencial. O infarto agudo do miocárdio, por exemplo, respondeu por 152 mil internações de urgência, representando 88% do total de internações para essa condição.

Já a insuficiência cardíaca, uma das condições cardíacas mais comuns, registrou 194,5 mil hospitalizações de emergência – 94% do total de casos da doença. O quadro ocorre quando o coração não consegue bombear sangue de forma eficiente, exigindo intervenção emergencial para evitar desfechos graves.

Perfil

Os homens aparecem como público mais afetado entre pacientes internados em caráter de urgência, respondendo por 57% das internações em 2023, enquanto as mulheres representaram 43% dos atendimentos.

O levantamento mostra também que o risco de doenças cardíacas aumenta consideravelmente conforme a idade avança – 67% das internações ocorreram em pacientes com 60 anos ou mais. Em seguida aparecem os grupos de 70 a 79 anos; de 50 a 59 anos; e de 80 anos ou mais.



“Embora as doenças cardíacas sejam majoritariamente associadas ao envelhecimento, há um número considerável de casos de atendimentos entre adultos jovens, que frequentemente estão expostos a hábitos de vida prejudiciais à saúde cardiovascular”, alerta a Abramede.

Fonte: Agência Brasil

sábado, 4 de janeiro de 2014

Uso inadequado de escova de dentes pode causar doenças como cardiopatias

Ter uma correta higienização oral é fundamental para a saúde. Escovar os dentes após as refeições – pelo menos três vezes ao dia -, antes de dormir e utilizar o fio dental ajudam a prevenir doenças nos dentes, língua e gengivas. Porém, muitas pessoas esquecem ou não sabem como cuidar corretamente do principal objeto desse processo: a escova.
O cuidado com a escova de dentes é imprescindível. É comum deixá-la exposta na pia do banheiro ou em ambientes úmidos, sem qualquer proteção das cerdas. O problema é que, com esse costume, a pessoa pode levar à boca uma quantidade considerável de bactérias. Quando não está protegida adequadamente, as cerdas expostas acumulam microorganismos lançados no ar, sendo alguns provenientes do vaso sanitário.
A lista de doenças causadas por bactérias acumuladas na escova é grande. Periondotite, candidíase, gengivites, cáries e até diarreia. O problema, aparentemente simples, pode agravar e causar doenças graves cardiopatias e pneumonias.
Para tentar amenizar esse acúmulo, é aconselhável o uso de protetores ou até mesmo guardá-las fora do banheiro. O cirurgião-dentista, Marcelo Pimenta, orienta como se deve guardar a escova. “Ela deve ser colocada em um recipiente fechado e a uma distância de pelo menos dois metros do vaso sanitário. É importante, também, deixar a tampa do vazo sanitário sempre abaixada na hora da descarga e quando não estiver em uso”.
Mas tampar o recipiente ou mantê-la em armários fechados resolve o problema apenas em parte. Isso porque ambientes abafados e úmidos podem contribuir para a proliferação de bactérias ou até mesmo aquelas vindas da própria boca.
“Muitas bactérias permanecem vivas nas cerdas da escova por até 24 horas. Por isso, é importante eliminar o excesso de água após o uso, mas nunca utilizando toalhas para secá-la. Borrifar um antisséptico nas cerdas ajuda também. O mais indicado é a clorexidina 0,12%, encontrada em farmácias”, explica o dentista.
A vida útil da escova também é algo a ser levado em conta. Ainda de acordo com o Marcelo Pimenta, a troca deve ser feita a cada quatro meses e o tipo de escova varia do gosto pessoal do usuário.
Agência Brasil 01/01/2014